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A operadora Riverplate conseguirá operar exclusivamente no Jurubaixi?


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A operadora Riverplate conseguirá operar exclusivamente no Jurubaixi?

 

Para quem não sabe, o rio Jurubaixi é um dos 4 afluentes do Negro mais próximos de Santa Isabel... Lá é um rio aberto...Não tem terra indígena e etc... Há anos, todos os operadores pescam nele...

Eu já pesquei nele algumas vezes...é um rio lindo com muita vida... se vê muitas aves e bichos terrestres... além de ter muita estrutura de Molongó, excelente pro tucunaré

 

Acontece que existe uma empresa de pesca que está fazendo de tudo para pescar nele com exclusividade...

 

E eles já estão divulgando para essa temporada a tal "exclusividade"... olhem só:

 

http://www.peacockbassassociation.com/html/jlyag17.html

" Outfitter Adds New Amazon Fishery Option - River Plate Anglers has added to their river portfolio one of the most important fishing options in the Amazon, according to longtime PBA Supporting Member, J.W. Smith of Rod & Gun Resources. "With two IGFA all-tackle world records registered in 2007 and in 2013, the Jurubaxi River (also spelled Urubaxi) and its tributaries situated near Santa Isabel da Cachoeira will be offered exclusively during the prime time of mid-September through November," he says. "River Plate has been developing Amazon operations in the Indian territory Jurubaxi-Tea area since 2006 with an Indian fishing agreement and even built a landing strip in this area many years ago. We fished it without other operations being in the area until about 5 years ago when it suddenly became overrun with a few other operations. It became generally public waters until 2 years ago when fishing was no longer allow at all and it was put into Indian Reservation status." Rod and Gun operations won't be using the runway this season as it will be much more convenient to land their charter planes at the Santa Isabel airport, according to J.W . "We will transfer parties either on fast boats for a couple of hours or on float planes to the fishing grounds," he explains. "While it has been 2 years since anyone has fished the lower part of the river, the upper 1/3 has never been fished by sport fishermen. Our exclusive encompasses that area now too!" According to the outfitter, each Saturday-to-Saturday trip will be limited to just eight anglers. For more information, or to reserve dates, please call J.W. or Dawn Smith at 800-211-4753 or email dsmith@rodgunresources.com. "

 

Outfitter acrescenta nova opção de pesca da Amazônia - A River Plate Anglers adicionou ao seu portfólio de rio uma das opções de pesca mais importantes da Amazônia, de acordo com o membro de apoio PBA de longa data, JW Smith of Rod & Gun Resources. "Com dois registros mundiais IGFA registrados em 2007 e em 2013, o rio Jurubaxi (também escrito por Urubaxi) e seus afluentes situados perto de Santa Isabel da Cachoeira serão oferecidos exclusivamente no horário nobre de meados de setembro a novembro", ele Diz. "A River Plate vem desenvolvendo operações da Amazônia no território indiano da área de Jurubaxi-Tea desde 2006 com um acordo de pesca indiano e até mesmo construiu uma pista de pouso nesta área há muitos anos. Nós pescamos sem outras operações na área até cerca de 5 anos Quando, de repente, tornou-se invadido com algumas outras operações. Ele se tornou geralmente águas públicas até 2 anos atrás, quando a pesca já não era permitida e foi colocada no status de Reserva indiana ". As operações de Rod e Gun não estarão usando a pista esta temporada, pois será muito mais conveniente aterrar seus aviões charter no aeroporto de Santa Isabel, de acordo com a JW. "Nós transferiremos festas em barcos rápidos por um par de horas ou em aviões flutuantes para as áreas de pesca", explica. "Embora tenha sido 2 anos desde que alguém tenha pescado a parte mais baixa do rio, o 1/3 superior nunca foi pescado por pescadores esportivos. Nosso exclusivo abrange também essa área!" De acordo com o outfitter, cada viagem de sábado a sábado será limitada a apenas oito pescadores. Para mais informações, ou para reservar datas, ligue para JW ou Dawn Smith pelo telefone 800-211-4753 ou envie um e-mail para dsmith@rodgunresources.com.

 

Será possível essa empresa conseguir autorização dos órgãos e conseguir bloquear todos os operadores brasileiros? (uma coisa que parece até ilegal)

 

Esse ano vou pescar em Barcelos, não é nem em SIRN... mas fico muito triste com tudo isso... penso também nos meus amigos pescadores e operadores...
 

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11 horas atrás, Beto Caranha disse:

A operadora Riverplate conseguirá operar exclusivamente no Jurubaixi?

 

Para quem não sabe, o rio Jurubaixi é um dos 4 afluentes do Negro mais próximos de Santa Isabel... Lá é um rio aberto...Não tem terra indígena e etc... Há anos, todos os operadores pescam nele...

Eu já pesquei nele algumas vezes...é um rio lindo com muita vida... se vê muitas aves e bichos terrestres... além de ter muita estrutura de Molongó, excelente pro tucunaré

 

Acontece que existe uma empresa de pesca que está fazendo de tudo para pescar nele com exclusividade...

 

E eles já estão divulgando para essa temporada a tal "exclusividade"... olhem só:

 

http://www.peacockbassassociation.com/html/jlyag17.html

" Outfitter Adds New Amazon Fishery Option - River Plate Anglers has added to their river portfolio one of the most important fishing options in the Amazon, according to longtime PBA Supporting Member, J.W. Smith of Rod & Gun Resources. "With two IGFA all-tackle world records registered in 2007 and in 2013, the Jurubaxi River (also spelled Urubaxi) and its tributaries situated near Santa Isabel da Cachoeira will be offered exclusively during the prime time of mid-September through November," he says. "River Plate has been developing Amazon operations in the Indian territory Jurubaxi-Tea area since 2006 with an Indian fishing agreement and even built a landing strip in this area many years ago. We fished it without other operations being in the area until about 5 years ago when it suddenly became overrun with a few other operations. It became generally public waters until 2 years ago when fishing was no longer allow at all and it was put into Indian Reservation status." Rod and Gun operations won't be using the runway this season as it will be much more convenient to land their charter planes at the Santa Isabel airport, according to J.W . "We will transfer parties either on fast boats for a couple of hours or on float planes to the fishing grounds," he explains. "While it has been 2 years since anyone has fished the lower part of the river, the upper 1/3 has never been fished by sport fishermen. Our exclusive encompasses that area now too!" According to the outfitter, each Saturday-to-Saturday trip will be limited to just eight anglers. For more information, or to reserve dates, please call J.W. or Dawn Smith at 800-211-4753 or email dsmith@rodgunresources.com. "

 

