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  1. O ano era 2020. Um ano turbulento que muita coisa aconteceu. Graças a Deus eu e meu pai temos um grande amigo dono de uma fazenda na beira do Rio Culuene, pouco mais de 100km da cidade de Canarana-MT. Saímos do confinamento e fomos até a fazenda desse amigo para uma semana de pesca e descanso. Claro que na época, tivemos que seguir alguns protocolos para preservar a saúde de todos. Ficamos totalmente isolados alguns dias antes de viagem, todos fizemos teste de COVID e utilizamos máscaras até chegar na fazenda, depois que chegamos na fazenda, no meio daquele mato, longe de todos, aproveitamos um pouco da "liberdade" que já havia um tempo que não experimentávamos. Hoje tenho 29 anos e pesco no Rio Culuene desde os 17. Eu gosto muito daquela região, muita variedade de peixes tirando que o dono da fazenda é um grande amigo e a farra é sempre boa com ele. A pesca foi realizada no mês de setembro, ótimo mês para fazer a pescaria de matrinxãs e pacus nas corredeiras, uma pescaria muito esportiva e divertida. Além disso, podemos pescar os grande de couros nos poços, dessa vez não focamos muito nessa pescaria mas saíram 2 cacharas, uma delas de ótimo tamanho. Tentei também pegar cachorras e bicudas com isca artificial, mas pra variar o maior sempre escapa né? Peguei uma cachorra bitela mas logo quando fui embarcar ela cuspiu a isca...as garatéias eram muito pequenas e no Rio Culuene existem cachroras muito grandes e agressivas. Pelo menos uma bicuda eu peguei, para não sair no 0x0 kkkkkkk. Abraço pescadores!
  2. Boa tarde galera!! Já faz um tempo que não adiciono um relato aqui no fórum devido as últimas pescarias serem sempre no mesmo local (no rio Tietê). Mas essa pescaria foi muito especial porque foi a realização de um sonho de pescar pelo primeira vez o tucunaré endêmico, sem ele ter sido introduzido. Eu e meu pai fomos em busca do tucunaré de la, o bruto CICHLA MELANIAE o famoso tucunaré das corredeiras do rio Xingu. Pescamos no Xingu e em seus afluentes no norte do Mato Grosso. Ficamos hospedados na cidade de Gaúcha do Norte - MT. No primeiro vídeo (dividido em 8 partes) pescamos numa lagoa do rio Xingu infestado de Cichla Melaniae e de Trairão, inclusive lá descobri que o tucunaré ta bem longe de ser o topo da cadeia alimentar kkkkkk na verdade eles são os pratos prediletos dos trairões. Segue a parte 1 de 8, se quiserem é só procurar pelas outras partes (inclusive numa delas um trairão arranca um pedaço de um tucunaré bem na minha frente): Nesse outro vídeo estamos pescando no rio Culuene (afluente do rio xingu) no rancho dos amigos. Fizemos uma pescaria só com iscas artificiais e pescamos muitas espécies nativas (bicuda, cachorra,corvina, trairão e tucunaré). Eu que nunca tinha pescado num rio sem ser represado, achei incrível!!! Inclusive a diferença do comportamento dos tucunarés nativos e quantidade de ações na artificial. Foi uma experiência incrível!!!! Me tornei mais um apaixonado pelo rio Xingu. grande abraço a todos;
  3. Olá Amigos Pescadores. Venho postar uma nova pescaria que realizamos, do Projeto na Aldeia Morená no rio Xingu na junção dos rios Kuluene, Ronuro e Batovi do projeto do Ian, Mega e a sua equipe. Chegamos em Sinop e partimos com destino da pista a beira do Rio Xingu, que após poucos minutos chegamos a aldeia Morená. Uma região com muita variedade de peixes esportivos como: Tucunaré, Trairão, Bicuda, Matrinxã, Cachorra larga e facão, Cachara, Corvina, Piau, Pirarara, Piraíba, Jaú, Mandubé, Piranhas gigantes rsrs Etc... Mesmo com o rio um pouco cheio, e a mudança de temperatura de uma semana para outra, fizemos uma pescaria com bons exemplares desde pesca com iscas artificiais quanto iscas naturais. Tucunarés do Rio com as Custons do Parceiro Renato Badejo. Bela Piraíba fisgada na mesma estrutura na semana anterior pelos amigos Pescadores e o Ian: E Pelo Ian em outra semana. Parada para o Almoço e descanso. Estrutura do Acampamento: Paisagem: Agradecer ao Ian, Mega a sua equipe e aos Morenás. Abraço
  4. Esse informativo tem o objetivo de descrever as belezas do maravilhoso Rio Xingu que nasce na serra do Cachimbo no estado do Mato Grosso e desagua no rio Amazonas, mais especificamente se trata da região conhecida como "Médio Xingu", nas redondezas de São Félix do Xingu, no estado do Pará, local onde costumo pescar, passear e é um local onde podemos contar com a natureza ainda pouco alterada pelo homem, se comparado com muitos rios Brasileiros, pois se compararmos essa área com outras da Amazônia não devastadas não tenho muito a dizer por ainda não conhecê-las. Essa região tem características especiais sobre pescaria, principalmente com relação às manhas para pescar e navegar e o que ainda podemos contar com o que há de intacto nessa região e o que podemos fazer para não continuar degradando o que ainda não se foi. Nessa altura do rio Xingu o rio tem um relevo bastante peculiar e diferente também em relação ao comportamento dos peixes (que varia bastante em função das condições do rio), pois o local é de difícil acesso e pelo que sei do povo local nenhuma equipe de pescaria dessas de TV esteve lá. PRESERVAÇÃO DO RIO Para saber como esse rio está mudando relato uma simples nota: Cheguei em 2009 no Sul do Pará e já fui direto para as pescarias, do ponto de partida bastava navegar num raio de 10 km e já se pegava barbados de 5 a 10 kg, Tucunarés, surubins, pirararas e etc... Hoje as coisas estão tão mudadas pela pesca sem controle, que para se pegar um pequeno Tucunaré temos que navegar mais de 30 km rio acima, pois pescadores de arraia e pesca descontrolada estão acabando com o peixe. Lembre-se, por mais que os meios de comunicação orientem somente a prática do pesque e solte eu digo que é um absurdo ir pescar e não comer um peixinho frito ou assado na beira do rio, porém se quisermos comer um peixe nessa região comprando peixe