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AVENTURA CRISTALINA


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AVENTURA CRISTALINA

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          E ai, moçada do FTB, mais um ano, mais uma pescaria, quem me conhece, sabe que eu, uso este espaço, para guardar, as minhas lembranças, e dividir com vocês, as minhas pescarias, e que, também, sou, muito detalhista, para narrar, então leitores mais apressados, tentarei fazer, um resumo, para vocês.

2016-Pousada: Rio Cristalino. Carlos e Eu, Cartaz: Gisele e Leonardo Caprio, qdo visitaram a Pousada.

2016-Pousada: Rio Cristalino. Fotos:Gisele e Leonardo na Pousada

          Bem, para começar, eu, estava planejando, ir sozinho, ao lago Angical no Tocantins , na Pousada: Pesque Caiaque Goiás, mas, devido alguns imprevistos, isso não foi possível, e por sorte ou providência divina, o meu amigo Carlos, me manda, um Whats-Zapp, para esquematizarmos uma pescaria, na Barra do Rio Cristalino com o Rio Araguaia.

2016-Pousada Rio Cristalino ao Fundo,  Eu, o Carlos, e o Alexandre, Biólogo da                                                                                                                                                                                         Turma do Site: Expedições Avá Canoeiro,  Filho do Leo (Socio da Pousada).

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          Conheci o Carlos, em 2016, onde, passei, 4 dias na Pousada: Cristalino, do Valdir/Leo, dentro do rio Cristalino, ele trouxe um motor 15 Yamaha, e pescamos juntos, 3 dias seguidos, ele é ,um ótimo piloto, tinha um bom GPS, e foi assim que conhecemos o lago do inferno, um complexo de lagos, um dentro, do outro, passando, por canais estreitos, onde, tínhamos, que arrastar a canoa, nesses canais, que davam, acesso, a outros lagos, justificando, o seu nome: “Lago do Inferno”, o rio, estava, muito raso, e os grandes lagos, se confundiam, com o rio, a forma ,que utilizamos, para achar, o canal do rio, era, seguir, os grandes, bancos de areia, que, a todo momento, mudava de lado, no rio; Teve, um dia mágico, onde, saímos da pousada, as 16:00 hr da tarde, e chegamos, no Furo da Matrinchã, as 17:30, pescamos, grandes, Piaus Flamengo e Matrinchãs, ate anoitecer, e ficar um breu, para voltar, o GPS, foi fundamental, eu, fui iluminando as margens, e numa, curva do rio, vimos, uns vultos enormes, era, uma família, de capivaras gigantes, onde, o Pai, estava na frente, em alerta, sentado, imponente no raso, dentro da água, seguido, pela fêmea e os 3 filhotinhos, que sentaram, ao lado dele, o ligamos, o Silibim, e vimos, mais, dois filhotes, jovens ao fundo, então, o Pai, sai em disparada, junto, com toda a sua família, espirrando água, para todos, os lados, e se dispersam ,dentro da escuridão.

Mapa - Lago do Inferno

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Video-2017

          Agora, resumindo a pescaria de 2017, saímos, numa segunda, a tarde, para pescar, em torno de uns 8 dias, e ficamos 13 dias, pousamos, na ida, e na volta, num hotel, em São Miguel Araguaia, a trilha de 86 Km, no cerrado, tem acesso, apenas, em carro Off Road, no nosso caso, um Jeep Defender Land Rover, tivemos, em muito locais, que abrir, a estrada , literalmente no peito do jeep, pois, chegávamos em locais, que a trilha, praticamente acabava. Na nossa tralha, tinha, gerador, freezer, bomba d'água, chuveiro quente, e muito mais, tudo, dentro, de uma carreta de dois eixos ,com uma canoa em cima.