Outfitter acrescenta nova opção de pesca da Amazônia - A River Plate Anglers adicionou ao seu portfólio de rio uma das opções de pesca mais importantes da Amazônia, de acordo com o membro de apoio PBA de longa data, JW Smith of Rod & Gun Resources. "Com dois registros mundiais IGFA registrados em 2007 e em 2013, o rio Jurubaxi (também escrito por Urubaxi) e seus afluentes situados perto de Santa Isabel da Cachoeira serão oferecidos exclusivamente no horário nobre de meados de setembro a novembro", ele Diz. "A River Plate vem desenvolvendo operações da Amazônia no território indiano da área de Jurubaxi-Tea desde 2006 com um acordo de pesca indiano e até mesmo construiu uma pista de pouso nesta área há muitos anos. Nós pescamos sem outras operações na área até cerca de 5 anos Quando, de repente, tornou-se invadido com algumas outras operações. Ele se tornou geralmente águas públicas até 2 anos atrás, quando a pesca já não era permitida e foi colocada no status de Reserva indiana ". As operações de Rod e Gun não estarão usando a pista esta temporada, pois será muito mais conveniente aterrar seus aviões charter no aeroporto de Santa Isabel, de acordo com a JW. "Nós transferiremos festas em barcos rápidos por um par de horas ou em aviões flutuantes para as áreas de pesca", explica. "Embora tenha sido 2 anos desde que alguém tenha pescado a parte mais baixa do rio, o 1/3 superior nunca foi pescado por pescadores esportivos. Nosso exclusivo abrange também essa área!" De acordo com o outfitter, cada viagem de sábado a sábado será limitada a apenas oito pescadores. Para mais informações, ou para reservar datas, ligue para JW ou Dawn Smith pelo telefone 800-211-4753 ou envie um e-mail para dsmith@rodgunresources.com.

 

Será possível essa empresa conseguir autorização dos órgãos e conseguir bloquear todos os operadores brasileiros? (uma coisa que parece até ilegal)

 

Esse ano vou pescar em Barcelos, não é nem em SIRN... mas fico muito triste com tudo isso... penso também nos meus amigos pescadores e operadores...
 

Caro Beto,

Tudo indica que sim. A River Plate deve de fato operar no Jurubaxi, com exclusividade, a partir na nova temporada que se avizinha (setembro/2017-março/2018). Sabemos que até a temporada passada diversas operadoras exploravam livremente os rios de SIRN, contudo, com a edição da IN/03/FUNAI, que regulamentou a atividade de pesca esportiva em terras indígenas, o MPF publicou decisão pelo impedimento da venda de pacotes de pesca por toda e qualquer empresa em SIRN, citando nominalmente algumas delas. A partir desse marco, a pesca esportiva em SIRN está totalmente suspensa, até que todo um processo de regularização seja consumado.

Antes de prosseguir, preciso fazer uma correção à sua fala: primeiro, praticamente 100% das terras de SIRN são indígenas, em menor ou maior estágio de regularização. Segundo, para fins da já referida IN/03/FUNAI, para uma T.I. (Terra Indígena) ser assim considerada, basta que tenha sido publicado o respectivo estudo antropológico com a respectiva demarcação, isto é, não se exige, para a incidência da IN, que qualquer das áreas ocupadas por populações indígenas tenham sido fisicamente demarcadas e cumpridos todos os ritos vinculados à sua regularização. Nesse contexto, informo que o Jurubaxi integra a TI Jurubaxi-Téa (são três os principais rios abrangidos pela TI, e dois já fazem parte de sua denominação). Daí, uma das questões fica respondida: O Rio Jurubaxi integra uma Terra Indígena, e a pesca esportiva só pode ser desenvolvida nele por empresa que tenha atendido os requisitos legais especialmente exigidos pela IN/03/2015/FUNAI.     

Adiante, esclareço que River Plate é o nome fantasia da empresa LIGA DE ECO-POUSADAS DA AMAZÔNIA, uma das mais antigas operadoras brasileiras de pesca em nossa Amazônia. Em termos de pesca em terras Indígenas, ela opera há um bom tempo nos rios Marmelos, Igapó-Açú e Matupiri, abarcando três diferentes áreas. Ela não pesca em regime de compartilhamento de áreas com outras empresas do ramo, em razão do excesso de estresse de repetidas capturas de espécimes do Tucunaré, o que ocorre nesses casos. Diferentemente, a LIGA adota planos de manejo par todas as áreas em que opera, o que permite um descanso maior aos peixes já capturados e reentroduzidos.

De outro lado, não creio que o fato de uma única operadora explorar a pesca num dado local seja negativo, se considerarmos que não basta alguém (brasileiro ou não) ter vontade de pescar na Amazônia. É essencial que a expectativa de capturas seja atendida em plenitude. Afinal, as despesas são relativamente altas, e é preciso que um bom produto seja entregue ao cliente, sob pena de ele repercutir o que há de pior junto ao mercado, cujos efeitos dispensam comentários.

Vai pesar mais no bolso uma pescaria em SIRN? Sim, vai pesar. Ocorre que estamos numa transição até tardia diante dos cenários tradicionais envolvendo a exploração da pesca por empresas ditas "especializadas". É que, ao longo dos anos, prevaleceu um binômio pescador-operador. O primeiro pagava o pacote e o operador o conduzia a bons destinos, sem ter de pagar nada por isso, permitindo-se uma maior lucratividade, porém sem sustentabilidade social, quando o correto é que se formasse um trinômio obrigatório, envolvendo o componente social, os ribeirinhos residentes nos chamados destinos turísticos. Esses, de forma gradual, aperceberam-se que suas áreas de uso tradicional vinham rendendo altos lucros para empresários, desconsiderando as necessidades de desenvolvimento local. A partir disso, o ingresso de barcos ou a instalação de lodges vem obrigando o empresariado a destinar parte de seus lucros em remuneração de contratos celebrados com comunidades ribeirinhas, e para manter a maior receita financeira possível, eleva os preços dos pacotes que oferecem. No caso das Terras Indígenas, o impacto é ainda maior, já que se exigem remunerações contratuais bem mais altas (100% maior), além de investimentos infraestruturais, estudos ambientais e fiscalizações permanentes e capacitações comunitárias, tudo a fundo perdido. Esses fatores determinam a definição de um preço maior para destinos situados em terras indígenas, porém os resultados da pesca justificam em razão do alto grau de preservação dos estoques pesqueiros.     

