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  1. Amigos...apesar do vídeo ser antigo, eu só o vi agora.. Após procurar um pouco mais de informações, a turma disse q ele foi gravado lá pelo ano 2000. Fiquei impressionado com a coragem destas crianças, e ainda mais impressionado com a irresponsabilidade dos seus pais. Tem um outro vídeo com 25 minutos de duração. Se a turma gostar deste, posto o outro... Abs.
  2. Resgatei um material bastante antigo, que relatou minhas impressões e comentários da 1ª pescaria que realizei com meus irmãos na Amazônia ! Neste tempo trabalhava no Banco Econômico, e por vezes farei referências a pessoas que trabalharam comigo nesse período em que estive no Norte ! Espero que gostem, pois apesar de ser algo que foi feito e direcionado aos meus irmãos, poderá também entretê-los, como a mim aconteceu ao relê-lo ! Observem as dificuldades e formas de encontrar soluções (ou passar apertos) descritos á época ! Alguns parecem até "mentiras", mas aconteceram ! Vamos transcrever o texto (sempre procurei guardar esses relatos de nossas pescarias, principalmente numa época anterior à "internet")... "Data Base : Agosto 1989 - Rio Tapajós - Turma nº 1 - Mocorongos Caros irmãos, Já faz muito tempo, mas vamos ver o que a memória consegue se lembrar dessa nossa primeira tentativa de fazer uma pescaria no "amazonas". Desde o seu começo, a nossa inexperiência estava presente ! Com base numa "tentativa" (mau sucedida) que tive com Bill (companheiro de Banco) no decorrer de Maio em Alter do Chão (Rio Tapajós), fiquei maravilhado com o potencial e a beleza do local para que pudéssemos realizar nossa tão desejada pescaria. Naquela época, embora já fosse diretor da área, somente fui "descobrir" (de maneira verdadeira) a região, nos meus últimos meses de permanência em Belém, o que certamente influenciou-me a tirar um pouco de partido dessa "vantagem" ! A experiência com o próprio Bill foi engraçada, pois seu voo havia atrasado, e ele terminou chegando apenas á noite (havia um evento programado para premiação de uma campanha de venda de cartões, onde ele, como responsável pela área, é quem deveria entregar os prêmios, o que na prática foi feito por mim mesmo !), mas mesmo assim ele chegou, e no seu grande estilo, com TUBO, SACOLAS, etc... para passar apenas 1 dia (2 noites). Nesta feita, fomos para Alter do Chão, onde moravam os pais da gerente da agência de Santarém, que iriam nos oferecer um almoço, numa daquelas embarcações características do rio Tapajós, de dois andares com aquele motorzinho à diesel... Chegamos por volta das 11:00 h, e então, quase que imediatamente saímos para pescar - nas próprias redondezas - numa canoa de uns cinco metros, com um piloteiro (?) tentando funcionar o motorzinho de 8 HP, cuja marca já estava indecifrável ! É claro que nessa época do ano, não havia sequer areia nas margens, de tão alto ainda estava o rio, mas mesmo assim, tivemos duas batidas (uma cada). Pela precariedade do meu equipamento, estava usando um emprestado por Bill (ele deve ter trazido uns quatro conjuntos), mas fui o único a embarcar peixe (tucuna de pelo menos 1 quilo), pois o dele chegou junto do barco, quando foi tentado embarcar pelo "piloteiro" (famosa mão na linha) e escapou (imaginem o "mau humor"!). De qualquer forma, a "pescaria" se concluiu às 13:30 h, pois o sol estava presente (e como), e neste horário, nem com toda vontade do mundo... Na volta para o almoço, é que pude ver - através fotografias - como era a região na época em que o rio estava baixo (Ago/Set/Out), e tomar conhecimento de que naquela região se realizava um torneio internacional de pesca ao tucunaré. Isso me animou bastante a tentar manter um relacionamento local, no sentido de viabilizar nossa primeira pescaria. Dessa forma, tudo começou ! Telefonemas, articulações, empréstimos (junto a Bill), enfim, tudo mais ou menos equacionado e dentro da expectativa de que tudo seria simples ! Na verdade, foi simples demais (talvez aí o primeiro erro - de muitos outros que se seguiram...) Chegamos a Santarém numa quinta feira (véspera de 7 de setembro - dia