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          Gastamos, 2 dias, para montar e desmontar, o acampamento. Teve, dia, que não saímos de canoa , e ficamos, apenas conversando, e organizando, as tralhas, no outro dia, fomos, passear e , conhecer, 2 pousadas, e uma ,aldeia de Índio, na barra do rio Araguaia com o Cristalino. Lembro ,que, fomos, pescar mais longe, em um dos dias, em torno de 65 km, próximo, a dois paredões, num barranco alto, dentro do rio Cristalino, neste dia, voltamos as 18:00 hrs, andamos de canoa, no rio e lagos, como, se fôssemos, conhecedores da região, pescamos, Tucunarés nos lagos, e Piaus, Matrinchâs e Pacus Ferrado, no rio, nos 3 primeiros dias, não pegamos, Tucunarés, então, apelamos pelo Corrico, onde, saíram 2 bons Tucunas, no rio, pegamos, muitos Piaus e Matrinchãs todos os dias. O Agnaldo, reconhecido, pescador da região, pescou com a gente, e nos levou, num lago, onde, usamos, uma canoa a remo, e saiu 2 Tucunas, noutro dia, a noite, fomos no Araguaia, com ele, onde, Ele, pegou, uma Cachara, e Eu dois Mandubes pequenos, ele, me falou, que usa a isca Z90, para pegar Tucunaré, como, eu tinha, uma na caixa, eu a utilizei, e foi fatal com ela, pois, no ultimo dia de pesca, pequei, um bom Tucunaré, com ela, e o soltei de imediato, pois tínhamos , bastante peixe para comer.

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          Toda a pescaria, tinha como foco, o esporte, e a interação, com a natureza, nos preocupávamos mai,s em interagir com a natureza, do que em, pescar peixes. Pegamos, o estritamente e suficiente ,para comer, e fazer, alguns tira-gostos. Vimos muitas Aves, Tartarugas, Jaburus, Veados Mateiros, Jacarés, Garças, Mutuns e Gaviões, sendo, que estes últimos, passaram, a comer, dentro, do nosso acampamento, junto, com as galinhas, que trouxemos.

Video: Veado que filmei no lago, o ano da filmadora ta errado e 2017

Video: Morada dele. Comprei uma camera atrio para filmar.

Mutum e Gavião no Acampamento

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          Quanto a alimentação, passamos, muito bem, de manhã, comendo ovos caipira cozidos com café ou misto quente, no almoço, sempre arroz com peixe frito e salada, mas, também teve, frangão caipira cozido, Sashimi de Tucunaré, caldo de Piranha e Pintado ao molho, com o Carlos ,sempre no cabo da colher, e Eu, lavando as panelas e fritando peixe, Ele na Vodca e Refri.., e Eu na latinha de cerveja e vinho.

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          O acampamento, tinha muito serviço para ser feito, todos os dias , Eu e Ele, começávamos a trabalhar às 06:00 hrs, e só íamos dormir as 23:30, depois de um banho quente de chuveiro de balde.

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        Tivemos vários conflitos, fomos, muito antagônicos, um com o outro, pois, enquanto, um era Sol, o outro era Lua, e muitas vezes, me faltava experiência, e ele tinha pouca paciência, penso que, voltei, sabendo muitas coisas, que nunca havia vivido, apesar das faíscas, raios e trovoadas, entre nós, acho que aprendemos, muito internamente, um com o outro, afinal, é assim, que se começa , uma amizade, e que, depois da tempestade, vem a bonança.

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          Voltamos para casa, na sexta-feira, as 9:00, saímos, do acampamento e atravessamos de balsa ,para Luiz Alves por volta das 14:00 Hrs, e as 14:30 o Jipe Ferveu, e Rachou o reservatório, a 20 km de São Miguel Araguaia, foi muita sorte, o carro, ter dado problema, em loca,l onde se podia, ter acesso a recursos, tivemos, que posar no Hotel, novamente, arrumamos emprestado, um reservatório, de uma Ranger, numa retifica próximo, e tentamos, ir embora, mas a 20 km, de Mozarlândia, o Jipe Ferve de novo, e desta vez, abrimos a tampa de válvula,s e demos, um bom ,aperto no cabeçote, e só assim, aos trancos, e barrancos, chegamos, em Mozarlândia, ficou claro, que a junta do cabeçote, tinha queimado e o mesmo empenado. Quebramos um pouco a cabeça, mas, ficou resolvido, que o mais certo, era ir para Goiânia guinchados, chegamos, em Goiânia, às 23:30, com as nossas esposas, pegando a gente, junto com, nossas tralhas, num posto gasolina, onde, o Jipe, iria ficar.

