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Dourados, muitos Dourados!!! Cuiabá 2015


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Pescaria de Dourados

Data: 8 a 12 de julho de 2015.

        (3 dias de pesca)

Local: Rio Cuiabá – Santo Antônio do Leverger – MT

Pescadores e Pescadoras: Arilson, Ana, João e Raquel

 

Amigos,

 

Há algum tempo eu, o Guto aqui do Fórum e seu irmão João tentamos encontrar um lugar bacana para atender nossas esposas que queriam fazer uma primeira pescaria.

 

Pensávamos em ir para Argentina, mas ficamos animados com alguns relatos aqui do Fórum sobre o Rio Cuiabá, mais precisamente em Santo Antônio do Leverger.

 

Decidimos optar por Cuiabá, pela maior facilidade de acesso e, principalmente, para incentivar uma iniciativa, finalmente brasileira, de preservação ambiental e de consagração da pesca esportiva: a proibição do abate do Dourado!!!

 

 

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Escolhemos a Pousada Itaicy. Em contato com o Robson, proprietário da pousada, fomos prontamente atendidos e marcamos a pescaria.

 

Infelizmente o Gutão não pôde ir, pois ele e sua esposa não conseguiram férias. Fizeram muita falta, mas certamente estarão na próxima!!!

 

Esperávamos ansiosos pela viagem e uma grata surpresa surgiu: minha esposa está grávida e é um menino!!! Após a devida aprovação do nosso médico, viagem liberada!!!

 

Meu filho já se tornou pescador na barriga da mãe!!! Imaginem nossa felicidade!!!

 

Algumas horas até São Paulo, mais duas horinhas de vôo e já estávamos na van do Sr. Lázaro que nos levou até a pousada. O traslado já é contratado no pacote com a pousada e dura cerca de 1 hora.

 

A pousada tem uma excelente estrutura. Ambiente maravilhoso. Pais, mães, filhos, filhas, enfim, famílias inteiras estavam ali para pescar e descansar. O restaurante é ótimo, sempre com petiscos e caldos antes das refeições principais.

 

 

Os funcionários da Pousada e nosso Guia foram muito atenciosos e prestativos, bem humorados, conversamos bastante e ficamos amigos de todos. Ao saber que minha esposa estava grávida deram uma especial atenção a ela que pode assim curtir muito a pescaria.

 

Nosso Guia Anderson (ou Wanderson, fiquei na dúvida) realmente foi um diferencial. Muito paciente, lançava a tempo todo as carretilhas das meninas, que estavam em sua primeira pescaria. Sempre nos orientava e organizava o barco para que a pescaria saísse da melhor forma possível. Chegamos a pescar em 4 pessoas no mesmo barco sem contratempos nem muitas linhas enroladas (só algumas). Aliás, o barco na verdade era uma lanchinha, um Marfim 6.0, da Leveforte, com motor 60 hp 4 tempos, o que facilitou em muito o conforto da pescaria.

 

O Rio estava baixo, não no seu nível mais baixo, mas já apareciam bem suas pedreiras. A notícia inicial não era muito boa: uma forte chuva que caiu um dia antes da nossa chegada, o que esfriou a temperatura da água e também a “sujou”.

 

Apesar disso, tivemos muito sucesso na pescaria e é nítida a preservação trazida pela proibição do abate do dourado. Vimos peixes em atividade o tempo todo. Ataques aos cardumes de piaus eram freqüentes próximos ao barco.

 

Pescar e soltar sempre!!!

 

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E, por isso, pegamos muito dourado e poderíamos ter pego muitos mais, pois perdemos diversas ações!!!

 

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Pescamos todos os dias nas pedreiras descendo o Rio da pousada e, em uma tarde, também na barra do Rio Aricá.

 

Como a água do Rio estava “suja” por uma forte chuva que caiu um dia antes da nossa chegada, optamos por usar iscas brancas, além das tuviras.

 

E estava valendo o dito “isca grande, peixe grande”, e os grandes dourados entravam nas maiores iscas brancas.

 

Os menores dourados também atacavam as iscas grandes, mas não a abocanhavam por inteiro até chegar no anzol, ficavam com elas na boca tentando, literalmente, arrancar um pedaço.

 

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Além disso, muitos anos sem pescar dourados, estávamos com a mão “descalibrada” para as fisgadas certeiras.

Tudo isso fez com que perdêssemos diversas fisgadas. Acredito que podíamos ter pego o dobro dos peixes que pegamos se não tivéssemos perdido tantos.

 

Cheguei a pensar em usar 2 anzóis nas iscas maiores, porém, o lugar que estávamos pescando era no começo de cachoeira com água bem corrente e os maiores dourados estavam fisgando no final da “rodada” da isca, quando ainda liberávamos um pouco de linha para descer a corredeira, com 2 anzóis provavelmente a isca ia ficar “ventilando” e pressionada pela água ao ser recolhida para o barco, poderia rasgar e iria enrolar toda a linha, mesmo com o uso do girador.

 

Fisgamos e soltamos diversos dourados entre 3 kg e 9 kg.

 

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O último dia de pesca foi sensacional. Os dourados rondavam o barco e a corredeira, “lombavam” com o dorso para fora da água, atacavam as “curimbas” e saltavam com o corpo todo para fora d’água.

 

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Todo este “ritual” era repetido quando fisgávamos mais um Dourado!!! Foram cenas espetaculares e inesquecíveis!!!