do aniversário de Armando, devidamente homenageado!), no meio da tarde, onde esperava-nos o "staff" da Agência, com o companheiro Jerônimo, que não era o principal, mas era "filho da terra", e Lindinalva, também nascida na cidade, com quem ficou a função de nos prestar suporte operacional - os pais dela moravam em Alter do Chão (com informações que estava tudo sob controle). Depois de uma verificação na rotina da Agência (já fechada ao público), fomos finalmente ao trabalho ! A opção desejada para chegar a Alter do Chão foi ir de carro (bem mais rápida, principalmente pelo horário), até para podermos nos preparar para O DIA, que começaria CEDO !Para quem esperava encontrar um "hotelzinho", a tal POUSADA doía na vista (e olha que era escuro a hora em que chegamos !). Mas havíamos sido avisados disso, mas a preferência pela "dormida no local da pescaria" foi um fator determinante para a escolha (se arrependimento matasse !). Ficamos em dois quartos (advoguei a condição de mais velho para a escolha das camas - como se isso fizesse alguma diferença), dividindo a "pousada" com uma família de hippies (possível remanescente de uma geração moribunda), cujo homem certamente tinha - pelo menos - tuberculose, e a mulher (devia ser mulher, pois tinha filhos) cuidava das duas crianças aloiradas. Na noite inicial, que ainda era "de festa" a primeira "premonição" (ou aviso) de que as coisas não seriam tão simples assim ! O jovem "vizinho" tossiu a noite toda, uma das crianças estava doente, e choramingou (parece que cronometrado com a tosse, de modo que não pudéssemos ter silêncio em momento algum) para que não nos esquecêssemos (a todo instante) do tempo que faltava para amanhecer. Não havia me referido as "muriçocas", que na região são carinhosamente tratadas/ conhecidas por "carapanãs", cuja população presente (e ativa) era enlouquecedora ! Por fim, aquela umidade "melenta", característica dos locais onde não existe sequer uma aragem... Amanhecer foi o melhor da noite ! Mas em compensação (tinha que haver uma), o visual em frente a POUSADA era algo fantástico ! O rio Tapajós com suas águas azuis, quase que transparentes, ramificando lagoas pelas suas margens descobertas, e repletas de areia branca, fina e alva, como se emoldurassem um cartão postal ! As águas do rio ainda não haviam baixado o máximo, mas certamente a diferença para o nível anterior (quando estive com Bill) era de "água para o vinho". Desta feita o rio não mais entrava pelas áreas verdes, restringindo-se ao seu leito original, e as águas, vistas de perto, eram praticamente transparentes. E o barco ! Na verdade não era um bote, ou uma lancha, mas UM BARCO REGIONAL ! Não haviam dois andares, mas tinha cobertura, o que convenhamos, não era bem o que imagináramos (perguntando DEPOIS ao gerente sobre o porque da escolha, soubemos que era "para proteção" e por total dificuldade de conseguir outro no "nosso nível" !). Mas como era o que dispúnhamos, fomos a luta ! Não deu para conversar com "o mestre", pois ele não era pescador, e estava ali "atendendo" um pedido, além do próprio barulho do motor diesel (que ficava exposto no próprio local onde pescávamos). É importante ter em mente, que nessa fase, seguíamos as instruções ribeirinhas de COMO PESCAR O TUCUNA, ou seja, através de corrico com colheres especiais ! Essas colheres inclusive, haviam sido objeto de aquisição com minhas idas à Manaus, onde por absoluta sorte (nunca mais repetida), encontrei um estoque variado de colheres Tony Accetta, com tamanhos e cores variadas (me lembro que comprei três de cada modelo). Assim sendo, passamos a manhã toda corricando pela região sem termos experimentado uma batida sequer ! Não fosse pelo fato de estarmos juntos, jogando conversa fora, o programa teria sido um fiasco ! Finalmente, e já não era sem tempo, apareceu um desavisado ! Temo, mas não posso jurar, que era uma piranha preta, e quem a embarcou foi Cecil ! Depois dos festejos relativos a captura daquele primeiro (talvez tivesse umas 500 gramas), reanimamo-nos para as próximas. O tempo foi passando e a fome apertando, pois os "víveres" que havíamos