Finalizando essa nossa conversa, acrescento que as várias operadoras de pesca de SIRN, atualmente proibidas de operar e vender pacotes, parecem padecer, em alguma medida, de uma qualificada gestão administrativa. Veja que a IN/03/FUNAI foi publicada em junho de 2015, o MPF recomendou a proibição em novembro de 2016, a FOIRN (Federação dos Povos Indígenas do Rio Negro) publicou matéria a respeito. Todas tiveram tempo suficiente para buscar sua regularização, porém optaram por reclamar que um "gringo" estaria tentando tomar o lugar delas no Jurubaxi ao invés de "fazerem a lição de casa". Note que sequer sabiam ou procuraram saber se a empresa seria nacional ou estrangeira. Interessante é que nenhuma delas também se preocupou com o desenvolvimento social e  econômico dos povos indígenas dessas terras ao longo de anos, apesar de explorarem "seus quintais" à vontade, sem custo algum. Toda consequência é decorrente de fatos, e o caso é exatamente esse.  

Em suma, entendo que a liberação dos rios de SIRN dependerá do cumprimento das exigências da IN/03/FUNAI por toda e qualquer empresa interessada. O processo é burocratizado e pautado em peças técnicas, econômicas e contratuais extensas, o que recomenda começar o quanto antes. Apenas empresas pré-qualificadas terão o direito de exploração exclusiva dos rios situados em T.I. A LIGA percorreu esse caminho desde dezembro/2016, e somente agora é possível adiantar que ela passará a ser a operadora exclusiva do Jurubaxi nesta próxima temporada.

Se puder ajudar em algo mais, basta pedir.

Abraço do Gilbertinho              

 

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Que explicação eim ...... Muito boa tecnicamente ,vejo que as empresas não irão deixar por pouco isso aí ,vão correr atrás ,por outro lado é bom para que as empresas se regularizem e pensem um pouco mais no termo sustentabilidade da pesca esportiva ,na contra mão vem os valores que já são altos e poderão se tornar ainda maior , sendo o próprio brasileiro a maior vítima disso tudo pois para os gringos essa pescaria é barata demais ,para nós moradores da terra somos refém da nossa própria economia que anda bem em baixa , Barcelos irá se tornar um alvo ainda maior devido aos fatos acima descritos , será que essa exclusividade da empresa destacada não irá diminuir a receita de SIRN??? Vendo que o valor arrecadado será menor? No final é um jogo de interesses políticos e econômicos, nos brasileiros sabemos que o governo não dá a mínima aos índios desde que os benefícios aos indios sejam iguais aos benefícios (entende-se dinheiro) arrecadados ao município , ou aos bolsos largos dos nossos políticos , não tem como dar exclusividade a uma empresa para pesca de um Rio e a cidade não ser afetada economicamente. É claro  que a arrecadação irá declinar , comércio, hotel, aéreo, ribeirinhos , restaurantes, imaginem que trabalhavam  100 piloteiros nas empresas de pesca , será que a River irá dar emprego a todos?! As cozinheiras, posto de combustível. Portanto as áreas indígenas serão preservadas ,os locais de pesca serão menos explorados , os índios serão beneficiados mas  e a população local que vive disso  em.media  6 meses do ano?!?! 

Sustentabilidade social + exclusividade exploratória = Insustentável!!!!

Minha visão da situação,

Não isenta os outros operadores de procurarem se adequar e se regularizar , afinal a pesca esportiva tem q ser o foco e ser tratada com cuidado. Lucratividade é consequência de um trabalho bem feito!!!!

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Boa tarde, Sr. Gilberto,

Com base em qual ou quais decreto(s) homologatório(s) de demarcação de Terras Indígenas o Senhor afirma que " primeiro, praticamente 100% das terras de SIRN são indígenas, em menor ou maior estágio de regularização"? 

Na Região de Santa Isabel, só conheço o Decreto s/n de 15/04/1998, que homologou a TI Jurubaxi-Tea, a qual, como sabemos, não abarca inteiramente nem mesmos os mencionados rios. 

Essa noticiada  exploração da atividade de turismo de pesca esportiva na região por apenas uma única empresa salta aos olhos, diante da vedação expressa ao monopólio, estabelecida na Constituição da República.

Atenciosamente,

Cesar

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20 horas atrás, Gilbertinho disse:

Caro Beto,

Se puder ajudar em algo mais, basta pedir.

Abraço do Gilbertinho              

 

Ja que você oferece, SIM, poderia nos ajudar esclarecendo o que foi dito sobre o senhor no seu post perguntando se o Jurubaixi e bom de peixe???

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2 horas atrás, Marcos Vinicius de Oliveir disse:

Beto vai pra onde e qndo nessa temporada?! Estou indo Barcelos 30/09

Vou pra Barcelos nessa mesma data! Que legal! Vamos nos encontrar la...

Estou ainda tentando resolver voo... Tinha comprado a ida pela a Map, mas a Map parece que cancelou... Ta uma loucura... nosso esquema é de 10 dias, então complicar achar voos...(pois o normal são pacotes de 7 dias...

 

 

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Em 15/07/2017 at 13:51, Gilbertinho disse:

Caro Beto,

Tudo indica que sim. A River Plate deve de fato operar no Jurubaxi, com exclusividade, a partir na nova temporada que se avizinha (setembro/2017-março/2018). Sabemos que até a temporada passada diversas operadoras exploravam livremente os rios de SIRN, contudo, com a edição da IN/03/FUNAI, que regulamentou a atividade de pesca esportiva em terras indígenas, o MPF publicou decisão pelo impedimento da venda de pacotes de pesca por toda e qualquer empresa em SIRN, citando nominalmente algumas delas. A partir desse marco, a pesca esportiva em SIRN está totalmente suspensa, até que todo um processo de regularização seja consumado.

Antes de prosseguir, preciso fazer uma correção à sua fala: primeiro, praticamente 100% das terras de SIRN são indígenas, em menor ou maior estágio de regularização. Segundo, para fins da já referida IN/03/FUNAI, para uma T.I. (Terra Indígena) ser assim considerada, basta que tenha sido publicado o respectivo estudo antropológico com a respectiva demarcação, isto é, não se exige, para a incidência da IN, que qualquer das áreas ocupadas por populações indígenas tenham sido fisicamente demarcadas e cumpridos todos os ritos vinculados à sua regularização. Nesse contexto, informo que o Jurubaxi integra a TI Jurubaxi-Téa (são três os principais rios abrangidos pela TI, e dois já fazem parte de sua denominação). Daí, uma das questões fica respondida: O Rio Jurubaxi integra uma Terra Indígena, e a pesca esportiva só pode ser desenvolvida nele por empresa que tenha atendido os requisitos legais especialmente exigidos pela IN/03/2015/FUNAI.     

Adiante, esclareço que River Plate é o nome fantasia da empresa LIGA DE ECO-POUSADAS DA AMAZÔNIA, uma das mais antigas operadoras brasileiras de pesca em nossa Amazônia. Em termos de pesca em terras Indígenas, ela opera há um bom tempo nos rios Marmelos, Igapó-Açú e Matupiri, abarcando três diferentes áreas. Ela não pesca em regime de compartilhamento de áreas com outras empresas do ramo, em razão do excesso de estresse de repetidas capturas de espécimes do Tucunaré, o que ocorre nesses casos. Diferentemente, a LIGA adota planos de manejo par todas as áreas em que opera, o que permite um descanso maior aos peixes já capturados e reentroduzidos.

