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Pousada Asa Branca I - 05 a 12 de Janeiro


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Em Setembro do ano passado surgiu a ideia de ir pescar com meu pai, apos pesquisar o local escolhido foi a Pousada do Carlinhos, a Pousada Asa Branca I.

Nossa viagem começou no dia 05 de janeiro, no final da tarde embarcamos em Congonhas rumo a Goiania; o voo foi tranquilo, chegamos em Goiania no horario previsto. Seguimos para a rodoviaria central de Goiania, deixamos as iscas e malas no guarda volume, e fomos tomar alguns choppinhos. praia::

Deixando a "selva de pedra"

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A meia noite pegamos o onibus em direção a São Miguel do Araguaia, para mim foi a viagem foi super tranquila, dormi praticamente todas as 7 horas de viagem; infelizmente para meu pai foi uma viagem bem dificil, ele não conseguiu dormir, o ar condicionado estava muito forte, e ainda por cima teve caimbra na perna lacou::

Chegamos em São Miguel ao amanhecer, onde o Carlinhos já estava nos esperando para o translado até a pousada conforme combinado. Eu já tinha tido uma ótima impressão dele durante nossa troca de emails e conversas telefonicas, ótima impressão essa que mais do que se confirmou ao conhece-lo pessoalmente. Para o meu pai o Carlinhos já estar nos esperando foi um ótimo sinal, percebi que o velho ficou muito feliz com isso, melhor ainda, recuperou seu animo depois da viagem dificil. smile::

Carlinhos e meu pai na rodoviaria de São Miguel do Araguaia.

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Saimos da rodoviaria e fomos tomar cafe da manhã numa padaria de São Miguel; no caminho pegamos o Zezinho, piloteiro lá pousada, que se mostrou uma pessoa muito simpática durante a viagem.

Passarada na estrada que liga Luis Alves a Fio Velasco - Jaburus, colhereiros e cabeças secas

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Placa da Pousada - só faltam 19 Km até o Araguaia!!!

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Chegando na Pousada II conhecemos o Rogerio, que seria nosso piloteiro durante a pescaria. Rapidamente embarcamos as malas, e sem perda de tempo rumamos para a Pousada I. Devido a falta chuvas o Araguaia estava muito abaixo do nivel normal para a epoca, mas mesmo assim, que rio bonito! Já dentro do barco, o cheiro de gasolina e do oleo 2 tempos, o barulho do motor, a proa da voadeira batendo na agua, que saudades que eu estava sentido disso!

Deixando Fio Velasco

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Primeira impressões sobre o Araguaia - esse rio parece um espelho

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A quantidade de vida selvagem é impressionante

Jaburu

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Colhereiro

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Bando de Capivaras

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Bando de Queixadas

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Fazenda as margens do Araguaia

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Tribo indigena na Ilha do Bananal

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Pousada do Val

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Primeira visão da Foz do Cristalino

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Chegamos finalmente!!!

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A pousada é bem arrumada, rústica (no melhor sentido da palavra), as acomodações simples, tudo muito limpo, quartos com ar condicionado, chuveiro quente com bastante agua e privada que funciona bem. Fiquei muito feliz com a pousada, lugar sem frescuras, era exatamente o que eu imaginava, vc sente na hora que está numa pousada de pesca. ::tudo::

No restaurante fomos recebidos pelo Japão, que desde do primeiro minuto se mostrou sempre pronto a nos atender da melhor forma possivel. Perguntou se aceitavamos uma cerveja acompanhada com peixinho frito; relutantemente, muito a contra gosto, aceitamos a oferta rindo3:: rindo3:: rindo3::

A comida da Pousada me surpreendeu, comida caseira variada, porções de peixe frito antes das refeições, sempre dois ou tres tipos de carnes, vegetais diversos, frituras, comemos muito bem todos os dias, com direito a até a um churrascão de picanha fome::

Depois do almoço meu pai foi dormir um pouco, eu aproveitei para tentar pescar uns lambaris na frente do hotel com uma varinha telescopica. Não peguei nenhum lambari, porem tomei um porre de pegar mandis-chorão, nunca vi tanto mandi num lugar só! No meio dos mandis peguei uma jurupoca, que apesar de pequena era muito valente, proporcionando uma boa briga que mereceu uma foto:

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Lá pelas 2:30hs o piloteiro perguntou se gostariamos sair; chamei o meu pai e embarcamos; segundo o piloteiro nosso destino seria as lagoas do cristalino, para tentar tucunares.

