Ir para conteúdo

A perseverança do Moacyr...


Posts Recomendados

[align=justify]Grandes Biguás e Mocorongos,

O Moacyr postou no tópico anterior, disponibilizando um linck com uma matéria que, segundo ele, poderia contibuir para um melhor esclarecimento sobre a reprodução dos peixes em função do aquecimento global.

Como tal matéria esclarece parcialmente e até poderia confundir em alguns pontos, resolvi em respeito a sua perseverança transcrever um artigo realizado por uma pesquisadora da Embrapa Pantanal, que espero possa dar mais uma "luz" sobre o assunto que tanto o preocupa. (Calma Moacyr, embora irreversíveis, as mudanças climáticas em curso (com relação aos peixes) não deverão ser tão sentidas por nossa geração, uma vez que se darão de uma forma mais lenta do que imaginas).

COMPORTAMENTO DA CADEIA ALIMENTAR NO PANTANAL - ANÁLISE DE UM CICLO HIDROLÓGICO COMPLETO

A cadeia alimentar aquática do Pantanal do rio Paraguai foi investigada durante um ciclo de seca-cheia completo (1998-99) com o objetivo de identificar as fontes primárias de energia (carbono) que a sustentam.

Em um lago marginal (baía do Castelo, Corumbá - MS) característico da planície de inundação do rio Paraguai foram amostrados organismos representantes dos chamados produtores primários (algas, plantas terrestres e aquáticas) e dos consumidores primários (pulgas d?água e peixes comedores de lodo como o acari, curimbatá, sairú xororó e sairú liso), que são assim chamados, pois são os animais que se alimentam desses produtores ou de seus detritos.

Apesar da grande quantidade de detrito proveniente das plantas terrestres e aquáticas, as algas são consideradas a fonte de carbono (energia) principal em sistemas de áreas inundáveis, como a planície de inundação do rio Paraguai. Ou seja, as algas seriam a fonte de energia que sustenta a base da cadeia alimentar aquática, sendo que no topo desta cadeia estão os peixes carnívoros como o pintado, cachara, dourado e jaú.

Porém, em nosso estudo, certa característica da composição do carbono das algas (sua ?assinatura isotópica? ou ?sinal isotópico?) foi bem diferente daquela obtida em outras áreas de inundação tropicais da América do Sul (média= -34?), apresentando um sinal mais ?positivo?, ou ?menos negativo? (média= -29?).

Além disso, surpreendentemente, os valores da assinatura isotópica do carbono das algas foram também muito diferentes dos valores dos consumidores primários, que apresentaram valores bem mais ?negativos? (variando entre -43 a -26?). Por serem seus consumidores em potencial, os consumidores primários deveriam ter apresentado valores muito mais próximos a -29?, considerando que somente as algas estivessem envolvidas no fornecimento de energia para estes organismos.

Desta forma, os fatos observados somente poderiam ser explicados se, além das algas, uma outra fonte primária de carbono (mais ?negativa? ainda) estivesse envolvida, o que foi reforçado pelos valores encontrados em certo tipo de organismo que vive no sedimento (larvas de insetos quironomídeos), cujos valores obtidos variaram entre -62 e -49?) e que servem de alimento para alguns peixes.

Esta outra fonte de carbono envolvida poderia ser proveniente de um tipo de bactérias (bactérias metanotróficas), que utilizam como fonte de carbono (energia) o metano, um gás proveniente da decomposição da matéria orgânica submersa.

Assim, nossos resultados sugerem uma combinação de ambas as fontes primárias, algas e bactérias, sustentando a cadeia alimentar aquática do Pantanal do rio Paraguai. Isto se dá por meio de dois processos de produção primária de matéria orgânica (MO): pela fotossíntese das algas (energia solar + gás carbônico) e pela quimiossíntese das bactérias metanotróficas (energia química + metano), que transferem energia (carbono) para os consumidores, o chamado fluxo de energia.

Por meio desta produção primária de matéria orgânica e de outro processo, a decomposição da matéria orgânica, que produz gases como o gás carbônico e o metano, fecha-se o ciclo de carbono no sistema.

As algas são uma fonte de energia importante, porém o sistema de planície do rio Paraguai mostra como característica especial a existência de um elo de ligação alternativo do metano como fonte de carbono (via bactérias metanotróficas), diretamente para os níveis superiores da cadeia alimentar (zooplâncton, insetos aquáticos e peixes detritívoros).