De outro lado, não creio que o fato de uma única operadora explorar a pesca num dado local seja negativo, se considerarmos que não basta alguém (brasileiro ou não) ter vontade de pescar na Amazônia. É essencial que a expectativa de capturas seja atendida em plenitude. Afinal, as despesas são relativamente altas, e é preciso que um bom produto seja entregue ao cliente, sob pena de ele repercutir o que há de pior junto ao mercado, cujos efeitos dispensam comentários.

Vai pesar mais no bolso uma pescaria em SIRN? Sim, vai pesar. Ocorre que estamos numa transição até tardia diante dos cenários tradicionais envolvendo a exploração da pesca por empresas ditas "especializadas". É que, ao longo dos anos, prevaleceu um binômio pescador-operador. O primeiro pagava o pacote e o operador o conduzia a bons destinos, sem ter de pagar nada por isso, permitindo-se uma maior lucratividade, porém sem sustentabilidade social, quando o correto é que se formasse um trinômio obrigatório, envolvendo o componente social, os ribeirinhos residentes nos chamados destinos turísticos. Esses, de forma gradual, aperceberam-se que suas áreas de uso tradicional vinham rendendo altos lucros para empresários, desconsiderando as necessidades de desenvolvimento local. A partir disso, o ingresso de barcos ou a instalação de lodges vem obrigando o empresariado a destinar parte de seus lucros em remuneração de contratos celebrados com comunidades ribeirinhas, e para manter a maior receita financeira possível, eleva os preços dos pacotes que oferecem. No caso das Terras Indígenas, o impacto é ainda maior, já que se exigem remunerações contratuais bem mais altas (100% maior), além de investimentos infraestruturais, estudos ambientais e fiscalizações permanentes e capacitações comunitárias, tudo a fundo perdido. Esses fatores determinam a definição de um preço maior para destinos situados em terras indígenas, porém os resultados da pesca justificam em razão do alto grau de preservação dos estoques pesqueiros.     

Finalizando essa nossa conversa, acrescento que as várias operadoras de pesca de SIRN, atualmente proibidas de operar e vender pacotes, parecem padecer, em alguma medida, de uma qualificada gestão administrativa. Veja que a IN/03/FUNAI foi publicada em junho de 2015, o MPF recomendou a proibição em novembro de 2016, a FOIRN (Federação dos Povos Indígenas do Rio Negro) publicou matéria a respeito. Todas tiveram tempo suficiente para buscar sua regularização, porém optaram por reclamar que um "gringo" estaria tentando tomar o lugar delas no Jurubaxi ao invés de "fazerem a lição de casa". Note que sequer sabiam ou procuraram saber se a empresa seria nacional ou estrangeira. Interessante é que nenhuma delas também se preocupou com o desenvolvimento social e  econômico dos povos indígenas dessas terras ao longo de anos, apesar de explorarem "seus quintais" à vontade, sem custo algum. Toda consequência é decorrente de fatos, e o caso é exatamente esse.  

Em suma, entendo que a liberação dos rios de SIRN dependerá do cumprimento das exigências da IN/03/FUNAI por toda e qualquer empresa interessada. O processo é burocratizado e pautado em peças técnicas, econômicas e contratuais extensas, o que recomenda começar o quanto antes. Apenas empresas pré-qualificadas terão o direito de exploração exclusiva dos rios situados em T.I. A LIGA percorreu esse caminho desde dezembro/2016, e somente agora é possível adiantar que ela passará a ser a operadora exclusiva do Jurubaxi nesta próxima temporada.

Se puder ajudar em algo mais, basta pedir.

Abraço do Gilbertinho              

 

Mas senhor Gilberto, se a pesca no Jurubaxi só poderá ser feita pela River Plate  à partir desse ano,por que o senhor perguntou em outro tópico se esse rio é bom de peixe?

O sr citou que pretende fazer uma pescaria lá nessa temporada 2017/2018.Como assim???

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Amigos...vejam bem...Este tópico não foi criado com o intuito de se criar uma briga aqui com o Gilbertinho, com River Plate ou com quer q seja.

A proposta do fórum é a de ajudar a pesca esportiva. Brigas e jogadinhas que gerem conflito não vão nos ajudar como pescadores, ok?!?! Então, pouco nos importa saber quais as verdadeiras intenções do Gilbertinho quando ele perguntou sobre o Jurubaixi, mesmo todo mundo sabendo q ele já tinha/tem estas informações. Isso serve para nos alertar que o fórum é fonte importante de dados que é acessada por todo tipo de gente e de interesses.

Mas voltando ao tópico em si.

Eu não iria responde-lo, pq tudo o q postei no outro tópico criado pelo Gilbertinho não foi aceito ou lido por ele.

Na verdade a impressão que você passa Gilbertinho, e me perdoe se estou errado, mas é a de que vc só repassa as informações que lhe convém (ou a River Plate), não atacando os pontos centrais do que realmente importa. E vou tentar provar isto aqui pra baixo para q vc e qualquer um não entenda minhas palavras como uma provocação ou chamado pra briga...rsrsr (o q não irá ocorrer).

A Terra Indígena Jurubaixi-Téa está prestes a ser homologada!??! Sim, está.
Como, onde ou quem fez este estudo, ou quem financiou, ou quem está por trás disto, é assunto pra outro tópico...mas de fato mesmo, a TI foi DEMARCADA....e, como toda TI demarcada, o que ela tem de diferente de uma terra HOMOLOGADA?!??!

TERRAS INDÍGENAS DEMARCADAS = São terras que tiveram os estudos aprovados pela Presidência da FUNAI, com a sua conclusão publicada no Diário Oficial da União e do Estado, e  que se encontram na fase do contraditório administrativo em análise pelo Ministério da Justiça, para decisão acerca da expedição de Portaria Declaratória da posse tradicional indígena.

TERRAS INDÍGENAS HOMOLOGADAS = Terras que possuem os seus limites materializados e georeferenciados, cuja a demarcação administrativa foi homologada por decreto presidencial.

