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CASTANHÃO - BERÇO DOS TUCUNARÉS GIGANTES DO CEARÁ


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É amigos, é isso mesmo, tem Tucunaré Gigante no Ceará e infelizmente esse local está ameaçado.

A intenção dessa matéria à seguir é passar o maior número de informações possíveis aos amigos, desde dados sobre o açude, peixes que habitam, piscosidade e o que vem ocorrendo por lá.

Estarei dividindo essa matéria basicamente em cinco partes, conforme a seguir:

1º Parte – Minha opinião de tudo o que vem ocorrendo a respeito de Castanhão em nosso país e uma pequena introdução

2º Parte – Vamos falar sobre o açude, sua criação, características e outras informações

3º Parte - Informações das espécies de Tucunaré e demais peixes que habitam o açude

4º Parte - Comentarei como conheci o Castanhão e irei relatar minha primeira pescaria por lá, além de postar algumas fotos memoráveis, essas de peixes capturados pelo Tucunas Brasil Fishing Team nesse paraíso

5º Parte - Abordarei o que ocorre hoje em termos de exploração comercial, bem como os agravantes de uma divulgação, principalmente de um local até então desprotegido

6º Parte – Nessa última iremos falar um pouco das ações que estão sendo feitas, as vitórias e o futuro do loca

Vamos lá!

1º Parte – Minha opinião de tudo o que vem ocorrendo a respeito de Castanhão em nosso país e uma pequena introdução

Primeiramente gostaria de dizer que não sei se considero essa matéria uma matéria ou um desabafo!

Em função do que tem sido vinculado na mídia sobre o Castanhão decidi passar algumas informações a todos os amigos. Confesso não saber ao certo o que essa divulgação no meu ver, precipitada vai trazer de benefício à região, porém torço para que as opiniões que escutei até o momento a respeito de se divulgar o local dêem certo, pois em sua maioria foram positivas, somente algumas em menor volume pecimistas.

Gostaria também de inicialmente comentar que não me acho dono de nenhum açude nem tão pouco do Castanhão, mais acho que se existem pessoas com propriedade de falar desse local, uma delas sou eu, infelizmente existem pessoas que vêem falando uma série de besteiras a respeito de nossas atitudes , quando falo nossas cito, o grupo Tucunas Brasil Fishing Team e alguns parceiros que freqüentam a tempos o local, também outros pesqueiros piscosos em nosso país, essas totalmente adeptas ao Pesque, Fotografe e Solte!

Simplesmente temos uma mesma opinião, de que esse local não deveria ser divulgado antes de se ter o respaldo apropriado, falo com relação a leis apropriadas, conscientização e principalmente fiscalização, pois somente que vivenciou ou vivencia a situação por lá e no Nordeste sabe o que estou falando, do contrário é muito fácil criticar, falar mal, afinal nem sabe o que e passa na realidade.

Fomos procurados à tempos atrás por duas revistas de pesca para o furo de reportagem, isso no início de 2008, ambas queriam fazer uma matéria sobre o local, como já tínhamos várias idas ao local e sabíamos a realidade de lá, optamos em não fazer, atitude essa que causou até situação chata com um desses editores, sendo tecido um comentário por ele, de que “estávamos nos achando”, mal sabe ele, para mim um idiota, que antes da vaidade de estar em uma revista ou mídia nosso grupo é convicto dos seus ideais e certo de seus objetivos, sendo a prioridade a preservação a já visto temos que ajudar nisso devido as deficiências já comentadas, para ele o que interessava era o furo de reportagem e a venda de revistas (lucro).

Quem conhece lá sabe o quanto agem por lá os atravessadores, pessoas que não tem o menor escrúpulo, e matam tudo, quando ficam sabendo da existência de peixe em determinado rio, represa ou açude, traçam metas para exterminá-los em pouquíssimo tempo, matadores esses que tem um grande aliado, a inexistente fiscalização e respaldo de leis.

Resumindo, quem não sabe o que vêm ocorrendo por lá a melhor coisa é ficar quieto, melhor ainda seria fica ciente da situação e realidade que está ocorrendo e após isso se propor a ajudar e não ficar fazendo “fofoquinhas” e julgamentos precipitados.

Espero também que com a divulgação mais pessoas se proponham a ajudar, seja da maneira que for, pois estamos realmente precisando correr de todos os lados, as pessoas que tenham essa intenção peço que entrem em contato particularmente conosco, estamos totalmente aberto a sugestões, opiniões e críticas, nosso e-mail é o tucunasbrasil@terra.com.br, como todos sabem a união faz a força e vamos conseguir!

2º Parte – Vamos falar sobre o açude, sua criação, características e outras informações

O açude do Castanhão está localizado no estado do Ceará (latitude 5º 27´S e longitude 38º 28´W), mais precisamente a 255 km da capital Fortaleza, é um açude relativamente novo, sendo suas obras iniciadas em1995, onde inicialmente tinha como previsão de inauguração o ano de 2001, porém somente vindo a ocorrer em 2003, sua inauguração foi feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, as obras foram executadas pela Construtora Andrade Gutierrez S/A, o valor gasto na obra foi de 155 milhões de reais, recursos esses provenientes da parceria entre o DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) e o Governo no Estado do Ceará, com 71% e 29% dos recursos financeiros respectivamente.

