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Fabrício Biguá

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Posts postados por Fabrício Biguá

  1. "Resolvi fazer uma página especialmente destinada a este assunto que, sem dúvida, assola a cabeça de muitos pescadores amadores. Apesar do dilema, os dois instrumentos apresentam vantagens consideráveis, um complementando o outro. Se existisse um aparelho que miscigenasse as qualidades de um e outro... bem, mas como o mundo não é perfeito e a imperfeição é uma das nossas maiores virtudes, a gente se vira como pode.

    Bem, vamos agora falar dos prós e contras de cada aparelhinho desses ficando a critério de cada um a escolha que achar mais aceitável.

    Molinete

    Imagem Postada

    Podemos começar este assunto falando das qualidades mais perceptíveis deste instrumento:

    É comumente usado por quase todos os pescadores amadores, desde crianças até o último nível etário. Caracterizado pela facilidade de manejo e arremesso de iscas; Via de regra, pode-se dizer que é o instrumento mais usado em competições de pesca, visto que é dotado de vários tipos de carretéis, desde o mais raso e curto ao mais largo e fundo. Os modelos usados em competições, principalmente as de Surfcasting ( Pesca de praia ), são armados com carretéis geralmente largos e um pouco fundos, haja visto que a distância a ser atingida pelo pescador é bastante considerada; É dividido em diversas categorias e sub-categorias, desde a ultra-light até a ultra-heavy. Cada molinete, possui características e estilos diferenciados, dependendo da ocasião. Basicamente devem existir na sua tralha, 3 tipos de moilnetes: um leve; outro médio; e o último pesado. Cada um defende sua ocasião; É um equipamento de fácil manutenção e limpeza, altamente durável, desde que se tome os cuidados necessários.

    Vantagens...

    Leva vantagem no custo, embora hoje em dia alguns molinetes de marcas mais respeitadas estejam com o preço bem acima da média e competindo em pé de igualdade com a carretilha. Entretanto a maioria deles, possui um preço razoável (levando -se em conta o preço caro do esporte) e encontra-se em praticamente todas as lojas esportivas;

    Leva vantagem no manuseio, visto que a carretilha requer um pouco mais de prática e experiência no esporte. Com o molinete é possível fazer arremessos com iscas quase "sumíveis", tarefa que a carretilha não executa de forma alguma sem que se espere uma estúpida "cabeleira" ,"black-lash", "peruca-de-véia" e outros eufemismos não nomeáveis;

    Outro ponto para o manuseio; o molinete é dotado de vários carretéis que podem ser compatíveis com o tipo de pesca que você vai realizar. Com isso você pode fazer uma troca rápida de carretel, se arrebentar uma linha ou mesmo se precisar de uma linha mais grossa ou fina;

    Desvantagens...

    Talvez a pior delas, seja a torção da linha; toda vez que a linha sai do molinete, incrivelmente ela atrita consideravelmente com os passadores da vara porque a mesma sai bastante torcida do carretel. Isto tudo é perfeitamente observável por qualquer leigo em pescaria. A pessoa olha e vê a linha saindo do carretel em forma de espiral, assim sendo a própria vai desgastando-se muito com o tempo necessitando de troca mais rapidamente;

    A velocidade. Geralmente os molinetes perdem neste item em relação a carretilha. Isto se dá porque a linha do molinete tem de fazer uma volta toda ao redor do carretel para ser enrolada. Já nas carretilhas isso é facilitado, pois a linha entra reta no carretel, proporcionando uma maior velocidade de recolhimento;

    A tração. No tocante que tange a tração, as carretilhas levam uma ligeira vantagem, pois como a linha não entra espiralada se exige menos dela, portanto, tem-se uma tração maior.

    Carretilha

    Imagem Postada

    Já ouvi certas asneiras de leigos do tipo: "Ah! O cara que pesca de carretilha pesca mais peixes...". Bobeiras deste tipo é que fazem muitas vezes, pescadores menos experientes a comprarem o aparelho sem ter o mínimo de prática e conhecimento necessário para manuseá-lo.

    É certo que quem pesca de carretilha têm, teoricamente, um pouco mais de prática e técnica do que outros tipos de pescadores. Pois o manuseio da mesma requer certa habilidade, precisão e às vezes, paciência, muita paciência! Mas isso não quer dizer que pegue mais ou menos peixes do que um pescador de varinha de bambu.

    Como já disse carretilha e molinete se completam, sendo que um auxilia ou substitui o outro em determinado tipo de pescaria. Se você pensa em comprar uma carretilha, procure se informar muito bem antes, levando em conta tipo de pecaria, espessura de linha, tamanho de varas, pesos de iscas... Neste próximo texto que se segue, procurei reunir o máximo de conhecimento básico adquirido por anos de prática e tentarei repassá-lo com a melhor objetividade possível, afim de esclarecer dúvidas ou ampliar a sabedoria daqueles que já usam a fantástica máquina.

    Vantagens...

    É sem sombra de dúvida um excelente aliado no tocante "iscas artificiais". Talvez seja onde exerça uma melhor função, devido primeiro ao posicionamento do aparelho na parte superior da vara, o que facilita o manuseio e o controle da saída de linha.

    Uma vez tendo total controle da saída da linha do carretel, pode comemorar, pois você acaba de solucionar 98% dos seus problemas. Com o tal controle você pode executar lançamentos muito precisos, da ordem milimétrica, sem exageros. Claro que a prática fará a diferença.

    Ainda no que se diz respeito as iscas artificiais, estas podem ser trabalhadas de forma mais produtiva e correta. Enquanto no molinete você não tem total sensação do trabalho da isca, na carretilha ocorre ao contrário, devido a um fato já mencionado, que é o aparelho por cima da vara. Isto facilita e muito a ação conjunta braço-vara, sem contar que o equilíbrio do dueto carretilha-vara é maior, haja visto que a pressão exercida sobre a mão no conjunto, faz com que o dueto fique mais inclinado para cima, o que é praticamente impossível realizar por muito tempo na união molinete-vara, por causa do cansaço que fadiga o pescador após algum período.

    Leva uma ligeira vantagem sobre o molinete no que diz respeito à tração. A carretilha normalmente é dotada de um sistema de tração mais robusto e agressivo, visto que na maioria das vezes os grandes peixes exigem tal qualidade. Vários rolamentos, bom material e distribuição uniforme da linha pelo corpo da carretilha pode ser considerado um aspecto positivo em relação aos molinetes.