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           De tudo, posso dizer, que não foi só uma pescaria que fizemos, mas sim, uma grande Aventura Cristalina, um verdadeiro, “Sobrevivendo na Selva”, o local é lindo, mas é muito ermo e deserto, lá ,e como dizia um amigo: “O filho, chora e mãe, não escuta”, e foi, desta forma, que esta pescaria, se tornou, algo inesquecível para mim, em todas as formas, e sentidos possíveis, simplesmente , inimaginável.

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       Logo abaixo, estou postando, os Vídeos e as Fotos, e após estes, estarei, descrevendo, mais detalhes da pescaria, espero, que tenham gostado, da minha, Aventura Cristalina.

FOTOS e VIDEOS

 

Furo da Matrinchã, Flamengão do Carlos.

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2016-Eu e o Valdir(Socio da Pousada: Rio Cristalino)

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Galinheiro da Pousada onde doamos as galinhas para o Agnaldo.

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2016-Refeitório da Pousada Rio Cristalino e o João Carlos, Diretor e Apresentador Programa Pesca sem Fronteiras

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2016-Piloteiros da Pousada saindo para pescar

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2016 Fotos da Pousada: Rio Cristalino.

 

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DETALHANDO FATOS OCORRIDOS NA PESCARIA

 

A partir de agora, vou descrever ,alguns fatos, que aconteceram, na pescaria, a leitura , agora, neste momento, serve, apenas, para os leitores, mais pacientes, que gostam de ler,

uma boa narrativa.

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Fato 01:

       Tinha anoitecido e eu estava com a incumbência de passar as lâmpadas de LED em volta do acampamento, e o Carlos de fazer a janta, eu perdi a noção das hrs, e quando

terminei, fui chamar o Carlos, pensei que ele estivesse por ali, no mais longe, talvez próximo ao gerador, pequei meu fação e uma lanterna e fui no meio do mato andando numa

trilha em direção a pousada do Jean, gritando pelo seu nome e nada do cabra me responder, comecei a ficar muito apreensivo, achei que talvez, ele tivesse sido atacado por algum

animal e que o som do gerador tivesse abafado seus gritos, mas não havia marcas de sangue e o capim seco em volta não estava amassado, eu estava numa trilha dentro de um

mato fechado, e dava para ver as luzes da pousada, mas nem sinal do Carlos, pensei melhor e achei que ele pudesse ter caído do barranco, batido a cabeça, ou ter tido um

problema de saúde, ou ate mordido de cobra e estar caído próximo ao acampamento, a adrenalina subiu, voltei rápido, iluminando a beirada do rio gritando seu nome, então

me lembrei, que falei para ele não se preocupar comigo, que eu estava ali para ajudar, caso a vida dele dependesse de mim, lembrei também da sua esposa e filha que carinhosamente,

tinha falado para ele tomar cuidado, ai bateu um desespero, só pensava que eu tinha falhado com ele, pois eu não tinha ideia de quanto tempo ele podia estar com problemas,

naquele momento, pensei: ele não sairia do acampamento sem me avisar, pois afinal ele tinha que fazer a janta, mas eu tinha que agir rápido se quisesse ainda salva a sua vida,

estava sozinho em um lugar desconhecido, vi que eu sozinho não tinha como achar ele ali, a única solução viável que eu via , era ir a pousada do Jean pedir ajuda, e  foi o que fiz,

pulei na canoa liguei o motor e quando, estava indo na direção da pousada , eu vi uma luz de lanterna, acima no barranco, voltei o barco, chamando por ele, e pela graça de Deus,

era ele, falei alto com ele, pelo meu nervosismo na hora, perguntei, por onde ele  estava, e ele meio assustado, me disse que tinha ido em na direção da pousada pegar sinal de celular

e ao voltar me viu no rio com a canoa, eu nervoso mas aliviado por ver ele bem, falei: não faz mais isto, me avisa quando sair, senão você me mata do coração homem.

              Na ida nossa para o rio Cristalino, quando chegamos em Luiz Alves de manhã, fomos  direto para a balsa, existe uma venda, fiquei eu no carro e o Carlos foi ate lá, quando

eu sai do carro, o Carlos vinha voltando com 2 galinhas e 1 Frangão, amarrou todos pelas pernas enrolou as amarras na carreta e as jogou em cima da lona na carreta, cruzamos o

rio na balsa e pegamos uma boa poeirada na estrada e ao chegar no acampamento as galinhas estavam cobertas de poeira, ele as largou num canto, depois as alimentou com milho

e água e mais tarde as soltou no acampamento, elas foram as nossas mascotes ciscando comendo insetos, e empoleirando a noite em cima das arvores, e quando botavam

ovos, ficavam cacarejando.