O açude banha praticamente quatro municípios, esses as cidades de Jaguaribara, Jaguaribe, Alto Santo e Jaguaretama, faz parte da Bacia do Jaguaribe, nome esse também do rio que foi barrado para o represamento, sua capacidade máxima de acumulação é cerca de 6,7 bilhoes de m³ de água, sendo seu volume útil de 4,2 bilhões de m³ (cota 100 m) e seu volume morto é de aproximadamente 250 milhões de m³ de água (cota 71 m). A extensão do açude é de 235 km², tendo um comprimento máximo estimado em 48 km.

A construção do Castanhão é uma obra que não pode ser vista de forma isolada. Ela faz parte de um projeto desenvolvimentista amplo que busca suprir as épocas de secas da região. Um projeto que está inserido no contexto de desenvolvimento do Nordeste, que incluí a transposição do Rio São Francisco e a interligações das águas do interior do Ceará com a região metropolitana de Fortaleza. Está inserida também com o desenvolvimento de terras improdutivas e regiões com características turísticas. Ou seja, é uma das faces de um projeto maior do Governo Federal e Estadual.

Os principais objetivos da construção do açude do Castanhão foram, abastecimento da região metropolitana de Fortaleza, incluindo-se o complexo industrial e portuário do Pecém, irrigação de 43.000 ha de terras férteis do chapadão do Castanhão e da Chapada do Apodi, controle de cheias no baixo Vale do Jaguaribe, Incremento da piscicultura local com a produção de 3.800 ton/ano de pescado, instalação de uma usina hidroelétrica, com capacidade de geração de 22,5 megawatts, reservatório matriz para transposição de águas e criação de um pólo turístico.

Mais algumas informações sobre o açude do Castanhão:

Barragem de Terra (OMBREIRAS DIREITA E ESQUERDA)

Tipo: terra homogênea;

Cota do coroamento: 111,00 m;

Largura da crista: 10,00 m

Extensão pelo coroamento: 2,77 Km

Altura máxima do maciço acima da fundação: 60 m

Volume do maciço: 5.169.861,24 m³

Barragem de CCR – Trecho Central

Tipo: Concreto Compactado a Rolo

Cota do Coroamento: 111,00 m

Largura da Crista: 7,00 m

Extensão pelo coroamento: 630,00 m

Altura máxima do maciço acima da fundação: 68 m

Volume de Concreto (CCR): 934.581,94 m³

Diques Auxiliares

Tipo: terra homogênea;

Quantidade: 9;

Tomada D’água

Tipo: torre-galeria;

Altura: 64,5 m;

Comprimento: 194 m;

Tubulações: 2 com diâmetro de 3,70 m;

Válvulas: 4 de 1,500 mm de diâmetro;

Descarga máxima pela Tomada D’água: 100 m³/s;

Casa de força

Potência total instalável: 22,5 Mw;

Número de turbinas: 2;

Queda bruta: 38,5 mca;

Vertedouro

Tipo: superfície com perfil creager;

Cota: 95,00 m;

Extensão: 153,00 m;

Tipo de Comporta: Segmento;

Quantidade: 12 unidades;

Dimensões: 10 metros de largura x 11,55 metros de altura;

Capacidade: 12.345 m³/s;

Lâmina máxima de sangria: 11 m;

Dique Fusível

Comprimento: 750 m;

Cota do coroamento : 110,00 m;

Largura da Crista: 10 m;

Altura Máxima do maciço: 5 m.

A seguir algumas fotos do açude e da barragem

Foto geral do açude, para que tenham uma noção da geometria dele, essa que chamamos de "ferradura"

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Panorâmica da barragem com suas comportas pouco abartas

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Comportas vista do lado de "fora" do açude

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Comportas vista de outro ângulo

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Comportas vista de dentro do açude

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3º Parte - Informações das espécies de Tucunaré e demais peixes que habitam o açude

Existem várias espécies de peixes no açude Castanhão, sendo a mais visada comercialmente a Curimatã, essa que em muitas vezes é somente pescada para que sejam retiradas as suas ovas, pois, tem um grande valor comercial, agora vocês imaginem uma situação, lá existe o defeso, logo não pode pescar, pois os pescadores cadastrados recebem uma quantia do Governo devido a isso, ou seja, na intenção do governo até que é boa, porém como não tem fiscalização vocês sabem o que ocorre.

Um peixe que existe lá em grandes quantidades é a Caranha, esse pouco pescado, algumas pessoas quando o DNOCS fecham as comportas ficam abaixo da barragem esperando os peixes que acabaram matendo a cabeça ou estão tonto pela pressão de água para pegá-los, abaixo uma foto de um desses peixes, nesse caso foram pegos três peixes, que somedos seus pesos deram 54 kg de peixe!

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O Apaiari também está por lá, muitas vezes capturamos eles com bait´s e no fly, abaixo um capturado por nosso amigo e parceiro Max

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A Piranha é pescada por lá também

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Existem vários outras espécies de peixe no açude, a rumores de grandes Pirarucus sendo capturados, esses que estarei fazendo uma expedição agora no fnal do ano para lá, onde terei como meta esse mostro de nossas águas.

As espécies de Tucunaré que possuimos no Castanhão são, o Cichla kelberi (Tucunaré Amarelo), bem comhecida por nós, e a Cichla pinima, esse último que pode chegar a 12 kg! Essa espécie á a segunda que mais cresce, só ficando atrás do Cichla temensis (Tucunaré-Açu). Ambas foram introduzidas pelo DNOCS, sendo a Cichla pinima naturalmente da parte baixa dos afluentes que drenam a região sul da Amazônia, como o Tocantins, Xingu e Tapajós.