Logo na entrada do Cristalino vimos duas ariranhas, fui pegar a maquina fotografica para tirar fotos, tinha esquecido no hotel quando fui chamar meu pai suici::

Fomos até o Lago do inferno, é o primeiro lago depois da foz; montamos material leve, linha mono 0,40, meu pai escolheu uma colherzinha para começar, eu escolhi um joãozinho pepino. Logo nos primeiros arremessos eu e meu pai já enroscamos (foi nossa primeira vez com artificiais); o piloteiro no primeiro pincho pegou um azul de aproximadamente uns 1,5 kg. Ligamos o motor e fomos desenroscar as iscas. Continuamos a pinchar em vários pontos diferentes, mas sem ação nenhuma, em certas ocasiões parecia que meu pai e eu queriamos pescar algum macaco, de tanto que acertavamos as arvores (se tivessemos filmado iria direto para as video cassetadas do Faustão vergonha:: ).

Tentei várias iscas, joãozinho pepino, spook jr, zig-zarinhas, até frogs em alguns lugares com cara de traira, mas nada. Por sorte tinha levado umas meia agua; tentei uma Inna 90 branca com a cabeça vermelha, nada novamente; mudei para uma Innas branca com uma pinta negra, logo nos primeiros pinchos tomei uma paulada braba na isca; minha reação foi fisgar, putz, um azul de uns 3 kgs deu um pulo, peixe prum lado, isca pro outro suici:: suici:: suici::

Ouviamos a toda hora explosões dentro do mato, tinha tucunare no lago sim, porem dois tres metros pra dentro da vegetação; parece que os tucas estavam com cria. Tomei outra ferrada, dessa vez não fisguei, apenas evitei que a linha bambeasse; logo um tuca de uns 2 kgs com um belo calombo na cabeça mostrou a cara. Admiramos a cor do bocudo e o devolvi para a agua.

O sol estava muito forte, e nós com aquele lindo bronzeado paulistano de escritorio, bem como a falta de ação de peixe, começamos ambos a ficar desanimados, decidimos ir atrás das pirararas. Pegamos as iscas no lago mesmo, em pouco tempo já tinhamos jaraquis e pacus-peva suficientes. Enquanto o piloteiro pegava as iscas eu dei umas pinchadas, tomei apenas uma ferrada, forte, mas o peixe escapou; ao olhar a pobre inna, vi vários buracos na coitada - deve ter sido uma bela dentuça para fazer aqueles furos! blink::

Apoitamos na boca do Lago da Piranha, já no Araguaia, bem em frente a Pousada. Não demorou muito a linha do meu pai começou a mexer, algumas biliscadas fortes, e em seguida um puxão; mas no meio da corrida, a linha afrouxou; era boto brincado com a isca. Uns 15 min depois começa a mesma coisa com a minha linha, na hora tirei a vara do secretario; o piloteiro falou que era o boto novamente, mas mesmo assim quando a linha começou a correr fisguei com tudo; senti a linha pesar na hora, e a frição começou a cantar; coração foi a mil, tinha peixe grande na linha! O peixe correu pro meio rio, nessa hora o piloteiro falou novamente que não era pirarara, que queria ver o que era; seja o que for estava brigando muito, a vara de parecia que estava com sede de tanto a ponta entrar n'agua... Depois de uns 15 - 20 min o bicho cedeu e começou a subir... não era pirarara mesmo, era uma bruta duma arraia! Rebocamos a arraia até uma praia do outro lado do rio, na areia pude ver o tamanho da encrenca - era uma arraia-maçã de mais de 20 kgs, com uns 80 a 100 cms de comprimento pelo menos. Só consegui virar a bruta com o auxilio do piloteiro. Infelizmente ela tinha engolido o anzol, a unica opção foi cortar a linha e soltar ela.