    Esta talvez seja a maior vantagem da carretilha em relação ao molinete. A distribuição e saída de linha do carretel. Já comentei que no molinete a linha sai torcida, em forma espiralada, o que prejudica o lançamento e aumenta o atrito com os passadores (anéis). Não sei se você já teve a curiosidade de reparar nos passadores das varas de molinete e carretilha... nas primeiras os passadores encontram-se mais afastados e são maiores; já nas segundas os passadores mantêm mais ou menos o mesmo tamanho e estão situados à distância menores. Isto se dá devido ao fato do atrito da linha com os anéis das respectivas varas. Feito esta afirmação, posso concluir que na carretilha a linha atrita menos com os passadores e sai do carretel em linha reta, o que é muito importante para a precisão e qualidade do arremesso.

    Outra característica prática diz respeito a abertura da trava do lance. Enquanto no molinete ela é caracterizada pela aquela chata argolinha, na carretilha este adorno é substituído por um botão que facilita e muito o lançamento que pode ser utilizado de forma mais rápida ao se localizar um peixe.

    Cuidados...

    Apesar destas e outras vantagens, a carretilha requer cuidados especiais. Principalmente no que se diz respeito ao arremesso ou regulamento da tração. Para se arremessar com uma carretilha, deve-se antes de tudo regular o peso da isca. Como assim? Simples. A carretilha é dotada de um sistema de freio (não confunda com a fricção) que é justamente destinado a esta função de calibragem. Normalmente este botão fica localizado no corpo da carretilha entre o mesmo e a estrela de fricção, ou do lado oposto à alavanca de recolhimento, sozinho. Proceda da maneira ditada a seguir:

    - Primeiro localize o botão;

    - A seguir aperte ao máximo o botão, mas sem exageros;

    - Agora monte o dueto vara-carretilha com a suposta isca também presente;

    - Depois de montado o conjunto, abra a trava do lance. Você irá perceber que nada ocorre, a linha não desce. Isso ocorre porque o botão do freio está bem apertado, não permitindo a saída da linha;

    - Aos poucos vá afrouxando o freio e você verá que a linha começará a descer. Pode parar. Rode a alavanca para que a trava se feche;

    - Você pode fazer um pequeno teste: experimente abrir a trava (segurando a saída de linha com o dedo polegar) e fazer um arremesso. Arremesse como sempre fez de costume (isto é com o molinete), mantenha praticamente a mesma força e direção;

    - Se no ato do arremesso a linha saiu muito rápido, fatalmente seu freio estava muito solto e, pior ainda, parabéns pela sua primeira cabeleira! Se ocorreu ao contrário, ou seja, a linha quase não saiu do carretel, significa que o freio está muito apertado, e , portanto voltemos à lição anterior;

    - Faça novamente o balanceamento. Feche a trava, recolha um pouco de linha e abra a trava. Deixe a linha descer suavemente até tocar o chão. Se a mesma tocou o solo e você não viu nenhum emaranhado no carretel, parabéns! Sua carretilha está configurada para efetuar arremessos relativamente modestos e sem a preocupação da temível "cabeleira";

    - Bom este é o princípio básico de quem nunca mexeu com o aparelho. Deve-se seguir estes cuidados, que em parte são simples, mas muito eficazes. É claro que nos primeiros lances, um iniciante não vai conseguir atingir a distância ou direção preferida e se tentar alcançá-la afobando-se e liberando o freio, só terá dor de cabeça e aborrecimento, pois a carretilha não irá correspondê-lo, pelo contrário, irá te mostrar a cada lance a dolorosa tarefa de desembaraçar as terríveis "perucas de véia". Conheço algumas pessoas que se aborreceram tanto com a máquina, que foram capazes de arremessar muito longe, mas não a isca, a própria carretilha. Portanto o trabalho requer paciência e muita prática. Com o tempo você aprenderá a regular manualmente o peso da isca, sendo desnecessária a utilização do freio. Mas não pense que vez ou outra vai escapar dos "ninhos de guacho". Reze para que isto nunca aconteça quando estiver no meio de um grande cardume!

    Desvantagens...

    Mas o mundo não é só flores e vamos apresentar as desvantagens da carretilha. A primeira delas e talvez a pior é com relação aos pesos das iscas. As carretilhas, em média, não arremessam iscas com peso inferior à 10-12g, devido a necessidade de uma maior tração para fazer o carretel girar. Mesmo se você tentar arremessar com mais força, a única coisa que irá conseguir é embolar a linha. Resumindo: pescarias de peixes pequeno como piabas, alguns piaus (cuja isca é o milho verde de lata),pacus-prata e a maioria dos peixes que requerem pequenas iscas e chumbos, são inviáveis com o aparelho.

    A segunda e muito comentada é a tal da cabeleira. Às vezes você pode estragar sua pescaria por causa deste problema de fácil solução. Como já disse é preciso algum tempo de prática para evitá-las, mas a persistência é a mestra da inteligência. Siga corretamente as instruções acima e não precisa se preocupar com os rolos de linha;

    Esta é mais uma conseqüência da cabeleira do que um problema à parte. Chama-se torção da linha. Com o tempo, ao se usar a carretilha e inevitavelmente ocorrerem muitas perucas de véia, a linha naturalmente irá se desgastar mais e ficará com os famosos "piques". A linha perderá resistência, durabilidade, elasticidade e principalmente confiança. Pode ser de marca japonesa, americana, finlandesa... que for, mas não agüentará por muito tempo este tipo de maltrato. Portanto isto requer um cuidado especial com as linhas, e a troca deve ser regular, principalmente se você já a usa por um bom tempo, ou porque ocorreram muitas "enroladinhas". Já pensou se você estiver naquela briga com o peixe de sua vida, seu recorde, e na hora H a linha " Prec!"...ahhhh... aí não existem eufemismos e elogios que o pescador não deixa de fazer para a mãe, esposa, vara, carretilha, linha....Boa pescaria! "

    Fonte:Osmar Filho

  2. Barcelos ? AM, 7h da manhã do dia 08 de outubro de 2006. Eu e mais 11 amigos pescadores desembarcam no aeroporto da cidade, todos, sem exceção, muito apreensivos. Estávamos no melhor lugar do planeta para captura de tucunarés, o mais esportivo dos peixes de água doce, e 5 integrantes da turma, apesar de serem pescadores experientes da espécie, estavam pela primeira vez caçando os gigantes amazônicos.

    Aqui o nosso grupo.

