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Exibindo conteúdo com a maior reputação em 04-11-2020 em todas áreas

  1. Essa foi minha segunda viagem em busca dos grandes tucunarés do Rio Negro. Da primeira vez, em novembro de 2018, acertei na veia de cara! Pescaria inesquecível com grande quantidade e qualidade de peixes. Daquelas que se leva uma vida inteira para acertar. A contagem final dos guias ficou em mais de 110 tucunarés açu acima de 60 cm numa equipe de 4 pescadores sem contar os popocas, borboletas e outras espécies. Dentre eles, provavelmente o maior tucunaré que verei em minha vida: um açu de 89cm e 26lb fisgado pelo amigo Amâncio. Ciente de que já tinha feito uma pescaria excepcional da última vez, fui sem grandes expectativas de superar o sucesso de 2018. No entanto, fui mais uma vez abençoado com outra pescaria farta de peixes. Particularmente peguei ainda mais peixes grandes dessa vez. Parece que sou pé quente para encontrar os gigantes. Peguei um 20 up logo na minha segunda pescaria de açus! Marcamos a data em fevereiro e seguramos a ansiedade até chegar o grande dia. Reservamos com o Ney 10 dias de pescaria: embarcando no dia 16 e desembarcando dia 27/10. Formamos a mesma equipe planejada em 2018: eu, Amâncio, André e Teodoro. Equipe firme que se manteve mesmo com todo o desenrolar da pandemia que acometeu dois dos nossos que resistiram bravamente e se recuperaram a tempo de embarcar para a nossa aventura. Equipe confirmada, ainda recebemos mais um companheiro advindo de uma das muitas outras operações canceladas por conta da pandemia. Sempre existe o lado bom nas dificuldades. Ganhamos a companhia de um grande pescador que durante a semana se tornou também um grande amigo. O Rogério, com toda sua paixão pela pescaria de açus cruzou o país para se juntar a nós em Manaus. Na viagem de ida a notícia não era das melhores. Depois de secar forte desde setembro, o Rio Negro e afluentes estavam voltando a subir e a previsão era de mais chuva. Combinamos, então, de subir o máximo possível para buscar locais com bom nível de água. A estratégia deu certo. Já no primeiro dia à tarde saiu peixe de 70cm. Um paca açu fisgado pelo amigo André que chutou pra longe a fama de pé frio pegando sucessivamente peixes entre 70 e 80cm nos primeiros dias de pesca. No início da pescaria tentamos apelidá-lo de AndrElsa de Arendele (Frozen), mas o apelido não colou. O cara arrebentou! Alternamos dias bons e dias ruins à medida que avançávamos pelo Rio Negro e diferentes afluentes. De forma geral os peixes não estavam seguindo as iscas para atacar. Normalmente entravam nos primeiros metros de trabalho quando a isca caia bem perto do seu raio de ação. Apesar de o nível da água estar bom, a temperatura estava baixa devido às chuvas recorrentes. Observamos que as hélices não estavam tão produtivas e alternamos bastante com T20, zaras e, em último caso, iscas de meia água. Sempre preferência pelas iscas de superfície para ver as explosões que ficam marcadas na memória. A fama de pé frio estava quase recaindo para o Teodoro (Japa), já que nos primeiros dias ele não acertou grandes exemplares, mas logo ele tomou um banho de sal grosso e voltou ao seu normal de pegar belos açus acima de 13lb. Sorte mesmo tive eu que logo no segundo dia completo de pescaria acertei um animal de 87cm e 21lb. Neste dia, no sorteio, saí para pescar sozinho com o guia Edivan. As ações começaram logo cedo. Saíram alguns exemplares entre 50 e 60 cm. Próximo das 9h, o Edivan indicou uma árvore caída na beira do lago e tocou o elétrico na sua direção. Como estava um pouco distante, resolvi dar uma esticada na linha e joguei minha hallowen próxima a um barranco embaixo do galho de uma árvore. A hélice nem roncou direito e veio a explosão. O peixe saiu debaixo da árvore como um submarino e acertou minha isca com toda força jogando água pra todo lado. Logo firmei a linha e tive dificuldades de confirmar a fisgada, já que o monstro utilizou toda a ação da minha vara de 40lb logo na primeira corrida. Foi difícil segurar o bicho! A essa altura, já com as pernas tremendo, consegui quebrar o queixo dele e com a valiosa ajuda do Edivan, que puxou o barco pro meio do lago, consegui tirar ele do meio dos garranchos. Daí foi só aliviar o freio da carretilha e desfrutar a batalha com o animal. E como tem força o danado! Depois de algumas idas e vindas, quando fomos passar o passaguá na cara do bicho ele ainda tirou forças para uma nova disparada que quase acabou com minha alegria. Ele destruiu o passaguá deixando somente a isca presa na rede. Uma debatida mais forte e ele abriria a garatéia rumo à liberdade. Para azar do peixe o Edivan foi mais rápido e segurou no rabo enquanto eu peguei o alicate de contenção para, enfim, embarcar o troféu. A partir daí, só alegria. Tocamos pra uma praia próxima para tirar fotos e ainda avistei vários outros peixes correndo enquanto encostávamos, mas a essa altura, nada mais importava. Eu queria registrar o momento e devolver o bicho à liberdade. 