Como já estava anoitecendo, cansaço e fome batendo, voltamos para hotel para ir jantar fome::

Segundo dia:

Acordei de madrugada, resolvi me vestir e fui até a barranca pescar. Umas 5, 5:30 da manhã peguei dois palmitos de bom tamanho, no minhocuçu, um seguido do outro. Comecei a ouvir o pessoal levantando, fui acordar meu pai para tomarmos café.

Saimos bem cedinho para tentar pirararas.

Amanhecer no rio

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Meu pai

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A primeira ação do dia foi um boto que ficou bricando com a isca do meu pai. A segunda ação foi um puxão forte na minha linha, fisguei com tudo, mas a linha começou a ir para o meio do rio - boto novamente. Esse não queira largar a isca de jeito nenhum, tivemos que soltar o barco e ir atras do danado; uns 20 min de cabo de guerra e finalmente ele largou a isca; comecei a recolher mas o sem vergonha pegou ela de novo, mais 10 min de cabo de guerra até ele desistir da isca. A quantidade de botos que tem nesse trecho do araguaia é impressionante.

De pirarara mesmo tivemos duas ações, em uma a vara vergou bonito, mas na hora que fui fisgar o peixe soltou da linha negativo:: Outra foi na linha do meu pai, a vara quase dobrou, antes que meu pai tirasse a vara do secretario a linha 0,90 estourou... chorei:: A frição estava apertada demais (não chegou nem a correr).

Os unicos peixes dessa manhã foram alguns barbados e palmitos pequenos que entraram no material leve enquanto esperavamos pirararas.

Pontos de pesca de pirarara:

Moita de goiabinha

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Barranco alto

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Apos o almoço fui pescar novamente na barranca do rio, peguei apenas candirus e mandis-chorão.

Saimos umas tres da tarde novamente atras das pirararas, mas não tivemos nenhuma ação, apenas enroscos atrás de enroscos. No material leve apenas mandis-chorão e duas arraias de fogo.

Comecei a me sentir meio desanimado, a pescaria estava complicada, nada de tucunares ou de pirararas. Hora do plano C. Perguntei para o piloteiro se ele conhecia algum lugar onde poderiamos pegar algumas bargadas, pois queriamos conhecer essa espécie (e pescar alguma coisa...). Ele disse que sim, fomos pegar algumas branquinhas para isca; um apapa de uns 2Kg apareceu enquanto pegavamos iscas, prontamente devolvido para a agua, é um peixe lindo, uma pena que foi o unico apapa que deu as caras durante nossa pescaria.

Seguimos então atras das bargadas, num braço de rio com pouca profundidade e muita correnteza, fundo de areia e uma praia enorme. Ainda não sabiamos, mas voltariamos naquele ponto todos os dias.

Rumo a prainha

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Apoitamos na entrada do braço de rio, o piloteiro de cara fisga uma bargada de bom tamanho; logo em seguida meu pai toma um belo puxão, na fisgada uma bicuda sai voando pra longe. Descemos então em direçao a praia, em silencio completo, apenas no remo; começamos a ver muita atividade de peixes na beira, ondulações indo pra cima e pra baixo da corrente, varios rebojos de peixes grandes com branquinhas voando pra todo lado.

Jacare tomando sol na praia

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No primeiro arremesso meu pai fisga sua primeira bargada:

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Nessa primeira visita a prainha o cardume principal era de bargadas, sairam facilmente mais de 10 bargadas, algumas de bom tamanho, sairam também uma cacharinha e um palmito. Eu peguei apenas o palmito, foi o unico que bateu na minha linha, mas fiquei feliz pois meu pai pegou várias bargadas (acabei não pegando nenhuma bargada durante toda a pescaria - não foi dessa vez).

No jantar preparei um sashimi de bargada, a carne tem textura meio fibrosa, não adequada para esse fim, mas o sabor é muito bom.