estaremos alimentando o fluxo de pesca "profissional" que captura peixes em larga escala e sem respeito aos tamanhos adequados para o consumo e micro regiões do rio, na pesca "profissional" redes de mais de 300 metros são usadas acabando com quase todos os peixes da redondeza de onde a rede foi lançada. Penso que falta instrução para a população que depende disso, pois os peixes que vivem em um local do rio não migram e se todos os peixes de um local forem capturados, cada pequeno cardume ocupa uma área e dali não sai, ou seja, se algum pescador passar uma rede de arrasto e “limpar” todos os peixes os que não migram fora da piracema acabarão e nenhum outro ocupará esse território, por isso que desde que de que passei a morar no local notei uma redução expressiva no tamanho dos peixes pela pesca descontrolada e sem respeito. Eu tenho muitos amigos ribeirinhos que vivem da pesca e esses respeitam o equilíbrio dos cardumes e pescam em vários lugares diferentes e com linhada de mão, aí sim a engrenagem funciona. Usar o bom senso ajuda a preservar e nos dá condição de usufruir do rio para as próximas gerações, por exemplo, durante a pescaria um anzol preso nas guelras do peixe é certeza que esse pode ser retido, pois caso contrário ele virará comida para as piranhas. Passando informação de uma maneira mais clara, quando você vier pescar aqui procure respeitar os tamanhos dos peixes pensando sempre em fazer com que os que tem mais capacidade de reprodução permaneçam no rio, imagine um Jaú de 5 quilos e um de 50 quilos, qual deles tem mais capacidade de procriar? Siga o comportamento dos índios que sempre optam pelos peixes menores, isso pode parecer contraditório, porém prefiro orientar dessa maneira me baseando em quem sabe respeitar o meio em que se vive. DICAS DE PESCA: Tamanho dos anzóis Tipos de nó Tome cuidado ao escolher o nó, pois isso é uma “faca de dois gumes” (quase que literalmente) sendo que se dermos muitas voltas na linha quando um peixe grande puxar o próprio nó estrangula a linha e aí “veremos” o peixe ir embora com o anzol na boca. Nota: Quando for cortar a linha amarrada no anzol sempre deixe alguns milímetros de linha sobrando e antes de cortar a linha e certifique-se que o nó está bem ajustado e apertado, senão o peixe vai embora! Nós de emenda de linhas para montar o leader na ponta da linha Essa imagem foi conseguida no catálogo das linhas Power Pro da Shimano, mais informações consulte o site no final do artigo. Dica: Ao montar o leader na carretilha monte a linha de fluor carbono para que o nó de emenda fique um pouco antes do dedo quando for arremessar para não machucar a pele do dedo nos arremessos. OS PEIXES ENCOTRADOS: Cachorras É um peixe muito esportivo e voraz, que tem hábitos bastante previsíveis. Temos dois tipos de Cachorra, a Cachorra “larga” (bem mais abundante aqui) e a Cachorra "facão", a primeira que é maior é prateada com o rabo negro, a segunda é prateada com o rabo negro e vermelho/alaranjado. Na época de rio cheio (Dezembro a Fevereiro) se concentram em rebogios junto a águas rápidas e se concentram unicamente para se reproduzirem, dependendo do rebogio é possível deixar o barco solto que torna a pescaria mais emocionante com o barco apoitado fica difícil fisga-las, pois só se pode apoitar em águas rasas que são repletas de pedras no leito, esse fato é garantia de linha rompida, mesmo com o "leader". Portanto para pescar esse peixe é importante saber onde elas estão e saber muito bem como apoitar o barco. Após a época da reprodução as Cachorras são peixes nômades e vivem caçando ao longo de uma boa área do rio. No período em que a pesca está liberada (15 de Março a 15 de Novembro) se pode encontra-las sozinhas caçando peixes pequenos em meio às margens de águas ligeiramente rápidas e junto aos remansos de água onde os pequenos ficam. Nessas áreas elas dividem espaço com as Bicudas. Para pesca-las eu tenho bastante sucesso com uma isca com 27 gramas e de duas garatéias e com 13 cm de comprimento, iscas com esse tamanho e com 3 garatéias são mais eficientes, porém o peixe fica muito machucado. Linhas com menos de 40 lbs de capacidade resultarão em cara feia do pescador após a fisgada e para não perder a isca é essencial montar um leader de flúor carbono e encastoador compatíveis com a capacidade da linha. Não aconselho usar snaps, pois eles não aguentam as pancadas, para aguentar o esforço do peixe se deve usar um snap com bastante sobrecarga e esse fato prejudica o arremesso embolando a isca no encastoador, aí a pescaria não dá em nada. Tralha que utilizo: · Vara de ação rápida ou ultrarrápida de carga máxima de 25 a 30 lbs; · Linha multifilamento de 40 a 50 lbs com leader e encastoador compatível; · Carretilha perfil baixo para 130 metros de linha compatível; Bicuda Essa é um torpedo das águas doces, muito rápidas e sorrateiras, são ótimos peixes para a pesca esportiva. O sabor da carne não é tão apreciado e por isso tem sido um peixe muito presente nessa área. A Bicuda pode ser capturada em qualquer lugar do rio, desde um remanso até os fios d’água, tudo depende de onde os peixes pequenos estiverem e é muito difícil caçarem em cardumes. Para pescar Bicudas utilizo o mesmo arranjo de tralha usado para Cachorras, porém com iscas de 10 a 11 cm. Em cevas de milho e mandioca (para Pacus e Piaus) elas aterrorizam os peixes pequenos que ficam nadando em volta da ceva e é bastante emocionante quando se deixa uma vara de espera perto da ceva para ver a pancada de uma Bicuda. Tralha que utilizo: · Vara de ação rápida ou ultrarrápida de carga máxima de 15 a 17 lbs; · Linha multifilamento de 40 a 50 lbs com leader e encastoador compatível; · Carretilha perfil baixo para 130 metros de linha compatível; Piabanha Uma parenta da matrinxã, piraputanga e piracanjuba e é um dos meus preferidos para pescar e comer com uma cerveja bem gelada na beira rio. Trata-se de um peixe muito esportivo