Com base nos resultados obtidos, pode-se inferir que quaisquer mudanças no funcionamento hidrodinâmico do Pantanal do rio Paraguai, alterando-se o ciclo de cheias e secas (tempo de duração das cheias e extensão da área inundada), por meio de implantação de barragens e hidroelétricas, corte de curvas (meandros), dragagens em áreas extensas e entupimento do leito devido ao desmatamento e a conseqüente erosão, causariam, por conseguinte, alterações no funcionamento dos processos de produção e decomposição de matéria orgânica.

Portanto, causariam alterações no fluxo de energia do sistema, o qual sustenta a cadeia alimentar aquática e a produção pesqueira, uma das riquezas ímpares do Pantanal e base de atividades econômicas importantes para a região, como a pesca profissional e o turismo de pesca.

Débora F. Calheiros ? Embrapa -CPAP

[/align]

Um grande abraço a todos e se houver interesse, tem outros trabalhos interessantes.

Kruel

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Eu coloquei aquele link lá porque seu autor falou o que eu penso...

E, parece-me que a parte destacada em azul: "Com base nos resultados obtidos,..."; também! Seria lícito de minha parte concluir que apenas divergimos na velocidade deste processo? Para poder determinar a velocidade de um processo, não temos de comparar como estava antes com como está agora?

Eu concordo com você que outros fatores interferem mais ainda; como represas...; mas ainda acho que as coisas estão diferentes, e que isso resulta numa menor ?eficiência reprodutiva dos peixes?..., hoje mesmo e piorando a cada dia! Em outras palavras, apenas discordamos quanto à intensidade e relevância dos processos (mas acho que quase, quase que concordamos desta vez)! Bem..., acho que só o tempo e quando o estrago já tiver sido feito para sabermos com certeza com quem está a razão... Só sei de uma coisa: vamos pescar enquanto podemos!

Falar nisso; pode mandar para o meu e-mail estes estudos que você tem aí? Devem ser muitos! moacyrsacramento@hotmail.com

E Xande; eu podia passar sem essa de bactéria metanotrófica! Xinga & esculacha, maltrata quem só te quer bem; mas vê se não ofende! kkkkkkk

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Grande jckruel,

Quanto mais leio, mas vejo que tenho o que aprender ! :o

Acho que essas matérias terminam por interessar a muitos por aqui, a despeito de se serem profundas o suficiente para não entrarem no "rol" de "diversidades" e/ou "curiosidades" ! Confesso-lhe ( sem qualquer constrangimento ) meu despreparo para sustentar um diálogo mais profundo nesses temas, daí - talvez - a minha atitude mais para leitor ( "embasbacado" - é verdade ) do que de agregador de complementos... :shock:

De qualquer forma, nosso bom Moacyr Sacramento deu sequência a abordagem, como sei que se incumbirá sempre de manter vivos esses temas ! :roll:

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Kid M; você deu uma excelente resposta ao outro tópico ("Aquecimento Global & Reprodução Dos Peixes"), do qual este é a continuação! Sabe o que eu quero dizer com isso? Para quem não é afeito a grandes discussões científicas, você deu uma resposta de expecialista no assunto acima abordado pelo Kruel:

"Conversando sobre isso numa dessas pescarias feitas, a pessoa da região que estava conosco de guia, retratou que nos anos em que não há regime certo de chuvas, inundações e secas, os peixes mudam totalmente seu comportamento, se baseando sempre pelos sinais da natureza, ou seja, abreviam ( ou evitam ) as estações de reprodução ( conforme o caso ), além de alterarem seus hábitos alimentares... :?

Piracemas fora de época, reprodução nas lagoas e perda de milhões de alevinos por falta de "irrigação" do rio, são apenas alguns exemplos dessas coisas... Nos peixes aprisionados ( nas lagoas ), contrariamente ao que se espera encontrar, os espécimes pegos se apresentavam magros e com saúde debil, evidenciando uma fraqueza não costumeira. :evil:

Quanto a "reprodução" em si, entendo que só com um mínimo de condições a serem observadas é que elas tem sequência, senão, esperam por essas oportunidades aparecerem "mais para frente"... :twisted: "

Por isso, depois desta resposta (que faço minhas as suas palavras! já que eu não o teria dito melhor)...; você quer saber mais o que? Acho que você está é carente de elogio! Se é por falta de elogio (que eu já postei alguns em sua apresentação...), então aí vai:

Sabe-tudo! Gurú! Todo poderoso mestre e senhor dos tucunões da Amazônia! Onisapiente em pesca de bocudos! Hegemônico professor de todos os pescadores deste fórum! (posso te chamar de tio? :lol: Ôoooo tiozinho!!!)

