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Labareda

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Sobre Labareda

  • Data de Nascimento 24-09-1979

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    Masculino
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    Brasília - DF
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    desconhecido

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Novato (1/6)

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Reputação

  1. Obrigado, Kid M! A região é muito interessante mesmo. Excelente variedade de peixes. Peguei uma piranha dessas que você citou. Não tão grande, mas certamente a maior que já vi. Abraço!
  2. Valeu, Fernando! O bom do relato é que revivemos a pescaria sempre que lemos. Abraço!
  3. Falou em pescaria, o Japa está dentro. 😁 O cara é animado! É um prazer poder contribuir com um pouco de conteúdo no FTB e retribuir de alguma forma as valiosas informações que sempre busco por aqui na organização das minhas pescarias. Abraço, Fabrício!
  4. Isso aí, meu amigo Rogério! Foi show, mesmo. Coincidentemente nossas pescarias desse ano foram com acampamento. A de vocês também foi um sucesso. Vi o relato do Beto Caranha. Ano que vem a gente se encontra na beira de um rio. 😀👍 ... e o Japa estará presente. Abraço!
  5. Realmente, Edmar. Quando a recompensa vem, todo o sacrifício fica leve. O Vazzoleri é diferenciado mesmo!
  6. Valeu, Amâncio! Ano que vem estaremos juntos na busca aos açus.
  7. A pescaria desse ano foi diferente pra mim. Acostumado a ir sempre com a mesma turma-base desde 2007 nas aventuras pelo Araguaia, dessa vez fui como convidado em outra turma para conhecer um local que ainda não conhecia. Desde 2018, quando debutei em pescarias na Amazônia, fiz um compromisso pessoal de voltar ano sim, ano não a Barcelos atrás dos belíssimos açus. Por motivos familiares e financeiros, ficaria difícil ir todo ano. Acontece que o convite feito pelo Tarcísio para ir com a turma dele pescar no rio Nhamundá me fez abrir uma exceção. A vontade de explorar um novo local com uma espécie de tucunaré muito restrito e desconhecido por mim, somada a expectativa de conhecer novos companheiros de pesca pesaram na minha decisão de voltar à Amazônia nesse ano que seria não. Após algumas pequenas alterações, a turma ficou fechada com 10 pescadores. De pé: Vinícius, Teodoro, Wilmar e eu; sentados: Sergio, Cardoso, Júlio, Osmar, Samuel e Tarcísio. Nos preparativos da pescaria, buscando informações sobre a região, logo verifiquei que a estrela da pescaria local é o Tucunaré Vazzoleri (Cichla Vazzoleri), uma espécie bastante restrita e encontrada em poucos rios da região. Os Açus (Cichla Temensis) não habitam as águas do Nhamundá. A decepção inicial em não ter a possibilidade de fisgar um belo Açu logo deu espaço à expectativa de conhecer essa espécie espetacular e nova para mim. Buscando na internet, logo achei aqui no fórum informações que me animaram bastante de operações do @Marcel Werner do Vazzoleri Camp no rio Paratucu, afluente do Nhamundá. Passagens compradas e pescaria marcada (27/10 a 06/11/2023), a expectativa foi nas alturas enquanto não chegava o dia de embarcar. Poucas semanas antes, acompanhei diariamente as sucessivas vazantes do Amazonas e as notícias apocalípticas da seca histórica. Não teríamos as dificuldades de translado que muitos enfrentaram a partir de Manaus para os destinos