que nessa área do Xingu fica na espreita em cabeceira de pedras com água calma na pedra e água rápida nas proximidades, assim que as presas passam pela água rápida ela nada como uma bala para se alimentar, nos meses de Maio e Novembro é só jogar uma isca artificial de aproximadamente 6 cm na cabeceira de pedras para ver o show que elas dão. Nos meses entre Junho e Outubro o nível do rio está muito baixo e a água fica muito limpa e quente e as Piabanhas ficam sempre nas entradas e saídas de áreas com água mais fria, sempre nadando frente aos portais de entrada e saída dos peixes pequenos. Aqui no médio Xingu esse peixe dificilmente caça em cardumes. Para pesca-las eu tenho bastante sucesso com isca com 12 gramas e 7 cm de comprimento, iscas de 5 a 7 cm são bem eficientes para Piabanhas. Linhas com 30 lbs de capacidade facilitarão o arremesso das iscas leves e para não perder a isca é essencial montar um leader com flúor carbono e encastoador compatíveis com a capacidade da linha. Nesse caso o uso de snaps é aconselhado para agilizar a troca de iscas, pois a mudança da isca é necessária para se saber a preferência momentânea das Piabanhas, que muda muito com o horário e condições do clima do dia. Não saia para pescar Piabanhas com um tipo ou cor de isca. Colheres não têm funcionado bem. Tralha que utilizo: · Vara de ação rápida de carga 7 a 15 lbs; · Linha multifilamento de 20 a 40 lbs com leader e encastoador compatível; · Carretilha perfil baixo para 130 metros de linha compatível; Tucunaré Amarelo Corpo todo amarelo vivo com ocelo e algumas faixas pretas pequenas no corpo, também encontrado nos Rios Araguaia e Tocantins. É o mais raro aqui no médio Xingu e é o mais esportivo de todos e aqui é um peixe mais de água funda (1,5 m). Tucunaré Paca Corpo marrom repleto de pintas opacas e ocelo. Vivem em cardumes, mesmo quando está caçando. O Tucunaré paca é o de menor porte e quando se pega um vários são pegos, portanto, aí vai uma questão extremamente importante: Respeitar a natureza é levar um ou dois para não desequilibrar a harmonia e organização do cardume, infelizmente a ignorância paira na mente de muitos que são "fominhas" ao ponto de acabar com um cardume e achar bonito, isso tem um impacto violento no rio gerando um desequilíbrio que não se pode medir e é irreversível. Tucunaré Borboleta Corpo amarelado vivo e com três faixas verticais no corpo e com ocelo, na parte inferior da boca apresenta coloração avermelhada dependendo da época do ano. É o mais solitário e são os maiores chegando a pesar mais de 5 quilos. O Tucunaré borboleta circula pelas pedras onde os Tucunarés Paca vivem, mas se pode encontrá-los em águas mais rápidas e praias, ou seja, esse tem uma área maior de caça. Nos meses de Julho a Agosto eles ficam em áreas com águas muito rasas (30 cm) na espreita de peixes pequenos, eu sempre pego uns bonitos em topo de ilhas que estão para secar. Nesse tempo que pesco aqui noto que conforme a época do ano esses peixes sofrem mudanças na intensidade de coloração e algumas regiões do corpo ficam avermelhadas, contudo nunca vi nenhuma mudança significativa que permitisse confundir um tipo com o outro. Como o Xingu dessa região não tem quase nenhuma árvore dentro da água não se encontram os Tucunarés em galhadas, a casa deles são pedras principalmente no meio de várias pedras juntas, como a amplitude do nível da água varia bastante na estiagem e período chuvoso o lugar onde os Tucunarés caçam e descansam muda muito, na estiagem máxima eles ficam em águas meio rápidas e rasas que têm mais oxigênio e temperatura mais baixa (Julho e Agosto), na cheia eles entram nas áreas alagadas e ficam por lá até o rio começar a baixar. O ocelo na cauda dos Tucunarés é uma ferramenta de defesa contra ataques pela cauda, pois ele parece um olho que acaba por confundir os predadores (jacarés, ariranhas, sucuris e trairões) que sempre atacam pelas costas. Todos os três tipos têm hábitos alimentares semelhantes. Podem ser capturados com iscas artificiais de meia água prateadas ou brancas com cabeça vermelha de 7 a 10 cm, jigs, colheres e principalmente com os "peixes charuto" vivos espetados em anzol singelo, esse último é sem sombra de dúvida o mais eficiente. A água do rio Xingu tem uma coloração verde escura e é muito limpa, por esse motivo nunca tive muito sucesso com iscas artificiais azuis ou muito coloridas. Demorei alguns anos para perceber que o sucesso na pesca do Tucunaré é usar iscas que se parecem o máximo possível com os peixes que os eles comem. Tralha que utilizo: · Vara de ação rápida de carga máxima de 15 a 17 lbs; · Linha multifilamento de 40 lbs com leader e encastoador compatível; · Carretilha perfil baixo para 130 metros de linha compatível; BICO DE PATO ou JURUPENSÉM Quer pegar um? Use minhocoçu. Eles que me perdoem, mas uma caldeirada desse é algo fora de série. FIDALGO (PALMITO ou MANDUBÉ) Quer pegar um? Use filé de peixe fresco, peixe vivo ou minhocoçu. Eles que me perdoem mais ainda, mas uma caldeirada desse é mais que algo fora de série, nem cachorro come (pois não sobra). Pirarara Agora começo a falar sobre os brutos, a pirarara aqui vive em cardumes e divide espaço com os Barbados e Cacharas (em alguns casos). Esse peixe é muito bonito e muito forte e oferece ao pescador uma briga inesquecível, essa aí da foto acima deve ter pesado entre 60 a 70 kg, pois eu e meu parceiro desse dia só conseguimos puxá-la juntos para dentro do barco, com certeza ela voltou para o rio e tomara que ela esteja nos dando mais filhotes. Essa aí eu fisguei e meu parceiro a puxou na carretilha e nós puxamos para dentro do barco. Nessa região sempre levo susto quando vou pescar apoitado e deixo anzol grande de espera, de repente bate um gigante e é um “deus nos acuda” para encarar a pirarara. A Pirarara é um peixe abundante nessa região do rio Xingu, pois tem uma carne pouco apreciada por aqui e por isso é comum devolverem