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Grande Moacyr,

Como já respondi antes...

menas... menas... :oops: :P :twisted:

Minhas opiniões, sequer são conceitos, pois originam-se exclusivamente em observações esporádicas ! :o

Quanto a "carência de elogio", também não é necessário, pois positivo mesmo, é ver que existe ( cada vez mais ) um compartilhamento de interesses e participações aqui no Fórum ! Isso, por si só, já é um prêmio ! Sem essa de "tio", pois idade tem pouco a ver... :oops:

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Kruel; tem mesmo certeza de que o processo de aquecimento terá conseqüências lentas?

Este, mostra que 2002 foi o ?ponto de corte? deste processo todo:

http://www.herbario.com.br/cie/aquec/elnin02.htm

Neste, o pessoal trabalha com uma previsão de aquecimento de 5,5º C até 2100...; com a previsão de que a Amazônia entrará em colapso por volta de 2050 (eu estarei com 73 anos em 2050, espero estar vivo para ver que eu me enganei). Mais abaixo, em ?Menos Chuvas?, explica o que eu vejo ocorrendo com o céu nos últimos 5 anos (o céu não fica preto à noite, mas azul; parece sempre estar enfumaçado...)...:

http://www.herbario.com.br/cie/aquec/amfont.htm

E neste, a previsão de aumento é revista para 6,7º C até 2100:

http://www.herbario.com.br/cie/aquec/aqucmai.htm

Sei perfeitamente que antes, em 1994, quando os cientistas faziam previsões como 1 a 3,5º C até 2100 (http://www.herbario.com.br/cie/aquec/tempalt.htm), o assunto poderia parecer banal e indigno de maiores preocupações...; mas cada vez que eu olho, esta previsão está sendo revista para cima... Será que estou sendo pessimista em achar que esta previsão de aquecimento, que hoje está em 6,7º C até 2100, ainda será revista para cima muitas vezes? Será que o mundo vai parar de usar o petróleo para somente usar fontes de energia renováveis (como o álcool)? Será que as queimadas vão cessar?

Bem..., se você achar que é lento a Amazônia acabar em 40 anos; está explicada nossa divergência! Eu acho que é rápido... E não custa perguntar, como estarão os peixes de lá enquanto tudo isto acontece?

UM ABRAÇO!!!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Grande Moacyr,

[align=justify]O Jefferson Simões é um especialista sério e suas poderações são pertinentes.

Neste período difícil onde se inicia uma discussão sobre os problemas climáticos mundiais, há que termos muito equilíbrio e checarmos todas as fontes de informação. Ainda assim, te confesso que embora formado em profissão ligada a climatologia (fez parte da minha formação), não me sinto em condições de tecer nada conclusivo.

Saímos de um período começado na década de 90, onde predominou uma espécie de romantismo ambiental e o movimento ambientalista mundial perdeu muito de sua credibilidade, em função de ter faltado a base técnica.

[/align]

Agora, tudo o que se está discutindo deriva dos fóruns econômicos mundiais (Davos) e especilmente do Relatório Stern que alertou que se não tomarmos providências agora, poderemos pagar uma conta de 20% do PIB mundial/ano para tentar consertar os danos ambientais.

Creio que o problema é sério, poderemos ter em breve informações até mais graves sobre as tendências climáticas, mas em tudo há muita especulação pois ninguém (ainda) é capaz de avaliar corretamente os efeitos potenciais, sinérgicos e de interação que regem a natureza.

Mas vamos ao artigo:

Enganos e catastrofismos 12/03/2007

Por Washington Castilhos, do Rio de Janeiro

Jefferson Simões critica interpretações catastróficas e destaca confusões feitas sobre o aquecimento global, como o 'derretimento' da Antártica (foto: Simões no pólo geográfico em 2004 - arq.pessoal)

Agência FAPESP - Cerca de 10% da área do planeta Terra é coberta de gelo e 90% desse volume está na Antártica. Mas, diferentemente do que se tem noticiado, a Antártica não está derretendo e o continente contribui minimamente para o aumento no volume das águas marinhas observado nos últimos anos.