finais. Nossa partida seria de Santarém-PA sem a necessidade de translados regionais. Mas as condições de pesca eram uma incógnita. A nossa aventura, muito bem organizada pelo presidente Serginho e operada pela Sra. Fátima à bordo do Cap. Donga, partiu navegando rio acima no Amazonas até a barra do Nhamundá, que faz a divisa dos estados do Amazonas e Pará. Foram mais 20h de navegação regada a muita cerveja... e vinho! Aliás, eita turma que gosta de um vinho! Nunca tinha visto tanto vinho em uma pescaria. E não tinha hora nem calor que desanimassem esses bebedores. Foi comum ver os colegas na canoa debaixo do sol de 40°C com uma taça na mão. Reverências especiais ao Samuel nesse ponto. Ao amanhecer do primeiro dia embarcado estávamos aportados em uma praia não muito acima de Faro-PA. Devido à seca histórica dessa temporada 23/24, não foi possível chegar nem à barra do rio Paratucu. Nesse afluente a navegação estava impraticável. Lá se foi meu plano de explorar esse rio com seus belos exemplares. Logo chegou a cavalaria para iniciar os trabalhos. Os guias e respectivos botes que estavam nos aguardando nas comunidades ribeirinhas vieram descendo o rio para nos resgatar. Aqueles pontinhos no meio da paisagem tomada pela fumaça das queimadas eram os botes de pesca chegando. Apesar de muito largo, o rio estava extremamente raso nesse trecho. Difícil até para os botes! No primeiro dia de pescaria saímos logo cedo para tentar chegar aos pontos de pesca. Navegamos quase duas horas até começar os trabalhos. Foi um dia difícil e com pouca ação pegamos apenas alguns pequenos tucunas e umas traíras. Tivemos que encerrar às 16h para pegar o longo caminho de volta antes de escurecer. Chegando na base, trocamos ideia com a turma toda a fim de encontrar uma alternativa mais promissora que a do primeiro dia. A derrota foi geral. Lagos rasos e com água extremamente quente não nos davam sinais de vida e a perspectiva de encontrar bons peixes era pequena. A informação comum dos guias era que para acharmos os peixes teríamos que subir ainda mais, pois na região em que pescamos no primeiro dia existia uma grande pressão de pesca exercida pelos próprios nativos com suas atividades. Somente acima da comunidade do Português (ponto mais alto que exploramos no primeiro dia) o peixe iria começar a aparecer. No segundo dia, saímos ainda mais cedo. Dessa vez a navegação durou quase 3h até começarmos a pescaria. Começaram a sair os primeiros peixes razoáveis e melhorou a produtividade. Mas nada próximo da nossa expectativa. Queríamos mais. Aquele sistema de navegar 3h rio acima e 3h rio abaixo limitava o nossa janela de pescaria das 9h às 15:30. Chegando no barco hotel à noite, todos compartilhavam do mesmo sentimento: precisávamos de uma alternativa diferente para achar o peixe! Até então só havia saído um tucunaré acima de 60cm. Fisgado pelo amigo Wilmar, o Vazzoleri tinha 62cm. Os demais raramente passavam dos 55cm. Esperamos a última dupla que havia saído depois do almoço em expedição numa lancha mais potente para explorar pontos mais acima. Já no alto Nhamundá. Finalmente notícias boas! Serginho e Tarcísio tinham fisgado alguns bons exemplares apesar do pouco tempo que se dedicaram aos pinchos. Teve Vazzoleri de 66cm e até duble de peixes acima de 60cm. Em rápida deliberação e adesão unânime, decidimos subir no dia seguinte com alguma estrutura no bote de apoio para pernoitarmos na região em que os