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CUIDADOS ESPECIAIS NA PESCA EMBARCADA II


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Olá pessoal;

Dias atrás, postei um tópico que aborda aspectos de segurança que a gente pode e deve adotar para evitar a ocorrência de acidentes nas aventuras de pesca, quer enquanto navegamos, quer quando fundeados esperando o peixe bater. Inclui, a exemplo do tópico original, outras particularidades que envolvem animaizinhos problemáticos da Amazônia, onde resido. Recomendo que os amigos que ainda não leram o tópico original, que o façam, visto que a pretensão é transferir e acumular experiências, conhecimentos e situações que devemos ter em conta para nossa própria segurança nas aventuras em que nos metemos e também para a tranquilidade de nossos familiares, que ficam em casa pedindo a Deus para que nada de mal nos aconteça nessas ocasiões. Lembro também que ambos os tópicos não constituem propriedade intelectual de ninguém, gostaria muito de contar com a colaboração dos membros da comunidade FTB, no sentido de que construíssemos um verdadeiro compêndio ou manual de segurança nas pescarias. Dito isso, vamos dar continuidade à lista de situações de risco que listei no tópico original, a começar pelo item 11 (ver anteriores no primeiro tópico):

Situação 11 - Motores Problemáticos 1: Lá pelos anos 90, em pleno Pantanal Mato-Grossense, me encontrava com amigos pescando no Rio São Lourenço, afluente do Cuiabá. Na época eu morava em Rondonópolis, e minhas idas com a turma ao Itiquira e São Lourenço eram bastante frequentes. Nessa ocasião, chegou uma comitiva de pescadores oriundos da Capital de São Paulo, fazendo-nos antever que haveria algo de interessante pra gente ver, e não deu outra: colocados os botes na água, a galera toda logo acorreu para ligar as máquinas e fazer um tour pelo rio. Com essa turma, veio também um senhor já de meia-idade, pai de um cara apelidado Nenê, que logo convidou o pai para dar uma voltinha no rio. O Velho, todo preocupado e confessando nunca haver entrado num barco, acabou por ceder aos insistentes apelos do filho. Lá foram então o Nenê e o velho para o bote, e a coisa começou a ficar engraçada, porque o velho, como todos os que não tem prática em movimentar-se em barcos, dava passadas bem largas no interior do bote, ora num bordo, ora noutro, e parecia que a coisa iria emborcar mesmo amarrado na margem. Sob orientação do filho Nenê, foi logo para o banco da frente, onde agarrou-se firmemente onde podia, sem mover um músculo sequer a partir daí. Quer dizer, pescoço duro, não olhava para lado algum, só mirava o que via em frente. Bem, o Nenê soltou o barco a deriva, sentou-se no banco da popa e meteu o braço na cordinha. E nada. afogava, desafogava, engatava, desengatava, acelerava, e nada. E o velho firme como uma pedra, só olhando por cima da proa. O Nenê se enervou com a teimosia do antigo Johnson 25 e resolver ficar de frente para o crime: levantou-se e encarou com mais veemência a difícil tarefa de fazer funcionar a máquina. Tudo de novo. Mexe aqui, mexe ali, puxa corda pra valer, até que o "pé de ferro" pegou acelerado e engatado para a frente, saindo disparado rio afora  Como não poderia ser diferente, o tranco fez com que o Nenê passasse por cima do motor e caísse de cara n'água. O bote, à toda, seguiu em frente. O velho gritava "Nenê, tira a força, olha a praia" O Nenê, nessa altura, já ia subindo o barranco da outra margem para buscar socorro. Praia se aproximando cada vez mais, e o velho berrando cada vez mais, até que o bote subiu com tudo praia adentro, arremessando o velho como um estilingue, fazendo-o sair como um tiro praia adentro, catando galinhas, até estatelar-se de cara na areia. De longe ouvimos o velho gritar: "Nenê, seu filho da p..., não te falei pra tirar a força?", até que se apercebeu que estava sozinho no barco e o Nenê já vinha chegando com um colega para socorrê-lo.

O que se extrai de fatos dessa natureza é que, especialmente nessas circunstâncias, sob hipótese alguma devemos mexer na alavanca de câmbio do motor. Ao contrário, devemos observar se ela está no neutro, e ter em mente que ela nada tem a ver com problemas do motor ligar ou não. Mais ainda, a mesma providência deve ser adotada em qualquer caso, não apenas em motores com problemas de partida.

