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Em 26/03/2017 at 11:29, Gilbertinho disse:

Fabrício, 

Detenho um conhecimento acerca de temas ambientais acumulado ao longo de 40 anos, havendo ocupado cargos de decisão em governos por onde passei. Elaborei políticas públicas, programas, projetos, atividades ambientais e elaborei diplomas legais para estados e municípios, todos na região da nossa Amazônia Ocidental (outros países da América têm as mesmas amazônias). Desenvolvi paralelamente, no plano profissional, muitos trabalhos de consultoria para empresários de todos os setores da economia com interesse em investimentos no norte brasileiro, condição que impunha (e impõe) a composição de uma sólida base de dados de todos os matizes para prestar serviços que reflitam cenários inteiramente condizentes com a atualidade e fixar balizamentos sociais, econômicos, jurídicos e ambientais suficientes para a formação de uma qualificada leitura prospectiva necessária à formação de decisão pelos clientes que assisto.

Esclarecido esse ponto, que permite que o amigo possa situar-me mais adequadamente no contexto da pesca esportiva, e no uso dos conhecimentos adquiridos nesse tema e na confiável base de dados de que disponho, inclusive em matéria normativa e de tendências socioeconômicas, aduzo que me é por demais fácil antever o rumo dos acontecimentos, isto é, construir cenários prospectivos mais que críveis, bastante evidentes. Não por menos produzi, no juízo de muitos, o que achavam no início tratar-se de mero "ruído", oriundo de pessoa envolvida em interesses ilegítimos ou escusos de terceiros. Ledo engano. Como membro do Fórum, a intenção sempre foi a de um alerta geral, fundado no conhecimento específico das alterações em andamento, notadamente em relação às terras indígenas brasileiras.

Ponto importante a esclarecer é o que respeita ao Jurubaxi. O amigo incorre em equívoco ao concluir que o rio não está situado em terra indígena. Está sim. Basta pesquisar Jurubaxi-Téa em seu navegador e terá esclarecido o equívoco. Demais disso, a IN 003/2015 da FUNAI define o alcance da normativa relativamente ao etno-turismo e o turismo de pesca em áreas habitadas por povos indígenas. Não há necessidade de a área ser homologada como Terra Indígena para ter impostas severas condições de acesso a seus recursos naturais ou imateriais, basta ser habitada ou ser tradicionalmente utilizada por esses povos.

Outro aspecto a comentar se refere à figura e o que é atribuído (injustamente) ao titular da River Plate, Luis Brown, se levarmos em consideração que todos os empresários de todos os setores da economia, em todas as partes do mundo disputam com as armas que têm as posições mais vantajosas nos mercados, e a River Plate não é exceção. No mais simples cenário da pesca, vejo no cotidiano dos povos da floresta inúmeros operadores fazendo o impossível para lograr autorização para pescar num ou noutro rio, inclusive mediante falsas promessas e mentiras das mais deslavadas. Noutro viés, devemos nos perguntar qual o empresário que não sonha em ser operador exclusivo numa dada bacia hidrográfica, em oferecer no mercado um pacote exclusivo e diferenciado, que lhe permita praticar preços diferenciados em seus pacotes e ao final obter segurança jurídica no médio e longo prazo e maiores lucros? A regra básica a seguir, senão única, no caso em exame, não é a de divertir-se em ver a River Plate ou qualquer outra empresa investindo e perdendo tempo e dinheiro na busca por áreas exclusivas de pesca, a Untamed (Marié) explica e fundamenta exemplarmente este argumento), já que poderia perder, porém ganhou, com a aceitação dos concorrentes.  A desconsideração desses fatores, em minha modesta avaliação, contamina um admissível juízo de valoração. 

Também creio ser justificado acrescentar uma pequena digressão acerca de outros comentários de sua postagem, começando pelos aeródromos supostamente clandestinos implantados pela River Plate no Jurubaxi. Os documentos a que tive acesso demonstram que esse processo decorreu de concessão do Estado do Amazonas e foi indevidamente entendido pela Polícia Federal como parte de uma estrutura vinculada ao tráfico de drogas. O respectivo inquérito concluiu pela imputação insubsistente, liberando o uso do aeródromo pela empresa. Seguindo adiante, o amigo firma que as demais operadoras do Jurubaxi, caso preteridas, partirão para a revanche contra qualquer empresa que venha a operar exclusivamente naquela bacia. Independentemente de qual seja a empresa ou empresário que alcance essa condição, deverá estar de posse de autorização específica da FUNAI-SEDE, conferindo-lhe a necessária segurança jurídica e a proteção decorrida da Lei. Desconsiderar tais condições resultará em sérios problemas, e creio estar 100% certo, afinal, quem se insurgiu contra a Untamed no Marié, participando ou não do processo seletivo? Daí, com a devida vênia, quem ousa afirmar que se trata de mero "ruído" sou eu. 

Ao concluir, amigo, quero consignar que a motivação de tenho para adentrar esse tema, levando-me a reuniões com a Procuradoria-Geral da República, FUNAI, Universidades, cientistas, órgãos públicos de planejamento e meio ambiente, organizações sociais e povos ribeirinhos (indígenas ou não), se baseia numa ideologia sedimentada e bastante solidificada, e nesse contexto não me preocupa outra coisa senão o desenvolvimento social e econômico em perfeita harmonia com o uso inteligente, responsável e racional dos recursos naturais. Como bem sabe, a população mundial cresce numericamente na exata proporção do decréscimo da capacidade da natureza em fornecer os insumos que dela se extrai, em volumes cada vez maiores. Nessa linha, me são importantes os cuidados e a defesa da mais ínfima forma de vida, em razão de sua função ecológica, nesse todo que chamamos de lar. Nada além disso.

Agradeço por mais esta oportunidade e renovo abraços.

Gilbertinho da Amazônia                  

 

Perfeitas colocações...Não retiro uma vírgula sequer e entendo perfeitamente as razões que lhe movem. Se estivesse no seu lugar, talvez fizesse da mesma forma.

Todos querem ter o privilégio de pescar em rios protegidos (pescador) e ganhar uma bolada de dinheiro pela exclusividade (operador). Bobagem minha achar que não.

