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Rio das Velhas e os sonhos DOURADOS


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Não é de hoje que sou um fã desse maravilhoso rio, o rio das Velhas. É com muito carinho que trago esse rio no coração, juntamente com o Paracatu, meus rios preferidos. Nos últimos anos tem saído grandes e belos dourados nesse rio, tão importante para a Bacia do Rio São Francisco, sendo que já peguei alguns. E não é de hoje que alguns amigos e parentes tem vontade de me acompanhar nessas empreitadas atrás do rei do rio. Normalmente pesco com alguns tios e amigos, já pescadores. Mas alguns de meus amigos, meu irmão e um dos meus primos eu nunca tive a chance de pescar junto, aliás, eles estão iniciando na pesca. Resolvemos então marcar uma pescaria com a turma. Mas a turma era grande... resolvemos então ir em um final de semana com uma turma, e depois de duas semanas, com a outra. A primeira turma era grande, sete pescadores. Iriam eu, Orlando ( meu pai), André, meu amigo desde que me entendo por gente, Geraldo ( pai do André), Adão e Elton ( Eltão). Quando estávamos partindo, meu irmão conseguiu cancelar alguns compromissos, arrumou só a roupa, e foi conosco. Levamos um único barco e motor. Uma turma pescaria no barranco, atrás das piaparas, matrinxãs e mandis, e os outros iriam no barco. Meu pai, Geraldo, Eltão ficariam atrás dos peixes de ceva, enquanto eu, André e Adão iríamos embarcados atrás dos dourados, e meu irmão iria revezar com o Adão a vaga da embarcação.

Saímos de casa por volta de 4:00 horas da madrugada, paramos para comprar iscas em Paraopeba e rumamos para Corinto. Chegamos na beira do rio por volta de 8:30 da manhã.

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Arrumamos acampamento, tralhas, descemos barco e fomos á pescaria, isso tudo antes do almoço. Meu irmão de cara pegou 3 piaparas, pescando de barranco, com pouco tempo. Daí o pessoal ferveu nas piaparas e matrinxãs, que estavam muito ativas.

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Eu preparei o motor, temperei a gasolina, liguei o motor, e fomos atrás das iscas. Pegamos alguns pequenos peixes e fomos fazer a rodada, atrás dos amarelões. Na primeira rodada, André pegou um dourado.

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Muita emoção, mas não era um dourado grande. Continuamos a rodada, aí começou o festival de ''bolas na trave''. Perdemos muitas carreiras de dourado, e no primeiro dia foi isso.Ah, meu pai,Eltão, Adão e Geraldo pegaram muitas piaparas e matrinxãs, e já nos gozavam por não trazer nenhum dourado.

No segundo e último dia, fomos para decidir. Batemos muito anzol, mas não achávamos os dourados. Eu então resolvi ir a uma corredeira mais perigosa, tudo ou nada, isso já eram 17:00 horas da tarde. Na primeira rodada meu irmão perdeu um dourado, e eu perdi outro, que cheguei a trabalhar por mais de 1 minuto, mas se desvencilhou do anzol. Entrou um bom dourado então no anzol do André, que não errou a fisgada e conseguiu seu primeiro dourado bom, 5 quilos. Ele ficou até tremendo pela emoção, não tem quem não fique...rs.

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Meu irmão queria muito pegar o seu exemplar, eu até já estava conformado por mim, mas por ele eu não desanimei.

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Ficamos insistindo até 22:30 da noite, na rodada, até que um bonito dourado pulou no meio do rio, em contraste com a lua crescente. Ele tinha se fisgado sem meu irmão ver, e ele começou a trabalhar o bicho, eu acalmando ele, e quando o dourado chegou a beira do barco, passei o pulsá nele e pronto. Estava dentro do barco. E o anzol soltou assim que o dourado estava no barco. Peixe de uns 4 quilos, primeiro do meu irmão.