Situação 12 - Motores Problemáticos. Acidente fatal: Também em meados de 1990, um cara de prenome Paulo Japonês, morador de Cuiabá e mecânico de mão-cheia, teve o mesmo tipo de problema, desta feita com um motor 15 HP, não sei dizer a marca. Igualzinho ao Nenê, ficou de pé de frente para o motor e fuçou tanto que a cordinha da partida rompeu-se. Daí teve de retirar a cobertura de proteção do volante do motor, enrolando nele a cordinha reserva que vem em seu kit. Do mesmo modo, não checou se o câmbio estava engatado, e estava. Puxa daqui, puxa dali, até que o motor pegou, jogando-o do mesmo modo pela popa. O problema é que como havia retirado a proteção do volante, caiu com o abdome sobre ele em alta rotação. O final não é preciso contar, ainda me dá arrepios até hoje. Desse caso, e na mesma circunstância, extraio que vale demais a pena reforçar a mesma medida preventiva que no caso anterior: Nunca deixe de verificar se a alavanca do câmbio está em Neutro.

Situação 13 - Jacarezinhos do Amazonas - Perigo: Amigos, vocês já perceberam que eu vivi um bom tempo pescando no Pantanal de Mato Grosso. É verdade, foi até o que me fez me mudar de Sampa para lá, isso no início da década de 1980. Toda hora estava no Pantanal, era programa obrigatório de todo fim-de-semana, a gente deixava pra saber o resultado do futebol quando chegava em casa. Os Jacarés-Tinga do Pantanal eram pra lá de abundantes, a gente saía pelas praias logo cedinho chutando a bunda deles só por diversão, para vê-los saindo com tudo no rumo da água. E diz a poetisa que jacaré não tem cadeira porque não tem bunda pra sentar. Pode até ser, mas pra chutar tem. Mas vamos lá. Quando me mudei para o norte-amazônico, na primeira incursão de pesca que fiz à noitinha vi alguns olhinhos vermelhos sob a luz do holofote. Em meu imaginário, logo deduzi que se tratavam dos mesmos jacarezinhos sub-nutridos do Pantanal. Não os incomodei nem fui incomodado. Com o tempo fui me inteirando do assunto, daí aprendi que aqui na Amazônia o que impera são os jacarés-açu, muito assemelhados aos crocodilos do Nilo, tanto em tamanho e peso quanto em relação ao perigo que representam para animais de grande porte e pessoas (pescadores esportistas inclusos). Tanto é verdade, que há pouco mais de um mês, um pescador artesanal aqui de Caracaraí se meteu em confusão com um bicho desses no Rio Anauá. Resultado: partes de seu corpo foram encontradas dias depois, não dá pra brincar, é coisa séria. Lá pelas bandas do Negro, onde vivi por uns dois anos, de quando em vez via a turma de Novo Airão sair armada até os dentes para matar esses bichos, já acostumados a devorar bezerros e pessoas em certos lugares mais recônditos. O que devemos extrair dessa condição única, já que os açús (jacarés, bem entendido) vivem unicamente na bacia amazônica, não há replay em nenhum outro lugar do Brasil: Primeiro, você deve apagar da memória tudo o que sabe sobre jacarés quando vier para a Amazônia. A coisa é grande e feia e se facilitar o bicho pega. Mantenha uma distância prudente deles, e nunca se atreva a provocá-los, tem alguns que chegam a ter quase um metro de largura na parte central de seu corpo, é jacaré sobrando e risco certo de desastre.