Ocorre q a TI Jurubaixi-Tea foi DEMARCADA...o processo está atualmente no Ministério da Justiça em Brasília sendo contestado pelo executivo e legislativo de SIRN que NÃO QUEREM QUE AS TERRAS SEJAM HOMOLOGADAS.
Na verdade o Governo Federal não quer que seja mais homologadas TI no Brasil. Eles já perceberam q os índios que já tem suas terras homologadas pouco ou não produzem lá dentro. Eles apenas arrendam suas terras e ficam esperando o dinheiro cair no final do mês (Ilha do Bananal, por exemplo)...e toda a TI acima de SIRN, os caras não produzem nada e continuam pedindo tudo pro Governo...ou seja, eles querem viver livremente em suas terras, mas cobram ajuda através dos nossos impostos...Lindo, não?!?! (mas é assunto pra outro tópico).
Esse processo está sendo contraditado pela prefeitura da cidade que não foi sequer consultada (apesar de não precisar), mas sequer tomou ciência de q este processo de demarcação estava sendo feito.

E pode ser q dê certo!?!? Pode ser que sim, e pode ser que não.

Mas o q se tem de concreto é que a TI ainda não foi homologada e ainda NÃO É CONSIDERADA TI.

 

O Gilbertinho muito fala dessa IN03 da FUNAI. Como eu disse no outro tópico, instrução normativa serve para instruir processos dentro da área de atribuição de um órgão...ou seja, se a TI Jurubaixi-Tea estivesse homologado, aí sim, a IN03 poderia ser imposta porque seria uma "Terra da FUNAI". Ocorre q isso ainda não aconteceu e a FUNAI não pode cobrar o cumprimento dela onde ela não manda na terra. Essa IN não vale nada para a região q estamos falando.

Outra questão que vou comentar pela última vez aqui no fórum e que desmente tudo isso que o Gilbertinho tenta empurrar goela abaixo na cabeça dos pescadores de SIRN.

Vou tentar desenhar agora pra ver se vc entende, Gilbertinho.

Vc diz que o MPF e a FOIRN proibiu as operações de pesca das empresas que "não fizeram o seu dever de casa corretamente" na região de SIRN. Além de maldoso vc não está falando a verdade. E vou provar isto para que vc não use linguagem florida para confundir mais quem nos lê.

Primeiro pq lá ainda é uma terra aberta a todos (NÃO É TI)...e, consequentemente, toda a documentação de turismo ou da embarcação e etc, são sim, feitas corretamente (e digo isso em nome de todas as operadoras de lá e de Barcelos). Todas as taxas são pagas no começo das temporadas, e todos os "papeis" estão certinhos perante a lei.

Segundo pq o MPF e a FOIRN "pediram" que os operadores de SIRN não vendessem pacotes DENTRO DE TI...Vc, quando fala esta inverdade acima, está sugerindo que os operadores descumprem a lei...E isso não é verdade.

Prova disto é q eu mesmo mantive uma conversa com a Sra. Almerinda falando sobre esta "invasão"...veja a resposta dela abaixo:

Citar

 

De: Almerinda moura jorge <foirnsgc@gmail.com>
Data: 19 de outubro de 2016 16:36:15 BRST
Para: contato@barcoangatu.com.br
Assunto: Operação de pesca em terras indígenas-FOIRN

Considerando os termos da mensagem recebida do Sr Fabrício, que volta ao tempo em que índios eram comprados com presentes, a FOIRN considera encerrada a conversa e  também considera avisada a empresa barcos angatu.
-Nenhuma negociação para operar em terras indígenas pode ser realizada diretamente com os índios.
-a FOIRN conjuntamente com o Ministério Público esta empenhada em evitar a invasão de terras indígenas.
-Em Santa Isabel do Rio Negro são consideradas terras indígenas :

O Rio negro acima De Santa Isabel do Rio Negro.
O Rio Tea.
O rio Uneiuxi acima da placa demarcatória. (grifo nosso)

Qualquer nova operação realizada em terras indígenas pelos barcos da empresa informamos serão tomadas as medidas cabíveis conjuntamente com o Ministério Público.

 

Este email está em minha caixa de mensagem e pode ser enviado para quem o desejar...Peço apenas que pare com essa mentira de espalhar que SIRN "praticamente" todas as terras são indígenas e que as empresas de pesca de SIRN são descumpridoras da lei. Como provado acima, isso é uma inverdade, pois até mesmo a FOIRN, não vê estas TI que vc faz questão de dizer que já existem.
A FOIRN ficou puta da vida pq o Andrea deu uma carona para o chefe da tribo até a TI Uneuxi, logo após este ter votado em SIRN e não ter como retornar pra tribo.

Outra coisa...para se operar em SIRN é feito um cadastro, é emitido um alvará pela prefeitura, é paga uma taxa de acesso aos afluentes e etc..então, se tem alguém q não faz o seu trabalho de casa corretamente é a prefeitura que não repassa parte desta tarifa para o povo ribeirinho (mas isto é assunto pra outro tópico).

Nem vou entrar no mérito levantado sobre a questão de inclusão social e tals...pq isso é maior besteira de todas. Na verdade a River Plate (e 99% das outras empresas) visa lucro. Só isso. Se ela estivesse preocupada em ajudar o município como um todo, ela não faria propostas diretas as comunidades ribeirinhas. 
Imaginem agora o prejuízo que uma empresa apenas causa pra o município. Aeroporto, mercado, farmácia, mecânicas, combustível, hotel, dezenas de famílias que trabalham na pesca e etc...tudo isso vai ficar sem emprego agora.

É preciso criar uma forma de preservar os estoques pesqueiros e manter a região atrativa aos pescadores, sim...isso é fato...Mas comprando comunidades ribeirinhas das bocas dos afluentes certamente não é uma delas. Criar o terror gerando confusão na cabeça destas comunidades não é a uma delas.

 Só lhe peço encarecidamente, Gilbertinho...Pare de espalhar essa mentira de que o MP e a FOIRN proibiram a venda de pacotes em SIRN pelas empresas que lá operavam. Em TI sempre foi proibido pescar. Se alguma destas empresas lá adentrou, essas sim, merecem ser alertadas, mas repito, onde é TI HOMOLOGADA. Você está causando prejuízos financeiros e incalculáveis a imagem destas estas empresas, além de estar divulgado uma informação que não e verdade. Prova disto está no próprio email postado acima. Áreas exclusas as citadas no email da própria FOIRN não são consideradas TI.

Grande abraço a todos, e torçam para que a FUNAI, FOIRN e outros poucos interessados consigam ganhar no "tapetão" o uso exclusivo de uma enorme área de pesca e que, nesta desculpa de inclusão social, destruam um município que perderá totalmente a sua representatividade política, turística e comercial.

Em breve trarei mais notícias sobre este assunto, e vamos torcer para que a prefeitura e a câmara dos vereadores derrubem esta demarcação. joia:::

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5 horas atrás, -Mariano- disse:

Ja que você oferece, SIM, poderia nos ajudar esclarecendo o que foi dito sobre o senhor no seu post perguntando se o Jurubaixi e bom de peixe???