Alguns Cichla kelberi do açude, peixe estremamente brigador!

Imagem Postada

Imagem Postada

Abaixo o Cichla pinima, na minha opinião a espécie de Tucunaré mais brigadora que existe, pesquei já a maioria das espécies existente e nem o Açu nem o paca tem a força desse peixe!

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4º Parte - Comentarei como conheci o Castanhão e irei relatar minha primeira pescaria por lá, além de postar algumas fotos memoráveis, essas de peixes capturados por mim pelo Tucunas Brasil Fishing Team nesse paraíso

Tudo começa a um bom tempo atrás, mais precisamente no final de 2006 quando recebi o convite para adicionar uma pessoa no orkut e em seguida um scrap (mensagem) dessa mesma pessoa, essa chamada Yuri, dizia pescar Tucunarés gigantes no Ceará, na mesma hora dei risada e fiquei com aquilo na cabeça, após nos falarmos por e-mail e pelo msn, recebi algumas fotos dos Tucunarés pescados por ele e fiquei impressionado, eram peixes muito grandes, peixes que chegavam a 7,5 kg, e o pior, ele me dizia ter escutado conversas de peixes capturados com mais de 10 kg, dizia também ter perdido já peixes que chamava de “cavalos” que após o ataque não deram nenhuma chance de reação, alguns que tinha visto em saltos e até mesmo na água devido a sua transparência antes de escaparem abrindo garatéias ou até mesmo enroscando em galhos, dizia ele que eram maiores que os que já havia capturado, por ai imaginava o tamanho das “jacas”, visto capturar peixes com 5 e 6 kg com freqüência, não preciso nem falar que fiquei louco para conhecer o local, depois de algumas conversas para lá e para cá, marcamos a tão sonhada ida ao “Secret Point”, nome que apelidamos o local até o momento, esse agora divulgado em revistas, fóruns e conhecido por todos.

Era abril de 2007 quando consegui sair para desvendar esse novo “point” de grandes Tucunarés, sai em uma sexta-feira a noite em um vôo que partiria às 20:40 h de São Paulo rumo a Fortaleza onde o Yuri me aguardaria, chegando lá peguei as malas e por volta das 0:30 h no aeroporto já estava lá o maior conhecedor do “Secret Ponit”, rumamos para a cidade as margens do açude onde chegamos por volta das 4:00 h da manhã, foi o tempo de arrumarmos as coisas, colocar o barco na água e começarmos a pescar.

Dessa primeira pescaria nasceu uma grande amizade entre eu e o Yuri, mais conhecido agora como Tracajá! heheheh apelido carinhoso que ele é chamado pelos amigos no Ceará, amizade que já rendeu muitas pescarias juntos no “Secret Point”, Serra da Mesa, Barcelos, etc..., nessas pescarias conhecemos várias outras pessoas e no começo desse ano resolvemos montar um grupo de pesca, o Tucunas Brasil Fishing Team, grupo formado por pescadores totalmente adeptos ao Pesque, Fotografe e Solte, além de ser um grupo com uma união admirável e pessoas ímpares, onde a amizade e respeito ao próximo está acima de tudo, tenho orgulho de fazer parte desse grupo.

Foram várias pescarias juntas ao longo desses últimos 3 anos, muitas feitas somente nós dois e outras na companhia dos outros integrantes do Tucuna Brasil Fishing Team e outros amigos de lá que fizemos ao longo desses anos que freqüentamos esse local

Aos poucos vou estar postando alguns relatos em fóruns e outros locais sobre o Castanhão, esses antes ocultados devido as questões já comentadas.

A seguir algumas fotos de pescarias memoráveis que fizemos lá e estamos lutando para que possamos fazer várias outras.

Meu record até hoje por lá, 6,2 kg e mais algumas fotos

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Alguns peixes de Yuri

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Max, nosso parceiro da Paraíba com alguns exemplares que capturamos por lá

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Luiz e seu troféu em sua última ida ao Castanhão comigo mês passado, foram 5,2 kg de Pinima! Record pessoal dele por lá

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Abaixo um vídeo que fiz com algumas senas de peixes capturados no Castanhão, esse que vêem sendo exibido em algumas reuniões com prefeitos, deputados e outros, isso para demostrarmos o potencial turístico que não é explorado e não terá tempo de ser se continuarmos com a situação que ocorre lá!

5º Parte - Abordarei o que ocorre hoje em termos de exploração comercial, bem como os agravantes de uma divulgação, principalmente de um local até então desprotegido

Simplesmente é um absurdo o que vem ocorrendo no Castanhão, desde a primeira pescaria que fiz por lá a matança de peixes é vergonhosa, essa que vem se agravando desde o final de 2008, isso devido a notícia de se ter muito peixe no açude ter se espalhado para outros estados do Nordeste, esses que possuem os atravessadores, pessoas que buscam única e exclusivamente o lucro, eles tem inicialmente a preocupação de pescar o peixe, seja, qual for o método, lá se utilizam basicamente de três métodos, o mais utilizado são as redes, essas em sua maioria com malhas fora das medidas legais, um segundo método são as linhadas com isca viva, essa o camarão, a terceira e mais devastadoras de todas a meu ver é a pesca de arpão, onde as grandes matrizes e quantidades de peixes são capturadas, principalmente o Tucunaré, método esse que também não se leva em questão o tamanho do peixe. Esse peixe levado pelos atravessadores tem em sua maioria como destino algumas cidades do Ceará, como outros estados, esse que cito como exemplo a Paraíba e o Rio Grande do Norte. Lembro que essa situação que existe lá está sendo uma cópia do que já ocorreu em vários outros açudes do Ceará, onde em pouco tempo acabaram virando o que chamamos de “deserto aquático”, ou seja, local sem quase vida subaquática que tem-se somente a água a ser aproveitada para irrigação e outros, comento também que os exploradores ilegais são de outros locais e não oriundos do Ceará ou região, onde através da atitude acabam também por esgotar os recursos dos locais, que necessitam do peixe para sobreviverem, pois muitas das vezes é o que tem somente para comerem.