Situação 14 - Sucuris e Sucurijus: Com certeza, todo já ouviu falar, assistiu documentários e muitos até já viram essas bichinhas em rios e lagos. Uma e outra são a mesma espécie, só muda o nome daí para cá, de Sucuri para Sucuriju. Todos sabem dos riscos que elas representam, assim como as demais serpentes constritoras. Há muitas histórias a respeito, e vou contar duas a um só tempo, pra economizar a atenção da turma. A primeira foi comigo: durante uma seca violenta, em 2012, logramos capturar uma de 5 metros, atravessando o asfalto da BR 174. Enchemos ela de pancadas, amarramos uma corda no pescoço e levamos para o sítio, bem próximo do local da captura, visando medi-la e extrair sua banha (santo remédio). Amarramos a corda bem curta numa árvore e nos dispomos a estirá-la para medir. Estava ainda viva, apesar das pancadas que levou. Passei uma corda no "rabo" da bicha, passei numa arvorezinha e mandei a turma esticá-la para a medição. Conforme a turma puxava, ela cedia um pouco e eu encurtava a corda, ela fazendo força em contrário. Até que num dado momento, ouvi a arvorezinha estralar rompendo raízes em razão da força de tração extrema do animal, que não media mais que 5 metros, e aqui ouvimos falar em exemplares de 8 a 12 metros, dá pra imaginar a força que devem ter. Emendo essa situação com o que vi acontecer no Rio Alalaú, que divide Roraima e Amazonas. Seguindo viagem de carro pela BR 174, deparei com algumas pessoas olhando o rio e gesticulando. Curioso, fui ver do que se tratava. Ainda deu pra ver um índio da tribo waimiri-atroari embolado com uma sucuriju descendo rio abaixo. Por certo, ela o atacou quando se encontrava lidando com algum barco que a tribo mantém sob a ponte. O certo é que ele foi comer capim pela raiz, disso não há dúvida. O que extraímos de episódios como esse, aliás ocorrentes em várias partes do Brasil, segundo a história, é que sempre que possível devemos evitar a criação de condições para encontros com essas bichinhas. Isso significa nunca entrar n'água em locais onde sabemos que elas habitam e, na dúvida se elas ocorrem ou não noutros locais, é melhor prevenir, ficar no seco. Se tiver de tomar um banho, inclusive para espantar o calor, utilize um balde ou coisa parecida, mas não vacile entrando na água. Se estiver pescando no barranco ou no bote, fique atento: a única coisa que denuncia a aproximação delas são as marolinhas e bolhas que vem em sua direção. Como diz a gauchada, fica "veiáco", tchê, senão o jacaré te abraça.

Situação 15 - Os Morcegos Hematófagos: Diferentemente do que se vê na maior parte do país, aqui na Amazònia ocorrem morcegos hematófagos que apreciam muito o sangue humano. Vou contar um caso que vivenciei no final de 1999, ano em que criei uma unidade de conservação exclusiva para exploração do turismo de pesca esportiva no extremo sul de Roraima (APA Xeriuini). Interessado em conseguir um empresa para desenvolver operações de pesca na Bacia do Xeriuini, uma das seis da unidade, logrei contato com um empresário do setor instalado em Sampa, o nome é (ou era) Paulo Polimeni, algum de vocês deve ter ouvido falar. Decidimos seguir viagem numa lancha para vencer os 300 quilômetros que separam a comunidade de Terra Preta e a sede de Caracaraí, onde moro até hoje. Nosso piloto, um crioulo de nome Chico Martins, era morador daquela localidade, que há época tinha em torno de 35 famílias. Bacia visitada, Paulo Polimeni empolgado com o potencial do local. À noitinha, fomos jantar e dormir na casa do Chico, uma palafita de madeira de dois andares e dois cômodos bem simples. Embaixo a cozinha, e no andar de cima o quarto coletivo, onde dormiam ele, sua mulher e 4 filhos pequenos. Jantamos ensopado de Piranha com Chibé, que ainda hoje é o básico daquela gente (chibé é água com farinha de mandioca brava), e daí armamos as redes para dormir. Chico e família no andar de cima e eu e o Paulo na cozinha. Lá pelas tantas, percebemos que algo estava nos molhando, o que era estranho, já que além de estarmos no térreo de uma palafita, não estava chovendo. Só no amanhecer é que ficamos sabendo que no quarto não havia banheiro, e a turma do Chico urinava direto sobre o assoalho, daí o que nos molhava era mijo puro, e não água. Mas a coisa não parou por aí. O Paulo Polimeni, fazendo um auto-exame logo cedinho, disse num dado momento: "acho que me machuquei ontem, olha como meu dedão está sangrando!" Aí o Chico caiu na gargalhada e esclareceu: "que nada, foi o morcego que chupou seu dedo". Apavorado, o Paulo pediu urgência no regresso, por saber que esses bichinhos são transmissores do vírus da raiva. Após algumas semanas, exames feitos, o Paulo mandou por correio um amontoado de prospectos sobre a raiva transmitida pelos morcegos, e nunca mais apareceu por aqui. Dito isso, se vier pescar por nessas bandas, se for dormir em camarote, mantenha porta e janela fechadas. Se preferir dormir em rede no convés do barco-hotel, nunca dispense um mosquiteiro, senão você pode ter de visitar um hospital bem mais cedo do que pensa e acabar com a pescaria.