Mariano,

Não era do meu conhecimento o que foi dito a meu respeito, num tópico que eu mesmo postei. Isso se deveu ao deslocamento do tópico para outra área do Fórum, por iniciativa dos administradores, logo após um membro haver postado a primeira resposta. Me queixei inclusive por conta disso, mas agora, depois de ler o que foi postado por alguns membros, informo o seguinte:

1) Não me cabe nenhuma retratação, por inúmeras razões.

Primeiro, porque quando há tempo comentei que a pesca em SIRN se encontraria suspensa a partir desta temporada, postaram que eu estaria provocando "ruídos", o que leva a entender claramente que ninguém acreditava que isso poderia ocorrer, o que, em tese, me situava como mentiroso;

Segundo, porque esse alerta derivou do fato de saber que o MPF publicara recomendação expressa nesse sentido, e minha intenção era exclusivamente a de evitar que pessoas adquirissem pacotes de pesca para a região (não apenas o Jurubaxi) e ao final tivessem sua expectativa frustrada;

Terceiro, porque uma das empresas para as quais presto consultoria ambiental, motivada por Ofício procedido da CR/FUNAI/AM, me acionou para cuidar de aspectos técnicos e jurídicos pertinentes ao tema, visto que essa empresa, Liga de Eco-Pousadas da Amazônia, opera em três Terras Indígenas distintas: Tenharim-Marmelos, Igapó-Açu e Matupiri, e já houvera operado no Jurubaxi, em períodos anteriores ao da liberação geral que ocorreu em meados de 2007/8, quando diversas empresas foram autorizadas a pescar pela Prefeitura de SIRN;

Quarto, porque procede apenas em parte a informação de que presto consultoria para a Liga de Eco-Pousadas. O faço do mesmo modo para outras operadoras de pesca da região, e por tal razão sempre detive informações atualizadas sobre a pesca, reunindo informações procedentes de estudos, tendências de mercado, destinos potenciais de pesca, ações e decisões governamentais, aspectos jurídicos atinentes à pesca e assim por diante;

Quinto, porque não procede (portanto é mentirosa) a fala de que na temporada passada eu teria me aproximado dos povos do Jurubaxi para negociar o ingresso da Liga no rio. Isso de fato ocorreu em dezembro passado, e pela vez inédita, após dois adventos: a) publicação da IN/03/FUNAI e b) a edição da recomendação do MPF pela suspensão da pesca em SIRN, até que se consumasse a regularização prevista na referida IN. A bem da verdade, foi a única oportunidade em que estive na região de SIRN, a pedido do cliente;

Sexto, porque a partir dessa mudança do cenário jurídico, abriu-se uma janela de oportunidades que a Liga, amparada no fato de haver celebrado acordos de pesca no Jurubaxi no passado, decidiu-se por buscar os caminhos da regularização exigidos pela lei, o que consumiu praticamente 7 meses de intenso trabalho, boa parte realizado por mim. Creio que as operadoras de SIRN tinham até melhores chances para alcançar esse objetivo, contudo ignoro se fizeram algo a respeito;

Sétimo, porque quando busquei informações a respeito da piscosidade do Jurubaxi, é porque cogito pescar lá nesta temporada e não faço ideia se vale a pena, e repare bem que quando fiz a indagação no Fórum sobre a piscosidade do rio, não mencionei empresa ou pacote, apenas disse que mantinha relações de amizade com os povos locais e que me seriam disponibilizados os meios para tanto, o que é absoluta verdade. Além do que, comunitários da aldeia Acuariquara me solicitaram apoio técnico em georreferencimento, o que me predispus a atender na primeira oportunidade. Mas caso assim deseje, posso muito bem agora me alojar na estrutura da Liga, sem custo algum.

Oitavo, porque o contrato com a FOIRN e as comunidades foi celebrado nesta quarta-feira, dia 12, e minha indagação sobre a piscosidade do rio ocorreu há 30 dias ou mais e, dependendo das respostas, iria pescar por lá independentemente de a Liga alcançar seu intento;

Nono, porque fiz vários comentários a respeito da pesca em SIRN e outras regiões da Amazônia, alguns membros até se queixaram de minhas intervenções em outros temas aqui postados por outros membros. Menos mal que abstiveram-se de críticas em relação à qualidade do que postei. A esses, digo que há 40 anos me dedico a questões ambientais envolvendo a Amazônia Legal, o que me leva a um grau diferenciado do saber, é por tal razão que empresas de diferentes ramos procuram meus serviços. Porém, quem ler qualquer comentário que postei verá que empresa alguma foi citada - contratante ou não, tampouco assumi a condição de representante de alguma delas, nem me envolvi com a comercialização que qualquer produto ou serviço por elas oferecido, e isso significa ética e honestidade de princípios.

Décimo, porque nunca formei juízo de valor sobre quem quer que seja, baseado em conversas de beira de rio ou boatos. Essa conduta é própria de gente despreparada ou imatura. Não me cabe depreciar a imagem que alguém com base em pressupostos, falácias, suposições ou conclusões equivocados. Só o que sei e acredito é que sempre, invariavelmente, a verdade prevalece sobre tudo. É só uma questão de espera.

Aproveito para convidá-lo e os demais membros interessados a atentarem bem à minha resposta inicial neste tópico. Depois reflitam se minhas posições merecem críticas negativas ou se, de algum modo, guardam relações com o aqui exposto.

Finalmente, deixo claro que até aqui me honra participar deste Fórum, mesmo que em uma ou outra ocasião me depare com situações e comentários improcedentes. Diverências são sempre bem aceitas. De outro lado, contrariando minhas expectativas, tenho de reconhecer que o deslocamento do tópico por iniciativa da administração do Fórum não trouxe prejuízo a que muitos o lessem e realizassem as intervenções que julgaram devidas - para o bem e para o mal. Vejo-me instado a pedir desculpas ao Fabrício, que me noticiou do deslocamento do tópico. Afinal, a razão lhe assistiu, dileto Capita.

Permaneço à disposição para quantos outros esclarecimentos se fizerem necessários.

Gilbertinho                 

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3 horas atrás, Cristiano Rochinha disse:

Mas senhor Gilberto, se a pesca no Jurubaxi só poderá ser feita pela River Plate  à partir desse ano,por que o senhor perguntou em outro tópico se esse rio é bom de peixe?

O sr citou que pretende fazer uma pescaria lá nessa temporada 2017/2018.Como assim???

Cristiano,

Há algum tempo perguntei se o rio é bom de pesca, e era o que eu queria saber, para evitar gastar tempo e dinheiro na dúvida. Veja por favor os comentários que acabei de postar e esclarece muitas intervenções que me eram desconhecidas. Adianto porém, em nome do respeito que lhe devo, que me era desconhecido o potencial pesqueiro do Jurubaxi, onde pretendo pescar nesta temporada 2017/2018, agora que já levantei muitas informações positivas sobre os recursos pesqueiros do rio. 