             Teve um dia que o Carlos estava dormindo na rede após o almoço e elas ficaram cacarejando, ele bêbado de sono, gritou pra mim: Faz ela parar de cantar, então pequei

meu estilingue de ração, coloquei uns milhos secos e a espantei para longe, e ele continuou dormindo, outro dia, eu acordei de manhã, junto com o Carlos, e as galinhas junto com

o Frango e os Gaviões estavam no chão próximo comendo, ai falei para o Carlos: olha que lindo, virei as costas, quando olhei de volta, vi o Carlos correndo pelo mato atras do frango,

e ele me volta com o frango morto nas mãos, e o joga para mim e fala:E seu pode fazer, como íamos pescar, cortei o pescoço do frango é o pendurei no arrame da cerca para

escorrer o sangue, na volta da pescaria, ajudei o Carlos, com suas facas magicas, a tirar a pele do frango para não precisar tirar as penas da ave, e foi assim, que comemos frango

ensopado no almoço, quando o Carlos comprou as galinhas da senhora da venda ,ela falou pra ele, que elas iam para a  panela naquele dia, no acampamento, somente o

Frango foi para panela, as nossas mascotes foram doadas para o galinheiro do Agnaldo, para ele comer uns ovos caipiras.

 

Fato 02:

          O Carlos além de pescador é Jipeiro, Campista e um artista em cutelaria (laminas) , e ele trouxe, para o acampamento, muito das coisas, do seu meio, como, um caixote cheio

de ferramentas, que tinha de tudo, desde , motosserra, conexões de chuveiro, duchas, ate, martelos e facas.

         Instalamos juntos, o chuveiro de balde, no acampamento, eu subi numa arvore, ele amarrou, uma carretilha, num pedaço de pau, e eu amarrei, o pau, nos galhos da

arvore, com a carretilha, e com um arrame e um enforca gato, que foi posto por mim do lado errado, ainda bem que o arrame aguentou, pois senão alguém poderia se machucar

com uma baldada na cabeça.

         Para instalar o gerador, colocamos, um toco para servir de base para o galão de gasolina, que abasteceria o gerador e após esta atividade, ele deu por falta do seu canivete

da marca Schimitt, procuramos por dias o seu canivete, sem sucesso, somente no ultimo dia, ele o achou dentro do carro.

         Instalamos também uma Bomba D'água, que serviu para lavar a carreta e para montar uma ducha de banho, montamos os balcões da cozinha em cima de 4 andaimes

de construção, onde instalamos o fogão, e pusemos os mantimentos e instalamos também uma bomba de sucção na boca do botijão de água mineral, que ficou muito pratico

para pegar água.

          Trouxemos em torno de 250 litros de gasolina, vendemos 50 litros e doamos 20 litros para o índio Whani, o Carlos usava uma mamadeira para calcular a quantidade de

óleo 2 tempos, para cada abastecida do motor de popa, e eu aprendi a tirar gasolina dos galões, depois de encher a boca de gasolina varias vezes para abastecer, o gerador é

o motor de popa.

          No penúltimo dia, fui cortar uma melancia, para o o índio e seu enteado, pequei uma das facas do Carlos, cravei a faca na ponta da melancia e tentei puxar ela na

direção da minha barriga, Ele deitado na rede deu o gritoO ZEZINHO, TA QUERENDO FURAR A BARRIGA, Zezinho, é o apelido carinhoso, que ele me deu, pois, é o nome, do

Hipopótamo, no Horto em Goiânia, o babaca, aqui tirou a faca, pequei por cima dela, e fui, cortar a melancia, a faca fez uma certa resistência, então segurei a melancia mais

embaixo, e forcei, quando a faca, entrou, na melancia, ela, a cortou, como, se fosse manteiga, vindo direto na minha mão, que estava embaixo, eu ainda, puxei a mão,

mas não fui, tão rápido, e tive um corte, meio profundo, próximo ao dedão, e o sangue jorrou, com vontade, fui direto, no pote de açúcar, joguei no  machucado, apertei

um pouco, e o sangue não parava, o Carlos, espirou um remédio, o Índio, falou, para por sal, e estancar o sangue, quando, eu, joguei o sal, o trem, ardeu pra valer, enrolei e

apertei, um pano na mão, e o sangue parou, sorte, não ter sido, mais profundo, e de ser a minha mão, ao invés, da minha barriga, nunca tinha visto uma faca com um corte

destes, Deus me livre.