Situação 16 - A Marvada Pinga: No tópico original, listei duas situações de alto risco envolvendo a navegação sob galhadas baixas em rios e lagos. Providencialmente, um dos membros do FTG deu uma excelente colaboração ao lembrar que situações assim podem também ser causadas pelo álcool, quer dizer, pelo excesso de álcool que eventualmente alguém venha a ingerir nessas ocasiões, que também foram feitas pra gente tomar umas a mais na beira do rio, o que é lógico e compreensível. Porém, ouso dar um acréscimo ao acréscimo, abordando outras situações de risco que o excesso de álcool pode produzir. Antes, creio que todo mundo concorda que o álcool produz diferentes efeitos nas pessoas. Umas ficam chorosas, outras valentes, outras desinibidas e finalmente as que ficam corajosas. Logicamente, as mais ameaçadas estão no grupo das valentes e das corajosas. Umas porque querem brigar com quem que que seja e por qualquer motivo, o que pode acabar com uma pescaria ou até mesmo dissolver um bom grupo de amigos de pesca. Outras porque perdem o senso do perigo, levando-as a fazer o que não deve, a exemplo da condução de barcos de forma imprudente em qualquer lugar. Porém há mais: alguns resolvem nadar em locais perigosos ou desconhecidos, outros decidem caminhar em praias inundadas sem considerar o risco de ser ferroado por arraias, pra ficar no básico. Nesse último caso, creio que ninguém ignora o que significa ser ferroado por uma desses bichinhas. Pra resumir, é o fim da pescaria. O que se extrai, então, é que devemos encher a cara (é opcional) à noitinha, quando nos reunimos pra falar do dia e depois ir pra caminha. Nada de beber em excesso quando estiver pescando, seja dia ou noite.

Pessoal, reforço uma vez mais que apreciaria bastante conhecer experiências e causus relacionados a acidentes e os modos de preveni-los. Este espaço é comum de todos, e todos devem explorá-lo até o limite de seus conhecimentos, sem dia, hora e tempo para sua definitiva conclusão, ainda porque, como no direito, pescar é também uma ciência da semântica, que evolui sistematicamente ao longo do tempo e dos lugares, ao sabor das regras ditadas pela mãe natureza.

Deixo um forte abraço a todos da comunidade do FTB.

Gilbertinho da Amazônia.                                              

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Muito legal suas dicas. Dá para perceber sua experiência.

Sobre jacarés, gostaria de ressaltar a região do Araguaia que, além dos pequenos, também possui os açus, não sei dizer se é ou não a mesma espécie do Amazonas, mas por lá dizem que é açu.

Não sei de casos de ataque a seres humanos, mas sei que seres humanos os atacam muito por lá, muitas vezes para comer, numa dessas dá um acidente grave.

Esse aí da foto é no famoso rebojinho, almoçando em baixo de uma árvore e jogando os ossos de galinha na água, de repente sobe esse bitelo do lado do barco, tinha uns 3 metros este.

Já vi uns enormes por lá, na última viagem vimos um na margem que dava o tamanho do barco ou mais (não é história de pescador!!!), a largura da cabeça dele dava duas desse da foto aí.

 

970775_4844623884503_1642216181_n.jpg

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1 hora atrás, Priscila disse:

Muito legal suas dicas. Dá para perceber sua experiência.

Sobre jacarés, gostaria de ressaltar a região do Araguaia que, além dos pequenos, também possui os açus, não sei dizer se é ou não a mesma espécie do Amazonas, mas por lá dizem que é açu.

Não sei de casos de ataque a seres humanos, mas sei que seres humanos os atacam muito por lá, muitas vezes para comer, numa dessas dá um acidente grave.

Esse aí da foto é no famoso rebojinho, almoçando em baixo de uma árvore e jogando os ossos de galinha na água, de repente sobe esse bitelo do lado do barco, tinha uns 3 metros este.

Já vi uns enormes por lá, na última viagem vimos um na margem que dava o tamanho do barco ou mais (não é história de pescador!!!), a largura da cabeça dele dava duas desse da foto aí.

 

970775_4844623884503_1642216181_n.jpg

Olá;

Grato pelo comentário elogioso.