Terceiro dia:

Novamente saimos bem cedo, dessa vez rumo ao Cristalino para tentar pescar miudezas, principalmente piaus e pacus-peva no milho. Chegamos no ponto de pesca bem devagar, o que tinha de peixe boiando naquele pedaço do rio era incrivel (alias, durante nossa estada no Araguaia isso foi uma constante, para todo lugar que se olha é possivel ver algum rebojo de peixe). Varinhas prontas, tinhamos esquecido o milho na pousada... doeu:: Mas sem problema, tinhamos levado minhocas, e começamos a pescar. Pegamos vários peixes, meu pai tomou uma puxada forte na telescopica que estourou tudo, na hora o piloteiro disse que devia ser alguma caranha ou matrinxã perdida. Passei a mão num molinete leve e passei a usar branquinha de isca; quase toda jogada saia uma piranha; sairam duas piranhas pretas enormes, só a briga com elas valeu a manhã, achei até que eram caranhas de tanto que brigaram.

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Passamos todos a pescar piranhas, quando acabaram as branquinhas começamos a usar minhocuçu e files de piranha, tomamos um porre fenomenal de tanta piranha. A diversidade de peixes do Araguaia é incrivel, pegamos naquele pedacinho de rio piaus tres pinta, piau flamengo (o piloteiro pegou um enorme), pacus-peva, um sardinhão enorme com uns dois palmos de comprimento, um jacunda, 4 tipos de piranha (preta, caju, xupita, branca), rabos-vermelho e até uma voadeira.

Depois do almoço como sempre fui pescar na barranca, alem dos tradicionais mandis-chorão entrou uma bela palmita.

A tarde paramos num lugar de correnteza para tentar apapas; meu pai e o piloteiro pegaram diversos palmitos e barbados, eu só peguei candirus (ô bicho feio); depois fomos atrás das pirararas, mas nenhuma ação, apenas enroscos e botos. Novamente partimos rumo a prainha, atras das bargadas do dia anterior. Chegamos de novo em silencio, a atividade de peixes estava ainda maior que no dia anterior; tinha uma onda subindo rente a praia, o piloteiro "joga na frente"; mal a isca tocou na agua pau! a linha correu gostoso, acertei um cacharinha de uns tres quatro kgs. Não deu tempo nem de tirar fotos, foi um peixe atrás do outro. alegre::

Dessa vez, o cardume de bargadas tinha dado lugar a um enorme cardume de cacharas. Começamos a acertar varias cacharas, varios dubles e inclusive dois "triples", até que o Rogerio (piloteiro), me pega uma bela aruanã:

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O estardalhaço dos peixes fisgados era tanto na beirada do barco, que quando me dei conta estavamos cercados por pequenos jacares, alguns chegaram a menos de dois metros do barco:

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Das 5:00 as 7:30 hs fizemos uma das melhores pescarias de nossa vida; pegamos mais de 10 especies de peixe; muitas, mas muitas cacharas de varios tamanhos, só o meu pai pegou facilmente mais de 10 cacharas; entraram tambem aruanãs, cachorras largas, uma bargadinha, barbados, corvinas, uma jurupoca bitela, os 4 tipos de piranhas, e até um jacare que o piloteiro teve a 'sorte' de fisgar.

Como estava escurecendo, começou aquele "deixa eu gastar minha ultima isca"; arremessei a us 20 cms da praia, mal bateu na agua e pau! tomei uma ferrada enorme, ao chegar no barco a surpresa: Minha primeira pirarara selvagem! danca:: danca:: danca::

Pequena, mas muito valente, proporcionou uma boa briga no material leve

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Nessa tarde rolou novamente do piloteiro querer embarcar os peixes; sobre piranhas e corvinas nem falamos nada, mas as cacharas apenas as tres maiores foram embarcadas. O unico peixe que eu quis embarcar foi a jurupoca, que considero um peixe muito saboroso. fome::

Quarto dia:

Mais uma manhã atrás das pirararas; enroscos, botos e candirus comendo solto... até que numa moita de goiabinha minha vara finalmente verga, fisguei gostoso e cheguei a sentir o peixe cabeceando na linha - Pirarara grande finalmente!!! Por falta de sorte ela correu direto pro enrosco, soltamos o barco e fomos até o enrosco, dentro da moita de goiabinha; nessa hora o Rogerio nos surpreendeu, decidiu entrar na agua e ir pegar o peixe a unha; falei no ato pra ele só fazer isso caso fosse seguro, se tivesse qualquer perigo a gente cortava a linha numa boa. Ele desapareceu dentro d'agua, fiquei muito apreensivo, logo em seguida ele sobe apenas com o anzol... o peixe tinha ido embora... lacou:: lacou:: lacou::

Casal de canarinhos da terra que pousaram ao lado do barco

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Biguatinga

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Depois do almoço fui fazer a digestão na barranca do rio; dessa vez foi suado, ao longe dava para ver varios peixes rebojando na correnteza - arremessei e dei linha, deixei correr uns 50 mts +/-, em pouco tempo a varra verga, só foi fisgar para a frição começa a cantar - um bruta dum barbado com mais de tres palmos! Depois desse peguei mais uns quatro ou cinco barbados menores, dois palmitos de bom tamanho e até uma arraia maçã pequenininha ::fishing

Saimos a tarde, no primeiro ponto que paramos, em 10 min minha vergou bonito; barco solto rapidamente, fisguei gostoso... linha afroxou, ao longe vimos um boto dando tchauzinho... Paramos num segundo ponto, de novo a mesma historia, minha vara vergou bonito, "ah, tem que ser pirarara!!!"; fisguei com vontade, senti peso na linha, mas ela começou a correr par ao meio do rio - outro boto apareceu ao longe acenando para nós... bang::

Paramos num terceiro ponto, já proximo da prainha; mal amarramos o barco minha vara envergou de novo - "mais um boto pra variar" - mesmo assim fisguei, mas sem nenhuma convicção; nisso a linha me corre em direção a margem e sinto algo cabeceando forte na linha - dessa vez era Pirarara mesmo!!! Infelizmente foi só soltar o barco que ela largou do anzol suici::

Como a tarde não estava pra pirarara, rumamos para a prainha.

Chegando a prainha

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Sorriso na cara do meu pai - Tâ na hora de pescar!

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Como nos outros dias, o cardume do dia anteiror tinha dado espaço para um novo cardume. Nesse dia encontramos um grande cardume de corvinas e de cachorras largas; tambem sairam outros peixes, bargadas, cacharas, piranhas, várias aruanãs, barbados, etc; mas o que tinha mesmo nesse dia eram cachorras e corvinas, algumas de enormes, de pelo menos tres kgs.

Meu pai logo fisga uma corvininha

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O piloteiro não perde tempo e fisga mais um jacarezinho, dessa vez pelo pé (conseguimos tirar o anzol)

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Bargada

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Minha primeira aruanã

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E o velho não parava de pegar um atrás do outro - Cachorra larga

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Cachara

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Acerto uma lapa duma corvina

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Minha primeira cachorra larga

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Detalhe dos dentes

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Quando começou a escurecer, fomos até o outro lado do rio para pegar alguns curimbas para isca pro dia seguinte; na mão que o piloteiro sobe a isqueira, mais de doze cuiu-cuiu (conhecido lá por peixe porco), enormes, surgem emaranhados na tarrafa. lacou:: Toca o piloteiro desemaranhar os peixes; o barco estava solto seguindo a corrente, no que o primeiro cuiu-cuiu foi pra agua, um monte de cacharas explodiram nadando em todas direções. Na hora apoitamos, enquanto o piloteiro se "divertia" com os cuiu-cuiu, meu pai e eu voltamos a ativa. Num espaço de uns 30 min, pegamos mais umas duas cacharas cada um, sairam ainda uma piranha preta, duas caju, e eu acertei mais uma pirararazinha, bem maior que a outra! (umas 500 grs pelo menos!!! rindo3:: )

Minha segunda pirarara selvagem

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Confusão finalmente arrumada, rumamos a pousada.