           Este meu amigo, é colecionador, de facas, de marcas famosas, como o Schimit, e a Cold, além, de ter uma oficina em sua casa, onde ele, tem por hobby, a fabricação

caseira, e pessoal  delas, nas sua visão, um bom pescador, tem que te,r uma faca de boa qualidade, e muito bem, amolada, e que, as facas, representam, uma virilidade,

masculina, e eu, um cara da cidade, muito sem noção de facas, não fazia ideia, de como, uma faca, amolada, poderia, ser tão perigosa, pois a única, faca perigosa, que eu,

quis ter, na minha vida, era, a faca do Tarzan, e olha lá, heim..

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Fato 03.

          Quem me conhece sabe que gosto de cozinhar, e de fazer coisas diferentes e gostosas na pescaria, como da vez que postei no FTB, como fiz, os piaus cabeça gorda

assados, e a pizza de tucunaré, mas nesta pescaria, cometi dois erros, que me tirou o titulo de cozinheiro do  acampamento, o primeiro erro, que fiz, ocorreu na primeira

pescada, demoramos para chegar no acampamento e estávamos, mortos de fome, e eu, ao limpar os peixes, levei uma eternidade,  isto irritou o Carlos, que foi comer

outra coisa, eu fiquei sem graça, e não ia fritar peixe, para mim, e assim fui comer arroz com ovo, o segundo erro, foi no dia seguinte, onde eu tentando ser  rápido,

para fazer a comida, acabei queimando o arroz, e teimei, em consertar, retirando o queimado, mas não funcionou, e tive que jogar tudo fora , o Carlos irritadíssimo, foi fazer,

um outro arroz, enquanto eu, sem chão, fui lavar as vasilhas.

          O Carlos e muito velhaco com comida, ele tem alergia a alguns tipos de comidas ,   especialmente a frutos do mar, eu não sabia, e fiquei sabendo depois, e eu vinha

no carro falando, pra ele, de como era bom, o arroz com batata e espinafre que eu fazia, com o tempero  Ajinomoto Hondashi, cuja base, é o peixe bonito, ai ele, me

descartou de cara, pois não comia, espinafre, outra especialidade, que eu, sabia fazer, era o arroz carreteiro, eu sabia, que ele gostava , mas tinha, tanto peixe para comer,

que ficamos, no peixe frito com arroz, mesmo, ele, sempre reclamando, do meu tempero, mais sem sal, mas, no ultimo dia, eu, caprichei no sal, e passou da conta, e o

peixe, ficou salgado, e o meu moral com ele, em termos, de comida, ficou em baixa.

           Depois de tanta gafe do meu lado eu queria me mostrar mais útil, na pescaria, nos 3 primeiros dias de pescaria, não pegamos um tucunaré sequer, talvez por causa do frio,

e para os outros pescadores, que estavam pescando no lago, vi eles pegando, só tucunaré pequeno, então dei a ideia para o Carlos, de pescarmos de corrico, pois tinha

pescado no Cristalino na região do Cocalinho, e os tucunas maiores de 2 a 3 quilos, eram pegos assim, o Carlos torceu o nariz e  fomos pescar num lago mais interno, mas ao

sair do lago, ele para a canoa, e me fala que nunca tinha visto os piloteiros daquela região fazer tal pescaria e que desconhecia aquela modalidade, que se eu quisesse tentar,

aquela era a hora, eu topei e coloquei uma artificial grande com barbela comprida de fundo, regulei a carretilha arremessei a isca, enquanto o barco andava, soltei um tanto 

bom de linha, travei a carretilha, e a coloquei no secretario da canoa, o Carlos também colocou uma de fundo, que, ficou com a vara na mão, percorremos um bom trecho

do lago, eu pedindo a Deus um Tucuna de respeito, e num local onde o lago se afunila a minha vara se envergou toda, eu gritei para ele parar, e o tucunaré pego, saltava,

pra todo lado, tentando se soltar, eu não me contive de emoção e gritei : CAVALO CAVALO” , olhava para o Carlos e ele passava a mão sobre a cabeça, sem acreditar no que

via, ao embarcar o peixe de bom tamanho, falei alto para ele: "E AI, ESTE CAVALO SERVE PARA FAZER O SEU SASHIMI”, ele olhou para mim indignado e disse:

ME RESPEITA RAPAZ, EU SABIA, QUE PODERIA PEGAR SIM, MAS EU PREFIRO, PEGAR DO OUTRO JEITO, eu concordei com ele, mas o nosso almoço ou janta, já estava ali

garantido, nesse momento, ele foi recolher a sua isca e entrou outro tucuna do mesmo naipe ou maior na linha dele, a briga foi boa e ele gostou muito, embarcamos o bicho,

e a pescaria foi um sucesso total, nessa mesma modalidade, pegamos e soltamos, uma cachorra e 2 pacus ferrados em outro lago, eu de uma certa forma me senti mais

aliviado e redimido com o Carlos.

          Eu tenho que confessar, que tiro o chapéu, para este caboclo, pois ele me disse, que era a primeira vez, que ficava como cozinheiro, e o danado, fez bonito, frangão ao

molho, sashimi de tucunaré, pintado ao molho, caldo de piranha, feijão com bacon, e arroz com dente de alho, e tudo, que ele fez , ficou muito bom e delicioso.

 

Fato 04:

         Conhecemos o índio Whani, na Pousada: Rio Cristalino, ele trabalha, como piloteiro para as pousadas, e o Carlos, negociou com ele, um serviço, para o ano que vem,

fomos na sua casa na ilha do Bananal, que fica de frente ao Araguaia, onde vimos, a construção de uma casa para a filha da sua esposa , e conversei com o menino Wellington

neto dela, e o Whani nos contou a sua historia, que seu pai era chefe, da sua tribo, é que era muito malvado, e que quando morreu, era para ele ser o chefe, inclusive tinha os

documentos da aldeia no seu nome, porem um dos índios não aceitou, pois queria ser o chefe da tribo, e o jurou de morte, ele então, saiu da tribo  com sua esposa, porque

era de paz, e não queria encrenca, e veio morar ali, de frente ao rio Araguaia, mas queria saber do Carlos, se ele ainda tinha direito a aldeia, o Carlos perguntou, se  ele estava

feliz ali, ele confirmou que sim, então aconselhou ele a esquecer, este assunto e a tocar a sua vida ali mesmo.

          Este pessoal ribeirinho é muito pobre, e só encontram trabalho nas pousadas da região, eles  necessitam, ter canoa, motor e gasolina, para sobreviverem, e ganhar dinheiro,

naquele local, comem do que plantam e criam, da pesca e da caça, são pessoas muito humildes e carentes, foi esta, a visão que tivemos daquele lugar, inclusive da aldeia Indígena

em que fomos.

          Conhecemos as Pousadas Águia-1 e a Cristal no Rio Araguaia, por sinal, ótimas pousadas, muito top, conhecemos o Val, dono da Pousada Cristal, ele é muito comunicativo, e

nos  contou uma historia sobre o botos no rio Cristalino, eu tive o prazer de ver ele em ação, antes, num vídeo, com um desses apresentadores de canal de pesca não me lembro o

nome, onde ele era o guia, é o levou para pegar cacharas e um cardume de tucunarés, o Wellington seu sobrinho e muito gente boa e mora em São Miguel do Araguaia, é ele

que faz os contatos da pousada, e ano passado, me ajudou bastante, na minha ida, a Pousada do Rio Cristalino.

          A pousada Águia-1 é do irmão do Val e fica na mesma ilha da Pousada Cristal e são interligadas por terra.

         Pescamos uma tarde na foz do Cristalino com o Araguaia, mais tava muito seco e tinha muito boto e assim não tinha como pescar, vimos próximo a Aldeia, uma enorme

barbatana saindo fora da água, o que nos pareceu ser uma Piraíba, o Whani, nos avisou, que direto, ele via, ela bater no ponto, em que, nos, vimos a barbatana.