nossos amigos exploradores avistaram os brutos. Foi difícil pegar no sono até a próxima alvorada chegar. A esperança estava renovada! Fiquei imaginando fisgar um belo exemplar de Vazzoleri, assim como os que havia visto poucos dias antes nos episódios do Fernando Fisher no youtube. Ele acabara de retornar da mesma região que estávamos indo e havia pegado bons exemplares. De pé antes do sol e café da manhã tomado, partimos para a nossa aventura. Dessa vez, 5h de navegação. No caminho passamos por alguns lagos que eu havia identificado nos vídeos do Youtube e até pela operação do Amazon Spirit. A cada ponto promissor eu queria jogar a isca, mas o Tarcísio e o guia Coiote seguraram minha ansiedade: “Calma, nós vamos pescar lá pra cima. Se pararmos pelo caminho, vamos chegar muito tarde.” No caminho já tinha feito de tudo para adiantar o serviço: passado o protetor solar, selecionado as iscas do dia, retirado a proteção das carretilhas, revisado e refeito os nós dos líderes... e o ponto de pesca não chegava. Já próximo de 10:30 da manhã, com uma High Roller 5.25’ branca de cabeça amarela engatada no snap, 10cm de linha na ponta da vara e carretilha destravada com o dedo no carretel, finalmente ouvi aquilo que esperava desde cedo: “A pescaria é daqui pra cima. Vamos começar a bater naquela boca de lago.” Chegamos com calma e começamos a bater isca de um lado do barranco. Logo o Tarcísio falou que no barranco oposto tinha saído o melhor peixe fisgado no dia anterior de expedição. Fizemos, então, a volta a remo por dentro do lago para não matar o ponto. Quando vínhamos saindo, ainda de dentro do lago, explorando as beiradas com estruturas submersas, olhei para o meio do rio e reparei um drop se estendendo da ponta do barranco de entrada para o meio do rio. Não tive dúvidas: virei de costas para o barranco que estávamos explorando e lancei pro meio atravessando o drop. Sucesso!!! Não precisou de um segundo lance. Quando a hélice rasgou a água acima do veio mais escuro, próximo do fundo de areia visível, a explosão típica dos tucunarés amazônicos finalmente apareceu! A pancada certeira deu início ao cabo de guerra com o peixe. Briga inesquecível no visual. O peixão correu pela parte rasa da ponta submersa e ainda tentou se abrigar nas estruturas que estávamos explorando anteriormente. Mesmo com a embreagem ainda fechada, tive que ajudar com o dedo para evitar o enrosco. Guenta, equipamento! Após umas 3 investidas, o barco já estava devidamente afastado da margem e o bicho brigou mais um pouco no limpo antes de se entregar. Depois de quase 5 horas de impaciência na navegação e pouco mais de 10 minutos pescando, eu estava embarcando o que seria o meu maior Vazzoleri: 77cm, 16lb. O maior da semana! Medido na trena estava quase batendo 78cm. Mas como estávamos sem a régua adequada, demos um desconto e assumimos que o bicho tinha 77cm. Mais tarde tirei a prova medindo outros peixes na régua da IGFA e na mesma trena. Sempre dava uma medida bem próxima com um erro não superior a 0,5cm. Com a pescaria paga, eu aproveitei para extrapolar um pouco na comemoração tomando umas geladas. Ainda deu tempo de pegar mais alguns bons exemplares antes do almoço. Teve até um double com o Tarcísio e muita diversão num lago infestado de trairas de bom porte. Aproveitamos para garantir as iscas pros peixes de couro no fim de tarde. Cheguei no acampamento ainda comemorando a captura inesquecível. Aproveitei