conseguido levar (sanduíches, refrigerantes e cervejas) estavam terminando - até porque sem peixe, a brincadeira era beber e comer (mais beber) e com isso o estoque se foi - e o peixe que era bom, nada ! Mas insisto, o visual compensava tudo ! O motor diesel ia "matracando" nossos ouvidos naquele ritmo sequenciado (mas muito cansativo), ao longo das margens por onde passávamos ! Finalmente - e não sem tempo - uma nova batida, e também na linha de Cecil (meu irmão caçula) que estava soltando linha, a procura de uma melhor adequação à velocidade do barco (tenho a impressão que estávamos numa velocidade diferente da adequada - serve como desculpa !). O resultado é que pela distância que em que se encontrava o peixe, Cecil teve que suar para trazê-lo para dentro do barco ! Mas valeu a pena, pois era um belo tucuna de uns 2 1/2 quilos (bem pesados). As cores do peixe exerceram um verdadeiro fascínio sobre todos nós, pois a mistura de verde e branco do corpo com listas verticais escuras e guelras e nadadeiras vermelho-alaranjadas foram uma recompensa por toda aquela espera ! Dentro do percurso combinado com o "capitão", estávamos retornando ao nosso ponto de partida, e pelo horário (já eram quase 17 h), resolvemos parar para uma "comidinha" e um descanso no corpo, que já reclamava do incômodo de todo um dia de esforço ! Com isso, e pela própria inexperiência, já mencionada, deixamos de aproveitar um dos melhores (na minha opinião pessoal - o melhor) horários para a pesca do tucuna, que é ao entardecer, próximo ao por do sol ! Mas isso só descobrimos em outras pescarias futuras... Saltamos exibindo o troféu (único), pois a piranha sequer foi trazida, pois a informação era de que se tratava de "peixe de segunda", e fomos reatar contato com a civilização ! Antes de retornar a "pousada", tratamos de comer, o que foi imediatamente providenciado no restaurante do pai da gerente (também presente). Tivemos a oportunidade de saborear alguns pratos regionais excepcionais, sempre a base - é claro - de peixe ! Mas a fome era grande, a cerveja gelada, de modo que a combinação desses dois fatores nos embalou para uma dormida cedo na "tal pousada" (no meu caso particular funcionou bem contra a tosse do vizinho, e até mesmo das "carapanãs" - que estiveram presentes, pelas marcas deixadas nos três !). Antes porém, um fato que alterou o curso da pescaria ! Enquanto comíamos, apareceu-nos o advogado que defendia o banco na região - Rodofo Geller - de quem já conhecia de correspondências trocadas, mas com quem não estivera pessoalmente. Ele, por ser pescador - inveterado, e eu não sabia disso - veio nos encontrar para ver se estava tudo em ordem, enfim, ver se poderia nos dar alguma ajuda... Diante dos fatos que lhe apresentamos (nosso barco, piloteiro, etc...) ele - acho até que por piedade - convidou-nos insistentemente (como se isso fosse necessário) para darmos um pulo em sua casa que era ali perto (já tínhamos visto a casa na beira do rio) para usarmos sua lancha para pesca ! Ele não poderia nos acompanhar, mas mandaria seu marinheiro conosco para que nosso aproveitamento fosse o máximo possível ! Depois daquele processo (ficela) de "não se incomode", "vai dar trabalho", etc... marcamos chegar lá por volta das 08:00 h, vez que pelo seu conhecimento os peixes só começavam a se alimentar depois desse horário. O motivo pelo qual ele não iria nos acompanhar, era sua atual mania de "pesca submarina" praticada no rio Tapajós ! Segundo ele, as pescarias de anzol, ele as fazia com uma turma tradicional, não no rio Tapajós, mas no rio Xingu, onde o período nunca era inferior a 7 dias (fomos até convidados - tenho a impressão que apenas por uma questão de gentileza - a participar dessa "expedição", onde os tucunas inferiores a 5 quilos eram devolvidos para não ocupar o espaço no gelo para os de 8 a 10 quilos, também presentes em abundância). O dia amanheceu, e com o farnel refeito, chegamos após agradecer, gratificar e dispensar o BARCO REGIONAL - de carro com a gerente - a residência do Rodolfo. Lá o encontramos ultimando os preparativos (combustível, gelo, etc...) de