 

Fato 05:

        Eu tive, uma ótima impressão, do pessoal de São Miguel do Araguaia, achei eles, muito atenciosos e prestativos , desde os atendentes do hotel, onde ficamos, ate o pessoal ,

com quem conversei na cidade.        No hotel, da primeira vez, o atendente muito educado, fez questão de levar a minha mala no quarto, mesmo eu falando para ele, que

não precisava.

        Quando o Jipe quebrou na estrada,  quem nos socorreu, foi um coronel da policia militar, eu fui conversando com ele ate a cidade, e ele me contou, que estava se

aposentando, que era formado, em educação, e que ia voltar a dar  aulas, após se aposentar, ele me pareceu muito novo, mais era mais velho, do que eu, me levou, numa

oficina, no começo da cidade, o mecânico, que me atendeu, ligou para um colega, que possuiauma Fmil e poderia me ajudar a puxar o Jipe, combinamos o valor e ele

chegou rápido, então fomos pegar o Jipe, íamos, conversando pela estrada, quando vi o Jipe, passar por nós,  sendo puxado, por um caminhão da Prefeitura,

voltamos, eu acenei para o Carlos e paramos para nos falar, e o Carlos resolveu ir no Jipe com caminhão mesmo e eu fui na frente com a Fmil,  fiquei esperando

na entrada da cidade, o Jipe chegou, e eu acertei, com o senhor da Fmil, o combinado, pois afinal, ele tinha me levado ao Jipe, vi que ele ficou sem graça mas

pegou o dinheiro, entrei no Jipe, puxado pelo caminhão, que nos levou, para dentro, do patio do hotel, depois entrei no caminhão da prefeitura e conheci o

Felipe, ele me levou a um supermercado para comprar durapox para tentar colar, o botijão de água do Jipe, Felipe, é um rapaz muito prestativo, me falou, que

tinha sido caminhoneiro, e sabia da dificuldade, que passávamos, por isto ele, nos  trouxe, ate a cidade, e me contou, que já tinha se casado 4 vezes, mas que

agora tava solteiro, e que ia voltar para Luiz Alves, com a namorada, naquele mesmo dia, para curtirem juntos, um show por lá, e que estava muito feliz,

por estar, em São Miguel, pois as moças, da cidade eram , muito alegres e divertidas, e que, se eu, quisesse ficar com alguma, era só convidar, elas para um

churrasco que a festa tava feita, chorei de rir da forma, como ele se expressou, ele, me deixou no hotel, então o Carlos, foi lhe dar uma gratificação,

mas ele recusou, falando que não precisava , e o Carlos, teve que insistir, para ele aceitar.

           Pegamos 2 quartos no Hotel, desta vez fomos atendidos, por uma loirinha, muito bem arrumada, com batom e unhas vermelhas pintadas uma

gracinha, muito atenciosa e charmosa, tomamos um banho e fomos jantar num local ao lado do hotel, estávamos muito cansados, e fomos dormir,

no dia seguinte tomamos um senhor café da manhã, tinha ate pamonha caseira, conseguimos emprestado um botijão de água de uma Ranger, numa retifica

perto do hotel, bati um papo com o dono da Retifica, que era de Goiânia, e descobri que ele tinha morado no mesmo edifício, onde meu pai era sub-sindico,

ele disse que conheceu meu pai, e o Carlos de prosa com  a turma da retifica nos reconheceram do Rio Cristalino, porque eles também estavam lá , numa

praia perto de onde acampamos, com uma turma grande com musica sertaneja ao vivo eu me lembrei deles, porque, uma noite tocaram um forrozinho que

deu ate vontade de ir la dançar, achei muita coincidência ou como eu digo providência de Deus, trocamos o botijão do Jipe e uma morena bonita, gerente

do hotel, foi abrir o portão para a gente ir embora, o Carlos então, perguntou a ela, se era casada por causa do anel que estava usando, ela disse que era

sim, ai ele  brincou com ela falando: “Larga seu marido e vem com a gente para Goiânia”, ela riu agradeceu e disse que ia ficar com o seu marido mesmo,

e assim fomos embora rindo da piada.