ela para a água. Esse peixe se movimenta muito no rio e tem uma grande área para seus banquetes. Para chamar a atenção delas é sempre bom ter certa variedade de iscas, como por exemplo, tripa de frango, coração de boi, peixe fresco ou vivo (o melhor) e minhocuçu. Aqui nessa região as pirararas são um tanto quanto “seletivas” e a alternância de iscas pode garantir briga “feia” com algumas delas e pode apostar, ao fisgar uma vem mais quando pescando apoitado, contudo é sempre importante ser muito observador, durante a escolha do local de pesca da pirarara sempre procure peixes pequenos nadando próximos a superfície, água calma próxima de rebogios (jogue a isca na água calma), foz de pequenos rios e sempre jogue um anzol piloto com carne perto no final de tarde (para pegar pequenos de couro para iscar), quando as piranhas pararem de “encher o saco” pode esperar, elas vão te encontrar. Esse tipo de bagre não costuma ficar muito em águas profundas e tem aquele conhecido hábito de bater nas iscas na boca da noite e início da manhã, geralmente elas ficam na espreita em saídas de córregos e se em um cenário desse agregado com um declive no fundo do rio pode preparar seu anzol com uma isca bem grande e aguardar que a “pancada é segura”, por aqui tem umas grandes, o suficiente para arrastar barco com poita e tudo e haja braço para segurar! Saiba que para aumentar sua chance de tirar uma grande da água é preciso saber se o fundo do rio não tem muita pedra, pois quando a pirarara está brigando com o pescador, na verdade fugindo da tração da vara, ela vai nadar rente ao fundo do rio e por isso é essencial que se providencie uma linha dura e muito resistente à abrasão em pelo menos 5 metros na extremidade da linha para a linha raspar no fundo do rio e não romper com a força do peixe. Para apoitar sempre utilize uma boia (garrafa PET ou galão, por exemplo) para não perder a corda que une a poita ao barco, pois quando ferrar uma pirarara a melhor coisa a fazer é soltar o barco da poita e a deixar ela conduzir a situação no início, esse peixe tem muita energia e pode carregar barco com poita e tudo ou até estourar a tralhar eu já tive essa infelicidade e perdi uma monstra com o rompimento da linha. Tralha que utilizo (aqui o sistema é bruto): · Vara de ação médio-rápida de carga máxima de 200 lbs; · Linha monofilamento de no mínimo 90 kg com encastoador de no mínimo 200lbs e 1 metro de comprimento; · Carretilha perfil alto com carretel para pelo menos 250 metros de linha compatível; · Anzol 10/0 ou maior; · Orar por muita sorte! Jaú O Jaú é um peixe de águas profundas e agitadas, por aqui não temos muitos lugares com poços propícios para o Jaú e esse não é um peixe muito presente por aqui, mas creio que tem muitos deles porque a tralha necessária para pegá-los é bem específica e isso também vale para as iscas. Corimbatás (papa-terras) e piaus são bem aceitos pelos Jaús e pode reserva uma chumbada de 200 gramas para chegar ao fundo do rio, pois onde tem poço fundo nessa área do Xingu a largura do rio reduz bastante e a água fica muito forte e se a chumbada não bater no fundo não tem Jaú no anzol. O Jaú é um peixe mais sedentário e por isso não faz tanta força quanto a Pirarara. Por isso ratifico da importância de se devolver os Jaús para a água para garantir a espécie, caso queira comer um peixe desses use o bom senso e capture os pequenos, pois quanto maior o peixe mais filhotes vêm na época do defeso e mais poços estarão com Jaús a espera de um “anzolinho” dos pescadores. Nas proximidades da divisa com a terra indígena tem um poço de uns 40 metros de profundidade que dizem que tem um Jaú que nunca ninguém pegou, pois todos que o fisgaram não tiveram sucesso, eu já presenciei uma cena dessas, ele tem uma toca e se enfiou e nem com o motor ligado saiu de lá e fomos até romper a linha. Quem sabe um dia eu tente enfrentar essa fera. Tralha que utilizo (aqui o sistema é bruto): · Vara de ação médio-rápida de carga máxima de 200 lbs; · Linha monofilamento de no mínimo 90 kgs com encastoador de no mínimo 200lbs e 1 metro de comprimento; · Carretilha perfil alto com carretel para pelo menos 250 metros de linha compatível; · Anzol 10/0 ou maior; · Escolher o poço certo! Piraíba Esse é um peixe de carne nobre e que eu nunca vi por aqui ou ouvi dizer que desde 2009 alguém pegou um desse, isso fora da área de reservas indígenas, então entendo que o que tinha já foi pescado e não há reparação desse estrago por falta de consciência e fiscalização. Barbado ou Barbachata Esse peixe é muito forte e proporciona boas brigas, por aqui o barbado prefere o canal do rio e cabeceiras de ilhas com locais mais fundos. Eu particularmente não tenho muito êxito em pesca-los na “rodada”, mas conheço alguns pescadores que pegam uns Barbados bonitos. O barbado gosta de isca de peixe, principalmente filé de peixe ou peixe vivo. Tralha que utilizo: · Vara de ação rápida de carga máxima de 40 a 60 lbs; · Linha multifilamento de 50 lbs com leader e encastoador compatível; · Carretilha perfil alto para 130 metros de linha compatível; Cachara O Cachara, também conhecido como Surubim era um peixe muito abundante nessa região, porém pelo fato de a carne desse peixe ser nobre a pesca inconsciente e falta de fiscalização reduziu drasticamente a presença dele nessa região do Xingu, dentro de áreas indígenas e tributários do Xingu se encontram belos Cacharas, mas no rio Xingu tenho pego somente pequenos exemplares. Não confunda o Surubim com o Caparari ou Pintado, aqui nessa região do Xingu não temos o Caparari que habita os demais rios que correm para o Norte e tão pouco o Pintado que habita os rios que correm para o Sul (com exceção do Rio São Francisco que também tem o Pintado, mas corre para o Norte). Caparari Pintado O cachara prefere águas rasas e tem hábitos noturnos e muito parecidos com os das Pirararas, porém o Cachara nada em águas mais rasas, com algo em