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    O Rio Negro, e todos os seus afluentes, sem exceção, estavam jogando água para fora da ?caixa?, e essa sim, era a minha maior preocupação. Amigos pescadores, que estiveram na região semanas antes, não obtiveram muito sucesso em suas pescarias, mesmo embarcando alguns grandes exemplares, o número de bons peixes foi muito pequeno, ficando na casa de 2 a 4 peixes acima dos 7Kg.

    O Rio Alegria, que nos presenteou no ano de 2005, fora deixado de lado devido o nível de suas águas, e o Rio Negro, mesmo sendo muito pescado, se tornou o nosso novo destino.

    Nosso pacote se deu de forma diferenciada, já que a nossa pescaria começou logo às 8h da manhã na boca do Rio Cuiuni. O café de boas vindas no barco hotel foi trocado pelo ronco dos motores de popa. Logo no primeiro dia de pescaria, dois novatos em Amazônia foram premiados com peixes de 7kg e 6Kg, algo muito bom, visto as semanas anteriores. Nossos amigos Euler e Paulo César ficaram boquiabertos com a violência dos ataques, e a força com que os peixes partem com as linhas nas costas.

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    O restante da turma não fora presenteada com bons peixes, mas ficou maravilhada com a beleza do Rio Negro, com suas águas cor de chá mate, largura, e magia.

    Dia seguinte partimos para a boca do Rio Arirarrá, um rio relativamente curto e com bons lagos.Lago do Mata-Matá, dentre outros batidos pela turma, estavam recebendo pescadores pela primeira vez, mas o alto nível das águas acabou com as esperanças de alguns. Nossa escolha pelo Rio Negro já não era tão certa, afinal, não pegar peixe no alto Rio Alegria, ou no Rio Negro, dava na mesma.

    Sabiamente o nosso guia Marlon resolveu subir o Negro. Navegamos pelas próximas 15h e fomos parar nas proximidades do Pedral, um lugar fantástico que engana os práticos menos experientes que subestimam a largura do Negro em acabam batendo seus barcos em pedras submersas. Com seus 6km de largura, apenas um pequeno canal com 300m de largura, o Pedral dá passagem aos grandes barcos. Lá descobrimos que os grandes peixes não estavam em lagos internos e bocas de afluentes, e sim, nas pontas de praia do Rio Negro e seus lagos de boca franca. Todos, a partir daí, começaram a pegar bons peixes.

    Eu, juntamente com o Lance, e nosso guia Pilolô, levamos as primeiras porradas dignas dos bocudos de olhos vermelhos. Em uma pequena praia do rio, bem em frente a uma comunidade, um peixe passou lotado em um chopper vermelho que eu estava trabalhando. Durante o trabalho da isca, bem no momento da puxada, um monstro errou a bocada e quase nos matou de susto, tentamos atrair o peixe novamente, mas sem sucesso. Continuamos batendo ao longo da praia, e logo fui presenteado com o primeiro peixe digno de foto.

    Um belo Açu com 8kg foi retirado da praia.

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    Continuamos nosso trabalho e logo um pequenino Paca pegou a isca e partiu com tudo para debaixo de uma tranqueira. Mais que rapidamente nosso piloteiro caiu na água e arrancou um belo peixe lá de baixo. Apesar de pequeno, vale a pena postar a foto do peixe, e do momento da devolução.

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    Aqui o momento de uma porrada...

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    Enquanto isso, nossos amigos iam sendo presenteados em outros locais.

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    Claro que no final de um dia desses de pescaria eu iria fazer inveja em vocês, heheee..

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    ....mas o dia não acabou por aqui, nossos amigos Alaor, Ronaldo e Carlos, meu pai João, meu irmão Fabiano resolveram bater de fundo e embarcaram alguns bons filhotes e duas belas pirararas entre 25kg e 30kg cada uma.

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    Dia seguinte e lá estavam os 12 pescadores com o otimismo nas alturas e suas linhas na água.

    Neste dia o meu parceiro era o Carlos, que apesar de ter pego bons peixes de couro, e alguns bocudos na faixa dos 4kg, não fora presenteado com um gigante.

    Logo pela manhã entramos em um pequenino lago. Vimos a movimentação de bons peixes, mas nada de ataque. Retornando para o Rio Negro resolvemos bater em uma pauleira, e por sorte, ao nos aproximarmos, um monstro começou a bater em um cardume de pequenos peixes, e eu, com a minha chopper prontinha, arremessei bem em cima da movimentação. Não deu outra, no segundo trabalho da isca o bruto pegou a isca pelo meio em um ataque fulminante e saiu tomando linha. Mais que prontamente o meu guia começou a puxar o barco para o meio do lago, e eu, sem deixar o peixes saltar, fui rebocando-o lentamente. Lutamos por alguns minutos e bem já na borda do barco o peixe começou a saltar. O meu guia já com o boga grip na mão pegou o peixe pela boca enquanto apenas um único anzol da garatéia, que segurava o peixe, se abriu por completo, um frio correu pela espinha, mas por sorte o boga estava firme na boca do peixe. Foi uma verdadeira festa. Outro barco estava por perto e todos vieram ver o peixão de perto e eternizar o momento com suas máquinas fotográficas.

    Aqui a foto do bruto com 8.5kg.

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    Para quem acha que os bocudos amazônicos dão chance aos equipamentos mais leves, aqui vai uma foto interessante. Essa daí é uma garatéia da Gamakatsu, reparem no que o peixe fez com ela?!?! Por isso eu sempre digo, não subestime o tucunaré.

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    Partimos para um lago de boca franca chamado de Manilva, e logo na boca começamos a tomar porradas. Levei umas 5 porradas fantásticas onde a isca foi literalmente arremessada aos céus. Infelizmente os anzóis não entravam na boca do peixe.

    Saindo de um pequeno canal, meu parceiro Calos resolveu esticar a sua linha, olha só o que agarrou a isca dele?!?!

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    Enquanto isso nossos amigos iam sendo presenteados em outros locais.

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    Valter e Carlos ainda pegaram um dublê dos sonhos. Um peixe com 9kg, e outro com 9,250kg fez o dia dos pescadores.

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    Valter ainda ferrou outro belíssimo peixe.

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    Ícaro pegou um bruto com 8kg de peso. Infelizmente não tenho a foto do peixe com ele, mas aqui vai uma foto do Daniel, parceiro dele no dia, com o peixão do colega.

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    O restante da turma.

