A pesca tem sido o principal objeto do meu interesse e do meu lazer nos últimos dois anos. No entanto, nunca paguei e pretendo nunca pagar as pousadas de pesca, ao menos as muito caras. Tenho levado meu filho de 9 anos em todas elas e logo estarei levando também meu outro filho de 7. Isso ficaria sempre acima dos 1.000,00 Reais por dia de pesca, que não seria viável.
Assim, usei o que seria 10 dias de pescaria em pousadas de pesca e fui me virando em Motor, barco e carreta.
Comprei o motor de popa em Manaus, fiz os rios Demene e Aracá , em Barcelos por 3 dias e ao final embarquei meu motor em um barco de carga para Santarém. Em julho passado fiz os quase 4 mil km entre São Paulo e Santarém-PA para ir busca-lo e, é claro, fui pescando pelo caminho da volta. Passamos pelo Teles Pires e seus pescamos nos seus afluentes.
Como muitos, os tucunas nas artificiais tem toda a minha preferencia.
Além do custo, extremamente alto, penso que me agrada mais o fato de eu ser o autor das minhas próprias pescarias.
Me atrai mais ir para um rio, com as informações de que eu disponho, pilotando meu próprio barco e não pegar nenhum peixe do que ser levado por alguém que está “prestando um serviço”, ou seja, que me enxerga apenas como um cliente.
Me vejo de forma um tanto quanto infantilizada ao ir para o Rio com um Guia de pesca, que me guiará até um ponto que ele conhece, que me dirá que isca eu devo usar, e o que devo fazer. Ou seja, toda a interpretação da paisagem, das condições atmosféricas, todo o conhecimento do comportamento das espécies ficam por conta do guia. Aos pescadores-pagadores resta repetir os movimentos ensinados.
Tenho, também neste período, acessando a site de pesca e comprando as revistas do setor. No entanto, as informações que eu encontro são as de um mundo da pesca completamente mercantilizado. As reportagens quase exclusivamente, restringem-se às pousadas de pesca. É bastante comum, inclusive, as reportagens começarem com “.. atendendo ao convite do proprietário da pousada..”
Nos fóruns também parece haver várias pessoas indicando pousadas e guias e pouca informação sobre o acesso, sobre os rios, época do ano, sobre o que poderemos encontrar por lá.
Assim, aqui no TURMA DO BIGUÁ pretendo reunir informações valiosas de rios, espécies, comportamentos, que nos levem à sermos mais protagonistas de nossas viagens, mais autores de nossas pescarias. Ao longo do tempo, pretendo também, neste fórum, postar as informações e meus parcos saberes acumulados com as experiências que eu vivi.
Abraço
Marcio