Por do sol no Araguaia

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Chegando na pousada uma agradavel surpresa, o Carlinhos estava preparando um típico churrasco goiano, com direito a picanha, mandioca cozida e feijão tropeiro fome:: fome:: fome::

Fotos do xurras:

Da esquerda para a direita:

Japão, a turma de Bragança Paulista que também estava hospedada no hotel, e o Carlinhos, que além de ótimo anfitrião, é um churrasqueiro de mão cheia

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Gozações uma atrás da outra - foi um xurras muito divertido

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Até a cadela da pousada bodiou depois do ótimo xurras

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Umas 11:00 - 11:30 todo mundo se recolheu; eu estava sem sono, resolvi tomar a saideira na barranca; peguei a tralha leve, duas latinhas de cerva e bora pescar.

Não demorou os primeiros peixes começaram a entrar - pelo menos uns 5 - 6 barbados, uns 5 palmitos, alguns candirus e até uma cacharinha! ::fishing

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Quinto dia

Amanheceu chovendo e fazendo um pouco de frio. Como o pessoal de Bragança já tinha acertado algumas piraibas, resolvemos ir tentar elas. Não pegamos nenhuma, mas uma danada polou a uns 20 metros do nosso barco, ao lado da linha do meu pai. Que tem piraiba por lá isso tem, é só questão de se dedicar a sua pesca.

O unico peixe que saiu nessa manhã foi um mandi moela que peguei no material leve.

Um pata com varios patinhos no meio do araguaia - esse lugar tem muita vida selvagem

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Voltando a pousada - tempinho fechado

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A tarde o tempo abriu e fomos tentar pirararas. Paramos em alguns locais mas nem sinal das brutas. Meu pai começou a falar "vamos pra prainha", respondi "vamos dar uma ultima tentada". Paramos na entrada do braço de rio que leva à prainha, bem lado de um jacare dormindo ao sol

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Não deu nem 5 min, a vara do meu da uma vergada violenta; era pirarara e dessa vez estava ferrada! Finalmente tinhamos uma bruta presa na linha!

A bruta não se rendia de jeito nenhum

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Finalmente embarcamos uma!!!

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Meu pai e seu trofeu

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A bruta sendo solta na praia - muito obrigado pirarara! tchau:: tchau:: tchau::

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Missão cumprida, tocamos rumo a prainha. Dessa vez sairam apenas duas cacharinhas e algumas corvinas.

Um detalhe interessante, ao contrario das corvinas das represas daqui de São Paulo, que a unica emoção é na fisgada, as corvinas do Araguaia são briguentas e valentes, brigam, pulam, só se rendem apenas depois de lutar bastante - olha, mudei totalmente de opinião a respeito desse peixe.

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Missão cumprida, acabamos voltando mais cedo para bebemorar a boa pescaria.

O velho era só sorrisos

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Sexto dia:

Amanheceu chovendo muito - dia da despedida. Como estava chovendo demais, decidimos aproveitar para arrumar as malas; umas 9:00 hs a chuva deu tregua, saimos para uma ultima tentativa.

Tivemos apenas um bom puxão, na linha do meu pai, mas infelizmente quando a pirarara começou a correr a frição da carretilha Penn do velho quebrou, acabamos perdendo mais uma pirarara.

Finita a pescaria, almoçamos e começamos a volta para São Paulo.

A pousada

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Baia da Manga - já em direção de Fio Velasco

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Em São Miguel do Araguaia fomos num restaurante chamado Teteco's, onde ficamos curtindo umas cervas geladas e porções

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E da-lhe cervas

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Para jantar pedimos file de pirarucu grelhado, estava excelente, bem como a companhia, o Carlinhos nós deu um grande prazer ao se juntar a nós no jantar.

Os tucunares estavam no mato criando, não acertamos a mão em fisgar as pirararas, porem pegamos muitos peixes, valeu a pena termos ido; o Araguaia é um rio muito bonito, cheio de vida selvagem, tem muita quantidade e diversidade de peixes enorme. (um adendo, durante nossa estada sairam grandes pirararas e piraibas - é só uma questão de se dedicar à pesca delas).