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    Nos 47 minutos do segundo tempo nosso parceiro Alaor jogou um Dr. Spock em uma ponta de praia. Uma porrada jogou sua isca longe, e sem desistir do peixe o pescador voltou a trabalhar a isquinha que agora desapareceu como num passe de mágica e a linha começou a cantar na carretilha. Aqui a foto do monstro com 10Kg de peso.

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    Bem, essas foram as principais fotos e o meu simples relato da nossa semana de pesca em Barcelos. Acredito que tenhamos pegado pelo menos uns 50 peixes acima dos 4kg/5kg. Apesar do altíssimo nível das águas, analiso a nossa pescaria como ótima, tenho certeza que a experiência do grupo e do nosso guia Marlon foi de fundamental importância para no nosso sucesso. Aprendi um novo estilo de pescaria e comprovei que o Rio Negro, ainda continua sendo uma ótima opção de pesca.

    A beleza do lugar é o maior prêmio da pescaria. A energia do rio é percebida por todos, e o Negro é disparado, o mais bonito rio do planeta.

    Vou ficando por aqui e espero que todos vocês tenham, um dia a oportunidade de conhecer a região de Barcelos.

    Abraços,

    Fabrício Biguá.

  3. Fala Turma...Alguns amigos sempre me perguntam ou me pedem a lista de equipamentos que eu utilizo em minhas pescarias de tucunarés no Rio Negro e afluentes...Resolvi criar um tópico para facilitar a procura.Equipamentos Recomendados para a pesca do Tucunaré:Varas:- entre 5.6?e 6.0?(pés), 25lb, ação rápida, dê preferência as de passadores duplo de titânio ou óxido de alumínio. (Berkley, Falcon, G-Lommis, Fenwick, Flemming, etc..)Eu gosto muito da HMX da Fenwick. Pra mim é a melhor vara do mundo, apesar de se ter que fazer algumas alterações na mesa e nos passadores (simples), mas o blanck da vara é perfeito.Carretilhas:- Perfil baixo, mais de 5 rolamentos e com mais de 100m de capacidade de linha. (Daiwa, Shimano, Mariner Sport, Flemming, etc...)Não adianta querer pescar a semana inteira, fazendo cerca de 700 arremessos diários, com uma carretilha de baixa qualidade. Ela vai te deixar na mão.Se for pescar de hélice, dê preferência as novas carretilhas com velocidade de recolhimento de 7.0.Linhas:- Multi filamento, entre 65lb e 80lb (Power Pró, Wiplash, Spidercast, Tuff-Line, etc...)Sendo a Wiplash a última opção. Motivo: a linha não aguenta tranco das cabeleiras.Iscas:- Hélices, zaras, sticks, poppers e meia água nas mais variadas cores, sendo nas vermelhas, ?cor de osso?, amarelas e pretas as preferidas.Sugestões para iscas:- RipRoller 6.5´ da HighRoller em diversas cores. Preferência para Palhacinho, Firetiger e preta de barriga laranja.- Big Game Woodchopper da Luhr Jensen nas cores Rock (preta com barriga laranja), Firetiger (amarelo tigrado), Palhacinho (amarela com bolinha coloridas), Gold Finger (preta com lateral dourada/alaranjada).- Amazon Ripper da Lurh Jensen nas mesmas cores da Woodchooper.- João Pepino e Dr. Spock da KV nas cores osso, osso com barriga laranja, osso com cabeça vermelha.- Popper da Maria tamanho 95 na cor amarela.- Popper Chug Bug da Storm. (grande e de várias cores)- Knuckle Head da Cheek Chub. (Popper de cabeça articulada)- Super Spock, Zara Spock ou Excalibur da Heddon na cor branca com cabeça vermelha e azul com prata.- Pencil Minnow da Daiwa na cor amarela.- Sticão da Borboleta na cor branca com cabeça vermelha, verde.- Jaraqui da Borboleta na cor verde. (Deve-se retirar a menor das duas hélices)- Perversa da Borboleta na cor osso.- Zagaia da Bait Pullers na cor branca.- X-Rap da Rapala tamanho grande na cor azul.- Long A da Bomber na cor azul, preta com marron.- Cristal Minnow da Yo-Zuri na cor holográfica no dorso com branco nas costas.Snaps, giradores e argolas:- De boa marca q suporte entre 80lb e 100lb.Dou preferência para os da Berkley de 100lb.Garatéias:- VMC, Owner, Eagle, Gamakatsu, Marine, Mustad, acima de 3x e de vários tamanhos.Quanto maior a garatéia, melhor. Isso facilita a fisgada no peixe. Daí a escolha de iscas grandes. Caso o pescador coloque garatéias grandes/pesadas em iscas relativamente pequenas, o seu trabalho ficará prejudicado.Lembrem-se...tucunarés com apenas 2kg de peso, atacam Big Game Woodchoppers.Bem...se eu for lembrando de algo mais...vou postando aqui pra baixo...Abraços.Fabrício Biguá. :wink:

  4. Quarta-feira, 20 de abril de 2005, o dia escolhido.

    Na turma: eu, meu irmão, pai, amigos Édison Cordeiro, Marlon, e nosso mascote, com 5 anos, Daniel.

    Local escolhido: Lago do Canabrava ? GO.

    Às 20:30h saímos do Posto Flamingo, em Brasília, rumo a cidade de Colinas do Sul ? GO. Estrada boa, pouco movimentada, até a cidade de Alto Paraíso ? GO. Daí pra frente mais 18Km de asfalto, e 62Km de estrada de chão. Chegamos em Colinas 01:00h, tomamos um bom banho e fomos dormir em um hotelzinho da cidade. Às 06:00h já estávamos todos prontos para os 55Km de estrada de chão restantes.

    Mais 1h e meia de viagem, lá estava o Lago do Canabrava...belo, com suas águas paradas...e límpidas. Distantes exatos 380Km de distância da porta da casa do meu pai.

    Passando por cima da ponte recém inaugurada, começamos a imaginar como seria nossa aventura...

    Ao aproximamos d?água, percebemos q seu nível estava elevado, e suas águas turvas, indicando que o Lago de Serra da Mesa estava ?cuspindo? água pra fora...Como a água não estava barrenta...não demos muita importância.

    Montamos nosso acampamento, colocamos nossos barcos n?água, e partimos para dentro do lago... Passamos pelos pesqueiros de sempre...todos muito promissores, mas nenhum sinal de peixe....aos poucos foram aparecendo mais 02, 03, 05, 10.....15 barcos de pesca...Todos aqueles ranchos desabitados que eu havia comentado no meu primeiro relato de pescaria feito no Lago do Canabrava, estavam ocupados. A ?farra? era ouvida longe. Por sorte a maioria dos pescadores estava em 04 ou 05, por barco, pescando de fundo....