torno de 1 a 1,5 metros de profundidade. Para pesca-los basta apoitar o barco em locais rasos um pouco antes do início da noite e jogar um peixinho e ficar esperando e molhando a boca até que o bicho venha, nessa condição se corre o risco de pegar também um Fidalgo, um Mandi ou Bico de Pato, ou até um Barbado. Tralha que utilizo: · Vara de ação rápida de carga máxima de 40 a 60 lbs; · Linha multifilamento de 50 lbs com leader e encastoador compatível; · Carretilha perfil alto para 130 metros de linha compatível; PACUS Comparando esse local do rio Xingu com todos os outros que já estive é a região que mais tem tipos diferentes de Pacus. Ao contrário de vários rios amazônicos esses peixes não passam de 3 quilos e se você pegar um Tambaqui ou Caranha por aqui pode ter certeza que esse veio de alguma represa que rompeu e espalhou peixe “estrangeiro” no Xingu. Pescar qualquer tipo de Pacu requer uma tralha de pesca diferente do que a necessária para muitos pesqueiros de Pacu. Não use encastoardor de aço na pescaria desses peixes, eles são muito espertos e como são peixes de superfície onde a água é límpida eles enxergam muito bem e não batem na isca se virem qualquer sinal de linha ou anzol. O ecastoador de linha é feito da seguinte maneira: Use uma linha de bitola máxima 0.30, passe uma chumbada de tamanho mínimo pela linha, passe a linha pela argola do anzol e deixe a ponta uns 20 cm do anzol, dê um nó cego na argola do anzol e depois trance a ponta da linha na linha ligada ao molinete por umas 30 voltas, ao final dessas voltas dê outro nó cego para travar as duas linhas trançadas, corte a porta que estiver sobrando e tomando o anzol como ponta da linha dê um nó cego para que esse terceiro nó caia em cima do segundo, pronto, seu encastoador está pronto. Por aqui são pegos os seguintes tipos: Pacu Branca Essa Pacu é a que mais gosta de frutas dentre todas as que eu conheço nessa região, na época em que o rio está em meia altura, em meados de Junho, as couraças de seringas explodem lançando as frutas para bem longe da árvore e nesse momento que se vê um show a parte em que principalmente essas Pacus batem na superfície para pegá-las, além do que nas margens do rio temos várias plantas frutíferas e elas saltam fora d’água para comer. Nesse momento se o pescador conseguir pegar essas frutas é só iscar, jogar onde elas estão e se preparar para a briga e por aqui podem alcançar 2 quilos. Tralha que utilizo: · Vara de ação média de carga máxima de 10 lbs; · Linha monofilamento de 15 lbs fazendo encastoador com a própria linha; · Molinete o menor possível; · Anzol número 14 a 18; Pacú Curupeté ou Pacú Borracha Também é conhecido como Pacu Borracha é muito encontrado nessa região do Xingu, ele possui uma dentição bastante afiada e parece uma mistura com a dentição da Piranha, comumente é pescado em cevas de milho e vive em cardumes, esse Pacu vive em cardumes e pode alcançar 2 quilos nessa região. Nos meses de Junho a Agosto esse peixe muda o hábito alimentar e prefere umas frutas silvestres que parecem um murici, porém vermelha e grande, essa fruta faz com que a carne desse peixe fique totalmente indigesta e com aspecto de borracha. Para a pescaria nessa região utilize somente anzóis de número 14 a 18 e chumbada muito leve, como é um peixe de superfície jogue um grão de milho cozido iscado junto com uma leva de milho podre na água e aguarde o final da rodada, quando esse Pacu está no local a captura não pode demorar mais que três rodadas de isca, caso contrário procure outro peixe ou local para pescar. Tralha que utilizo: · Vara de ação média de carga máxima de 10 lbs; · Linha monofilamento de 15 lbs fazendo encastoador com a própria linha; · Molinete o menor possível; · Anzol número 14 a 18; Pacú Manteiga Também conhecida como Pacu Ferrada tem os mesmos hábitos e exige a mesma tralha que a Pacu Curupeté e a Branca, porém por aqui não passa de 0,5 kg. Pacú Seringa Esse Pacu tem o corpo todo prateado e parte inferior da cabeça na cor laranja bem viva, ele tem um beiço parecido com o de uma pessoa e é um bicho manhoso como nunca. Vive em cardumes e tem esse nome por gostar muito da fruta da seringueira. A isca infalível para pegá-los é um caranguejo que vive em ilhas pedregosas com pedras expostas e é só levantar as pedras e pegá-los para garantir a brincadeira. Assim como a Pacu Curupeté, nos meses de Junho a Agosto esse peixe muda o hábito alimentar e prefere umas frutas silvestres que parecem um murici, porém vermelha e grande, essa fruta faz com que a carne desse peixe fique totalmente indigesta e com aspecto de borracha. Podem chegar até a 3 quilos e promove para o pescador uma pescaria muito divertida e têm um comportamento muito interessante que deixa de maneira muito clara a capacidade de se comunicar com demais integrantes do cardume. Esse Pacu fica sempre na redondeza de pedras próxima ao canal do rio, ou seja, locais fundos com uma pedra exposta na superfície e quando apoitamos o barco basta jogar um trato com as pernas e cascas dos caranguejos e aguardar um tempo, porém a manha desse bicho é que se você perder uma ferrada pode mudar de lugar, pois pode ter uma centena deles no local e você não vai pegar mais nenhum! Tralha que utilizo: · Vara de ação rápida de carga máxima de 15 lbs; · Linha mono ou multifilamento (com leader) de 20 lbs e encastoador com a própria linha; · Carretilha perfil baixo para 100 metros de linha compatível; ARRAIAS Arraia de Fogo Arraia Marrom Arraia Gigante Como evitar acidentes: Nunca ande no rio em locais com barro decantado, elas ficam "atoladas" nesse substrato e não conseguimos vê-las, caso queira tomar banho no rio dê preferência a bancos de areia com água limpa onde se possa ver o funcho do rio, as arraias passam rapidamente por bancos de areia, e raramente se enfiam em areia, mas todo cuidado é pouco, então se você não tiver escolha sempre ande arrastando o pé no fundo do