 

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Utilizamos varas de 6 pés de ação extra-rápida, para ajudar nas fisgadas do dourado, que tem a boca muito dura.

 

Usamos carretilhas de perfil alto quando necessário maior quantidade de linha, pois optamos por usar monofilamento, e também carretilhas de perfil baixo para os arremessos mais curtos.

 

Optamos por usar linhas de monofilamento 0,47 mm - 44 lbs.

 

Nessa pescaria o pessoal tem usado muito linhas de multifilamento com líder de flurocarbono, o que possibilita você pescar com carretilhas mais leves e de perfil baixo. Isso faz uma enorme diferença no final do dia, pois arremessar e recolher o tempo todo carretilhas mais pesadas acabam com os braços e as mãos.

 

Porém, como o rio estava baixo, com diversas pedras nas corredeiras, decidir por usar linhas de mono, mais resistentes à este tipo de estrutura. Para aliviar o cansaço, revezei o material entre perfil alto e perfil baixo, conforme necessário arremessos mais longos ou mais curtos, como já expliquei acima.

 

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Também alternamos no uso das chumbadas. Começamos com pesos bem leves, apenas para não deixar a isca flutuar na corredeira, mas no decorrer da pescaria, percebemos que com um chumbo um pouquinho mais pesado tínhamos mais ações e pegadas mais firmes dos dourados, talvez porque a isca descia mais devagar a corredeira com o peso maior. Porém, com mais peso a chance de enroscar nas pedras era maior. Por isso revezamos de ponto para ponto o tamanho do peso.

 

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Foi uma pescaria incrível e muito especial para nós, principalmente para mim, por três motivos:

Minha esposa me acompanhou e ficou encantada com a pesca. Vi a felicidade estampada no seu rosto nos “passeios” de barco até os pontos de pesca. E ela pode realizar seu sonho de tirar uma foto com um Dourado, o peixe mais maravilhoso de todos, que ela mesma pegou.

 

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Quando criança eu sonhava noite e dia com pescarias de dourados. Aos 9 anos fui ao Pantanal pela primeira vez e fisguei esse peixe fantástico. Com 16 anos ainda pescava um ou outro dourado aqui no Rio Pardo, em minha cidade natal. Mas desde então, 17 anos se passaram e nunca mais fisguei um dourado sequer, o que, mais uma vez, demonstra que o caminho certo é o pesque e solte!!!

 

Por fim, nessa pescaria já teve início um novo sonho meu: pescar com meu filho!!!

 

 

E que venham as novas pescarias e os novos sonhos!!!

 

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Sensacional Arilson, com certeza ano que vem estaremos lá,    só não precisava judiar mandando fotos diárias quando estavam lá e eu trabalhando :gorfei: .        

 O que a preservação pode fazer em curto tempo, demoraram fazer isso no País todo.     Agora é preparar a tralha para o Suiá daqui 1 mês.

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Bacana demais a pescaria!!! Fui no Rio Cuiabá na região de Barão de Melgaço em maio deste ano atrás dos Dourados, porém o rio estava alto ainda sem corredeiras, daí não saiu Dourados, apenas Barbados pescados na rodada... Mas quero voltar lá com o rio baixo com certeza!!! Essa pescaria de Dourados ainda é um sonho pra mim. Parabéns pela pescaria em família!!!

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Parabéns pela pesca de dourado e pelo filho. Aqui em Cáceres (rio sepotuba) também estamos pegando muito dourado grande entre 7 e 12kg graças a presevação, se alguém quiser vir se aventurar por essas bandas atrás do rei do rio é so entrar em contato.

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Top Arilson, parabéns pela pescaria e pelo pescador Jr!! O dourado é o peixe dos meus sonhos, só peguei um pequeno até hoje, estão cada vez mais raros.

Vc poderia me enviar por mp o esquema desta pescaria ai , contato e os preços e a melhor época para ir, estou querendo levar minha namorada em uma dessa!!

Abraços e obrigado. 

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Top Arilson, parabéns pela pescaria e pelo pescador Jr!! O dourado é o peixe dos meus sonhos, só peguei um pequeno até hoje, estão cada vez mais raros.

Vc poderia me enviar por mp o esquema desta pescaria ai , contato e os preços e a melhor época para ir, estou querendo levar minha namorada em uma dessa!!

Abraços e obrigado. 

 

 

Se possível Arilson, também gostaria de receber essa informações via MP.

 

No mais, bela pescaria, parabéns !

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Espetacular! Realmente o caminho para a preservação das espécies é a proibição do abate! Essa política pública deveria ser expandida para outras regiões do país e em relação a outras espécies.

Com essa quantidade e qualidade de dourados o mercado da Argentina fica ameaçado em relação aos pescadores brasileiros kkkkk

 

Arilson_GIl, se possível manda o contato da Pousada via MP pra mim.

 

Obrigado.

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Parabéns Arilson pela bela pescaria, pelo belo relato e fotos e por ser pai.

Essa região é espetacular mesmo. Tem muito, muito peixe e uma excelente estrutura para nos atender que é a Pousada Itayci. Estrutura perfeita pra levar a família. O Robson é muito gente boa e prestativo mesmo.

Sem dúvida é o melhor lugar pra pescar dourado no Brasil e um dos melhores do mundo. Se não tivesse tanta matança de dourado por lá, mesmo com a lei de proibição pegaríamos dourados de 2 dígitos facilmente. Não adianta só proibir, tem que fiscalizar também. Mais a quantidade que ainda tem é de cair o queixo.

Boas pescarias!!!

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