    Acampamentos eram vistos por toda a margem...carros e mais carros, lonas e mais lonas, barcos e mais barcos...ou seja....o ?nosso? paraíso estava lotado.

    Passamos o dia de 21 sem ?tirar o dedo?, apenas o Marlon havia pegado um tucuna por volta dos 2,5kg...logo pela manhã...e o devolveu ao lago...Nem o peixinho assado da primeira noite apareceu....heheheheeeee

    Aqui a nossa turma....(da esq para dir)...Marlon, Daniel, Fabiano (frente), eu (atrás), meu pai e o Édison Cordeiro.

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    Meu pai, e meu irmão....

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    Partimos na manhã do dia 22 na esperança de um dia melhor...vimos também que as águas do lago havia abaixado uns 20cm...

    Logo no primeiro ?poço?...peguei um belo tucuninha...Pensei logo: ?Opa, hoje o dia promete!!!?....Passamos pelo bambuzal...na tentativa de pegar o ?pilantra? que fez curso em Harvard de Como Tirar Iscas Artificiais da Boca...levamos 02 porradas...e nada do peixe ferrar...(3ª pescaria q o peixe entra na isca, mas não é embarcado, numas ele leva para a pauleira, nas outras a isca solta da boca como num passe de mágica)

    Aqui uma foto do bambuzal....

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    Passamos pelo mesmo local que fotografei os peixes n?água na minha última pescaria....e logo na segunda batida...um pequenino, e diferente tucuninha foi fisgado...Não tenho certeza...mas acho que fisguei o meu primeiro tucunaré Pitanga...

    Aqui a foto do peixinho...

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    Apesar da intensa movimentação de barcos no lago...meu irmão conseguiu fisgar esse belo peixe...3Kg de pura adrenalina...

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    Entramos em um braço já conhecido, mas resolvemos bater em um local ainda desconhecido pra nós....alguns ataques mau sucedidos...mas a esperança estava a flor da pele.....quando lancei minha Tango Dancer entre uma pequena estrutura e uma escadaria improvisada por algum morador local....

    Aqui o local...

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    PPOOOWWW.....lá estava o peixão na ponta da minha linha....um salto fantástico anunciava o tamanho do bitelo....toma linha...toma linha...e corre para a estrutura...Eu que estava com uma Spiderwire de 65lb...deixei o peixe se emaranhar tranqueira a dentro. Aproximamos da estrutura...e vimos o grandão lá dentro...como o local era raso...dava para ver suas nadadeiras azuis de longe...Manobramos mais uma vez...a passamos o puçá no peixe...

    Aqui a foto do bitelo...apesar de parecer maior...ele mediu exatos 63cm...aff credo...nem 01mm maior que o meu record....

    Peso....também exatos 4kg...pesados em uma balança da Zedco...

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    Essa foto é dedicada ao Oga... Olha só como o bitelo ?charutou?...Agora vi pela segunda vez..o peixe ferrar a isca pela frente...

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    Pescamos em mais algumas estruturas...e nada de bons peixes...

    Manhã do dia 23...ás águas estavam ainda mais baixas...no total, uns 50 cm no mínimo...os barcos que havíamos poitado na noite anterior...estavam apenas com a parte final dentro do lago...

    Sol forte...fomos a luta mais uma vez...

    No mesmo braço do lago...onde eu havia fisgado o meu ?Pitanga?...sofremos algumas ações...e a medida que entrávamos por um lado do braço....o outro lado, que estava nas nossas costas, aproximava-se de nós... Eu estava com a minha Scorpion Antares...calibradíssima...e dessa vez, funcionando..hehhehee...quando percebi que conseguiría fazer um arremesso de uns 50/60 metros do outro lado...em uma área sombreada...próxima a uma boa estrutura....Não deu outra...me virei...e fiz um belíssimo arremesso...por sorte...no segundo trabalho da isca....outro bitelão entrou com tudo...PPPOOOOWWWW....O interessante é que o peixe chegou a bater uma primeira vez...e errou a isca...mas em uma fração de segundos...ele já estava com ela na boca novamente...Uma cena inesquecível...O peixe estava muito longe...

    A briga foi belíssima...o peixe correu para o meio do lago...Com uma vara de 36lb...rapidamente o peixe já estava sendo fotografado...infelizmente uma garatéia fisgou suas guelras...o peixe sangrava como um porco...sujou todo o barco...E, como forma de punição...levei o peixe pra churrasqueira...hehehheeee....

    Aqui a foto do outro bitelão...62cm

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    Passamos o restante do dia batendo...e ainda peguei mais um peixinho.

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    Meu pai ainda estava atolado....hehehee...ou melhor...havia fisgado uma trairinha...no dia anterior...

    Por sorte...Deus não quis deixá-lo ir embora pra casa...atolado...Em um arremesso totalmente sem futuro...bem no meio do lago...um tucuninha solitário..resolveu porrar na isca dele...hehhehee....(mas é um cagão, mesmo)

    Aqui a foto do seu tucuninha...

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    De volta ao acampamento...verificamos que nossos amigos não haviam tido sucesso...O maior peixe...fora o de 2.5kg que o Marlon pegou no primeiro dia...

    Resumindo...pra mim a pescaria poderia ser classificada com BOA, afinal, consegui acertar a cabeça de dois belos peixes.

    Apesar do Canabrava estar longe de ser o que realmente É...não posso culpar um lago que não aceita pressão de pesca...estar com mais de 15 barcos em suas águas.

    Para meus companheiros acho que a pescaria foi RUIM.

    Acho que não compensa pescar no Canabrava em feriados prolongados...o ideal é pescar no meio da semana...As águas estavam abaixando...mas o lago de Serra da Mesa..está cheio...caso seus vertedouros sejam abertos...a pescaria no Canabrava fica comprometida...

    Na segunda quinzena do mês de junho, apesar do frio, acho o Canabrava estará na condição ideal de pesca...Essa será a minha próxima pescaria por lá...

    Um abraço a todos...e até a próxima...