Temos um outro grande problema por lá também, o “pescador esportivo”, vejam que coloquei em parênteses o termos, isso porque são pessoas que se intitulam e não são, muitos residem em Fortaleza e possuem alto poder aquisitivo, porém não possuem consciência alguma, freqüentam o açude quase que semanalmente, levando grande quantidade de pescado morta embora, onde para eles o peixe grande são os grandes troféus, muitos levados se serem limpos para que possa ocorrer o exibicionismo para os amigos, família e outros ao retornarem da pescaria.

Com a divulgação, isso em fóruns, revistas, canais de tv locais, programas de pesca que estão sendo gravados por lá e também principalmente o que chamamos de boca a boca, ou seja, pessoas que acabaram por fazer grandes pescaria e comentando com outras pessoas, temos um aumento assustador de pessoas freqüentando o local, tanto pessoas conscientes que praticam o pesque e solte como outras, em sua maioria que não estão nem ai, um grande agravante são o volume de pessoas que estão todos os finais de semanas caçando no local, essas que de deslocam para lá muitas vezes em motos e vans e após acharem um local para se “ajeitarem” ficam mergulhando e matando o que vêem pela frente.

Abaixo segue algumas fotos desses absurdos que ocorrem por lá para que tenham uma noção, envio também um vídeo denúncia que fiz, esse que venho enviando juntamente com as denúncias que fazemos e cobramos ações.

Somente um "isoporzinho" com alguns "peixeinhos" dos "pescadores esportivos" que frequentam o local, esses em sua maioria oriundos de Fortaleza

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Esse peixe é de outro "isoporzinho" que estava lá e a pessoa estava na água matando mais, aproveitei para tirar uma foto, ele pesou 5,0 kg limpo!

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Mais "isoporzinho", esses de pessoas que mergulham de arpão, reparem os furos! Esse peixe maior ai deu exatamente 5,6 kg!

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Os mergulhadores, esses após uma bela "sevada" com piabas e camarão, retornaram em 15 min para devastar essa ilha

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Eles possuiem binóculo para ficarem de olho na fiscalização e estão agora utilizando de compressores

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Os pescadores que comentei anteriormente, esses que muita das vezes deixam as motos escondidas no mato e saem para caçar utilizando arpão nas margens

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Mais motos escondidas no mato

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Detalhe! Eles escondem as redes e outros materiais no mato, pois como estão de moto fica inviável eles levarem todas as vezes para lá e para cá a tralha, logo o que levam é apenas os peixes

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Isso é demais! Essas pessoas estão agora utilizando a rampa do DNOCS

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Mais caçadores "ribeirinhos"

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A falta de fiscalização e nula e a "cara de pau" é tanta que existem locais pré-determinados para eles encostarem com os carros para comprar o peixe

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Essas pessoas não estão muito preocupadas em esconder os isopores

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O ponto de encontro dos caçadores, reparem no barco amarelo com azul, é o mesmo da foto acima que comentei que "sevaram" com piabas e voltaram para caçar

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Agora alguns isopores dos "pescadores", esses que originários da Paraíba, Rio Grande do Norte e outros estados, os atravessadores "bancam" o "bancam o gelo para eles e mantem uma espécie de amizade, buscam os peixes uma vez por semana, com local marcado e horário

http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAALM1Jb9JU1SaJ43ghyigAZcojuu6LWy1RZ-94wMmu0YEMn-EUhTZ_SLHjh2Q7rnks-7-poEZuowmcLi9YGZmIrIAm1T1UGlOyOpKObi1jXJWxO2zlm4sel_v.jpg

Mais um isopor desses "pescadores"

http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAH70VjSQFsBF6GzC1m1fX4_jL9SP3TkD0v0ZOZv2l3HHJtC7f-2Maw18Z5HgTWNgRLh4QKUqyd5cJELDKxkWM3MAm1T1UMbjZgZz4hLXUIlMB8N4ES0nlL_R.jpg

Redes e mais redes pelo açude, totalmente "foras da leis"

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Abaixo um vídeo que gostaria que todos assistissem, o cúmulo do absurdo!

6º Parte – Nessa última iremos falar um pouco das ações que estão sendo feitas, as vitórias e o futuro do local

Desde minha primeira ida ao Castanhão comecei a correr atrás do prejuízo juntamente com nosso grupo de pesca, o TUCUNAS BRASIL FISHING TEAM, cito esse prejuízo devido aos absurdos que já estavam ocorrendo por lá, nessa primeira ida minha quando perguntei quantas vezes o IBAMA esteve por lá naquele ano, me disseram assim “Uma única vez e olhe lá!”, por ai temos uma idéia que paraíso para os atravessadores aquele açude estava se tornando, ou seja, um açude com muito peixe totalmente desprotegido.