e tomei mais umas enquanto o assado não ficava pronto. Quase passei do ponto nessa hora. Se não fosse o amigo Wilmar perceber meu estado etílico e servir o meu prato, eu iria perder as atividades da tarde curando o pileque. Kkkk. Valeu, Wilmar! O Wilmar, aliás, teve um episódio curioso. Os tucunarés atacaram a isca dele com tamanha voracidade que arrancaram o pitão inteiriço. Olha o estado da isca, coitada. Os bichos não estavam para brincadeira! Passada a primeira noite no acampamento, a maioria decidiu pernoitar novamente no local no dia seguinte, tamanha a diferença de produtividade. Havíamos achado, enfim, o que viemos buscar: ataques insanos, brigas alucinantes e muitas histórias para contar. Somente o Cardoso e Samuel optaram pelo conforto do barco hotel e retornaram na tarde do segundo dia. Dessa vez acabamos fazendo, mesmo que de forma improvisada, uma aventura já ventilada em outras viagens: o acampamento avançado buscando explorar ao máximo as possibilidades da região. O conforto não foi exatamente o ponto forte. Mas certamente foram as duas melhores noites da semana. Nos outros turnos de pesca, ainda fui abençoado com outros exemplares em torno de 70cm. Fazendo um comparativo, fiquei com a impressão de que o tamanho equivalente do Vazzoleri em relação ao Temensis é de 10cm a menos. Ou seja, do ponto de vista de raridade, porte e talvez até de força(!), o Vazzoleri 70up equivale a um açu 80up. Do ponto de vista de beleza e voracidade, as duas espécies se equivalem. Que peixe bonito, esse vazzoleri! Os fins de tarde ainda reservaram alguns bons exemplares de pirara. A maior, fisgada pelo Serginho na “porta” do acampamento mediu mais de 1,20m. Algumas fotos das capturas nos 3 dias e 2 noite que ficamos acampados: Apesar do nível de dificuldade enfrentado, com muitos fatores impostos pela seca extrema da temporada, conseguimos capturar belos exemplares de Vazzoleri. Do ponto de vista de quantidade de peixe, esta foi certamente a minha pescaria de menor produtividade na Amazônia. Mesmo assim, foi muito gratificante conhecer esse belo rio, essa surpreendente espécie de Tucunaré e essa turma espetacular que teve um entrosamento instantâneo. Como não podia deixar de ser, passamos dias muito agradáveis na companhia de parceiros exemplares. Teve muita diversão, bebedeira, tiração de sarro e ao mesmo tempo respeito e zelo entre os pescadores. Em quase 10 dias de convivência não houve nenhum desentendimento. Cativamos novas amizades e construímos ótimas lembranças que farão parte da nossa história. Teve até a fundação de um novo negócio a partir de um baldinho de carvão! Vamos manter isso aí, Osmar! Kkkk Obrigado amigos! Até a próxima!
  8. Fala, Rafael! Desse jeito vamos acabar com a reputação de mentiroso atribuída a todo pescador. 🤣🤣🤣 Não tenho a intensão de homologar o peixe. Abraço!
  9. Excelente relato, Rafael! Dá até pra matar um pouco a saudade de pescar com essa turma sensacional do Ney. Agora... vamos ter que acionar o VAR para rever esse maior peixe da temporada, hein!? 😂😂 Tive a felicidade de estar numa operação do Vitória de Deus em outubro/2020 e capturei um de 87cm com o Edvan. Postei meu relato aqui no fórum tb. Parabéns pela farta pescaria que fizeram. Que venham muitas outras! Abraço!
  10. Não conheço o barco amigo. Ainda sou iniciante em pesca na região. Não sou o mais indicado para dicas, mas pelo que sei, fim de setembro ainda está muito cheio.