  5. Como disse anteriormente, apenas eu e meu irmão resolvemos nos aventurar no Lago do Canabrava....um lago desconhecido para nós. Sabíamos q o lugar prometia, mas eram apenas estórias de pescador...vcs sabem bem como "é"!!!! Vimos uma foto de um Tucuna Azul de 6.5Kg pescado no mesmo lago...E toda a nossa tralha foi preparada de acordo.

    Escolhemos com data, o feriado de carnaval. Saímos de casa no sábado às 07h da manhã com destino quase q desconhecido...já q na sexta anterior, marquei todo o percurso nas fotos de satélite...e joguei tudo para o GPS...ao todo...370Km de distância, destes, 120Km de chão...

    Ao invés do tradicional caminho por Niquelândia...q dá acesso ao Lago de Serra da Mesa...demos a volta por Colinas do Sul...passando no coração da Chapada dos Veadeiros...o lugar por sí só...já merece elogios....

    Assim q chegamos em Colinas do Sul...saímos perguntando a saída para o vilarejo de Borba...de imediato fomos avisados de uma inclinada subida q atravessaríamos...O Senhor disse "cêis tão querendo passar por Borba neste carrinho de vcs puxando a carretinha? - Sei não hein!?!?!?!".. Ficamos cabreiros, mas resolvemos aceitar o desafio....

    Aqui algumas fotos...

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    Aqui em cima foi o limite q o carro conseguiu subir...daqui pra frente... somente em cima do capô...como na foto aqui de baixo...

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    Chegamos na beira do lago por volta das 12:30h....e fomos logo montando acampamento...às 15:30 já estavamos no lago com destino ignorado...GPS na mão...e acelerador enrolado...

    Demos algumas pinchadas em uns três lagos...pegamos alguns tucuninhas...e algumas bicudinhas...mas como vcs sabem...a adrenalina do primeiro dia atrapalha o trabalho da isca..hehhehee...

    O lugar é fantástico...não se parece em nada com a Serra da Mesa...as montanhas cercam todo o lago...toda a vegetação é intocada...nos 20km q percorremos do lago..apenas 02 casas habitadas foram vistas....no mais, uns 02 ou 03 ranchos de palha abandonados demonstravam q alí...pescadores já passaram. Raros eram os lugarem q possivelmente estariam os tucunas...já q a maioria do lago é fundo. Ao todo uns 09 braços é q deram resultado.

    Aqui uma foto do relevo...

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    Retornamos para o acampamento por volta das 20:00h...afinal...só "fominhagem"...hehehee

    Ficamos acordados até meia noite tentando arrumar uma Antares zerada q levei pra testar e a danada me deixou na mão antes da estréa...

    Manhã de domingo..saímos por volta das 08:30h...como a região é cercada de montanhas...a impressão era de ser 06:30h...Logo no primeiro braço q decidimos pinchar...fomos surpreendidos por um cardume de tucunas "pipocando"...uma cena belíssima..Nós q estávamos com iscas grandes...linha Spider de 65lb...varas de acão rápida 25lb...snaps da Berkey de 60lb...e uma Calcutá 151 com o freio arrochado...hehehhee....não fomos muito felizes...afinal, eram apenas pequenos peixes..na faixa de 500g....um pouco mais pra frente meu irmão pegou um tucunão de 3.2kg...

    Aqui vai o filme dos peixes "pipocando"...e forma violenta q eles entravam nas iscas...(filme com 18mb)

    http://www.turmadobigua.com.br/images/fotos/canabrava/canabrava070.MPG

    Aqui a foto do primeiro tucunão...

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    O resto do dia foi só alegria...02 tucunas de 04Kg...01 de 3.8Kg, e 01 de 3.2Kg...esses foram os maiores...fora os montes de pequenos tucunas q não respeitavam as iscas "amazônicas"...E o melhor...todos devolvidos ao lago.

    Aqui vai uma sequência de fotos do dia....

    O primeiro...

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    Um dos q pesou 4Kg...

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    Mais fotos...

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    Olha só outro bitelo...

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    Bem...postei inclusive as fotos da segunda-feira, q apesar de menos produtiva...não por falta de peixes...já q perdemos muitas ferradas....mas pq os bichos eram brutos mesmo...se vacilávamos, era pauleira na certa...

    As cenas inesquecíveis vão ficar na memória...a violência dos peixes surpreendia a toda hora...

    Teve uma cena q achei muito interessante...chegamos em uma das margens e começamos a pinchar...pincho pra cá...pincho pra lá...até q eu joguei a isca bem próximo ao barranco...um tucuna de uns 3kg...entro na Woodchooper com gosto de gás...metade do corpo fora d´água....ele saiu tomando linha pro meio do lago...Pensei: "esse já era!!"...a medida q ia fazendo pressão na vara...fui vendo novamente a silhueta do peixe com a isca na boca (uns 20cm debaixo da linha d´água..dando ré e balançando na tentativa de escapar...como não aliviei pra ele...ele resolveu ir pra cima mesmo....deu um salto espetacular, de uns 30/40cm fora d´água, e com a cabeça balançando conseguiu jogar a isca longe...Apesar de ter perdido o peixe...vi uma cena q não tive a felicidade de ver nem na amazônia...E essa foi apenas uma das dezenas de outras indescritíveis...

    Aqui mais uma foto de uma dessas cenas...

    Chegamos tão calados em um braço do lago...q dois tucunas saíram escoltando a filhotada bem na nossa cara...e sem pressa....e olha q a mãe tinha uns 3kg...

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    Avaliando uma pescaria de 2 dias e mais umas 3:30h de efetiva pesca...acho q foi mais do q espetacular...

    Apesar de postar apenas essas fotos..tenho mais umas 150...hehehe de pura alegria...

    Na noite de domingo...nos presenteamos com um churrasquinho...

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    E na terça de manhã, ao irmos embora pra casa...tivemos q solicitar uma ajudinha para subir de volta os morros da região...caso contrário...ainda estaríamos lá...

    Reparem q tem um super trator puxando a carreta..e nós, com apenas 03 cordinhas juntas..fomos escoltados pelo tratorzão...heheheheeee...

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    Já estamos com nossos amigos daqui de Brasília doidos para pescarem no canto secreto...hehehehheeeee

    Um abração... :wink:

  6. Lago de Serra da Mesa - GO

    Mais uma aventura da Turma do Biguá...

