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PESCARIA NA POUSADA JURUENA


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A PESCARIA.

Os destaques da nossa pescaria foram os Trairões, Tucunarés e Matrinxãs. Também foram capturados Bicudas, Cachorras Largas, Pacus, Cacharas, Corvinas, Piaus, Jaus e até um Tambacu, provavelmente oriundo de algum tanque de criação rompido. Nossos piloteiros e guias foram o Graciano e o Milton.

A água estava baixando rapidamente e clara o suficiente para pescar no visual nas áreas mais rasas. O calor era próximo a 40 graus ao meio dia e nós pescávamos das 06h00 às 12h00 e das 14h00 às 19h00. No horário do almoço trocávamos algumas informações sobre a produtividade de pesca com os colegas, mas as opções de pesca eram tantas que alguns dias chegávamos a não encontrar nenhum barco da nossa turma em várias horas de pescaria.

Basicamente, foram três tipos de pescaria:

1. Nos poços.

A técnica era basicamente parar em cima de um poço, ficando numa sombra quando possível, e esperar o bicho pegar. Pelo calor e pela característica dos peixes, este tipo de pescaria era a preferida pelas manhãs e finais de tarde, quando foram pegos dezenas de trairões, um bom número de cacharas e poucos jaus, além das briguentas cachorras. O Airton, da turma do Samburá, pegou um impressionante exemplar de cachorra com fáceis 20 kg, num poço com mais de 30 metros de profundidade.

Os trairões capturados por nós tinham entre 5 e 10 Kg e sempre proporcionavam uma bela briga. O trairão não pega a isca e sai correndo como vários outros peixes, mas engole a isca sem muito alarme e deve ser fisgado sem demora, para evitar que engula a isca e fique difícil a sua recuperação e soltura. A isca mais utilizada foram os pedaços de isca branca, pois tuviras e minhocuçus, que havíamos encomendado, mostraram-se muito pouco produtivos.

As varas utilizadas eram de pelo menos 50 lbs e linhas 0,55 mm de mono filamento. Anzóis 9/0 foram nossos preferidos.

2. Lagos e pedrais.

Para quem gosta de iscas artificiais é uma boa oportunidade nesta época do ano para buscar tucunarés, principalmente os amarelões e pequenos pacas. Pegamos vários exemplares de até 5 kg, mas eram peixes de uma saúde impressionante que proporcionavam uma briga memorável. O comportamento dos tucunarés foi bastante variável e é importante estar preparado para isto. Para aumentar a adrenalina e a esportividade nós usamos material leve para artificial, com varas de 12, 15 ou até 17 lb e linhas 0,35 a 0,40 de monofilamento.

Num dia só consegui pescar Tucunarés utilizando pequenos jigs, atirando no meio dos lagos, enquanto no outro eles atacavam apenas pequenas iscas de meia água próximas às margens e pedrais com corredeiras (preferencialmente as iscas Papa Black e Storm bi-articulada nas cores verde limão, prata e branca com vermelho). Nossos colegas gaúchos pescaram em outros dias utilizando apenas zaras, assim é muito importante ter opções de isca e vale a pena perguntar nas lojas de pesca locais quais iscas estão sendo mais produtivas, pois embora possam te empurrar alguma coisa, as dicas serão sempre valiosas. Nossas iscas Papa Black foram compradas de última hora devido a uma recomendação de um lojista de Alta Floresta, enquanto as Storm foram indicadas pelo Cleber (fishing business).

Esteja preparado para surpresas e grandes emoções, pois foi bastante comum trairões serem fisgados em pequenas artificiais fazendo nossa alegria. Uma das maiores emoções dos colegas Diba e Adelar foi um grande susto que o Adelar tomou, quando estava quase dormindo no barco e com a isca na água, e um grande trairão quase arrancou a vara da mão dele, mas o peixe foi embarcado, fotografado e, como de praxe, solto.

3. Corredeiras e cabeças de pedra.

Eu (Fernando) e o Rogério acabamos optando por passar boa parte do nosso tempo pescando matrinxãs e bicudas nas corredeiras. Era uma pescaria bastante divertida e técnica, pois os arremessos tinham que ser precisos, ou em frente às cabeças de pedra ou na frente aos próprios peixes, que eram pescados nas margens e no visual em trechos de calmaria do rio. Isto ao mesmo tempo em que o barco percorria as corredeiras, guiado pelo piloteiro apenas com o auxílio de um remo, numa espécie de mini-rafting.

A matrinxã é um peixe matreiro e difícil de ser embarcado de modo convencional nas pequenas iscas artificiais; assim, após perdermos algumas dezenas de peixes, resolvemos mudar a técnica, mergulhando a vara na água a cada fisgada evitando que o peixe pulasse e jogasse a isca longe, desta forma trabalhávamos o peixe com a vara na água até que o peixe estivesse cansado para ser embarcado.

Nestas áreas de rio era impossível usar os jigs pela grande quantidade de pedras para enrosco, assim decidimos testar pequenos “spinners” com garatéias. A ideia era chamar a atenção com os “spinners” de cor amarela, pois nosso piloteiro Milton nos avisou que as matrinxãs estavam comendo flores amarelas e que devíamos arremessar embaixo de árvores que tivessem flores deste tipo. Este tipo de isca é muito leve e os arremessos eram mais difíceis, mas a produtividade foi muito grande, pelo menos enquanto duraram minhas iscas, pois rapidamente seus adornos eram arrancados pelos peixes. Desta forma pescamos matrinxãs, tucunarés, bicudas, trairões e pacus-prata.

Seguem algumas fotos e quem tiver mais curiosidade sobre esta pescaria pode dar uma olhada no nosso blog (enoisnalinha.blogspot.com).

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show de relato ...

cade as fotos das matrinchas ??? heheh

abs

surtei:: Candido, desculpe a minha falha tinha esquecido das matrinxãs! É que coloquei no blog e esqueci de completar o forum. Seguem algumas, mas ainda estou esperando as fotos dos meus colegas:

Abraço e boa ::fisherman

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Show de pesca Fernando! Parabéns a equipe! Turma animada . O que eu gostei mesmo foi do relato. Tem uma vaga de redator para vc no APRENDENDOPESCAR o salário é pouco mas em compensação as pescarias serão muitas ...rsrsrsrsrs...

Marcos,

obrigado pelo elogio e pela proposta de emprego, mas eu preciso mesmo é trabalhar menos para poder pescar mais. praia::

Uma grande abraço!

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  • 3 semanas depois...

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