Aproveitar de uma oportunidade ou situação para fazer dinheiro é algo fantástico e perfeitamente normal. Quando falamos em Marié, temos a obrigação de afirmar que antes da Untamed operar lá dentro, NINGUÉM MAIS OPERAVA...ou seja, não houve prejuízo aos pescadores esportivos, houve sim, apenas benefícios aos índios aquela região. Muitos dizem q agora só gringos abonados estão pescando lá dentro - cito o nosso amigo Beto Caranha - mas discordo um pouco dele (um pouquinho só), uma vez q basta ter dinheiro q agora pescamos lá dentro, seja brasileiro ou não (algo antes "impossível"). O q me falta são apenas os R$ 22.000,00 do pacote + R$ 2.000,00 de caixinha...(visto ser uma operação complicadíssima)...mas antes, mesmo com esta quantidade de dinheiro, não conseguiríamos pescar lá dentro.

Mas se aproveitar de uma "brecha", talvez de uma falha, ou talvez uma ação sorrateira, e vir um americano - orientado ou não por vc (ou qualquer outro consultor q seja), e tentar pescar numa área aberta a todos (desde q o mundo é mundo), prejudicando centenas de pescadores esportivos que sempre tiveram acesso lá!??!....Ah, vai ter briga certa...o q tb considero normal.
E porque eu digo "sorrateira"...se me permite este termo?!?!

Vc diz q o Jurubaixi é um rio que está dentro de Terras Indígenas...mas vamos apresentar o mapa dessa dita "terra indígena" que vc se refere.

Captura de Tela 2017-03-27 às 19.27.12.png

Reparem q na parte de baixo do mapa há sim, uma pequena Terra Indígena (TI Maraá/Jurubaixi). E sabem o que há de Jurubaixi dentro dela?!?! ABSOLUTAMENTE NADA!!!...Lá não há nada a não ser pequenas ressacas e finos estirões de água. Se a River Plate ou qualquer outro operador quiser pescar lá em cima...q fique a vontade. Observem agora que todo o restante do rio não é Terra Indígena. São 280km de rio que podem ser pescados por cada um de nós. E é justamente nestes 280Km q o Sr. Luiz Brown quer ter exclusividade pra pescar e que vc diz ser Terra Indígena. As suas palavras causam confusão aos que leem...talvez, e somente talvez, isso faça parte do trabalho que vc está tentando desenvolver. Mas também gostaria que vc entendesse que q o meu trabalho é levar informação confiável/tranquilidade aos que nos leem.

Sobre o ordenamento naquela região, volto a frisar, sou fã dos seus comentários técnicos....mas quando ouço o consultor da River Plate escrevendo, não tenho a mesma admiração (algo compreensível como disse acima).

Aos que não sabem, Maraã é uma enorme tribo/terra indígena instalada no Rio Japurá, que fica do outro lado do Negrão. Lá sim, eles são numerosos e vivem como índios vivem, pescam em água branca e por aí vai. Por uma demarcação desatenta (ou não), vc está afirmando a todos q o Jurubaixi é um rio indígena, quando não o é em sua maior área de pesca.

Em contra partida, existem 2 pequenas comunidades localizadas na boca do Jurubaixi...na verdade ainda existe outra as margens do Lago de Santa Maria... O interessante é q este povo não existia lá antes de 2003. Sim, não havia índio, branco, amarelo e etc, residindo as margens do Jurubaixi...Foi em 2003 ou 2004, salvo engano, que vieram alguns moradores ou descendentes de tribos ou comunidades vizinhas e se instalaram na região, q fica há apenas 1h de voadeira de SIRN. 
Como eu disse, o rio Jurubaixi até a reserva TI Maraã, é um rio aberto a todos.
Se a River Plate tenta usar estas comunidades da boca do Jurubaixi, q nem de lá são, para tentar fechar o rio pra eles...vai dar briga...Bom pq existem consultores e advogados para ambos os lados. Só de trancar todo o rio (até q uma decisão final seja dada), já satisfaz os operadores de SIRN...pois mover toda aquela estrutura da River Plate até a cabeceira do Jurubaixi dá um trabalhão danado...e, como ele não quer operar em outros rios de lá....muita gente se dará por parcialmente satisfeita. O Sr. Luiz Brown já não é mais um garoto, sua estrutura não atrai tantos abonados como antes, seu principal escudeiro foi "apagado" após vários conflitos na região....pra que o velhinho está querendo arrumar briga nessa altura da vida?!?! rsrsrs...


Volto a frisar q não sou dono de barco, não sou operador, e nem vou operar por lá....mas pescar no Jurubaixi, certamente é algo que gostaria de continuar acreditando que posso. Sou brasileiro, sou pescador, e vou continuar acreditando que tenho livre acesso dentro do meu País. 

A exemplo do que aconteceu no Estado de Roraima...me perdoe se estou falando uma inverdade - mas vc disse q ajudou no ordenamento pesqueiro daquele Estado...e, como não sei o tamanho desta ajuda, estou sendo generalista e não estou atribuindo culpa, responsabilidade ou sucesso a ninguém, ok?!?!? Mas quando falamos em pescar em Roraima...puts...eu quero passar longe daquele lugar. Aquilo lá parece uma terra sem lei, ou melhor, uma terra de pistoleiro. Sequer considero aquele lugar como atrativo. 
Certa feita viralizou um texto na internet de uma servidora pública de Roraima falando de como ela se sentia trabalhando naquele estado "sem lei, ou melhor, sem ordem"...Ela retratou Roraima como um Estado de velho oeste americano, onde "coronéis" e xerifes ditam as regras - muitas delas ilegais - aos quatro cantos do Estado. E áááiii de quem contrarie tais ordens. Se nem o poder público "chega" lá (na verdade ninguém quer porr@ nenhuma com a dureza), imagine se vou pescar num lugar daquele!?!? 
Chegaram ao ponto de criar uma norma estadual (não me recordo qual mas está aqui no fórum em algum lugar) proibindo a pesca de bait no Itapará ou no Água Boa, permitindo apenas a pesca de fly, que era a modalidade de pesca praticada por uma pousada lá q só recebia gringo...rrssr.....ou seja, uma verdadeira piada...rsrs. Bom q com meia dúzia de porradas a norma caiu por água abaixo.
Mas pescar nos principais rios de Roraima é algo que passo longe.
Não conheço a fundo o ordenamento pesqueiro daquele Estado, mas na opinião de um leigo que sou, se algum operador ousar pescar na cabeceira de uma meia dúzia de afluentes de lá e contrariar os interesses de uma outra dezena de operadores abastados que tem uma "exclusividade duvidosa" de operação, aaffff...este corre risco de vida, será ameaçado de morte por capangas armados e será "convidado" a se retirar daquele rio...rsrsrsr....ou seja, um absurdo total....Já no restante do Estado, pode-se tudo....de pesca com bomba a timbó, a farra é generalizada. Por sorte aquele Rio Branco é um rio abençoado por Deus, pq se dependesse dos homens, ele já teria sumido do mapa.
Desculpe-me mais uma vez pelo comentário de leigo, mas pra mim o Estado de Roraima é o maior exemplo de "Des"Ornamento Pesqueiro do Brasil. Lá se tem vários rios protegidos para que apenas coronéis e autoridades pesquem, quando do outro lado se tem proteção armada (irregular diga-se de passagem) para pousadas e operadores que se acham donos do rio, enquanto que para a maioria dos cidadãos daquele Estado sobrou apenas o "samba do crioulo doido". Chamo aquilo lá de a maior desigualdade pesqueira do Brasil...rsrsr...:blush:

Como vc diz que antevê alguns passos do futuro da pesca esportiva...não é preciso de muita vidência para prever que um dia a Polícia Federal vai meter algema em muito espertinho que se julga dono de Roraima. Talvez não esteja aqui para comemorar, mas q vai ocorrer, isso vai.

Então é isso...não estamos aqui para dificultar a vida de ninguém...mas não "aceitarei" de forma alguma que gringos venham para o nosso País,  trazendo ou levando dinheiro sabe-se lá de que jeito, proibindo o meu acesso em locais sabidamente abertos a todos. 
Vou continuar usando a informação como minha melhor arma...e sei q não sou dono da verdade. Todos aqui tem o direito de expor sua versão e suas armas, pois só assim aquela região receberá realmente o tratamento esperado.

:bompost:

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16 horas atrás, Fabrício Biguá disse:

 

Perfeitas colocações...Não retiro uma vírgula sequer e entendo perfeitamente as razões que lhe movem. Se estivesse no seu lugar, talvez fizesse da mesma forma.

Todos querem ter o privilégio de pescar em rios protegidos (pescador) e ganhar uma bolada de dinheiro pela exclusividade (operador). Bobagem minha achar que não.

Aproveitar de uma oportunidade ou situação para fazer dinheiro é algo fantástico e perfeitamente normal. Quando falamos em Marié, temos a obrigação de afirmar que antes da Untamed operar lá dentro, NINGUÉM MAIS OPERAVA...ou seja, não houve prejuízo aos pescadores esportivos, houve sim, apenas benefícios aos índios aquela região. Muitos dizem q agora só gringos abonados estão pescando lá dentro - cito o nosso amigo Beto Caranha - mas discordo um pouco dele (um pouquinho só), uma vez q basta ter dinheiro q agora pescamos lá dentro, seja brasileiro ou não (algo antes "impossível"). O q me falta são apenas os R$ 22.000,00 do pacote + R$ 2.000,00 de caixinha...(visto ser uma operação complicadíssima)...mas antes, mesmo com esta quantidade de dinheiro, não conseguiríamos pescar lá dentro.

Mas se aproveitar de uma "brecha", talvez de uma falha, ou talvez uma ação sorrateira, e vir um americano - orientado ou não por vc (ou qualquer outro consultor q seja), e tentar pescar numa área aberta a todos (desde q o mundo é mundo), prejudicando centenas de pescadores esportivos que sempre tiveram acesso lá!??!....Ah, vai ter briga certa...o q tb considero normal.
E porque eu digo "sorrateira"...se me permite este termo?!?!

Vc diz q o Jurubaixi é um rio que está dentro de Terras Indígenas...mas vamos apresentar o mapa dessa dita "terra indígena" que vc se refere.

Captura de Tela 2017-03-27 às 19.27.12.png

Reparem q na parte de baixo do mapa há sim, uma pequena Terra Indígena (TI Maraá/Jurubaixi). E sabem o que há de Jurubaixi dentro dela?!?! ABSOLUTAMENTE NADA!!!...Lá não há nada a não ser pequenas ressacas e finos estirões de água. Se a River Plate ou qualquer outro operador quiser pescar lá em cima...q fique a vontade. Observem agora que todo o restante do rio não é Terra Indígena. São 280km de rio que podem ser pescados por cada um de nós. E é justamente nestes 280Km q o Sr. Luiz Brown quer ter exclusividade pra pescar e que vc diz ser Terra Indígena. As suas palavras causam confusão aos que leem...talvez, e somente talvez, isso faça parte do trabalho que vc está tentando desenvolver. Mas também gostaria que vc entendesse que q o meu trabalho é levar informação confiável/tranquilidade aos que nos leem.

Sobre o ordenamento naquela região, volto a frisar, sou fã dos seus comentários técnicos....mas quando ouço o consultor da River Plate escrevendo, não tenho a mesma admiração (algo compreensível como disse acima).

Aos que não sabem, Maraã é uma enorme tribo/terra indígena instalada no Rio Japurá, que fica do outro lado do Negrão. Lá sim, eles são numerosos e vivem como índios vivem, pescam em água branca e por aí vai. Por uma demarcação desatenta (ou não), vc está afirmando a todos q o Jurubaixi é um rio indígena, quando não o é em sua maior área de pesca.

Em contra partida, existem 2 pequenas comunidades localizadas na boca do Jurubaixi...na verdade ainda existe outra as margens do Lago de Santa Maria... O interessante é q este povo não existia lá antes de 2003. Sim, não havia índio, branco, amarelo e etc, residindo as margens do Jurubaixi...Foi em 2003 ou 2004, salvo engano, que vieram alguns moradores ou descendentes de tribos ou comunidades vizinhas e se instalaram na região, q fica há apenas 1h de voadeira de SIRN. 
Como eu disse, o rio Jurubaixi até a reserva TI Maraã, é um rio aberto a todos.
Se a River Plate tenta usar estas comunidades da boca do Jurubaixi, q nem de lá são, para tentar fechar o rio pra eles...vai dar briga...Bom pq existem consultores e advogados para ambos os lados. Só de trancar todo o rio (até q uma decisão final seja dada), já satisfaz os operadores de SIRN...pois mover toda aquela estrutura da River Plate até a cabeceira do Jurubaixi dá um trabalhão danado...e, como ele não quer operar em outros rios de lá....muita gente se dará por parcialmente satisfeita. O Sr. Luiz Brown já não é mais um garoto, sua estrutura não atrai tantos abonados como antes, seu principal escudeiro foi "apagado" após vários conflitos na região....pra que o velhinho está querendo arrumar briga nessa altura da vida?!?! rsrsrs...