rio, pois assim você "chuta" a arraia e ela foge. Os acidentes ocorrem porque as pessoas, na maioria dos casos, pisam no bicho que está escondido no fundo do rio, ao pisar nelas elas se defendem virando o rabo para cima e enfiando o ferrão na canela do felizardo (e não costumam errar), eu não pisei em uma até hoje (ou ainda), mas já vi gente que pisou e a dor é insuportável (você vai preferir apertar um Mandí e ficar chacoalhando ela enterrado na sua mão do que levar uma esporada de arraia!). Em caso de ferroadas de arraia: Procure o posto médico mais próximo e mantenha sempre o local do ferimento limpo. E aguente firme, pois a dor é insuportável. Manter o ferimento muito limpo deve doer demais (já ajudei um menino ferido), mas essa dor tem que ser suportada, pois o ferrão não injeta veneno, na verdade todos os esporões e ferrão das arraias são “besuntados” de um limbo e esse sim tem o agente tóxico que pode até causar gangrena, portanto lavar é minimizar os efeitos da toxina no local do ferimento. DICAS DE PESCA FASES DA LUA: Eu sempre observo a fase da lua e todas as vezes que segui o calendário de pesca nunca acertei, portanto com o passar do tempo e meu conhecimento adquirido a dica que deixo para a pesca nessa região é observar as fases da lua e programar sua pescaria sempre que: · A lua, seja ela cheia ou nova, minguante ou crescente, tem que estar nascendo e se pondo fora de seu horário de pesca, por exemplo, caso queira pescar peixes de couro o ideal é pescar no final da tarde em diante e assim a lua deve ter se posto, quando você iniciar sua pescaria no final da tarde. Caso queira pescar Tucunarés e Piabanhas deve-se pescar no início do raiar do sol e finalzinho de tarde e assim a lua deve ter se posto umas duas horas antes no raiar do sol, pode seguir essa dica que é sucesso garantido; · Sempre no período anterior há três dias ou no período posterior a três dias da lua cheia 100%, nos seis dias em que a lua cheia 100% estiver no meio desse período pode ficar em casa ou venha para o rio para apreciar a paisagem e tomar uns goles, pois não bate peixe no anzol e o mais intrigante é que os peixes batem muito na superfície da água; ISCAS: Essa região foi pouco alterada pelo homem, ou seja, a biodiversidade do rio se mantém quase inalterada sendo que os peixes mantêm seus hábitos alimentares de tempos anteriores, portanto não adianta muito usar iscas artificiais muito coloridas ou que sejam muito discrepantes dos peixes pequenos que os predadores perseguem. Minhocuçús são eficientes com peixes de couro, porém quando trouxer Minhocuçus sempre esteja preparado para usá-las para pegar peixes de couro pequenos que poderão servir de iscas para peixes de couro grande e o comum para todos os lugares, peixe vivo é sempre melhor, portanto traga sua caixa para iscas vivas e uma tarrafinha piabeira para pegar piabas e piaus pequenos para fazer a festa e tirar ótimas fotos com os amigos. ACAMPAMENTO: Entrando em contato com os prestadores de serviço do local os destinos de pesca não são hotéis flutuantes, chalanas ou pousadas beira-rio, os acampamentos são no barranco e em lugares que nós arrumamos para trazer o mínimo de conforto para os pescadores, como por exemplo, uma caixa de pedras com girau e grelha para assar uma carne ou peixe, uma cabana com cobertura de folhas de palmeira com esteios para amarrar redes ou montar barracas. Agora, banheiro... é a maneira sertaneja. DICAS DE MANUTENÇÃO NAS CARRETILHAS E MOLINETES Ao fazer manutenção em carretilhas sempre tenha em mãos o esquema isométrico de montagem da sua máquina para saber a ordem e posição das peças. Caso se trate de uma simples lubrificação NUNCA utilize graxa grafitada ou grafite, o grafite é abrasivo e causará desgaste prematuro das peças móveis da máquina. Lubrifique as engrenagens sempre com um spray anticorrosivo e lubrificante e drene os excessos. Utilizar graxa náutica também não é aconselhável a médio ou longo prazo, pois ela resseca e se fixa onde está e nessa você vai pensar que a graxa está fazendo seu papel e sua carretilha vai parecer um grilo. Use sempre graxa a base de óleo mineral e sabão de lítio (também conhecida como universal e é mais fácil de encontrar) ou uma graxa a base de óleo mineral com espessante de poliuréia usada em rolamentos industriais de alto desempenho e fator de carga, que com certeza são mais eficientes (e são biodegradáveis). Nunca guarde sua carretilha com a fricção apertada, essa permite o aperto do disco de fricção que fica dentro da carretilha pela pressão de molas prato que ficam planas com pressão constante, caso sua carretilha não permitir regulagem providencie a troca das molas prato. Sempre que for guardar suas carretilhas ou molinetes sempre encontre uma maneira de secá-las bem para evitar corrosões por efeitos da água, deixar no sol ajuda muito e um ar comprimido também e sempre que for guardar espirre um lubrificante sem graxa dentro da caixa de engrenagens. As linhas multifilamento são uma espécie de pano e apodrecem caso sejam guardadas molhadas, se você gostar da sua tralha, ao final da pescaria encontre um local onde você possa esticar a linha e dar uma puxada nela para retirar o excesso de água, como as linhas boas são mais caras vale a pena ter esse cuidado, principalmente para você não ser vítima de um colega seu tirando sarro da sua cara quando a multifilamento romper com um peixe na linha (eu aprendi da pior maneira possível). Para os molinetes também vale muito a questão da lubrificação aplicável às carretilhas. DICAS DE MANUTENÇÃO NAS VARAS Quando for arrumar as varas para a pescaria sempre verifique se nenhum passador ou ponteira estiver solto ou se não se encontram trincas no corpo da vara. Trincas na vara significam que seu equipamento pode ser descartado, ponteiras soltas podem ser retiradas com fogo brando e recolocadas lixando a ponta e cola de secagem ultra-rápida (superbonder), passadores