Creio que se entendi bem as perguntas, a resposta a segunda consta da primeira. Se tiver dúvida, esclareço na primeiríssima oportunidade.

Gilbertinho    

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Biguá, me desculpe mais uma vez pelo transtorno no forum!

E obrigado pelo seu pronunciamento... Vc é meu amigo e devo muito a você!

Sou só um pescador bobalhão que gostaria de pescar em todos afluentes do Negro...criei amor pelo lugar... apesar de ao mesmo tempo ter muitas decepções com ele...

Abração!

 

Turma, gostaria de pedir de pescador para pescador, para não entramos em briga aqui no forum...

Já está bem claro agora tudo para todos... isso já basta!

 

Gilbertinho, peço desculpas por algo que falei... se falei alguma inverdade e etc... Mas na verdade, desde o inicio eu venho evitando bate-boca no forum... Aqui no forum tem uma irmandade de pescadores viciados que sabe tudo (ou quase tudo) que se passa no médio e até alto rio Negro. A gente sabia desde a sua primeira aparição no forum(mesmo sem avatar) que vc prestava serviços para empresas como Riverplate e Acuteangling...

 

Mais uma vez, peço a todos que não façam brigas aqui no forum! Se tem alguém que deve brigar são os Operadores de pesca! E brigar judicialmente... Nada de bate-boca em forum...

 

Vamos pescar! (pra mim, morreu já esse assunto)

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4 horas atrás, Gilbertinho disse:

Mariano,

Não era do meu conhecimento o que foi dito a meu respeito, num tópico que eu mesmo postei. Isso se deveu ao deslocamento do tópico para outra área do Fórum, por iniciativa dos administradores, logo após um membro haver postado a primeira resposta. Me queixei inclusive por conta disso, mas agora, depois de ler o que foi postado por alguns membros, informo o seguinte:      

Obrigado pela extensa resposta Gilbertinho.

 

E obrigado Fabricio pelas informacoes! vamos torcer pra nada acontecer entao

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Caracas!!!!

Mas o que está acontecendo?

Uma consultoria que encaminha seus clientes para o conflito inevitável, que interpreta as leis da sua maneira, que usa a palavra para disseminar a controvérsia baseado em informações não menos controversas, objetiva o que? É evidente que a partir de agora tudo deverá ser decidido pelo Poder Judiciário... E em boa hora, já que será possível passar muita coisa a limpo e quem sabe o Rio Negro possa ter o regramento que merece.

Não basta ter o monopólio da verdade e da competência, tem que ter também o monopólio dos pontos de pesca para os estrangeiros? Desta forma todos acabaremos nos tornando xenófobos...

Melhor ficar na arquibancada, por que senão  eu ia querer ver os planos de manejo das 12 operações exclusivas homologados pelo IBAMA e aprovados pelo MPF. Será que a operadora exclusiva tem isso, considerando que os índios são tutelados?

abração

Kruel

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Prezado Betão (Caranha),

Entendo suas manifestações, tanto a inicial, quanto essa em que pretende encerrar o tema...

Me mantive ausente desse tópico até então, por consideração às diversas manifestações que foram postadas.

Em todas as ações existem as "verdades" e as que "passam por verdades"...

Você é dos que gostam de tratar a verdade como algo por inteiro, sem meias versões... mas nem todos são assim !

Não pretendo "ensinar padre nosso à vigário", mas tão somente - como você - fazer o que julgamos ser o correto !

Para os que já lhe conhecem pessoalmente, isso é uma constatação !

Para os demais, fica o propósito de vir a conhecê-lo num futuro próximo !

Dos Mocorongos do Grupo, mesmo sem não mais ser assíduo (para nossa infelicidade), você é um dos mais queridos.

Pesca muito, cozinha como poucos e é um papo certo para qualquer hora !

E quanto ao "tema", melhor mesmo é buscar uma outra coisa para postar tópico, pois desse assunto, não vale a pena...

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Grato, pelas palavras Kid! Graças a você eu conheci a Amazônia... nuca vou esquecer daquela noite na sua casa (sede dos Mocorongos)... Vc me apresentando aquelas iscas enormes que jamais um dia pensei em usar...

 

Pescaria combina com cerveja... com caldinho de piranha(da pra entender nékkk)... com amizades....com farra...  e certamente não combina com brigas e lambanças...

Espero que as coisas prossigam pelo rumo do correto!

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Betão...não estava me referindo a vc e as suas indagações. Aliás, todas muito pertinentes e eram as minhas tb.

Estava me referindo as provocações e pressões feitas ao Gilbertinho lá no tópico do Jurubaixi e que vieram parar aqui. Se ele não quis responder lá, de nada adiantaria provoca-lo neste tópico aqui. E, mesmo que ele respondesse aqui, a coisa tinha tudo pra degringolar, atrapalhando a intenção do tópico (o q não ocorreu). Só isso.

E fique tranquilo meu amigo. Como lhe disse em algumas oportunidades, vc é um amigo porreta que está entre os TOP 10 de qualquer amigo de pesca. Desencane e saiba que está casa aqui é e sempre será a sua casa. Vc é o nosso moderador oculto...rsrs 

Agora uma coisa é certa (me referindo a esta discussão de rios e tals), chegou a hora de pararmos de passar mão na cabeça destes FDPs que se dizem prefeitos, secretários de meio ambiente ou que regulam as leis de pesca no AM. Temos ainda que parar de tratar estes rios como se fossem nossos "brinquedinhos sagrados" e passar a tratar toda esta corja com o que eles merecem. 

Daqui pra frente é o negócio é judicializar tudo e atravancar todo processo duvidoso. Se o executivo errar, pau no rabo deles.

Esse assunto ainda vai dar o q falar.

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E o Buraco é muito mais embaixo! Já tem operadores de Barcelos e outras Regiões , que ao invés de divulgar os prós de suas operações estão aproveitando estes post especulativos, pra denegrir a imagem de quem está regularizado ou se regularizando em SIRN, atrás de abocanhar grupos de terceiros! FALTA DE ÉTICA E CARÁTER!  CADA VEZ MAIS QUEM PERDE É A ESPORTIVIDADE DA PESCA!