Sobre o Carlinhos, ele é um cara fora de série, comunicativo, agilizado, atencioso, e acima de tudo, gente boa demais. Sem nenhum exagero, meu pai e eu nunca fomos tão bem tratados numa pousada como fomos tratados pelo Carlinhos. Qualquer coisa que precisamos estava na mão, qualquer contra tempo foi resolvido imediatamente. Em se falando em pescar no Araguaia e em passar dias muito agradaveis, sem duvida nenhuma é na Pousada do Carlinhos! 1000% aprovado, recomendo de olhos fechados, ano que vem estaremos lá de novo smile::

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Rapaz, bela pescaria hein?! A diversidade dos peixes foi muito legal e esse Araguaia é fantástico mesmo! ::tudo:: Parabéns para você e para o seu velho companheiro. Mas fiquei impressionado com o nível das águas do rio... Araguaia com praias em pleno janeirão doeu::

Abraços!

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Obrigado pelas mensagens pessoal, foi uma pescaria muito legal mesmo, diferente em termos de peixe do que eu tinha imaginado, mas mesmo assim foi ótima! ::tudo::

O meu velho não é só o meu grande companheiro de pesca, mas também meu professor nessa arte - alias nessa pescaria deixou claro que ainda tenho muito o que aprender com ele...

Abs!

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  • 2 semanas depois...

Parabéns, lindas as fotos e como eu disse pra vc la na pousada, a variedade de peixes que vcs pegaram é algo maravilhoso.

Saudade daquele sashimi de corvina, o coisa boa.

Foi um prazer ficar aqueles dias maravilhosos contando nossos causos de pesca, vc e seu pai são nota 10.

Um grande abraço, Marcelo.

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Ae parceiro, show de relato e pescaria, só aumentou minha vontade de voltar no Araguaia, um pedacinho do Paraíso que Deus deixou para nós, pescadores joia::: Muita diversidade, muito peixe palmas::

Ah, eu pensei que eu era o único fominha do Brasil que pescava na beira da Pousada à noite :gorfei: :gorfei: :gorfei:

Abraços

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Show de relato...

Só a pirarara ja valeu a pescaria, imagino a alegria do seu velho.

Eu quando pesco com meu pai, ou com minha avó(87 anos), prefiro q eles peguem, a alegria é dobrada.

Agora vc é viciado d+ em, num dorme naum... rs

Ótima pescaria. Parabéns!

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Show de relato e pescaria... com o paizão ainda por cima! demais

Faltou vc passar a máquina fotográfica e aparecer em alguma foto

O relato ficou super detalhado e prendeu minha atenção

Parabéns e abração

Obrigado Neco!

A máquina é uma Canon EOS Rebel XSI.

Abs!

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Parabéns, lindas as fotos e como eu disse pra vc la na pousada, a variedade de peixes que vcs pegaram é algo maravilhoso.

Saudade daquele sashimi de corvina, o coisa boa.

Foi um prazer ficar aqueles dias maravilhosos contando nossos causos de pesca, vc e seu pai são nota 10.

Um grande abraço, Marcelo.

Fala Marcelo!

Tudo bem contigo? Cara, pra nós foi um grande prazer tbem! Manda um abração pro Japa, pro seu irmão, pra todo o pessoal.

A gente brincou no ultra light, vcs só no ultra heavy rsrsrs

Realmente foram dias maravilhosos, a companhia de vcs foi muito legal, vc e a sua turma são muito animados!

Ano que vem estaremos lá de novo.

Abs!

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Ae parceiro, show de relato e pescaria, só aumentou minha vontade de voltar no Araguaia, um pedacinho do Paraíso que Deus deixou para nós, pescadores joia::: Muita diversidade, muito peixe palmas::

Ah, eu pensei que eu era o único fominha do Brasil que pescava na beira da Pousada à noite :gorfei: :gorfei: :gorfei:

Abraços

Blz Pedro!

É bão demais pescar na barranca, tú não é o unico não... ::tudo::

Abs!

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