Volto a frisar q não sou dono de barco, não sou operador, e nem vou operar por lá....mas pescar no Jurubaixi, certamente é algo que gostaria de continuar acreditando que posso. Sou brasileiro, sou pescador, e vou continuar acreditando que tenho livre acesso dentro do meu País. 

A exemplo do que aconteceu no Estado de Roraima...me perdoe se estou falando uma inverdade - mas vc disse q ajudou no ordenamento pesqueiro daquele Estado...e, como não sei o tamanho desta ajuda, estou sendo generalista e não estou atribuindo culpa, responsabilidade ou sucesso a ninguém, ok?!?!? Mas quando falamos em pescar em Roraima...puts...eu quero passar longe daquele lugar. Aquilo lá parece uma terra sem lei, ou melhor, uma terra de pistoleiro. Sequer considero aquele lugar como atrativo. 
Certa feita viralizou um texto na internet de uma servidora pública de Roraima falando de como ela se sentia trabalhando naquele estado "sem lei, ou melhor, sem ordem"...Ela retratou Roraima como um Estado de velho oeste americano, onde "coronéis" e xerifes ditam as regras - muitas delas ilegais - aos quatro cantos do Estado. E áááiii de quem contrarie tais ordens. Se nem o poder público "chega" lá (na verdade ninguém quer porr@ nenhuma com a dureza), imagine se vou pescar num lugar daquele!?!? 
Chegaram ao ponto de criar uma norma estadual (não me recordo qual mas está aqui no fórum em algum lugar) proibindo a pesca de bait no Itapará ou no Água Boa, permitindo apenas a pesca de fly, que era a modalidade de pesca praticada por uma pousada lá q só recebia gringo...rrssr.....ou seja, uma verdadeira piada...rsrs. Bom q com meia dúzia de porradas a norma caiu por água abaixo.
Mas pescar nos principais rios de Roraima é algo que passo longe.
Não conheço a fundo o ordenamento pesqueiro daquele Estado, mas na opinião de um leigo que sou, se algum operador ousar pescar na cabeceira de uma meia dúzia de afluentes de lá e contrariar os interesses de uma outra dezena de operadores abastados que tem uma "exclusividade duvidosa" de operação, aaffff...este corre risco de vida, será ameaçado de morte por capangas armados e será "convidado" a se retirar daquele rio...rsrsrsr....ou seja, um absurdo total....Já no restante do Estado, pode-se tudo....de pesca com bomba a timbó, a farra é generalizada. Por sorte aquele Rio Branco é um rio abençoado por Deus, pq se dependesse dos homens, ele já teria sumido do mapa.
Desculpe-me mais uma vez pelo comentário de leigo, mas pra mim o Estado de Roraima é o maior exemplo de "Des"Ornamento Pesqueiro do Brasil. Lá se tem vários rios protegidos para que apenas coronéis e autoridades pesquem, quando do outro lado se tem proteção armada (irregular diga-se de passagem) para pousadas e operadores que se acham donos do rio, enquanto que para a maioria dos cidadãos daquele Estado sobrou apenas o "samba do crioulo doido". Chamo aquilo lá de a maior desigualdade pesqueira do Brasil...rsrsr...:blush:

Como vc diz que antevê alguns passos do futuro da pesca esportiva...não é preciso de muita vidência para prever que um dia a Polícia Federal vai meter algema em muito espertinho que se julga dono de Roraima. Talvez não esteja aqui para comemorar, mas q vai ocorrer, isso vai.

Então é isso...não estamos aqui para dificultar a vida de ninguém...mas não "aceitarei" de forma alguma que gringos venham para o nosso País,  trazendo ou levando dinheiro sabe-se lá de que jeito, proibindo o meu acesso em locais sabidamente abertos a todos. 
Vou continuar usando a informação como minha melhor arma...e sei q não sou dono da verdade. Todos aqui tem o direito de expor sua versão e suas armas, pois só assim aquela região receberá realmente o tratamento esperado.

:bompost:

Velho amigo, em primeiro lugar agradeço a gentileza de suas palavras a meu respeito. Não penso nada diferente a seu respeito.

Indo ao ponto, creio ser necessário enfatizar que minha condição de consultor especializado não me autoriza a criar notícias falsas nem comentar nada que não tenha conteúdo probatório. Isto é, não especulo nem digo inverdades.Apresento sempre à minha clientela os fatos, tendências, Leis, aspectos estruturais e conjunturas políticas.  Essas condicionantes, além de inegociáveis, devem refletir a conduta ética e moral de cada um. Nessa linha, toda e qualquer postagem séria que coloco aqui no FTB (há exceções por conta de comentários descontraídos), é regida antes de tudo pelo domínio dos fatos, que decorre do conhecimento aprofundado dos temas envolvidos, caso a caso. Não posso presumir ou prestar informações duvidosas. Assim se afigura a natureza emblemática do que estamos a discutir, na medida em que ganha importância exponencial face suas implicações no plano da pesca esportiva no médio Rio Negro, e creio ser do interesse de muitos participantes do Fórum o conhecimento qualificado do quadro que está modificando o atual modelo exploratório dos rios situados em terras indígenas, com repercussões sobre os esportistas que costumam ou querem fazer grandes pescarias na região. 

Dito isso, insisto que o amigo deve pesquisar no site da FUNAI o caso do Jurubaxi, cuja terra, aliás, encerra também o Rio Urubaxi e se estende pelos municípios de SIRN e Barcelos. Você irá constatar, com 100% de certeza, que estamos a falar, sim, que os referidos rios, além de outras bacias e drenagens, estão situados na T.I. Jurubaxi-Téa. Para auxiliá-lo nessa depreensão, submeto alguns anexos muito esclarecedores. Dê uma boa olhada, suas dúvidas serão dirimidas e suas conclusões no plano fundiário esclarecidas e alteradas.