  11. Isso mesmo, Guilherme. Um péssimo dia de pescaria já é bem melhor do que um ótimo dia de trabalho. Kkkk
  12. Obrigado, Barreto! Grande pessoa o Barata! Faz de tudo para que tenhamos uma ótima pescaria.
  13. Essa foi minha segunda viagem em busca dos grandes tucunarés do Rio Negro. Da primeira vez, em novembro de 2018, acertei na veia de cara! Pescaria inesquecível com grande quantidade e qualidade de peixes. Daquelas que se leva uma vida inteira para acertar. A contagem final dos guias ficou em mais de 110 tucunarés açu acima de 60 cm numa equipe de 4 pescadores sem contar os popocas, borboletas e outras espécies. Dentre eles, provavelmente o maior tucunaré que verei em minha vida: um açu de 89cm e 26lb fisgado pelo amigo Amâncio. Ciente de que já tinha feito uma pescaria excepcional da última vez, fui sem grandes expectativas de superar o sucesso de 2018. No entanto, fui mais uma vez abençoado com outra pescaria farta de peixes. Particularmente peguei ainda mais peixes grandes dessa vez. Parece que sou pé quente para encontrar os gigantes. Peguei um 20 up logo na minha segunda pescaria de açus! Marcamos a data em fevereiro e seguramos a ansiedade até chegar o grande dia. Reservamos com o Ney 10 dias de pescaria: embarcando no dia 16 e desembarcando dia 27/10. Formamos a mesma equipe planejada em 2018: eu, Amâncio, André e Teodoro. Equipe firme que se manteve mesmo com todo o desenrolar da pandemia que acometeu dois dos nossos que resistiram bravamente e se recuperaram a tempo de embarcar para a nossa aventura. Equipe confirmada, ainda recebemos mais um companheiro advindo de uma das muitas outras operações canceladas por conta da pandemia. Sempre existe o lado bom nas dificuldades. Ganhamos a companhia de um grande pescador que durante a semana se tornou também um grande amigo. O Rogério, com toda sua paixão pela pescaria de açus cruzou o país para se juntar a nós em Manaus. Na viagem de ida a notícia não era das melhores. Depois de secar forte desde setembro, o Rio Negro e afluentes estavam voltando a subir e a previsão era de mais chuva. Combinamos, então, de subir o máximo possível para buscar locais com bom nível de água. A estratégia deu certo. Já no primeiro dia à tarde saiu peixe de 70cm. Um paca açu fisgado pelo amigo André que chutou pra longe a fama de pé frio pegando sucessivamente peixes entre 70 e 80cm nos primeiros dias de pesca. No início da pescaria tentamos apelidá-lo de AndrElsa de Arendele (Frozen), mas o apelido não colou. O cara arrebentou! Alternamos dias bons e dias ruins à medida que avançávamos pelo Rio Negro e diferentes afluentes. De forma geral os peixes não estavam seguindo as iscas para atacar. Normalmente entravam nos primeiros metros de trabalho quando a isca caia bem perto do seu raio de ação. Apesar de o nível da água estar bom, a temperatura estava baixa devido às chuvas recorrentes. Observamos que as hélices não estavam tão produtivas e alternamos bastante com T20, zaras e, em último caso, iscas de meia água. Sempre preferência pelas iscas de superfície para ver as explosões que ficam marcadas na memória. A fama de pé frio estava quase recaindo para o Teodoro (Japa), já que nos primeiros dias ele não acertou grandes exemplares, mas logo ele tomou um banho de sal grosso e voltou ao seu normal de pegar belos açus acima de 13lb. Sorte mesmo tive eu que logo no segundo dia completo de pescaria acertei um animal de 87cm e 21lb. Neste dia, no sorteio, saí para pescar sozinho com o guia Edivan. As ações começaram logo cedo. Saíram alguns exemplares entre 50 e 60 cm. Próximo das 9h, o Edivan indicou uma árvore caída na beira do lago e tocou o elétrico na sua direção. Como estava um pouco distante, resolvi dar uma esticada na linha e joguei minha hallowen próxima a um barranco embaixo do galho de uma árvore. A hélice nem roncou direito e veio a explosão. O peixe saiu debaixo da árvore como um submarino e acertou minha isca com toda força jogando água pra todo lado. Logo firmei a linha e tive dificuldades de confirmar a fisgada, já que o monstro utilizou toda a ação da minha vara de 40lb logo na primeira corrida. Foi difícil segurar o bicho! A essa altura, já com as pernas tremendo, consegui quebrar o queixo dele e com a valiosa ajuda do Edivan, que puxou o barco pro meio do lago, consegui tirar ele do meio dos garranchos. Daí foi só aliviar o freio da carretilha e desfrutar a batalha com o animal. E como tem força