Chegamos no acampamento, foi uma festa só. O pessoal havia pego muitas piaparas e matrinxãs, e nós tínhamos pego dois dourados. Apesar de eu não ter pego nenhum dourado nessa pescaria, e não ter saído nenhum dourado acima dos dois dígitos, fiquei muito feliz por meu irmão e André, que conseguiram seus primeiros troféus.

Uma pena não termos tirado foto do Guilherme com seu primeiro dourado, pois já eram 22:30 da noite quando embarcamos o bicho.

O gordo ficou feliz com o dourado, não parou de tirar fotos

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Mas, como eu tinha dito, havia marcado com outros amigos para retornar duas semanas depois. E fizemos o mesmo percurso. Fomos eu, Rafael Cabeção, meu primo Samuel e Adão, que tinha ido na última. Levamos só um barco, e tivemos que pescar 4 no barco. Nos 2 dias de pescaria, muitos dourados. Dessa vez, acertamos um bom cardume, aí foi muita ação... soltamos muitos exemplares e trouxemos alguns. Meu primo Samuca, iniciante na pesca do dourado, pegou um de 4 quilos na primeira rodada.

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Foi uma festa só. Ele tremia igual vara verde, zuei ele muito. Mas o moleque tava danado, não errava um.

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Acertou um com mais de 7 quilos.

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Eu consegui pegar um bom, na casa dos 5 quilos

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Um de 6 quilos e meio

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E muitos menores

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Soltamos muitos, de vários tamanhos

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Quatro pescadores no barco, tava congestionado...rsrs

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E foi assim a pescaria toda. Os dois dias com muito peixe no anzol, soltamos muitos dourados, trouxemos alguns (poucos), e conseguimos viver bons momentos nesse maravilhoso rio ,o rio das Velhas. Rafael Cabeção e Adão , por incrível que pareça,voltaram sapateiros, mas com muitas corridas e dourados perdidos.Nenhum dourado acima de dois dígitos dessa vez. Mas mesmo assim, foi uma pescaria muito boa, e fiquei muito satisfeito de dar um ''empurrãozinho'' pra essa turma empolgar com a pescaria. Então, somente tenho a agradecer a Deus pela chance de viver momentos marcantes nesse rio, que tem em suas águas, verdadeiros SONHOS DOURADOS.

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E aí Rayson, tranquilo?O Velhas é sempre bom pra dourado, e você é um que pode comprovar, assim como eu, pesca muito nessas águas, que devem ser respeitadas e preservadas. Eu já peguei muitos grandes dourados no Velhas, mas esse ano não consegui nenhum com mais de 10 quilos, mas lá sempre aparecem. Abração e boas pescarias!

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Geovani, em meus relatos de pesca, você não é o primeiro que aborda com o tom reprovação a captura de alguns exemplares. Eu já até me acostumei com isso, mas volto a bater na mesma tecla de sempre, consciência cada pescador deve ter, acho ruim julgar os outros pelas poucas fotos,durante o relato foi falado que soltamos muitos dourados, e trouxemos alguns, e poucos, sim. Não é pecado comer um peixe com família e amigos. Tem muito pescador que não põe a cara pra bater, não assume que trouxe um peixe. Eu nunca escondi que trago um ou dois exemplares, dentro da lei e bom senso, sempre soltando a grande maioria. Mas tem muito pescador que trata como pecado capital o outro pescador trazer um peixe. Me desculpe pela sinceridade, mas pratico pesca esportiva, e sei também que comer um peixe ou dois não acaba com o rio. Eu procuro fazer relatos de pesca nos rios mineiros, chamar para os rios daqui um pouco de atenção dos pescadores, pois o interessante são os pescadores amadores voltarem a pescar aqui, ajudando a denunciar a pesca profissional e a vigiar os rios. Enquanto um pescador não entender o outro, fica difícil. O melhor é frequentar os rios daqui e denunciar o que estiver errado, e não ficar bravo com o outro pescador que traz um peixe ou dois, de vez em quando, para casa. O mais importante é mostrar ao pessoal que podemos achar dourados bonitos em território brasileiro. Abraço e boas pescarias.

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