Sobre Roraima, o cenário negativo que você edificou está em boa parte equivocado. Não procede essa coisa de pistoleiros, nem de coronéis de barranco fazendo o que bem entendem. Fui parte da reversão dessa realidade ocorrente até o final da década de 1990. iniciando por editar a lei de pesca do estado, enterrando devidamente uma malfadada lei que beneficiava um único operador, que à época dominava o Água Boa do Univini e o Itapará.  Também pus fim ao modelo predatório da pesca comercial e esportiva no Baixo Rio Branco, a última decorrente da exploração desenfreada de inúmeros operadores, levando os recursos pesqueiros à exaustão, até que Roraima fosse excluída dos mercados das pesca esportiva. Isso me levou a criar um espaço territorial protegido (a maior área de proteção municipal criada no País), realizar zoneamento de zonas de pesca esportiva (chamadas ZPE), licenciar empreendimentos em conformidade com a Resolução 237/CONAMA e credenciar empresas para cada zona de pesca, obedecendo a uma estratégia de inclusão social nos resultados operacionais (pagamento de compensações comunitárias) e capacitação e geração de posto de trabalhos para os ribeirinhos locais. Na atualidade, em todo a região operam nove empresas, cada qual em sua zona de pesca. É como entendi necessário para recuperar e preservar a ictiofauna, e confesso um certo orgulho por haver alcançado tais objetivos, a um custo pessoal bastante significativo.

Daí, o amigo entender que isso se trata de um (des)ordenamento não faz justiça à realidade, tampouco ao conceito mais elementar que se queira atribuir a um processo de ordenamento. Na atualidade (coisa que à época não fiz), há ainda a exigibilidade de estudos anuais de capacidade de suporte (número de pescadores admissíveis para cada bacia ou trecho), as reavaliações periódicas, e o monitoramento biológico dos peixes, para aferir aspectos migratórios e de recuperação de espécimes capturados e reentroduzidos em seu habitat. Veja que fiz apenas uma parte da lição de casa, os que me sucederam deverão cuidar do resto. Estamos a falar de Ordenamento sério, não de permissividade inconsequente e irresponsável, que contemple apenas uma única geração. Aliás, uma notícia que pode interessar aos amigos do Fórum e especialmente aos empresários do setor: em breve, estará sendo celebrado um convênio entre a FEMARH (órgão estadual de meio ambiente) e a UERR (Universidade Estadual) para realizar estudos socioambientais visando a licitação das bacias de Roraima, nos mesmos moldes que concebi. Após isso, tenho como certo que você, pescador e ambientalista nato como eu, embora em doses diferentes, acabe por revisar o conceito que tem sobre Roraima. Não falo como roraimense, mas como alguém que passou por Sampa, pelo Pantanal de Mato Grosso e pelo Amazonas, sempre me detendo a levantar o máximo de informações possível, até me decidir por Roraima. Pode até ser ainda ruim, mas não tanto quanto pensa.

Mais uma vez agradeço a oportunidade de contribuir, esclarecendo pontos ainda desconhecidos ou duvidosos, e deixo um abraço muito especial ao amigo.

Gilbertinho da Amazônia                    

DOU + MAPA.pdf

DOU + MAPA2.pdf

DOU + MAPA3.pdf

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Estou em conversas aqui em Brasília..... esta publicação D.O.U  de abril de 2016, da funai que reconhece o estudo feito..... o processo  estava no MJ. Aberto ao contraditório.  Mas mudaram as regras com a portaria 80.

E pode ter certeza que teremos novidades.... não estranhem  se cair esse estudo..... 

 

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10 horas atrás, Gilbertinho disse:

Velho amigo, em primeiro lugar agradeço a gentileza de suas palavras a meu respeito. Não penso nada diferente a seu respeito.

Indo ao ponto, creio ser necessário enfatizar que minha condição de consultor especializado não me autoriza a criar notícias falsas nem comentar nada que não tenha conteúdo probatório. Isto é, não especulo nem digo inverdades.Apresento sempre à minha clientela os fatos, tendências, Leis, aspectos estruturais e conjunturas políticas.  Essas condicionantes, além de inegociáveis, devem refletir a conduta ética e moral de cada um. Nessa linha, toda e qualquer postagem séria que coloco aqui no FTB (há exceções por conta de comentários descontraídos), é regida antes de tudo pelo domínio dos fatos, que decorre do conhecimento aprofundado dos temas envolvidos, caso a caso. Não posso presumir ou prestar informações duvidosas. Assim se afigura a natureza emblemática do que estamos a discutir, na medida em que ganha importância exponencial face suas implicações no plano da pesca esportiva no médio Rio Negro, e creio ser do interesse de muitos participantes do Fórum o conhecimento qualificado do quadro que está modificando o atual modelo exploratório dos rios situados em terras indígenas, com repercussões sobre os esportistas que costumam ou querem fazer grandes pescarias na região. 

Dito isso, insisto que o amigo deve pesquisar no site da FUNAI o caso do Jurubaxi, cuja terra, aliás, encerra também o Rio Urubaxi e se estende pelos municípios de SIRN e Barcelos. Você irá constatar, com 100% de certeza, que estamos a falar, sim, que os referidos rios, além de outras bacias e drenagens, estão situados na T.I. Jurubaxi-Téa. Para auxiliá-lo nessa depreensão, submeto alguns anexos muito esclarecedores. Dê uma boa olhada, suas dúvidas serão dirimidas e suas conclusões no plano fundiário esclarecidas e alteradas.

Sobre Roraima, o cenário negativo que você edificou está em boa parte equivocado. Não procede essa coisa de pistoleiros, nem de coronéis de barranco fazendo o que bem entendem. Fui parte da reversão dessa realidade ocorrente até o final da década de 1990. iniciando por editar a lei de pesca do estado, enterrando devidamente uma malfadada lei que beneficiava um único operador, que à época dominava o Água Boa do Univini e o Itapará.  Também pus fim ao modelo predatório da pesca comercial e esportiva no Baixo Rio Branco, a última decorrente da exploração desenfreada de inúmeros operadores, levando os recursos pesqueiros à exaustão, até que Roraima fosse excluída dos mercados das pesca esportiva. Isso me levou a criar um espaço territorial protegido (a maior área de proteção municipal criada no País), realizar zoneamento de zonas de pesca esportiva (chamadas ZPE), licenciar empreendimentos em conformidade com a Resolução 237/CONAMA e credenciar empresas para cada zona de pesca, obedecendo a uma estratégia de inclusão social nos resultados operacionais (pagamento de compensações comunitárias) e capacitação e geração de posto de trabalhos para os ribeirinhos locais. Na atualidade, em todo a região operam nove empresas, cada qual em sua zona de pesca. É como entendi necessário para recuperar e preservar a ictiofauna, e confesso um certo orgulho por haver alcançado tais objetivos, a um custo pessoal bastante significativo.