o danado! Depois de algumas idas e vindas, quando fomos passar o passaguá na cara do bicho ele ainda tirou forças para uma nova disparada que quase acabou com minha alegria. Ele destruiu o passaguá deixando somente a isca presa na rede. Uma debatida mais forte e ele abriria a garatéia rumo à liberdade. Para azar do peixe o Edivan foi mais rápido e segurou no rabo enquanto eu peguei o alicate de contenção para, enfim, embarcar o troféu. A partir daí, só alegria. Tocamos pra uma praia próxima para tirar fotos e ainda avistei vários outros peixes correndo enquanto encostávamos, mas a essa altura, nada mais importava. Eu queria registrar o momento e devolver o bicho à liberdade. 87cm e 21lb. Que maravilha de peixe! E não foi só esse 20up que saiu, não! No dia seguinte, o Catarina disse que gostaria de ir a um local onde ele tinha deixado escapar um gigante numa das pescarias passadas. Como o local era distante de onde estávamos, ele organizou uma expedição com o guia Negão para sair bem cedo e voltar só no fim da tarde. Como ninguém mais se habilitou para encarar a missão ele partiu sozinho mesmo. No fim da tarde, voltou com as histórias das aventuras para vencer um trecho de corredeiras e dos muitos troféus fisgados, dentre eles o sonhado gigante de 20up que ele perseguia desde sua primeira pescaria na Amazônia. Daí eu percebi o quanto fui sortudo em fisgar um desses já na minha segunda empreitada. Quando cheguei ao barco fiquei sabendo da saga. Depois de mais de 2 horas rio acima e diversos obstáculos, a pescaria começou animada com bons peixes, mas nenhum troféu. Por volta de meio dia, quando chegou ao ponto onde havia deixado escapar um gigante, não deu outra: pancada na isca e briga com o bruto. Novamente o peixe venceu a batalha e escapou. O desânimo abateu o pescador que nem quis almoçar, mas o Negão não se deu por vencido e motivou o Catarina a voltar a buscar seu troféu. Poucos minutos depois a perseverança foi recompensada: um troféu de 82cm e 20lb. Esse peixe foi o último pesado no boga grip do Catarina. Um ou dois dias depois, num dia muito difícil de achar peixe, eu e Catarina só tivemos um rebojo de peixe bom durante toda a manhã. Já próximo da hora do almoço avistamos a outra equipe com Japa e André e nos aproximamos para descansar um pouco. Enquanto estávamos conversando e tomando umas, bate um cardume ao lado dos nossos barcos. Mais que depressa lancei minha isca na direção dos ataques. Mal bateu na água fisguei dois belos pacas na mesma isca. Os dois próximos de 60cm. Foi aquela farra até a hora de preparar os bichos pra foto. Quando fui deixar um peixe respirar para pegar o outro e posar pra foto, o danado deu um supapo e arrancou o boga da minha mão. Ainda tentei recuperar alcançando o rabo dele, mas com mais uma batida ele se livrou facilmente e foi embora levando o alicate. Prejuízo! Depois disso o Catarina entrou numa sequência de azar: deixou a vara cair num lugar aonde tinha acabado de avistar um jacaré e, no reflexo, mergulhou atrás. Recuperou o equipamento, mas passou um belo aperto quando lembrou que o jacaré poderia estar à espreita. Não vou esquecer a cara de desespero dele quando submergiu. No outro dia, foi demostrar pro Amâncio como eu havia deixado o peixe levar o alicate e encenou tão bem que perdeu outro boga também! Kkkk. Apesar da semana chuvosa e da baixa atividade dos peixes, conseguimos superar as dificuldades e obtivemos ótimos resultados na pescaria. Muito açu entre 70 e 80cm, além dos dois troféus acima de 80cm e 20lb. Novamente uma excelente pescaria do ponto de vista de produtividade de peixes e, como sempre, ótimos momentos vividos na companhia de velhos e novos amigos que deixarão belas lembranças e histórias para contar: teve gente perdendo vôo na ida, virando porco espinho, usando ninho de jacaré como banheiro no aperto, novos sinais de zap no truco e por aí vai... Obrigado aos companheiros de pesca André, Amâncio, Rogério e Teodoro e, principalmente, à equipe do Ney Pesca liderada pelo Barata e composta por Pulga, Cristo, Cláudia, Neli, Andres, Edivan, Welington (Gordo) e Valciclei (Negão) que, como de costume, nos atendeu com o maior profissionalismo e cuidado para que tudo corresse bem durante a semana com todas as mordomias possíveis (devo ter engordado uns 5kg nesses dias). Obrigado pela paciência e dedicação de todos. Abraço e até a próxima!
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