Foram várias as denúncias feitas, porém nenhum retorno ou notícia do IBAMA atuando por lá, até que um dia após minha segunda ida ao local me “revoltei”, não era possível um paraíso daquele sofrer o que estava sofrendo. Comecei a correr atrás das pessoas certas, diretores no DNOCS, destacamento do IBAMA responsável pela região, prefeitos e vereadores das cidades ao redor, enfim, qualquer um que pudesse me ajudar na preservação, pois até minha segunda ida as únicas coisas que havia conseguido foi retirar alguns metros de redes e conscientizar algumas pessoas.

Nessa corrida para preservar o local conheci algumas pessoas que tem a mesma ideologia nossa, ainda por cima são pessoas muito influentes, anteriormente estavam já começando a mexer os “pauzinhos” em prol da causa. Em resumo, tínhamos já algumas pessoas sensibilizadas porém cada uma correndo por si, sem um planejamento.

Após alguns e-mails e telefones a situação melhorou, conseguimos juntar todas essas pessoas, sendo agora correndo para uma mesma direção, onde através de uma divisão de prioridades e responsabilidades, estamos fazendo com que cada pessoa tenha metas e faça sua parte, onde as vitórias acontecem a cada dia.

Essas parcerias foram com a APEECE (Associação de Pescadores Esportivos do Ceará), Sr. Thomas Wlassak (delegado federal), Sr. Odorico Morais (UFC - Universidade Federal do Ceará), Sr. Fábio Bandeira (Chefe do escritório do IBAMA de Iguatu-CE), deputados estaduais e vice governador.

Posso dizer que estamos caminhando bem e temos alguns projetos que com certeza iram solucionar a situação.

Dentre as conquistas cito as blit´s do IBAMA no açude, essas que este ano já foram cinco, onde obtivemos resultados excelentes, abaixo deixo disponível alguns relatórios. Investidas essas que se não fossem a boa vontade do Sr. Fabio Bandeira, chefe do escritório do IBAMA de Iguatu não teríamos conseguido, Sr. Fábio Bandeira tem se mostrado uma peça chave em nossas parcerias para salvar o Csatanhão, onde não mede esforços para agir, sabemos das dificuldades existentes para solicitação de verba e outros mais ele abraçou a causa.

Outra conquista foi o I Castpesca, um campeonato onde tivemos mostrando para políticos e outros a necessidade de se preservar, bem como o que o Turismo de pesca pode trazer de benefícios ao local.

Teremos também agora nesse mês de agosto a oficina do IBAMA se realizando por lá, onde serão fornecidos cursos de guias bem como algumas outras oficinas ligadas a manutenção de motor de popa, fotografia e primeiro socorros, isso para capacitarmos profissionais e atrairmos mais alguns para o mercado.

Sem contar inumeras pessoas que conseguismo conscientizar.

Estamos com projetos de leis sendo estudados para implementação, tanto de âmbito municipal como estadual, onde teremos como modelo o que foi feito em Nova Ponte, Sacramento e até mesmo no Tocantins, onde estou articulando a ida do Kruel para lá, de modo a fazermos tudo corretamente, sem que seja possível recurso algum por parte de associações e outras que possam se sentir atingidas com essas medidas.

Abaixo algumas fotos do I Castpesca, evento que foi fundamental para sensibilizarmos e conscientizarmos pessoas que estão hoje conosco

http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAKlfFzCzuvyLjTF5rnQYxaqsmWZL8Uk5W-1NYCW1_y-g9bwwHT_C5m5CzzuJX2cKfZOkwY5XseZWGrG0U25a1TMAm1T1UGBnk4UtIdHMX3hKCl5q3BkoJEXa.jpg

Palestras feitas no sentido de conscientização um dia antes do evento começar

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Prefeitos, deputado estadual e outras autoridades falando antes da entrega dos troféus aos vencedores

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Premiação aos vencedores, esses já conhecidos por pescarem a tempos no local

http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAPM3LdaSpF8thVFY2qUtC-sLGI9bzfDTNBDlgRum_DHycx7hloxJ8iuqvO0JMv15-vclFE5Cj3tvmblpo-pEVhkAm1T1UAHejZCWFTfgM6xa-6q4T0kPyHn5.jpg

Algumas fotos de nossas idas ao local, juntamente com alguns integrantes do TUCUNAS BRASIL FISHING TEAM e outros parceiros, todos fundamentais para as ações que vêm ocorrendo hoje por lá para salvar o local

http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAFfp0TrDiIk1n1iboc8RlHZ-NipptljhdK9EsnZIbwfeXNJxhshUHDpgl2P7bwouDyEWDEaQlG98N8Oyf46r7qkAm1T1UK1sMWremEcKUuFv03UBfuELVt0F.jpg

http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAIHOwx1Ad6bQXq7AaJ5qi0gOlHPcg4rHNqs3ts72NRSJLZ8J4M8LFcQhg0L937DJObBTmbE-AqEan-f-oNibVJcAm1T1UKX35cfr10cj-4InHzlBnaenmzyi.jpg

http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAEtsGHS_UmUpKz4pzQmor5g0ffqhnt4zrf6FWQneQ_y-y118WJ6m9mPuRgw2VeFkxGiKOp9KeWc7GRs4Oo0iFq0Am1T1UBMD14A975glPIasZ52jD8EWMEc_.jpg

Segue abaixo os dois últimos relatórios do IBAMA, esses frutos de investidas após nossas denúncias, basta clicarem no link abaixo e digitarem as respectivas senhas para baixá-los

http://discovirtual.terra.com.br/vd.cgi ... 898&_we=13

Senha: D0774C03

http://discovirtual.terra.com.br/vd.cgi ... 898&_we=13

Senha: D0780C02

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Mais Ativos no Tópico

Rapaz, eu sou cearense e pescador esportivo (sem aspas) e fiquei impressionado com seu relato. Na verdade, me sinto até envergonhado em ver que pessoas de outros estados estão mais preocupadas com nosso patrimônio do que nós mesmos.