Daí, o amigo entender que isso se trata de um (des)ordenamento não faz justiça à realidade, tampouco ao conceito mais elementar que se queira atribuir a um processo de ordenamento. Na atualidade (coisa que à época não fiz), há ainda a exigibilidade de estudos anuais de capacidade de suporte (número de pescadores admissíveis para cada bacia ou trecho), as reavaliações periódicas, e o monitoramento biológico dos peixes, para aferir aspectos migratórios e de recuperação de espécimes capturados e reentroduzidos em seu habitat. Veja que fiz apenas uma parte da lição de casa, os que me sucederam deverão cuidar do resto. Estamos a falar de Ordenamento sério, não de permissividade inconsequente e irresponsável, que contemple apenas uma única geração. Aliás, uma notícia que pode interessar aos amigos do Fórum e especialmente aos empresários do setor: em breve, estará sendo celebrado um convênio entre a FEMARH (órgão estadual de meio ambiente) e a UERR (Universidade Estadual) para realizar estudos socioambientais visando a licitação das bacias de Roraima, nos mesmos moldes que concebi. Após isso, tenho como certo que você, pescador e ambientalista nato como eu, embora em doses diferentes, acabe por revisar o conceito que tem sobre Roraima. Não falo como roraimense, mas como alguém que passou por Sampa, pelo Pantanal de Mato Grosso e pelo Amazonas, sempre me detendo a levantar o máximo de informações possível, até me decidir por Roraima. Pode até ser ainda ruim, mas não tanto quanto pensa.

Mais uma vez agradeço a oportunidade de contribuir, esclarecendo pontos ainda desconhecidos ou duvidosos, e deixo um abraço muito especial ao amigo.

Gilbertinho da Amazônia                    

DOU + MAPA.pdf

DOU + MAPA2.pdf

DOU + MAPA3.pdf

 

Gilbertinho...sobre a questão do ordenamento em Roraima, se tudo o q postares for verdade (e acredito q seja), lhe peço desculpas pelo meu posicionamento. Mesmo afirmando ser um leigo no assunto, dou o braço a torcer de que muito foi feito por lá...aliás, com tais posicionamentos acredito q Roraima esteja à frente do Amazonas...rsrs. Agora...q lá não é esta maravilha toda, isso não é...rsrs. Como vc bem disse, muito ainda precisa ser feito.

Por outro lado, assim como disse...vc vem mandando bem, vem mandando bem, quando, na hora de tirar a nota 10, vai lá e dá uma informação duvidosa...e porque digo duvidosa?!?!

Este anexo q vc postou se trata na verdade de um ESTUDO/RELATÓRIO publicado por uma antropóloga no qual ela sugere/aponta como seria a demarcação da TI Jurubaixi/Tea. Esta TI não foi aprovada. 

Como o Joelson disse acima...quando os povos indígenas achavam q estavam prontos pra sentar na janela aumentando os seus territórios, o Temer, através de seu staff, foi lá e jogou um balde de água gelada na cabeça dos espertalhões quando o Ministério da Justiça, em 19 de abril de 2017, soltou a Portaria 80 criando o GTE - Grupo Técnico Especializado para acompanhar todos os estudos indígenas feitos no Brasil. Só na AM eram 4 áreas em estudo (contando com a TI Jurubaixi / Tea).
http://www.lex.com.br/legis_27281363_PORTARIA_N_80_DE_19_DE_JANEIRO_DE_2017.aspx

Não sei se vc tem alguma informação privilegiada q dê notícias de q este estudo será publicado nos próximos dias...ou se eu q entendi tudo errado e estou fazendo vergonha aqui...rsrs...assim com o Joelson acima...Mas tenho o mesmo posicionamento do Joelson. E é justamente por não entender as razões de vc ter postado isto como sendo uma verdade (a criação da TI) que surgem os "ruídos". Acredito que agora eu tenha entendido o pq de tanta confusão naqueles tópicos onde vc falava de operadores de SIRN adentrando nas TI, quando na verdade eles não estavam.

Apenas para esclarecer aos que nos leem...Ano passado eu mantive contato com a FOIRN para entender as razões daquela recomendação do MP do Amazonas em cima dos operadores de SIRN...Aqui a resposta recebida.

Citar

-a FOIRN conjuntamente com o Ministério Público esta empenhada em evitar a invasão de terras indígenas.

-Em Santa Isabel do Rio Negro são consideradas terras indígenas :

O Rio negro acima De Santa Isabel do Rio Negro.
O Rio Tea.
O rio Uneiuxi acima da placa demarcatória.

Qualquer nova operação realizada em terras indígenas pelos barcos da empresa informamos serão tomadas as medidas cabíveis conjuntamente com o Ministério Público.

De qualquer forma eu e o Joelson, q moramos aqui em Brasília, somos voluntários pra dar um pulinho no MJ aqui e ver como este processo caminha.

Em breve traremos novidades...joia:::

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12 horas atrás, Fabrício Biguá disse:

 

Gilbertinho...sobre a questão do ordenamento em Roraima, se tudo o q postares for verdade (e acredito q seja), lhe peço desculpas pelo meu posicionamento. Mesmo afirmando ser um leigo no assunto, dou o braço a torcer de que muito foi feito por lá...aliás, com tais posicionamentos acredito q Roraima esteja à frente do Amazonas...rsrs. Agora...q lá não é esta maravilha toda, isso não é...rsrs. Como vc bem disse, muito ainda precisa ser feito.

Por outro lado, assim como disse...vc vem mandando bem, vem mandando bem, quando, na hora de tirar a nota 10, vai lá e dá uma informação duvidosa...e porque digo duvidosa?!?!

Este anexo q vc postou se trata na verdade de um ESTUDO/RELATÓRIO publicado por uma antropóloga no qual ela sugere/aponta como seria a demarcação da TI Jurubaixi/Tea. Esta TI não foi aprovada. 