A observação foi feita por Jefferson Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no domingo (11/3), durante o 1º Simpósio Brasileiro de Mudanças Ambientais Globais, que termina nesta segunda-feira no Rio de Janeiro, promovido pela Academia Brasileira de Ciências, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e pelo International Geosphere-Biosphere Programme (IGBP).

Estimativas feitas nos últimos anos destacam que até o ano 2100 o nível do mar poderá se elevar de 60 centímetros a 1 metro. ?Mas é bom ressaltar que é uma parte muito pequena do gelo do planeta que está derretendo ? exatamente 0,7% do volume total do gelo ? e a participação do gelo antártico nesse percentual é mínima?, afirmou Simões à Agência FAPESP.

Geólogo, com doutorado em glaciologia pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra ? é um dos três únicos glaciólogos brasileiros ? Simões coordena o Núcleo de Pesquisas Antárticas e Climáticas do Departamento de Geografia da UFRGS, onde estuda a questão do gelo do planeta e o descongelamento.

?As pessoas confundem gelo marinho ? mar congelado ? com gelo de geleiras. O mar congelado, como o iceberg, não afeta o nível do mar. Tem impactos ambientais climáticos significativos, mas não no nível do mar. O aumento no nível das águas do mar está relacionado em 70% ao derretimento das geleiras e em 30% à expressão térmica do mar?, observou o pesquisador.

Outro equívoco comum, segundo ele, é o uso da expressão ?calotas polares?. ?Elas não existem. O que há são áreas cobertas de gelo, como os mantos de gelo da Groenlândia e da Antártica?, disse.

Segundo ele, o descongelamento que mais contribui para o aumento das águas oceânicas no mundo ocorre ao sul da Groenlândia, nas calotas de gelo das ilhas árticas. Outra contribuição vem do derretimento das geleiras de montanhas localizadas em regiões temperadas e tropicais.

?Toda essa água vai para os rios e, então, toma o caminho do mar. Na Bolívia, as geleiras estão derretendo rapidamente. Na cidade de La Paz, 70% das águas vêm das geleiras?, afirmou.

O derretimento das geleiras nos Andes tem, segundo Simões, impactos no Brasil, causado aumento do volume das águas tanto na bacia do Paraná quanto na Amazônica. O pesquisador também chamou a atenção para a diminuição do gelo na Patagônia.

Simões criticou ainda a postura catastrofista e muitas vezes sensacionalista em relação às mudanças ambientais globais. ?Mudanças no clima sempre ocorreram. Não há motivo para pânico. O que preocupa é a velocidade com que esse processo tem ocorrido. O exemplo clássico é que em 12 mil anos, entre a última idade do gelo e o presente, a temperatura média da Terra aumentou 7º C. Em comparação, nos 140 anos, tivemos um décimo desse aumento?, disse.

?Na velocidade em que ocorrem essas mudanças do clima, os organismos não têm tempo suficiente para se adaptar e se desenvolver. Quando os processos são mais lentos, nós mesmos nos adaptamos. Uma coisa é absorver as mudanças internamente, tanto do ponto de vista biológico, no caso dos animais, quanto sob o aspecto cultural e tecnológico, no caso da humanidade?, afirmou.

Fonte : boletim da FAPESP

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

CARO KRUEL;

De forma alguma eu duvido da seriedade daqueles que se sujeitam a estudar o incerto e, corajosamente; publicam suas incertas conclusões. Minha divergência, em absoluto, não se baseia em qualquer dúvida sobre a seriedade dos cientistas... E, novamente concordamos que ambos estamos sujeitos a enganos. Mas tem vez que, em assuntos de ciência ou em outros (eu faço medicina e sou dentista já formado), quando os dados são controversos; eu decido por minha sensibilidade, pelo palpável, pelo que posso observar...

Eu me lembro de cabeça que:

Entre 1997 e 2002, houve um aumento na freqüência de furacões e eu comecei a ouvir falar em ?El Nino?.

Em 2004, eu comecei a achar que o clima não era mais o mesmo; mesmo!