com o fio soltando pode ser reparados com esmalte de unha (para não pegar mal, não compre uma; peça emprestado da sua esposa). Caso algum passador estiver ausente compre um no mesmo tamanho, cole ele na posição certa com cola de secagem ultra-rápida, enrole uma linha multifilamento bem fina e sele com a mesma cola, o acabamento pode ser feito com esmalte de unha. Para se evitar manutenção nas varas por danos causados no transporte das varas é sempre bom enrolá-las em um saco ou pano e amarrá-las juntas e transportar dentro de um tubo de PVC, é uma solução barata e eficiente. DICAS DE MANUTENÇÃO NOS MOTORES DE POPA ANTES DA VIAGEM Antes de viajar para a pescaria revise seu motor verificando os seguintes itens e elimine os problemas que causarão transtorno na pescaria: Dê uma lida no manual do usuário do seu motor; Pontos ressecados ou rachados na mangueira do tanque; Respiro do tanque entupido; Filtro de tela que é o primeiro filtro dentro do motor (abra e limpe); Caso você saiba desmontar o carburador retire-o do acoplamento do bloco da admissão, desmonte o copo da boia e verifique se a agulha não está agarrando, se não tem “zinabre” no bojo da boia e se o giclê está livre; Retire as velas, limpe e ajuste o espaço entre os eletrodos conforme manual do fabricante da vela; Conecte as velas nos cachimbos, libere a ignição do motor e tente dar a partida com as velas soltas do motor para averiguar as faíscas; Leve um jogo de velas extras; Confira o aperto dos cachimbos de vela nas cabeças das velas; Lubrifique todos os mecanismos giratórios de acionamento do acelerador, afogador e cabos de aço; Troque o óleo da transmissão; Verifique se a hélice está com as pás sem nenhum sinal de pancada, pancadas tiram o passo da hélice e faz com o consumo de combustível aumente muito e o motor pareça que está amarrado; Leve sempre uma hélice reserva, o Xingu tem muita pedra; Sempre leve ferramentas para trocar as velas, a hélice e apertar alguma conexão de cabo ou mangueira de combustível, chaves combinadas 10, 11 e 12; Procure sempre levar uma hélice com passo menor do que a original do motor para navegar com o barco carregado sem perder desempenho e não gastar muito combustível; DICAS DE USO DOS MOTORES DE POPA Antes de ligar o motor confira o aperto dos cachimbos de vela nas cabeças das velas; Sempre deixe o motor ligado até perceber a saída de água quente do sistema de refrigeração a água antes de iniciar a navegação; Descubra a localização da agulha de regulagem da mistura ar-combustível e vá fechando a agulha até perceber queda de rotação da marcha lenta, regule a marcha lenta e continue fechando a agulha até perceber que o motor vai desligar, nesse momento volte com a agulha em 1/5 de volta e garanta o mínimo de consumo de combustível do seu motor. Vale a pena fazer isso!; Cada fabricante projeta seus motores para vários tipos de hélice, cada uma possui um passo diferente que serve para se navegar com o barco vazio e cheio, quanto maior for o passo (em polegadas que vai de 9 a 14” para motores de 15 a 30 Hp) mais rápido o barco navega, porém esse deverá estar vazio para isso acontecer, hélices com passo maior e barco cheio significarão consumo alto de combustível e baixo desempenho, para barco cheio utilize uma hélice de passo menor, fica mais fácil controlar a embarcação, o barco anda bem e gasta pouco combustível, contudo conheça seu motor para não usá-lo com rotação muito alta causada por hélice de passo menor e pouco peso no barco, isso pode quebrar a transmissão do motor (imagine isso no meio do rio?); Se você deixa seu barco em uma marina ou locais onde muitas pessoas circulam com carga proporcionando chance de alguém bater no motor e principalmente na hélice proteja a hélice, pois uma batida nas pás vai tirar a hélice do passo e o sinal que indica isso é rotação do motor variando e baixa rotação do motor, não achei ninguém que saiba consertar isso e a melhor coisa para sua pescaria é substituir a hélice; Se a hélice tiver roçado no fundo do rio e as bordas das pás estiverem danificadas uma ação que deu muito certo é levar a hélice em uma empresa de usinagem e dar um passe na mesma no torno, esse serviço vai te oferecer uma ótima hélice para carga (barco cheio) e sem vibração no motor, vibração que causa desgaste nas buchas e rolamentos da transmissão; DICAS DE MANUTENÇÃO NOS MOTORES DE POPA PARA TERMINAR A VIAGEM Quando for desligar o motor para terminar a pescaria deixe o mesmo em funcionamento com a mangueira desconectada do tanque até que o motor desligue sozinho para drenar a gasolina da mangueira e do bojo da boia; =============X=============X=============X=============X=============X============= Sou o Glauco Favaretto, Engenheiro eletricista que trabalha no ramo de mineração e é apaixonado pelo rio Xingu. Originário de São Paulo, crescido em meio a pescarias no rio Mogi Guaçu, no distrito Cascata em Araras-SP, Cachoeira das Emas em Pirassununga-SP e Guatapará em São Carlos-SP, já pesquei no Pantanal Mato-Grossense e pesco no Rio Xingu quase que semanalmente desde 2009, quando mudei para o estado do Pará, mais precisamente para a cidade de Ourilândia do Norte (sul do Pará) que fica bem perto de São Félix do Xingu onde tenho meu rancho e minhas tralhas para eu fazer minhas pescarias, além disso, “enfrento” mato bruto para pescar nos tributários do Xingu e Iriri para gastar a musculatura dos braços com os brutos daqui da região
  5. olá, sou mineiro, pesco desde criança com meu pai, pesco com carretilha perfil baixo usando iscas artificiais e raramente com carretilha perfil alto usando iscas vivas, estou apendendo também a pescar com o famoso fly. Pesco geralmente na minha região MG, sendo na barragem de Carmo do Cajuru minha cidade natal,e também na barragem de três marias , e duas vezes ao ano vou no rancho do meu pai/APESCC no rio comandante fontoura/xingu. É um prazer imenso participar desse grupo, abraço.