sua lancha (de uns 17' ou 19'), que nos seria colocada a disposição ! Por sim própria já seria A ALTERNATIVA, ainda mais se comparada ao que havíamos utilizado na véspera ! O "marinheiro" era quem navegava constantemente com sua lancha, acompanhando inclusive o dono, nas suas pescarias submarinas, o que nos deu a certeza de nos encontrarmos em mãos experientes ! Os dois (Rodolfo e esse marinheiro) combinaram o roteiro, para que nos encontrássemos em determinado local, vez que o próprio Rodolfo estaria pescando (submerso) por perto. Enquanto os preparativos se ultimavam, soube que ele era do Paraná, para onde voltava de férias - uma vez por ano - e tinha planos de fixação definitiva na região, onde já se encontrava há mais de 10 anos ! (tenho certeza de que não podia se queixar da vida, pois a casa que conhecêramos era a "de veraneio", pois a da cidade - SANTARÉM - era "bem melhor" ! - imaginei rever o valor pago pelas causas defendidas...). Finalmente partimos ! Logo na saída um fato inusitado, pois Armando estava com receio ("cagaço") da travessia ! No dia anterior nossa rota sempre fora feita ao longo das margens, passando pelas entradas das pequenas baías e nos diversos lagos encontrados. Desta feita, estávamos indo para a outra margem do rio, teoricamente muito menos "batida" do que o lado próximo à Alter do Chão. E a travessia do rio parecia que estávamos no mar, pois a visão de terra era bem distante ! Na ida, apesar do "pré-pânico" de Armando, as águas estavam tranquilas e a "viagem" (quase 30 minutos com motor de 50 HP) foi mole ! Na margem oposta, como não poderia deixar de ser, uma estrutura de vegetação e profundidade de água muito semelhante a de Alter do Chão, daí iniciarmos os "corricos" com os equipamentos previamente aprovados pelo marinheiro (que se tornou "consultor"). O tempo passando, e descortinadas fantásticas paisagens, locais semi-virgens, de difícil acesso por terra, todos incrivelmente belos, e o PEIXE que era bom - NADA ! Mas não estávamos perdendo batidas, simplesmente elas não estavam acontecendo ! Nosso "marinheiro", tão recomendado pelo patrão, começava a mostrar os primeiros sinais de impaciência a bordo ! Afinal a tarefa de nos conduzir aos peixes era seu papel, e nos locais onde tradicionalmente havia ação (e, segundo ele, bastante ação) nada acontecia ! A nós, deliciados pelo deslumbramento que a paisagem nos oferecia, estávamos menos inquietos (nem por isso menos ansiosos), e dentro daquele espírito é que voltamos a nossa rotina de cervejinha gelada (e o estoque era para o dia todo), pois o sol não nos dava descanso (daqueles dias - muito comuns na região nessa época do ano - em que não havia uma nuvem sequer no céu). Por falar em sol, a descoberta dele só se fez mais tarde, vez que com o barco em movimento (corricando), o ventinho tornava imperceptível qualquer ação cautelatória contra as queimaduras ! No meio do dia, ainda tentamos - alertados que formos pelo "marinheiro" - colocar um pouco de protetor, mas aí já era... Chegamos ao ponto de encontro, e para nossa surpresa encontramos Rodolfo frustrado pelos peixes encontrados no mergulho ! Nos locais onde ele sabia da existência de cardumes, encontrara apenas uns poucos peixes, e assim mesmo pequenos demais para serem arpoados ! Tudo conspirava contra, pela visto ! A notícia de que não tivemos qualquer tipo de ação desconcertou Rodolfo, que numa rápida reunião com o "marinheiro", alterou o curso combinado, autorizando e sugerindo nossa ida a locais ainda mais distantes ! Nessa altura já tínhamos "rodado" todas as imediações, motivo maior para pararmos de corricar, e com os equipamentos recolhidos a bordo, encararmos o rio na busca da "falada ilha do meio", onde poderíamos - quem sabe - pegar algum exemplar (tradicionalmente era um local tido como "infalível"). Nisso levamos quase uns 40 minutos com o motor aberto a toda velocidade ! Nosso Armando, com olhos arregalados, agarrava-se firmemente a cadeira (pensei que fosse quebrá-la) e continuava tomando sua cerveja, de forma exagerada (na minha opinião), mas como cada um tinha a liberdade de fazer o