Em 2005 e 2006, inclusive com a ocorrência do primeiro ?ciclone extra-tropical? em Santa Catarina, eu tive certeza! Até achei curioso observar que, os meteorologistas americanos, acostumados a ver furacões e assemelhados; avisaram em vão os meteorologistas daqui que estava em formação o tal primeiro ciclone... Os meteorologistas brasileiros acharam graça, pois aqui no Brasil não tem esse tipo de coisa; e só se deram conta de seu erro quando várias pessoas morreram pela falta do alerta de ciclone (pequenos barcos naufragaram,...; acho que foram 12 ou mais mortos...). Erro em parte compreensível, pois eles nunca tinham de ter se preocupado com este tipo de ocorrência no Brasil; na segunda vez, eles já estavam ?ligados? e o devido alerta foi dado...

Inclusive, ainda em 2006, tive séria dificuldade em ?acertar meu relógio e calendário com o dos peixes?...; quando antes, eu achava que era fácil, que o comportamento dos peixes era bastante previsível! Eu estava acostumado com uma natureza rítmica, com épocas do ano bem definidas, com temporadas de tal peixe, e vejo que isto não mais acontece como antes.

Realmente, os dados são altamente controversos! Como por exemplo, eu apresentei medições de que o aquecimento está em 0,56º C entre 2002 e inicio de 2007 (http://www.estadao.com.br/ext/especial/ ... to/279.htm); sei que você não inventou os dados que você apresentou; mas penso que, como eu disse no começo, temos de decidir com a sensibilidade quando o assunto é controverso...

Pode até ser que este aquecimento seja irrisório (ou não), mas sei (pelo que eu vejo acontecendo com a natureza) que ele ou o que quer que seja (seja o aquecimento ou outra coisa insuspeita); mudou o planeta, e que isto ocorreu até agora de forma progressiva... Se não há um diagnóstico estabelecido do problema, que dirá uma solução...

Sei também que existe um ciclo longo e um ciclo curto do carbono; interferimos, como humanidade, no ciclo longo ao utilizar combustíveis fósseis, e acredito que o ciclo curto não deverá absorver esse carbono a ponto de anular nossa ação sobre o ciclo longo, não por muito tempo. Esta é a minha explicação do porque, hoje; acredito que o aquecimento seja inexorável. É claro que este não é o único fator, outro importante são os aerosóis...

Também sei pela física que, o derretimento de um iceberg não resulta em aumento do nível dos oceanos; pois a água ganha volume ao passar do estado líquido para o sólido, sendo que esta parte que se eleva acima do nível do mar representa esse aumento. Com o derretimento, a contração volumétrica será a exata medida da ?reincorporação? da água contida no cume do iceberg, anulando qualquer efeito de aumento no nível do mar; isto se este gelo estiver flutuando (desconsiderando que a água congelada em icebergs é quase que doce, o que resulta em uma pequena diferença de densidade...). Mas, essa ?pegadinha? da física não impede que haja extinção de espécies, aquelas que dependem do gelo para encontrar a situação em que ela está adaptada...

Porém, vejo também que; quando eu era criança, havia muitos metros de areia entre o calçadão da praia de Copacabana e o mar; e sei que já houve nestes últimos anos quando o mar tenha alcançado o calçadão, inclusive causando queda de parte deste calçadão; até água na avenida atlântica já teve (eu estava lá para ver, e passei de carro nesta água)! Portanto, entendo que o derretimento das geleiras (ou o que quer que seja) já foram suficientes para elevar o nível do mar à algo apreciável a olho nú.

No tópico Aquecimento Global & Reprodução Dos Peixes, quase todos os pescadores que responderam, também observaram mudanças no comportamento sazonal dos peixes. Eu acho que, em meio a tantas incertezas, eu fico com a opinião da galera... e com o que eu vejo!

Um abraço para todos!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • 2 semanas depois...

Desta vez; o artigo do link trata o assunto com profundidade...; até parece que fui eu que escrevi! Mesmo sendo datado de 2003, o artigo é surpreendentemente completo!!! Vale a pena conferir! Mas, advirto que a leitura é longa...

http://academia.g12.br/professores/isma ... es_46.html

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Participe da conversa

Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.

Visitante
Responder

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Apenas 75 emojis são permitidos.

×   Seu link foi automaticamente incorporado.   Mostrar como link

×   Seu conteúdo anterior foi restaurado.   Limpar o editor

×   Não é possível colar imagens diretamente. Carregar ou inserir imagens do URL.

Processando...
×
×
  • Criar Novo...