    Localizada em Goiás, a Usina de Serra da Mesa, com 1275Mw de capacidade nominal, é, a partir de 1998, indispensável ao atendimento do mercado de energia elétrica do sistema interligado. A geração de energia se dá através de três turbinas Francis de eixo vertical de 425 Mw de potência nominal cada. Sua barragem está situada no curso principal do rio Tocantins, entre os municípios de Minaçu e Colinas do Sul (GO), a 1790Km de sua foz. O reservatório de Serra da Mesa é o maior do Brasil, em volume de água, com 54,4 bilhões de m3, profundidade média de 30m e máxima de 127m junto à barragem, totalizando uma área de 1784Km2 de lâmina.

    Depois de falar um pouco das características do Lago de Serra da Mesa, a turma tem a dizer aos amigos pescadores que este lago daqui uns 10 anos vai dar o que falar, ele é muito grande, isto aliado a grandes rios que deságuam nele, farão com o seja um dos pontos preferido de pesca do Planalto Central. Só pra começar o Rio Tocantins e o Rio Maranhão são dois gigantes que caem no Lago.

    Imagem Postada

    Quase todos os integrantes da Turma já estiveram no Lago, em diversos pontos, mas o ponto preferido é na região da cidade de Niquelândia - GO. Isto porque fica a 250Km de Brasília, além da região ter uma boa infra-estrutura para a pesca amadora. Um dos exemplos é a Pousada do Germano, um local excelente, com 20 apartamentos com ar condicionado, chuveiro com aquecimento solar, restaurante com deliciosa comida caseira, camping, iscas, piscinas, barcos, motores de popa e elétrico, piloteiros e tudo mais que nós pescadores precisamos, além de um excelente atendimento.

    Os pesqueiros ficam um pouco longe, mais ou menos uns 15 Km de barco, ou 30 minutos com motor de 15hp, mas o lugar é fantástico. O forte da região é o Tucunaré, que segundo pescadores da região chega atingir 05 Kg. O maior que pegamos foi de 4,2Km, o que já não é ruim pra nossa região. Agora o que nossa turma não perdoa, é que a maioria dos grandes tucunarés que são pegos no Lago, são pegos com iscas de fundo, geralmente com corrós, lambaris, e por ai vai. Nós da Turma, que damos valor a pesca esportiva, usamos no máximo iscas de meia-água, já que o tempo no Lago é bastante instável, que dificulta a pesca de superfície.

    Imagem Postada

    E por falar em tempo instável, este é o principal problema do Lago de Serra da Mesa. A maior preocupação de quem navega no lago, além do tamanho, é o vento, por incrível que pareça, não é difícil pescadores serem surpreendidos com ondas de 01 metro, terem o barco virado, e passarem boas horas dentro do lago. Integrantes da nossa turma, já tiveram que entrar em um braço abrigado do lago, colocar o barco na margem, e entrar na água (que por sinal é muito quente) para se proteger do frio e de uma bela tempestade. O melhor desta história é que durante nossa permanência dentro d'água um de nossos colegas pegou a vara dentro do barco, e com água na cintura ferrou um Tucuna amarelo de 2,5Kg, isto chovendo. E não pensem que é mentira, pois haviam mais dois pescadores do lado vendo tudo. Quando se está ventando muito forte, nem mesmo os piloteiros experientes da região se arriscam a atravessar o lago.

    Imagem Postada

    Encontrar os bons pontos de pesca também não é fácil, geralmente se tem melhores ações nos braços do lago. Uma boa dica é levar no barco um saco com cascalho e jogar na água para fazer barulho e atrair os Tucunas. O horário também não é padrão, pode-se pegar peixes às 07 hs, como às 12 hs. Exemplo melhor disto, foi na nossa última pescaria, onde apenas 05 integrantes da Turma do Biguá estavam, e ao sair para desarmar uma pequena rede para pegar lambaris, isto ao meio dia, (já que dois dias inteiros de pesca com artificiais não deram resultados), 02 colegas entraram em um braço sujo do lago, e foram surpreendidos por um cardume gigante que durante seus ataques a lambaris, chegavam tirar o lombo d'água, uma cena inesquecível, pois durante um arremesso com um Popper amarelo da Maria que ficou no enrosco e balançando uns 25cm da flor d'água, dava pra se ver 03 ou 04 Tucunas gigantes embaixo da isca esperando a criança cair na água. Pensem na agonia do pescador, e como se não bastasse, chegou uma hora que não se fazia mais arremessos longos, com apenas 02 metros de linha, e um pequena ação na vara os bichos entravam nas iscas, isso quase fora d'água. Realmente incrível, foram 02 hs de pura adrenalina e o barco cheio de Tucunas com mais de 1,5Kg.

    O Lago de Serra da Mesa ainda é um grande mistério para nós pescadores de rio, pois suas características mudam a cada hora, os peixes nos surpreendem a todo tempo. Não se tem uma técnica certa para se ter sucesso, o ideal é levar o maior diversidade possível de iscas naturais e artificiais e pescar em todos os horários disponíveis.

    Até a próxima.... :wink:

  7. Fiz uma salada dos relatos de pescaria..hehee...

    Cáceres-MT - 1999, parte da Turma do Biguá participou de um grupo de pesca, cujo destino era a cidade de Cáceres/MT. Apesar de alguns já conhecerem o lugar, parte da Turma estava indo pela primeira vez. Passamos o ano inteiro fazendo poupança forçada para custear a tão esperada pescaria.

    Alugamos um ônibus da Real Expresso, e com 18 pescadores à bordo partimos rumo aquele estado. Em Cáceres a primeira surpresa. O nosso barco era o maior da região, o São Lucas do Pantanal, com 03 pavimentos, 9 cabines e toda mordomia possível.

    Imagem Postada

    No horário combinado começamos a descer o Rio Paraguai. Nos primeiros 100 km muita capivara, muito jacaré, paisagem deslumbrante e hora de jogar anzol na água. Pacus, cacharas, e mais uma infinidade de outras espécies fazia a graça dos novos pescadores. No segundo dia tivemos uma grande decepção. Nosso barco, o São Lucas, ficou preso na areia do fundo, e ao ser rebocado em marcha a ré, passou por cima da canoa que era usada por uma das duplas. Resultado: nossa canoa foi para o fundo com toda a tralha de pesca. Apesar dos colegas oferecerem parte de sua tralha, a pescaria não foi mais a mesma, pelo menos para os dois integrantes "SEM TRALHA". Fica aí uma lição: não se leva todo o material de pesca de uma só vez para dentro da canoa. Deixar sempre material de reserva no alojamento é uma boa alternativa.