 

Fato 06:

           A 20 km de Mozarlândia, eu percebo um barulho diferente no carro, e ele para, eu corri, pequei na carreta, o galão de água, para por no carro, é ele ferveu,

ate assobiar, esperamos ele esfriar, e andamos mais 10 km, ate ele dar sinal novamente, paramos, numa sombra, na entrada de uma fazenda, onde ficava uma casa,

próxima ao asfalto, trocamos o botijão da ranger pelo botijão colado do Jipe, apertamos o cabeçote, e tentamos, chegar no posto, em Mozarlândia, mas a 2 km

do posto, o carro ferveu, de novo, eram 15:30, sem almoço e com fome, o Carlos nervoso e apreensivo com o seu Jipe, procuramos, o que comer e achamos um

queijo e 6 maças e  um tomate, o Sol estava estalando de quente, e a fome, fez, o Carlos comer, um tomate cru, e e um queijo, tinha detergente nas maças, e eu

fui lavar, elas, com a água, gastei, um galão de água ,para lavar, quando o Carlos , viu, que eu tinha gasto muita água, ficou possesso comigo, falando , que água

naquela situação era ouro, e que eu tinha desperdiçado, e que apesar de termos, um galão de 20 litros de água, não dava para chegar em Mozarlândia, ficou rouco

e abalado , e eu fiquei tenso e calado, mas estávamos, perto do posto, e tinha um grande movimento de carros na estrada, dificilmente ficaríamos sem ajuda ou

sem água, eu ainda, tive a frieza, de antes de entrar no carro pegar alguns jatobás, caídos no chão, ele passou a mão na testa, varias vezes tentando, se acalmar

era como se lhe tivesse lhe injetado uma injeção de adrenalina na veia, mas logo eu vi uma placa que indicava 2000 m para o posto, então a expressão do rosto

do Carlos, foi de alivio, chegamos ao posto, e ele preocupadíssimo, ligava para varias pessoas buscando uma alternativa para o problema, fui na cantina comprei

dois discos de carne e duas água de coco, ele não quis o disco, só a água, e me falou que estávamos a 180 km de São Miguel, onde, tinha retifica e ali na cidade

não tinha uma, precisávamos, de um guincho, mas tava caro, e era Sábado, saímos do posto, e fomos, na oficina chamada de Oficina do Paquinha, o botijão de

água remendado do Jipe quebrou de novo, enquanto, o Carlos, ficou arrumando o Jipe, eu fui conversar, com o dono do estabelecimento, cujo apelido, era

Paquinha, muito atencioso, fez um teste no carro para nós e constatou, que a junta do cabeçote tinha queimado, o Carlos, pensou melhor, e viu, que a melhor

opção, era ir para Goiânia, quinchado, negociou com um quincho na cidade e assim que ele chegou, subimos o Jipe e engatamos a carreta, no guincho e fomos

direto para Goiânia, as 18:00 ,em Goias Velho, comemos, uns empadões e chegamos em Goiânia as 23:30, onde encontramos com as nossas, esposas,

num posto próximo, ao Buriti Shopping.

 

FINAL FINALMENTE.

                 Meus amigos, tenho alterado, muito o meu conceito, sobre pescaria, nessa que acabei de fazer, principalmente, pescaria boa, não é , pegar muito peixe, é sim,

muito mais que isto, pode ate, não se pegar peixe, algum, mas estar ali, na natureza, tentando pescar, é um privilegio de poucos, também, a quem pesca ,e não toma,

um banho sequer no rio, e outro, que não percebe, os pássaros, e os seus cantos, em sua volta, não se liga, quando, um bicho no rio, ou quando, morto de fome,

come, apenas um arroz branco, com peixe frito, não escuta, o silêncio, e nem vê, a beleza misteriosa do rio, em sua volta, reclama, dos mosquitos, do cansaço, da comida,

não enxerga, o nascer, e o por do sol, no dia, e nem a lua, e as estrelas, a noite, diz que, nunca mais volta ali, porque, não pegou, um peixe sequer, mas, passado um ano,

ali de volta, e de volta, de novo, ate que um dia, quase que, por um encanto, ele, do nada, começa a perceber, e a entender, o que realmente, significa pescar, neste

momento, ele se torna, um apaixonado, por pescaria, assim, como, eu e você.

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Editado por Paulinho1
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Show demais está pescaria, sem sombra de dúvidas que foi mais aventura, não vou me cansar de mencionar, são momentos como este não tem preço!

Muito obrigado pelo seu relato e imagens!

Parabéns á todos os envolvidos, que venham outras aventuras!

joia:::joia:::

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  • 2 semanas depois...

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