que tinha vontade, ele continuou tomando suas latinhas ! O novo local (ilha do meio) era também belíssimo ! Na verdade não era muito grande e tinha um canal central - inteiramente navegável - de uns 8 a 10 metros de largura, margeado de muita vegetação, inclusive de um capim que se desenvolvia na superfície da água, propiciando excelente habitat para peixes predadores ! Nas margens alguns arbustos e uma intensa vida animal com muitas aves ! Um verdadeiro encanto de lugar ! Desnecessário dizer que nem mesmo uma batida aconteceu por lá ! Tentamos as margens internas e externas, assim como velocidades diferentes, além de que cada um de nós usava uma diferente cor e tamanho de isca, mas NADA ACONTECEU ! Não pegar peixe era muito difícil em Santarém, mas não beliscar, para ele ("marinheiro") era algo inédito ! Mas tinha que acontecer justamente conosco ?? Resolvemos retornar pelo lado da margem em que estivemos pela manhã, mas em locais que não havíamos visitado ainda (pela distância, estávamos quase em frente à Santarém). A rotina de esperar a batida do peixe permaneceu inalterada até o próximo local onde havíamos encontrado com Rodolfo. Desta feita entramos no local onde ele estivera mergulhando horas antes, numa enseada com uma estrutura sensacional, pois a profundidade não chegava a três metros, e existiam muitos tocos e árvores submersos, visíveis pela transparência da água ! Talvez pelo excesso de "alertas" que tivemos durante todo o dia, relaxamos exatamente no momento em que apareceram as "batidas" (já no entardecer, próximo do por do sol - naquele horário que desprezamos na véspera...). Usando uma colher dourada (por do sol), senti um tranco na minha linha, e quando fui atrás, já era ! Pode ter sido um bote mal dado, pois no corrico, até pelo estilo de pesca, o peixe praticamente se "ferra" sozinho, pela velocidade com que a isca vem sendo puxada ! Animado pela "batida", passei a me concentrar mais ainda, quando o mesmo aconteceu com a isca de Cecil (prateada com dourado). Depois daquelas já tradicionais manifestações de vocabulário chulo pela perda, voltamos a esperar nova movimentação ! Nessa altura, Armando, que estava de isca totalmente prateada, já havia recolhido seu equipamento, substituindo-o por uma similar na cor dourada ! A manobra surtiu efeito, pois pouco depois, era a vez dele receber a batida ! E como as demais, ela aconteceu quando menos se esperava, só que desta feita o peixe fora ferrado e a vara envergada mostrava se tratar de um belo exemplar (de uns dois quilos, conforme posteriormente visto). O "marinheiro", nesta altura excitado, já havia diminuído a velocidade do barco para permitir um melhor trabalho de embarque, recomendando que mantivéssemos a linha esticada, tesa, pois aquele tipo de isca era facilmente cuspido pelo peixe, se não se mantivesse da forma adequada ! Mas o peixe estava disposto a brigar, e deu um, dois, e aos se preparar para o terceiro salto, já próximo do barco, nosso Armando, afetado pelo estado etílico, folgou a linha, e aí o inevitável aconteceu e ele ficou com cara de babaca ! Nem justificativa tentou dar, apenas um enorme mau humor pelo ocorrido, pois eu não deixei passar de graça para exemplificar o porque de não aprovar o excesso de cerveja ! Mas já era hora de retornarmos ! Na volta para a casa de Rodolfo, tivemos que cruzar o rio, que pelo horário já apresentava algum vento, encapelando um pouco as ondas ! As lembranças que tenho são duas, começando pelo olhar de pânico emanado por Armando, que chegou a procurar pelo salva-vidas (efeitos da cerveja, pois não havia razão para isso !), tal sua FOBIA - só podia ser isso - pela situação em que nos encontrávamos (dentro do normal - segundo "nosso marinheiro"). A outra lembrança foi o por do sol ! Numa região como aquela, sem montanhas ao redor, onde existia visão do horizonte nos 360º, a impressão que tínhamos é de que éramos como pequenas "formigas" dentro daquele contexto, pintado com cores fantásticas, impossíveis de serem retratadas por qualquer fotografia, pois mais do que imagem, existia um todo em volta que passava