  6. Esta última terça-feira estava eu no meu rancho no Xingu e ainda na segunda marquei o despertador para me acordar ás 05h30min para eu arrumar minha tralha e o barco para pescar uns Tucunarés, visto que os Tucunarés aqui já desovaram logo no início de Novembro. O despertador não tocou, pois marquei dia errado e acordei ás 07h30min e logo pensei vou dar uma pescada assim mesmo, mesmo que seja por perto do meu rancho, só para descontrair. Já eram quase 8 da manhã e comecei a subir o rio, após 20 minutos de subida estava em um local chamado "atravessado" que era um lugar bom para pescar Tucunas, mas foi muito castigado por pescadores de rede e espinhel...ano passado fui pescar nesse local e voltei sem nada (fato muito raro), enfim, saí do canal do rio, desliguei o motor e o levantei para não bater nas pedras e comecei a rodar com o motor elétrico. Visitei os pontos que sempre peguei peixe, e nada. O tempo estava um pouco frio ainda e então resolvi mudar a rota para passar em um lugar um pouco mais fundo e com muita pedra espalhada me disponibilizando vários canais de rio entre pedras, logo após a mudança de estratégia entrou uma Piabanha (matrinxã) e comecei a animar. Continuei descendo no ritmo da correnteza e vi uma coisa inédita no Xingu, um local próximo a uma pedrona completamente cheio de Arraias, muitas mesmo, de todos os tamanhos e o mais estranho é que elas não estavam com medo de mim, já que isso é esperado por causa dos pescadores de espinhel que acabam com tudo. É normal ver isso em tributários do Xingu, mas no meio do rio... em 6 anos eu nunca tinha visto isso. Menciono isso porque onde tem Arraia tem o Tucunaré, eles sempre estão juntos. Pensei, "eles estão por aqui". E não demorou a atacarem minha isca, nessa altura o sol já estava derretendo e é nessa hora que o Tucunaré sai para comer. Uns 200 metros do aglomerado das Arrais encontrei uma laje de pedra submersa, bem grande mesmo (mais de 50m) com uma toca debaixo, de início arremessei a isca na transversal da laje, bem no raso mesmo, pois os grandes ficam quase com o lombo de fora e já entrou um Tucuna, porém esse tinha uns 20 cm, enquanto trazia ele para perto do barco disse em voz alta "é moleque, você deu sorte e vai voltar para crescer" e foi que de repente surgiu das profundezas da loca sob a laje de pedra 2 Tucunarés Amarelos (Chicla mirianae) de uns 4 kg e o macho (com um belo cupim) engole o Tucuninha de um jeito que me paralisou, ficou só a ponta do rabo do pequeno para fora da boca do amarelão... Estava usando uma isca YoZuri Crystal Minnow de 11cm e 13 gr e quando o macho grande engoliu o pequeno a isca foi junto para dentro da boca do Tucunaré amarelo e assim a garatéia frontal da isca fisgou a boca do Tucunaré grande, nessa a fêmea vem para cima do macho e tenta arrancar o Tucunaré pequeno da boca dele e como minha isca estava com a parte traseira para fora da boca do Tucunaré grande a fêmea se fisgou na outra garatéia !! Nessa eu fiquei parado olhando aquilo tudo e disse em voz alta nem eu estou acreditando no que estou vendo, se contar para alguém não vão acreditar, então, para facilitar o conto dessa história a fêmea começou a se debater e se soltou da garatéia que a tinha fisgado, o Tucunaré pequeno escapou vivo da disputa e o macho permaneceu fisgado... Mas já imaginou pegar 2 Tucunarés de 4 kg cada e um de 20 cm com uma isquinha de 11 cm ?????
  7. Senhores, boa noite! Em agosto estou com uma pescaria marcada para o rio Xingu, ficaremos em um flutuante próximo à barra do Iriri. Gostaria de saber se alguém conhece o local, se já pescou por lá e quais dicas poderiam me passar! Grande abraço!
  8. Boa noite senhores, meu nome é Bruno Rabelo, nasci em Coromandel, Triângulo Mineiro, porém sai a muito tempo da terrinha devido aos estudos e trabalho. Hoje fixei residência em Paulínia, porém a empresa fez o favor de me transferir para Campos dos Goytacazes, ou seja, sou quase um nômade! Rsrs... Tenho pescado muito menos do que gostaria e espero que possa aqui aprender alguns "macetes" e claro, conhecer alguns amigos pescadores. Grande abraço a todos.
  9. Bom dia meus amigos!!! É um grande prazer fazer parte deste fórum, pois venho acompanhando já a algum tempo....muito obrigado. Tenho 39 anos e apesar de ser paraense com muito orgulho, hoje resido em Goiânia. Comecei a pescar por aqui em 2005 na barra do Rio Cristalino com o Rio Araguaia e desde então tenho feito deste lugar maravilhoso meu playground. Já são quase 10 anos pescando sempre com o mesmo piloteiro e digamos que já deu pra pegar a manha do lugar. Já pesquei no Rio Xingu no município de Altamira, no Uatumã e no Jatapu mas não consegui ainda o meu troféu açu. Estou indo a Barcelos agora no mês de janeiro/15. Gosto de pescar tucunarés, piraíba e pirararas, gosto de muitos outros mas estes são especiais. Resumidamente é isso, grande abraço a todos e se em alguém achar que posso ajudar pode contar comigo.
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