Como o Joelson disse acima...quando os povos indígenas achavam q estavam prontos pra sentar na janela aumentando os seus territórios, o Temer, através de seu staff, foi lá e jogou um balde de água gelada na cabeça dos espertalhões quando o Ministério da Justiça, em 19 de abril de 2017, soltou a Portaria 80 criando o GTE - Grupo Técnico Especializado para acompanhar todos os estudos indígenas feitos no Brasil. Só na AM eram 4 áreas em estudo (contando com a TI Jurubaixi / Tea).
http://www.lex.com.br/legis_27281363_PORTARIA_N_80_DE_19_DE_JANEIRO_DE_2017.aspx

Não sei se vc tem alguma informação privilegiada q dê notícias de q este estudo será publicado nos próximos dias...ou se eu q entendi tudo errado e estou fazendo vergonha aqui...rsrs...assim com o Joelson acima...Mas tenho o mesmo posicionamento do Joelson. E é justamente por não entender as razões de vc ter postado isto como sendo uma verdade (a criação da TI) que surgem os "ruídos". Acredito que agora eu tenha entendido o pq de tanta confusão naqueles tópicos onde vc falava de operadores de SIRN adentrando nas TI, quando na verdade eles não estavam.

Apenas para esclarecer aos que nos leem...Ano passado eu mantive contato com a FOIRN para entender as razões daquela recomendação do MP do Amazonas em cima dos operadores de SIRN...Aqui a resposta recebida.

De qualquer forma eu e o Joelson, q moramos aqui em Brasília, somos voluntários pra dar um pulinho no MJ aqui e ver como este processo caminha.

Em breve traremos novidades...joia:::

Fabrício,

Se visitar a página da FUNAI, conhecerá adequadamente a situação da TI Jurubaxi-Téa. Trabalho com informações oriundas de setores especializados do órgão, e são as seguintes: o relatório que aborda aspectos antropológicos, ambientais, socioeconômicos e fundiário foi concluído e aprovado pela presidência da Funai, é o que você leu. A partir disso, o roteiro trata de eventuais impugnações que advenham de residentes não-índios e terceiros em relação ao perímetro da área de implantação da T.I. Essa etapa também foi consumada, segundo as informações da área de gestão territorial (ou fundiária) da FUNAI. Os passos seguintes envolvem, pela ordem, um despacho do Ministro da Justiça, a demarcação física da T.I., a parte cartorial relativa ao patrimônio da União e finalmente a emissão do documento homologatório da Terra Indígena. Daí estamos a assumir que seu processo está em andamento, porém inconcluso. Até aí, ponto para você.

O que ocorre, entretanto, é que a IN 003/2015/FUNAI estabelece que o etnoturismo e o turismo de pesca esportiva em terras reconhecidamente ocupadas por povos indígenas estão sujeitos às suas disposições, não se exigindo que, para tais fins, essas áreas tenham sido homologadas como Terra Indígena. Aliás, você pode também verificar no sítio da FUNAI a situação jurídica de cada área ou Terra Indígena do País e também os aspectos restritivos e de gestão atinentes a cada estágio dos processos de criação. É matéria bem interessante.

Qualquer hora dessas (agora estou com alguns pães no forno), vou anexar a Recomendação do MPF/AM, em que ele cita expressamente as empresas que não deverão adentrar terras indígenas para a pesca no médio Rio Negro, não abrindo exceção também para empresas não referidas no documento. Creio que essa Recomendação pode ser encontrada no site do MPF, que em geral publica material de sua lavra, quando não há impedimentos.

Como você mora em BSB, não custa também fazer uma visita à sede da FUNAI, onde deverá ter acesso a toda e qualquer informação sobre as T.I. do Rio Negro, até porque o coletivo dos pescadores do Fórum depende de informações qualificadas sobre esse quadro. No meu caso, isso representará um ganho considerável, porque coloca mais gente do meu lado da "trincheira". Ah, um lembrete final: a Portaria do MJ criando nova instância para deliberar sobre Terras Indígenas foi suspensa, o problema era de natureza política, e não funcional. Soube aí em BSB que várias autoridades e instituições federais com interesse na matéria se posicionaram a favor da FUNAI, revertendo a tendência (ou tentativa) de enfraquecimento que emanaria da tal Portaria. 

Grande Abraço.

Gilbertinho    

            

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@Gilbertinho...agora conseguimos alinhar os pensamentos...rsrs

E foi o q eu disse...se eu não esperneio e "confronto" o que vc inicialmente postou, teria desistido de pescar em SIRN..rsrs...De certo sobre a TI-Jurubaixi/Téa só tem o estudo. Nada mais. Se a TI não fora reconhecida, a IN03 não vale de nada fora da TI. Se vc acredita q apenas o fato de uma comunidade/povo se intitular indígena só porque quer, e todo restante do País cumprir uma Instrução Normativa expedida pela FUNAI, podemos fechar Manaus, Belém e todo o estado. Na verdade seria melhor fechar o Brasil, uma vez q antes de 1500 só existiam índios em nosso território. 
O município (leia o prefeito) é vendido pq se não apoiar os índios não será eleito. Os vereadores, em sua maioria descendentes de índios, sabem q o fato deles serem índios lhe garantem vantagens únicas, algo q nem nós temos...ou seja, um prato cheio para que em breve, percamos parte do nosso território.
São justamente com estes argumentos que fico indignado quando vejo que um gringo (ou não) se aproveita disso para ganhar dinheiro. Passou da hora do MJ bater o pé e afirmar que daqui pra frente as TI estão mantidas e nenhuma outra será criada. Índio quer vir pra cidade?!?! quer dinheiro público?!?! então abandone suas terras e esqueça q foi índio...Claro q isso muito bem supervisionado por um órgão responsável (coisa difícil de encontrar neste País). 

E não se iluda...vai haver pressão de todos os lados em cima destas TI (tanto da FUNAI quanto dos "não índios").

Estamos diante de um caso de SOBERANIA NACIONAL...e não será uma antropóloga ou um órgão indígena que sabe-se lá quais suas motivações, que demarcarão milhões de quilômetros quadrados de Amazônia com a desculpa de que 500 índios precisam daquele pedaço de terra. Todos nós sabemos que isso é falácia. Se observamos no próprio estudo apresentando acima, constataremos que a própria população ribeirinha não se considera mais índio...rsrs...Daí me vem uma antropóloga, motivada por suas convicções e sai fechado o nosso acesso em território brasileiro?!?!? Sinto muito, mas está errado.

Nós, como brasileiros que somos não podemos deixar isto acontecer. E se acontecer, que fique registrado que são absurdos como este que criam futuras guerras.

São Gabriel da Cachoeira é um local super sensível no Brasil. Lá estão PF, ABIN, Forças Armadas e o escambau. Aquela região da Cabeça de Cachorro é ponto de entrada de drogas, armas, guerrilhas e o escambau. Se deixarmos aquilo lá fechado nas mãos de índios, em poucos anos aqueles Países vizinhos (tudo comunista) tomam de conta do nosso País e brecam nossa passagem. Cito como exemplo a região da Terra Raposa do Sol...onde nós, brasileiros temos severas restrições de passagem, enquanto que norte americanos passam livremente. Tudo isto, dentro do nosso território.