Eu diria que essa missão de salvamento e preservação do Castanhão é extremamente difícíl por vários motivos:

1) A nossa gente do sertão é extremamente sofredora e castigada pelas secas e por isso acostumou-se culturalmente ao extrativismo, ou seja, querem comer tudo o que podem "hoje" pois têm medo de não terem o que comer "amanhã". Essas pessoas não podem ser condenadas por isso, elas precisam de EDUCAÇÃO. Precisam ter consciência de que a preservação do açude será a garantia de sobrevivência de sua família mas isso não é nada fácil por causa do nível social delas e por causa dessa cultura extrativista que mencionei anteriormente.

2) Nosso estado não tem vocação nenhuma para a pesca esportiva e por isso nossos políticos e governantes não conseguem enxergar este filão econômico-desenvolvimentista. Aparentemente eles podem parecer interessados nessa missão mas tenho minhas dúvidas se eles vão querer bancar essa briga com os ribeirinhos (desgaste com eleitores) em prol do futuro do açude. Estados com grande potencial para a pesca esportiva como Mato Grosso e Pará demoraram anos para assimilar a importância econômica da pesca esportiva e até hoje as ações mais preservacionistas são bancadas pelas pousadas de cada região.

3) Você colocou muito bem a existência de "pescadores esportivos" de alto poder aquisitivo. Aqui no Ceará existem realmente centenas deles, que matam todos os peixes capturados (quando muito soltam os inferiores a 1,5 Kg). Eu falo isso com muita propriedade pois faço parte da maior equipe de pesca do estado, a Piranha com Cachaça, e mesmo dentro da nossa equipe, tem pescadores que teimam em matar os peixes (Ex: Teco, Papai Smurf, Cú-de-Urso e Gugu). Assim como eles, praticamente todos os outros pescadores que conheço (e conheço muitos) se vangloriam em voltar para casa com o isopor cheio de peixes. Daí você vê como essa missão é dificil pois pessoas que não precisam e ditas esclarecidas fazem isso, imaginem aqueles ribeirinhos humildes e necessitados. Realmente não sei o que se passa na cabeça dessas pessoas. Sempre tento dar o exemplo e convencê-los a soltar os peixes mas acabo virando motivo de chacota da parte deles.

Enfim, acho que o caminho é esse:

a) Educação da população ribeirinha

b) Implementação de legislação específica

c) Fiscalização pesada.

A minha sugestão seria trabalhar politicamente pelos dois primeiros itens. Após isso, podia-se tentar com o poder público o aparelhamento do terceiro item mas daí em diante a coisa teria que ficar nas mãos da APEECE que poderia firmar convênio com os orgãos competentes e teria que ter recursos para garantir a fiscalização.

Em outras palavras, o poder público poderia comprar umas três lanchas para fiscalização mas com o tempo iria faltar recursos para manutenção, combustível, etc. Além disso, os fiscais acabam ficando amigos dos pescadores, etc. Por esses motivos, penso que seria fundamental que a fiscalização ficasse a cargo da APEECE.

Outra opção seria entregar para a Marinha ou Exército (imprime muito respeito e funciona muito bem no Pantanal)

Acho que já falei demais mas me coloco à disposição para ajudá-los no que for preciso a preservar o patrimônio do meu estado (não parece humilhante essa colocação ?)

Abraço,

Espirro

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Puts Gambatti...parabéns cara. Vc está fazendo algo q pouquíssimas pessoas teriam coragem de fazer..hehee...Vc, de longe, está fazendo o q moradores de lá não fazem. Sem palavras para descrever sua iniciativa. palmas::

Estive vendo algumas fotos do Kid Ocelos no lago....e realmente a coisa está diminuindo a cada dia...Agora é dar uma cacetada na cabeça desses destruidores, isso para q sirva de exemplo....e torcer para q o lugar seja preservado.

E estamos na área para ajudar no possível.... joia:::

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É isso aí pessoal. Acompanho a "briga" do nosso amigo Rodrigo a algum tempo e realmente é uma iniciativa exemplar para ser seguida em todo Brasil. Não é uma receita é claro, mas todos podemos extrair algo que possa ser utilizado em sua região. Precisamos de mais iniciativas como esta em todo Brasil para que possamos elevar a Pescaria esportiva a um patamar digno de paíz de primeiro mundo.

Conheci ele aravés do nosso fórum e quando estava vindo morar em Fortaleza andei pesquisando na internet alguma coisa sobre a região e acabei associando o Secret Point ao Castanhão e enviei uma MP para o Sgambatti que em menos de 10 minutos me ligou. Resultado: na outra semana estávamos pescando juntos naquele belo Açude como poderam ver.

Espero que todos possam contribuir fazendo a sua parte. O que me deixa mais irado nessa história é com relação aos pescadores que se dizem esportivos, mas na verdade não fazem NADA em pro do seu esporte. Pescaria esportiva não é somente usar isca artificial não... Trata-se de muito mais que isso.

Tem que ser considerado como esporte e o peixe sem dúvida é o principal coadjuvante para que se possamos praticar não é memo??? Matar tudo que vc pega é inadimissível!!!!