temperatura, cheiro, vento, enfim, um conjunto de sensações indescritíveis ! Só isso - para mim - teria valido a ida até Santarém ! Aportamos na residência "de veraneio" do dono da lancha, que já estava em preparativos para iniciar um churrasquinho na beira do rio, do qual tivemos que participar, apensar do cansaço que se estampava em todos nós ! O churrasquinho foi feito para um outro casal de amigos (ele inclusive era sócio do Rodolfo no escritório de advocacia). Em função disso é que pudemos desfrutar de uma "carninha" (providencial para nossos estômagos famintos) no meio de algumas histórias de pescador - a maior parte com muito "cheiro" de mentira mesmo ! De qualquer modo, diante da insistência de Rodolfo, ficamos de voltar a dar uma saidinha na lancha cedo pela manhã, face nossa viagem de volta a Belém ser no meio da tardem, e ainda termos que ir para Santarém, etc... Felizmente pudemos nos ausentar até por conta disso, umas duas horas mais tarde com a gerente (já transformada na nossa "motorista", além de anfitriã). O cansaço era uma ótima perspectiva para a noite na "Pousada" ! O sol tomado ao longo do dia começava a apresentar seus efeitos, e após os devidos banhos (com sabão) e roupas limpas, não deu mais conversa e adormecemos, com o programa definido para para a manhã seguinte ! Afinal, apenas Cecil havia conseguido pegar um peixe, o que deixava a expectativa de conseguir alguma coisa antes de voltarmos para casa ! Armando inclusive, "clamava" por uma nova oportunidade, onde completamente sóbrio, não daria a menor chance ao peixe ! Seria mesmo ? Mas o cansaço foi maior e dormimos todos quase que imediatamente ! O dia seguinte começaria muito cedo, até pelo que fora combinado com "nosso marinheiro" - nessa altura já atrás de uma gratificação acenada pelo nosso Armando ! Acordamos de fato cedo (era impossível dormir muito naquele local) e de malas arrumadas, "pousada" paga (não nem lembro o valor, mas sim de que era uma "miséria" - bem de acordo com o local), bagagens de retorno prontas (exceto as que estávamos usando), enfim tudo em condições de podermos seguir para Santarém sem maiores problemas na volta da manhã - que esperávamos ser piscosa ! Chegamos na lancha no horário combinado, e a nossa espera já estava o "marinheiro". A informação que ele havia colhido junto aos pescadores ribeirinhos na noite anterior, era a de que o "o tempo" tinha virado para peixe (posteriormente entendido como variação barométrica), e teríamos que "esperar desvirar" ! É claro que não demos muita bola ao assunto, e mais que rapidamente entramos na lancha e nos pusemos a caminho ! Chegamos a pensar que iria "dar para trás"... O local escolhido pelo "marinheiro"m foi a "ilha do meio", aquela distante do dia anterior, e na base de que se alguém poderia saber onde é que o peixe estava, esse alguém teria que ser ele, e assim sendo, fomos a luta ! Par ainda ser cedo, o rio estava adormecido ! Águas tranquilas e um lindo visual nos acompanhou naquela esticada ! Lá chegando, encontramos a ilha efervescendo de aves ! Papagaios, periquitos, pequenos pássaros nativos nos davam as boas vindas, e foi nesse clima que iniciamos o corrico ! Passamos tantas vezes pelos mesmos locais que até hoje tenho memorizado os pontos das curvas que fazíamos com a lancha ! Peixe que é bom, NADA ! Nem uma beliscada ! Já conformados com nossa sorte, mas nem tanto aborrecidos, decidimos vir corricando pela margem oposta a da tarde anterior, ou seja, a do lado de Alter do Chão, até como forma de também conhecermos aquele local ! E foi nessa região, próximo inclusive da vila (Alter) que o carretel do molinete cantou ! Novamente numa colher dourada (apesar do sol de quase meio dia) e desta feita com claros sinais de que não foram apenas uma batida, e sim uma "ferrada" ! Pela experiência vivenciada com Armando no dia anterior, tomei o máximo de cuidado no embarque do peixe ! Contrariamente a expectativa, houve apenas um salto, e praticamente junto da lancha ! Até lá contudo, muita briga e tensão (de minha parte) para não perder o troféu que finalmente foi embarcado (tinha algo em torno de 1 1/2 quilo). Com