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Em 23/07/2017 at 23:44, Pinguim disse:

E o Buraco é muito mais embaixo! Já tem operadores de Barcelos e outras Regiões , que ao invés de divulgar os prós de suas operações estão aproveitando estes post especulativos, pra denegrir a imagem de quem está regularizado ou se regularizando em SIRN, atrás de abocanhar grupos de terceiros! FALTA DE ÉTICA E CARÁTER!  CADA VEZ MAIS QUEM PERDE É A ESPORTIVIDADE DA PESCA!

ah não... 

que país de merda é esse

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Em 15/07/2017 at 15:03, Marcos Vinicius de Oliveir disse:

Que explicação eim ...... Muito boa tecnicamente ,vejo que as empresas não irão deixar por pouco isso aí ,vão correr atrás ,por outro lado é bom para que as empresas se regularizem e pensem um pouco mais no termo sustentabilidade da pesca esportiva ,na contra mão vem os valores que já são altos e poderão se tornar ainda maior , sendo o próprio brasileiro a maior vítima disso tudo pois para os gringos essa pescaria é barata demais ,para nós moradores da terra somos refém da nossa própria economia que anda bem em baixa , Barcelos irá se tornar um alvo ainda maior devido aos fatos acima descritos , será que essa exclusividade da empresa destacada não irá diminuir a receita de SIRN??? Vendo que o valor arrecadado será menor? No final é um jogo de interesses políticos e econômicos, nos brasileiros sabemos que o governo não dá a mínima aos índios desde que os benefícios aos indios sejam iguais aos benefícios (entende-se dinheiro) arrecadados ao município , ou aos bolsos largos dos nossos políticos , não tem como dar exclusividade a uma empresa para pesca de um Rio e a cidade não ser afetada economicamente. É claro  que a arrecadação irá declinar , comércio, hotel, aéreo, ribeirinhos , restaurantes, imaginem que trabalhavam  100 piloteiros nas empresas de pesca , será que a River irá dar emprego a todos?! As cozinheiras, posto de combustível. Portanto as áreas indígenas serão preservadas ,os locais de pesca serão menos explorados , os índios serão beneficiados mas  e a população local que vive disso  em.media  6 meses do ano?!?! 

Sustentabilidade social + exclusividade exploratória = Insustentável!!!!

Minha visão da situação,

Não isenta os outros operadores de procurarem se adequar e se regularizar , afinal a pesca esportiva tem q ser o foco e ser tratada com cuidado. Lucratividade é consequência de um trabalho bem feito!!!!

Belíssima avaliação, Marcos Vinicius.

De fato, o setor do turismo de pesca no país foi sempre desordenado, à falta de legislação que o regulamente, fazendo com que praticamente todo o empresariado envolvido na atividade receba a pecha de oportunistas e vigaristas, o que sempre testemunhei, inclusive de autoridades governamentais. Não por menos, vemos empresas disputando os mesmos espaços de pesca, como sempre se viu, cada qual objetivando oferecer o melhor produto a seus clientes e aumentar suas receitas, sua clientela e seu próprio status. Uma verdadeira batalha campal, mas o certo é que raras empresas buscam regularizar-se com foco no alcance de áreas preservadas que lhes assegurem maiores receitas e exclusividade em sua exploração. Vale tudo.

A questão que envolve o Médio Rio Negro é bem mais ampla do que se imagina. Atualmente, são 4 terras indígenas em processo de regularização. Só a Jurubaxi-Téa reúne 4 rios de grande interesse da pesca esportiva, e não é nada fácil conseguir êxito em sua exploração. O problema central está em posições de difícil superação assumidas por organizações indígenas. Essas entidades entendem que as operadoras de turismo devam arcar com altos investimentos para ter acesso à atividade em terras indígenas. Para se ter uma vaga ideia do problema, veja que qualquer empresa se obriga a investir (a fundo perdido) o resultado de um ano de operações em obras e ações estruturais das aldeias, além de pagar caro por cargos e funções não dominadas pelos índios, como guias, fiscais, monitores, etc., mas o assunto não se esgota nisso. A empresa também deve arcar com todos os custos relacionados a estudos de capacidade de suporte, capacitações, fiscalização ambiental, planos de manejo pesqueiro e missões de monitoramento e ao final pagar elevadas compensações ambientais a título de remuneração de contratos.

Some-se a isso os custos operacionais de qualquer empresa, tais como combustíveis, alimentos, bebidas, manutenção, mão-de-obra especializada, encargos, tributos e logística, entre outros. Veja que a logística se compreende voos charter, a um custo que varia de US$ 1.200 a US$ 1.500/hora, dependendo do tipo de aeronave (convencional ou hidroavião). O percurso de ida e volta entre Manaus e SIRN requer em torno de 4 horas de voo, levando a um total entre US$ 4.800 e US$ 6.000 por viagem, e em função do preço do pacote, é bastante comum que as aeronaves voem com capacidade ociosa, o que aumenta o problema. Esses fatores respondem pelos altos preços dos pacotes cobrados pelo empresariado quanto o assunto encerra terras indígenas.

Outro ponto importante é o da exclusividade. Não é a empresa que defende essa condição, trata-se de imposição de entidades indígenas. Cito como exemplo o Rio Marié, que tem mais de 500 quilômetros de extensão e é explorada por uma única empresa. Pessoalmente, vejo como correto o zoneamento de um rio, permitindo que duas ou mais empresas nele atuem, em zonas de pesca delimitadas geograficamente e instruídas por estudos, técnicas e meios de preservação dos estoques de interesse da pesca esportiva e da própria cadeia alimentar envolvida. Isso permitiria o rateio dos investimentos forçados (obrigatórios), a redução dos preços de venda dos pacotes e o acesso a empregos por um coletivo bem maior, sem afetar dramaticamente a questão que você corretamente cita, como os impactos sobre a economia dos municípios no universo compreendido pela atividade turística (comércio, hospedagem, transportes, restaurantes, serviços, etc). Ao meu sentir, esse seria o cenário ideal, contudo, a inépcia governamental e o desconhecimento sobre o setor por parte de entidades indígenas e suas instituições parceiras, em geral organizações não-governamentais, acabam por formar decisões e posições bastante equivocadas, prejudicando empresas, pescadores e a socioeconomia dos municípios.

É recomendável que as empresas que tradicionalmente desenvolvem atividades do turismo de pesca em SIRN busquem atualizar-se sobre a nova legislação incidente sobre a pesca em terras indígenas (IN/03/FUNAI/2015) e o que mais couber, sob pena de serem substituídas por outros interessados num futuro bem mais próximo do que se imagina. De outro lado, vejo que o setor deveria se unir contra esses adversários, estabelecendo armistício até que esforços comuns planejados e executados fossem satisfatoriamente alcançados, ainda porque tramita no Congresso um projeto de lei elaborado por quem nada entende do assunto, com o objetivo de auferir votos, e não definir soluções adequadamente balizadas.      

Com esses comentários, finalizo esse breve manifesto, não sem antes registrar a satisfação por sua qualificada postagem, que deve ser por todos reconhecida em função de sua pertinência e domínio sobre o tema.

Abraço do Gilobertinho

 

                   

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