Quanto aos açú, sua foto mostra muita semelhança com os que temos por aqui, pode até ser que se trate do mesmo réptil. Tenho lido que os daqui vivem exclusivamente no Rio Amazonas e seus afluentes, a partir do Peru, e em nenhuma outra parte do mundo. Mas dá pra perceber na foto que seus "amiguinhos" do Araguaia são bem largos e com cabeça bem avantajada, a semelhança é clara. Quanto à voracidade, reitero que os daqui são de fato extremamente agressivos, embora não ataquem por qualquer motivo, mas ninguém sabe o que passa na cabeça desses caras, nem seu conceito sobre provocação. Não sei se conhece o tinga pantaneiro, mas um exemplar de 3 metros dele não intimida nem ataca ninguém, são muito assustadiços e raquíticos. Creio que um exemplar de 3 metros do "seu" e do meu jacaré deve pesar algo em torno de 250/300 kg, aproximadamente o dobro de um tinga do mesmo tamanho. Em resumo, aconselho os amigos que vierem para cá dar uma pescada não se baseiem no tinga quando o assunto for jacaré.

Abraço   

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na região do rio Araguaia, tem jacarés açus, e dos grandes, uma vez pescando numa reserva indígena, estava com um piloteiro, e peguei um tucunaré azul, o jacaré açu, viu aquela briga na agua, e veio para pegar o peixe.  O piloteiro estava com uma espingarda calibre 22, e não pensou duas vezes, meteu chumbo e matou o jacaré açu, ele mediu 4metros e 30 cm...

eu particularmente tenho mais medo de arraia do que de jacaré açu rsrsrrss... acho muito difícil ele atacar o ser humano, mais todo cuidado e valido...eu pesco muito acampado na AMAZONIA,  e o que e muito interessante,  e muito difícil ver jacarés de dia, no rio negro e seus afluentes... já na região do ARAGUAIA, E MUITO MAIS FACIL VER ELES DURANTE O DIA

esse ano em janeiro estava pegando fogo na mata na região de BARCELOS,  estava uma fumaça no rio negro, e nesse dia, eu pescando tucunare, os jacarés açus, estavam nos lagos, contei mais de 30 jacarés açus, em um dia de pesca, acredito que com todo esse fogo e fumaça. fizeram com que eles saíssem das tocas...

showw amigo, parabéns pelo seu post, realmente vc conhece muito...

abraços pescador de lobo graúdo da AMAZONIA heheehe...

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2 horas atrás, FabianoTucunare disse:

na região do rio Araguaia, tem jacarés açus, e dos grandes, uma vez pescando numa reserva indígena, estava com um piloteiro, e peguei um tucunaré azul, o jacaré açu, viu aquela briga na agua, e veio para pegar o peixe.  O piloteiro estava com uma espingarda calibre 22, e não pensou duas vezes, meteu chumbo e matou o jacaré açu, ele mediu 4metros e 30 cm...

eu particularmente tenho mais medo de arraia do que de jacaré açu rsrsrrss... acho muito difícil ele atacar o ser humano, mais todo cuidado e valido...eu pesco muito acampado na AMAZONIA,  e o que e muito interessante,  e muito difícil ver jacarés de dia, no rio negro e seus afluentes... já na região do ARAGUAIA, E MUITO MAIS FACIL VER ELES DURANTE O DIA

esse ano em janeiro estava pegando fogo na mata na região de BARCELOS,  estava uma fumaça no rio negro, e nesse dia, eu pescando tucunare, os jacarés açus, estavam nos lagos, contei mais de 30 jacarés açus, em um dia de pesca, acredito que com todo esse fogo e fumaça. fizeram com que eles saíssem das tocas...

showw amigo, parabéns pelo seu post, realmente vc conhece muito...

abraços pescador de lobo graúdo da AMAZONIA heheehe...

Bondade sua, Fabiano. Vejo que você é tarimbado em pesca na minha região. De fato, ano passado a seca foi feia, e por incrível que pareça, ouvi falar de fogo cruzando rios e lagos, que na maioria são ombrófilas, dessas com troncos desgalhados e copa bem formada, um convite para as queimadas. De outro lado, de fato os jacarés-acú daqui são até que bem comportadinhos, porém diante de acidentes como os que narrei, não me atrevo a partilhar com eles um bom banho de rio. Sem essa. Pode ser que alguma fêmea esteja na TPM, e daí você sabe o que esperar.

Vai um abração, e muito obrigado por trazer a todos nós suas experiências e conhecimentos. Vão ajudar bastante na hora que estivermos na melhor atividade de vagabundagem que conheço.    

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