O pescador ribeirinho até entendo, como o amigo Espirro falou... Eles vivem em podreza extrema! Para se reverter esses casos é necessário uma campanha em massa... estadual e até nacional para que se consiga atingir a todos estes que vivem nessas condições.

Bem vamos alimentando o tópico com idéias... Parabenizo o trabalho do Rodrigo mais uma vez e estamos junto nessa!!!

Bração!!!

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::tudo:: Parabéns Rodrigão, belíssimo trabalho. aplauso::

Esta parada é dífícil, mas é isso aí amigo, apóio a sua atitude e postura, bang:: pois temos as leis, mas essas também tem que ser aplicadas de forma mais eficaz e atuante pelos órgãos competentes, marcação serrada a estes infratores mau::

Um forte abraço parceiro :amigo:

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Parabéns Rodrigão... :bompost: :bompost: :bompost:

Poucos assumem esse trabalho penoso de conscientização e preservação!!!

Tenhos vários pensamentos a respeito disso(ribeirinhos, coitados dos nordestinos, problema cultural e educação, falta de fiscalização, etc)... mas acho que não caberia o comentário, até porque ficaria muito extenso e em nada somaria ao seu belissímo trabalho!!!

Parabéns pelo empenho e luta em defesa de um lugar único igual esse!!!

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Rodrigo é com grande satisfaçao que li o relato todo, ao mesmo tempo que ficamos feliz vemos os mesmos problemas acontecerem em todos lugares, uma coisa boa que vc pode ver com esse pessoal é a nova Lei que o Jkruel já disse estar publicada, na tentativa de melhorar ainda mais essa fiscalizaçao..de qualquer modo parabens pelo topico!!! :bompost: :bompost: :bompost:

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Parabéns pelo trabalho companheiro!

mas, que show de lugar neh?!

to quase deixando a SM aqui do lado pra ir pescar tucunas ai!

tem uma infra-estrutura voltada para esse meio de fácil acesso ai?

grande abraço!

Fala Leo!

Deixei Serra da Mesa por esse local faz tempo, cerca de dois anos que frequento mais o Castanhão do que Serra da Mesa, não menosprezando Serra da Mesa que acredito ser um dos melhores locais para s pescar o Tucunaré fora região amazônica, mais vivencio pescarias nesse paraíso animais!

Lá não tem infra-estrutura voltada para pesca esportiva por enquanto, porém quando quizer ir me avisa que te falo como poderá fazer a pescaria por lá!

Abraxxx

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Rapaz, eu sou cearense e pescador esportivo (sem aspas) e fiquei impressionado com seu relato. Na verdade, me sinto até envergonhado em ver que pessoas de outros estados estão mais preocupadas com nosso patrimônio do que nós mesmos.

Eu diria que essa missão de salvamento e preservação do Castanhão é extremamente difícíl por vários motivos:

1) A nossa gente do sertão é extremamente sofredora e castigada pelas secas e por isso acostumou-se culturalmente ao extrativismo, ou seja, querem comer tudo o que podem "hoje" pois têm medo de não terem o que comer "amanhã". Essas pessoas não podem ser condenadas por isso, elas precisam de EDUCAÇÃO. Precisam ter consciência de que a preservação do açude será a garantia de sobrevivência de sua família mas isso não é nada fácil por causa do nível social delas e por causa dessa cultura extrativista que mencionei anteriormente.

2) Nosso estado não tem vocação nenhuma para a pesca esportiva e por isso nossos políticos e governantes não conseguem enxergar este filão econômico-desenvolvimentista. Aparentemente eles podem parecer interessados nessa missão mas tenho minhas dúvidas se eles vão querer bancar essa briga com os ribeirinhos (desgaste com eleitores) em prol do futuro do açude. Estados com grande potencial para a pesca esportiva como Mato Grosso e Pará demoraram anos para assimilar a importância econômica da pesca esportiva e até hoje as ações mais preservacionistas são bancadas pelas pousadas de cada região.

3) Você colocou muito bem a existência de "pescadores esportivos" de alto poder aquisitivo. Aqui no Ceará existem realmente centenas deles, que matam todos os peixes capturados (quando muito soltam os inferiores a 1,5 Kg). Eu falo isso com muita propriedade pois faço parte da maior equipe de pesca do estado, a Piranha com Cachaça, e mesmo dentro da nossa equipe, tem pescadores que teimam em matar os peixes (Ex: Teco, Papai Smurf, (editado)-de-Urso e Gugu). Assim como eles, praticamente todos os outros pescadores que conheço (e conheço muitos) se vangloriam em voltar para casa com o isopor cheio de peixes. Daí você vê como essa missão é dificil pois pessoas que não precisam e ditas esclarecidas fazem isso, imaginem aqueles ribeirinhos humildes e necessitados. Realmente não sei o que se passa na cabeça dessas pessoas. Sempre tento dar o exemplo e convencê-los a soltar os peixes mas acabo virando motivo de chacota da parte deles.

Enfim, acho que o caminho é esse:

a) Educação da população ribeirinha

b) Implementação de legislação específica

c) Fiscalização pesada.

A minha sugestão seria trabalhar politicamente pelos dois primeiros itens. Após isso, podia-se tentar com o poder público o aparelhamento do terceiro item mas daí em diante a coisa teria que ficar nas mãos da APEECE que poderia firmar convênio com os orgãos competentes e teria que ter recursos para garantir a fiscalização.