87cm e 21lb. Que maravilha de peixe! E não foi só esse 20up que saiu, não! No dia seguinte, o Catarina disse que gostaria de ir a um local onde ele tinha deixado escapar um gigante numa das pescarias passadas. Como o local era distante de onde estávamos, ele organizou uma expedição com o guia Negão para sair bem cedo e voltar só no fim da tarde. Como ninguém mais se habilitou para encarar a missão ele partiu sozinho mesmo. No fim da tarde, voltou com as histórias das aventuras para vencer um trecho de corredeiras e dos muitos troféus fisgados, dentre eles o sonhado gigante de 20up que ele perseguia desde sua primeira pescaria na Amazônia. Daí eu percebi o quanto fui sortudo em fisgar um desses já na minha segunda empreitada. Quando cheguei ao barco fiquei sabendo da saga. Depois de mais de 2 horas rio acima e diversos obstáculos, a pescaria começou animada com bons peixes, mas nenhum troféu. Por volta de meio dia, quando chegou ao ponto onde havia deixado escapar um gigante, não deu outra: pancada na isca e briga com o bruto. Novamente o peixe venceu a batalha e escapou. O desânimo abateu o pescador que nem quis almoçar, mas o Negão não se deu por vencido e motivou o Catarina a voltar a buscar seu troféu. Poucos minutos depois a perseverança foi recompensada: um troféu de 82cm e 20lb. Esse peixe foi o último pesado no boga grip do Catarina. Um ou dois dias depois, num dia muito difícil de achar peixe, eu e Catarina só tivemos um rebojo de peixe bom durante toda a manhã. Já próximo da hora do almoço avistamos a outra equipe com Japa e André e nos aproximamos para descansar um pouco. Enquanto estávamos conversando e tomando umas, bate um cardume ao lado dos nossos barcos. Mais que depressa lancei minha isca na direção dos ataques. Mal bateu na água fisguei dois belos pacas na mesma isca. Os dois próximos de 60cm. Foi aquela farra até a hora de preparar os bichos pra foto. Quando fui deixar um peixe respirar para pegar o outro e posar pra foto, o danado deu um supapo e arrancou o boga da minha mão. Ainda tentei recuperar alcançando o rabo dele, mas com mais uma batida ele se livrou facilmente e foi embora levando o alicate. Prejuízo! Depois disso o Catarina entrou numa sequência de azar: deixou a vara cair num lugar aonde tinha acabado de avistar um jacaré e, no reflexo, mergulhou atrás. Recuperou o equipamento, mas passou um belo aperto quando lembrou que o jacaré poderia estar à espreita. Não vou esquecer a cara de desespero dele quando submergiu. No outro dia, foi demostrar pro Amâncio como eu havia deixado o peixe levar o alicate e encenou tão bem que perdeu outro boga também! Kkkk. Apesar da semana chuvosa e da baixa atividade dos peixes, conseguimos superar as dificuldades e obtivemos ótimos resultados na pescaria. Muito açu entre 70 e 80cm, além dos dois troféus acima de 80cm e 20lb. Novamente uma excelente pescaria do ponto de vista de produtividade de peixes e, como sempre, ótimos momentos vividos na companhia de velhos e novos amigos que deixarão belas lembranças e histórias para contar: teve gente perdendo vôo na ida, virando porco espinho, usando ninho de jacaré como banheiro no aperto, novos sinais de zap no truco e por aí vai... Obrigado aos companheiros de pesca André, Amâncio, Rogério e Teodoro e, principalmente, à equipe do Ney Pesca liderada pelo Barata e composta por Pulga, Cristo, Cláudia, Neli, Andres, Edivan, Welington (Gordo) e Valciclei (Negão) que, como de costume, nos atendeu com o maior profissionalismo e cuidado para que tudo corresse bem durante a semana com todas as mordomias possíveis (devo ter engordado uns 5kg nesses dias). Obrigado pela paciência e dedicação de todos. Abraço e até a próxima!
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  2. Adicione qualquer isca à esta lista rsrs... particularmente não gosto de iscas barulhentas Quando gosto de uma isca pelo nado e o som não me agrada, ou travo as esferas ou retiro algumas para diminuir o barulho. Deve ser feito com cautela para não afetar o centro de gravidade da isca Normalmente como não temos apenas uma de cada modelo, pego a mais judiada, coloco sob uma luz forte para poder identificar as cavernas/esferas da isca. Se for para cessar o barulho faço um furinho e injeto cola, (Super Bonder) até que as esferas não se movimentem mais e tapo o furo com cola Araldite.... Quando retiro todas as esferas, normalmente injeto cola Araldite na caverna para "substituir" o peso das esferas. No início do ano, comprei na China algumas cópias da Bonnei 95. Perfeitamente iguais, porém, com um rattlin extremamente barulhento retirei uma esfera grande na frente da isca e ficou um show, mandei para um amigo que customiza a pintura e TOP!!!
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  3. Adiciona na relação as Red Pepper Jr , as Jumping Stick 85 e 95, e Borá Plus, do N. Nakamura.
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  4. Acho essas excelentes para a situação descrita. Tem gente que abre as iscas e retira o rattlin com sucesso !
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  5. Pra mim são: Superfície Spitifire e meia água/profundidade são Papa Black e Rapala Shalow Shad Rap.
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