o máximo de cuidado, o peixe foi içado a bordo ! Naquele momento não mais importavam as horas que perseguimos as beliscadas inexistentes, o ardor do corpo diante de um sol inclemente, ou mesmo das dificuldade de dormir na "pousada" ! O troféu estava garantido ! Penas apenas que Armando não pudesse ter o que falar em casa, mas pescaria é assim mesmo ! Nosso prêmio maior contudo, foi termos tido a possibilidade de convivência, fazendo uma coisa comum aos três, que nos aproximou ainda mais. Sem dúvida alguma, um excelente começo para futuras pescarias. Como estávamos próximos do nosso destino final, voltamos ainda na esperança de uma última beliscada, mas nada aconteceu até chegarmos na casa do Rodolfo. Desta feita ele não estava em casa, o que nos facilitou a entrega da lancha e os devidos agradecimentos ao "nosso marinheiro" (claro que devidamente agraciado financeiramente). Promessas de um retorno foram feitas, mas já sabíamos que dificilmente isso iria acontecer ! Mas que foi uma "mão na roda" essa lancha, não existe qualquer dúvida ! Já nos esperava a gerente, que com as coisas no carro, avisou-nos que estávamos com tempo mais que suficiente para almoçarmos (ainda que tarde) em Santarém, antes do voo de volta para Belém. Essa dica foi ótima, pois nos propiciou uma ida ao Hotel Tropical de Santarém (Varig), onde usando as influências do Banco e do prestígio da agência, pudemos tomar um belo banho, com tudo que tínhamos direito (chuveiro, água quente, shampoo, toalhas limpas, secas e felpudas...) antes de almoçar no próprio hotel ! É claro que convidamos "nossa motorista" a participar do almoço (era o mínimo que poderíamos fazer em retribuição a tantos "favores"). Optamos pelos pratos regionais, destacando o tucunaré na brasa, e uma "caldeirada (tinha um outro nome) de tambaqui". Foi difícil saber qual o que estava melhor ! Comemos tudo (mais houvesse), e saímos apressadamente para pegar o avião, afinal já era domingo, e no dia seguinte os dois já estariam retornando e eu tinha bastante o que fazer ! Importante contudo fazer uma última referência a cidade de Santarém. Talvez tenha sido o local mais belo que encontrei no Norte ! A cidade em si não era nem tão bonita assim, mas apresentava uma estrutura ribeirinha notável ! O movimento de barcos era bastante intenso, até porque a cidade funcionava como um ponto centralizador de todo o comércio do baixo Amazonas. Muita influência (passada) do garimpo de ouro na região, propiciaram algumas "riquezas" que se mantiveram ao longo do tempo. Dentre elas o destaque para o local de construção da própria cidade, em frente aos encontro dos rios Tapajós e Solimões (ou Amazonas). A cor das águas do Tapajós (já mencionadas diversas vezes ao longo dessas lembranças) é um destaque permanente, com suas areias finas e alvas. Destaque final contudo para a alegre população do local, carinhosamente apelidada pelos "amazonenses" de MOCORONGOS ! Um pessoal que se dedica fundamentalmente ao comércio (pesca, madeira, borrachas e um resto de ouro...), mas sempre disposto a prestar uma ajuda quando solicitado ! Tivemos provas constantes disso ao longo desses inesquecíveis dias que passamos por lá, e não foi por qualquer outro motivo que escolhemos usar o nome "Mocorongos" para identificar "nosso grupo de pesca" ! A viagem de retorno para Belém transcorreu sem novidade, com o voo demorando uma hora como de costume (apenas a sensação que os lugares são mais próximos nessa região). O cansaço de todos era bastante grande, mas nem por isso deixamos de conversar e já estabelecer planos para uma próxima pescaria na região, só que desta feita, melhor estruturada em termos de "pousada" e mesmo infra-estrutura de suporte ! Talvez até um esquema de acampamento, ou mesmo dormirmos num barco regional (aluguel fechado - exclusivo), enfim, tínhamos tempo para preparar uma nova incursão, já que esta somente aconteceria no próximo ano ! Mas nenhum de nós deixou de ter certeza de que ela voltaria a acontecer ! Armando + Agenor (Kid) + Antonio Cecil Irmãos APF Pedreira de Freitas
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