Em outras palavras, o poder público poderia comprar umas três lanchas para fiscalização mas com o tempo iria faltar recursos para manutenção, combustível, etc. Além disso, os fiscais acabam ficando amigos dos pescadores, etc. Por esses motivos, penso que seria fundamental que a fiscalização ficasse a cargo da APEECE.

Outra opção seria entregar para a Marinha ou Exército (imprime muito respeito e funciona muito bem no Pantanal)

Acho que já falei demais mas me coloco à disposição para ajudá-los no que for preciso a preservar o patrimônio do meu estado (não parece humilhante essa colocação ?)

Abraço,

Espirro

Fala Epirro!

Primeiramente está com toda a razão no que disse em todos os aspectos, é por ai mesmo, tanto a visão política, como as dos ribeirinhos como as demais.

Estamos com muita força agora, pois estamso com pessoas muito influentes na região ao nosso lado, delegado federal, deputado estadual, prefeitos, APEECE e outros, e o caminho é o que comentou e traçamos, conscientização, leis, fiscalização, etc...

Vamo que vamo e iremos conseguir.

Gostaria de passar para vc o site que entou no ar da APECCE, esse o www.apeece.com.br, seria muito bom se conseguisse pessoas ou até mesmo se associasse, o projeto é grande que temos para a pesca esportiva no estado.

Abraxxx

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Caros amigos,

Tenho a honra de ser o antitrião do Rodrigão aqui no Ceará. Sou o representante local e introdutor dele nessa briga, e paixão, aqui do Castanhão. Nós aqui de Fortaleza pescamos no Castanhão desde de 2004 quando o Castanhão realmente se tornou uma realidade em tremos de point de pesca de Tucunarés.

Novas barragens são sempre uma boa opção em termos de pesca para nosso padrão aqui do Nordeste. Exemplares de até 4 Kgs são até comuns por aqui na maioria das grandes barragens e até alguns maiores são encontrados em vários reservatórios da região, mas na média, peixes de até 3 Kgs são o padrão.

O Castanhão desde sua concepção foi diferente, pois a região Jaguaribana sempre teve enormes exemplares no leito nartural do Rio Jagauribe desde antes da construção da Barrragem do Catanhão. Quando do evento do fechamento da barragem, no segundo semestre de 2003, muitos grandes exemplares já existiam nos poços do Rio Jaguaribe.

Temperatura anual constante perto dos 30 graus, poços de grande profundidade, muito alimento natural, pesca profissional incipiente e muitos açudes particulares e públicos na região povoados com tucunarés contribuíram para que com a enorme cheia de 2004, muitos açudes transbordassem e ''estourassem'' para dentro do Castanhão, e o que se dizia que aconteceria somente em 20 anos, a sangria do Castanhão, aconteceu no seu primeiro ano. Com isso o Castanhão que estava vazio no fim de 2003, ''encheu'' em somente em um ''inverno'' Nordestino, ou seja, em Junho de 2004 já estava com 75% de capacidade ocupada, de 6,2 bilhões de m3, e só não foi mais porque todas as suas 12 comportas foram abertas para regularizar tanto a vazão de regularização do Rio Jaguaribe evitando cheias, quanto da qualidade da água da própria barragem, pois na sua primeira cheia a água era muita misturada.

Os primeiros relatos de pescarias nesse primeiro ano de cheia foram fantásticos. Alguns colegas aqui do Ceará, experientes pescadores de tucunarés, fizeram pescarias excepicionais na barragem. Peixes em quantidades enormes, 100, 200 exemplares de até 3 Kgs em uma só pescaria. Poucos felizardos, mas todos que forma lá nessa época tem os mesmos relatos para contar e nos fazer inveja.

Eu, particularmente, só comecei a fazer parte da história de lá em 2006, e de lá para cá fiz algumas das melhores pescarias de minha vida lá, mesmo tirando uma ou outra pescaria do Amazonas como destaque na memória das 9 vezes que fui a Barcelos.

A vinda do Rodrigo aqui marcou a abertura do Castanhão ao conhecimento dos pescadores de regiões mais desenvolvidas em tremos de pesca esportiva. Tive medo de divulgar nosso tesouro aqui do CE pela simples razão de que aqui nós não temos a consciência nem a estrutura de fiscalização que as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, tem em seus reservatórios e mananciais. Isso faz muita diferença.

Agora que temos o Castanhão como uma vitrine em todo Brasil, faço da nossa luta aqui no Ceará, notadamente da APEECE, uma bandeira para todos que amam a preservação dos nossos ''paraísos'' de pesca fora da região Amazônica. Pesco tucunarés a mais de 10 anos em vários lugares do noso país e isso me fez amar ainda mais o Castanhão, pois é difícil imaginar que nenhum lugar do Brasil seja igual ao potencial da região amazônica, de se fisgar grandes tucunrés, como nosso Castanhão. Falo isso com um enorme temor, mas ao mesmo tempo com muita esperança de que todos nós que fazemos da pesca esportiva uma paixão de vida, nos esforcemos para contribuir com a luta para preservação desse local.

Ainda não temos quase nenhuma estrutura aqui para receber pescadores, mas temos o mínimo e que esse mínimo pode atender ao início da demanda de pesca esportiva do Castanhão. Mas ianda é pouco comparado a outros points de destaque como a Serra da Mesa.

Nós aqui da Associação dos Pescadores Esportivos Estado do Ceará estamos na luta para preservar esse tesouro e compartilhá-lo com todos que têm a pesca esportiva como padrão e ser seguido.

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