Aff...quando começo a enxergar os desdobramentos desta porcaria chegou a passar mal.

Q Deus proteja o nosso País...pois nós mesmos estamos destruindo tudo. Fui...suici::

 

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2 horas atrás, Fabrício Biguá disse:

@Gilbertinho...agora conseguimos alinhar os pensamentos...rsrs

E foi o q eu disse...se eu não esperneio e "confronto" o que vc inicialmente postou, teria desistido de pescar em SIRN..rsrs...De certo sobre a TI-Jurubaixi/Téa só tem o estudo. Nada mais. Se a TI não fora reconhecida, a IN03 não vale de nada fora da TI. Se vc acredita q apenas o fato de uma comunidade/povo se intitular indígena só porque quer, e todo restante do País cumprir uma Instrução Normativa expedida pela FUNAI, podemos fechar Manaus, Belém e todo o estado. Na verdade seria melhor fechar o Brasil, uma vez q antes de 1500 só existiam índios em nosso território. 
O município (leia o prefeito) é vendido pq se não apoiar os índios não será eleito. Os vereadores, em sua maioria descendentes de índios, sabem q o fato deles serem índios lhe garantem vantagens únicas, algo q nem nós temos...ou seja, um prato cheio para que em breve, percamos parte do nosso território.
São justamente com estes argumentos que fico indignado quando vejo que um gringo (ou não) se aproveita disso para ganhar dinheiro. Passou da hora do MJ bater o pé e afirmar que daqui pra frente as TI estão mantidas e nenhuma outra será criada. Índio quer vir pra cidade?!?! quer dinheiro público?!?! então abandone suas terras e esqueça q foi índio...Claro q isso muito bem supervisionado por um órgão responsável (coisa difícil de encontrar neste País). 

E não se iluda...vai haver pressão de todos os lados em cima destas TI (tanto da FUNAI quanto dos "não índios").

Estamos diante de um caso de SOBERANIA NACIONAL...e não será uma antropóloga ou um órgão indígena que sabe-se lá quais suas motivações, que demarcarão milhões de quilômetros quadrados de Amazônia com a desculpa de que 500 índios precisam daquele pedaço de terra. Todos nós sabemos que isso é falácia. Se observamos no próprio estudo apresentando acima, constataremos que a própria população ribeirinha não se considera mais índio...rsrs...Daí me vem uma antropóloga, motivada por suas convicções e sai fechado o nosso acesso em território brasileiro?!?!? Sinto muito, mas está errado.

Nós, como brasileiros que somos não podemos deixar isto acontecer. E se acontecer, que fique registrado que são absurdos como este que criam futuras guerras.

São Gabriel da Cachoeira é um local super sensível no Brasil. Lá estão PF, ABIN, Forças Armadas e o escambau. Aquela região da Cabeça de Cachorro é ponto de entrada de drogas, armas, guerrilhas e o escambau. Se deixarmos aquilo lá fechado nas mãos de índios, em poucos anos aqueles Países vizinhos (tudo comunista) tomam de conta do nosso País e brecam nossa passagem. Cito como exemplo a região da Terra Raposa do Sol...onde nós, brasileiros temos severas restrições de passagem, enquanto que norte americanos passam livremente. Tudo isto, dentro do nosso território.

Aff...quando começo a enxergar os desdobramentos desta porcaria chegou a passar mal.

Q Deus proteja o nosso País...pois nós mesmos estamos destruindo tudo. Fui...suici::

 

È, meu estimado parceiro...

Nesta republiqueta das bananas o inesperado é coisa corriqueira. O fato é que grande responsabilidade do que vem ocorrendo se deve aos antropólogos de plantão, vinculados ou não à FUNAI. Para ter uma ideia, surgiu de repente um grupo de 50 índios (10 famílias) numa região da agricultura familiar, entrecortada por várias vicinais e habitada por ao menos 400 famílias assentadas pelo INCRA, isto no município de Rorainópolis, Sul de Roraima. Um relatório de antropologia afirmou que essas terras eram utilizadas pelos índios em migração nas atividades de coleta, extrativismo, caça e pesca. Estou a falar de 40 mil hectares de terras, ou seja, cada família indígena fica com um latifúndio de 4 mil hectares. Concluindo, todos os agricultores familiares foram expulsos de suas posses. Pior é que as áreas reivindicadas se situam ao longo da BR 174, juntando-se à Terra Indígena Waymirii-Atroari, divisa dos estados do Amazonas e Roraima. Quer mais? 

A não ser que a FUNAI recue, o que acho difícil que ocorra, dado que grande parte de seu orçamento deriva de repasses da comunidade internacional (WWF, PNUD, etc), e se vinculam a medidas de criação, proteção e demarcação de terras indígenas, o que anunciei no Fórum irá mesmo ocorrer. Veja que mesmo a PGR se alinha a essa política, em função de previsões normativas específicas.

Renovo abraços.

Gilbertinho.     

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Este tópico está bombando em quase todos os grupos de pesca que participo no Whatsapp.

A grande maioria dos pescadores estão indignados com as informações aqui expostas, mas deixam de se manifestar por medo de represálias.

Concordo com o Fabrício quando cita que os interesses econômicos de certa casta privilegiada da região, claramente se sobrepõem aos demais fatores que, habitualmente, são utilizados como pano de fundo para justificar as ações propostas.

Penso que este é o momento para demonstrarmos nossa irresignação!
 

Cito trecho de uma canção que, na minha opinião, reflete exatamente o cenário de loteamento experimentado da bacia do médio Rio Negro.

Aluga-se

Titãs

A solução pro nosso povo
Eu vou dá
Negócio bom assim
Ninguém nunca viu
Tá tudo pronto aqui
É só vim pegar
A solução é alugar o Brasil!...

Nós não vamos pagar nada
Lalalalá!
Nós não vamos pagar nada
É tudo free!
Tá na hora agora é free
Vamo embora
Dá lugar pros gringo entrar
Que esse imóvel tá prá alugar

Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!...

Os estrangeiros
Eu sei que eles vão gostar

Tem o Atlântico
Tem vista pro mar
A Amazônia
É o jardim do quintal
E o dólar deles
Paga o nosso mingau...


 

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