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    Em 2002 organizamos outra pescaria com destino à Cáceres, desta vez no barco Cobra Grande, do nosso amigo Helí. Sendo esta bem melhor. Fizemos uma ótima pescaria, com grandes exemplares. Nosso amigo Biguá foi brindado com um exemplar de 25 quilos, isso mesmo, um cachara de 25 quilos. E olha que o moço não sabia nem o que era anzol. Nem é preciso dizer que até hoje nós agüentamos gozação do Biguá. Mais recentemente alguns membros da Turma do Biguá voltaram àquela região, em época de cheia (mês de abril), época de dourados. Na opinião deles a época é boa para curtir o visual, pois o Pantanal se transforma num mar de água.

    Uma das coisas que impressionam os pescadores que procuram o lugar, é o grande conhecimento que os piloteiros tem do rio. A impressão que se tem, é que eles retiraram a água do rio, e estudaram todo o seu percurso. Exemplo disso, foi quando chegamos em um poço conhecido como o lar do grandes pintados, na entrada da reserva Taiamã, onde chegamos ansiosos, e para surpresa da Turma, vários anzóis foram perdidos em enroscos no fundo. De imediato os piloteiros começaram a conversar e comentar que alguém devia ter jogado sacos de areia no fundo do rio para atrapalhar a pescaria. Pensamos: Esse piloteiro tá doido. Foi então, que eles providenciaram uma âncora com uma longa corda para passarem no fundo do rio. Não é que eles retiraram dois sacos de areia unidos por uma corda cheio de anzóis! Parece brincadeira, mas é verdade. Isso é apenas um dos exemplos. Eles conhecem simplesmente tudo do rio.

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    Cáceres é um dos melhores pontos de pesca do Brasil, com renome em várias partes do mundo. O fluxo de turistas é muito grande e isso provoca um aumento considerável no valor dos pacotes de pesca. Ali é realizado, anualmente, o Festival Internacional de Pesca, o que atrai gente de todas as partes do mundo, agora o que tem que ser observado, é que se não diminuírem a cota de transporte do pescado, ou que se pratique o pesque-solte, Cáceres brevemente estará fora do roteiro de pesca da maior parte dos pescadores do país.

    Até a próxima.... :wink:

  8. Novamente no Xingu...

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    Estivemos no Xingu mais uma vez. Em virtude da maioria da Turma do Biguá não conseguir se desligar do trabalho e afazeres profissionais, apenas 02 integrantes puderam retornar "chorando e sofrendo muito". Nós, que, inicialmente ficaríamos acampados na extremidade oposta da fazenda Sayonara, não conseguimos autorização. Só para se ter idéia a FEMA-MT exige a instalação de sanitário químico no acampamento. Alternativamente fizemos contato com vários ranchos e decidimos ficar em um bangalô da Pousada Xingu. Não poderia ter sido melhor. Uma casa com 03 quartos, 01 com suíte, 01 banheiro e cozinha completa, água encanada e chuveiros aquecidos com energia solar , vários tanques de lavar roupas, pias, 01 varanda imensa, TV com parabólica, e 01 gerador pra dar conta do recado. Só para vocês terem uma idéia, da casa até a beira do rio tudo era iluminado, o único inconveniente era a distância até os pesqueiros que conhecíamos, distantes 20Km rio abaixo. O proprietário do Rancho, conhecido com Peixe Boi, nos tratou da melhor forma possível, juntamente com a cozinheira , Lú, o gerente Betinho, que não mediam esforços para nos agradar.

    A Pousada Xingu dispõe também de um rancho principal, onde pode-se contar com toda infra-estrutura para os pescadores mais exigentes. Geradores, freezer, pensão completa, bebidas, canoas com motores de 15 hp, piloteiros experientes, cozinheira, quartos individuais com banheiro, e por vai.

    Desta vez pescamos em um área desconhecida, para nós, do Rio Kuluene. Gps à mão, Sonar ligado, e muita disposição, não conseguimos embarcar peixes de medida. No segundo dia de pesca descemos para o Pontal do Xingu (encontro do Rio 7 de Setembro e Rio Kuluene). Logo de cara, pegamos um Trairão de 9 Kg.

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    Surpresos, já que nenhum dos dois pescadores havia pegado tal peixe, tratamos logo de embarcá-lo para fotografias. Sem mais ações, decidimos pescar de rodada do Pontal até o cotovelo do Xingu, prática esta, não muito realizada por piloteiros da região. Foram 3,5 Km de rio abaixo sem nenhum anzol perdido e 02 cacharas fisgados e devolvidos ao rio. Pescamos o dia inteiro sem muitas ações, mas felizes por estarmos naquele lugar. Terceiro dia de pesca e nada....Quarto dia de pesca resolvemos descer novamente para o Pontal, das 06:30hs até às 08:00hs foram 03 cacharas fisgados e devolvidos ao rio. Na na parte da tarde fomos surpreendidos mais uma vez por um Trairão de 10 Kg que arrebentou a linha duas vezes, e enlocou mais duas, antes de ser embarcado. O peixe parecia que tinha o espírito de um Dourado, dava saltos espetaculares. Peixe embarcado e fotografado, sensação do dever cumprido, já que não se tratava de um peixe comum pra nós, e sim um troféu, não embarcamos mais um peixe sequer, soltando inclusive os de medida.

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    Mais uma vez falo do local sensacional que é o Xingu, a fauna é riquíssima, os cardumes de bicudas "voando" perto do barco assusta a todo momento, a beleza do lugar surpreende. Os agricultores de Canarana-MT, que já despejaram muito agro-tóxico nos rios da região, hoje vêem a importância do turismo. A piscosidade dos rios aumenta a cada ano atraindo mais e mais pescadores para a região, trazendo consigo riqueza para a região. Temos certeza que este é, e sempre será, um pesqueiro da Turma do Biguá.

    Até a próxima.... :wink:

  9. - Um lugar inesquecível...

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    Cansados de pescar em lugares "batidos" pensávamos em locais pouco conhecidos, tais como Pará e Amazônia. Mapa na mão começamos a apontar aqui, ali, e descobrimos que para fazer uma boa pescaria não se roda mesmos de 4000 Km, por estradas em péssimas condições (até parece novidade!), pelo interior do Brasil. Bons rios no PA e AM são de difícil acesso, e apesar de saber que peixe grande não dá sopa, vimos que a viagem ficaria muito trabalhosa e cara.

    Decidimos, então, que nosso destino seria Mato Grosso, em função da proximidade, já que a turma mora em Brasília. Depois de analisarmos Cáceres, Coxim, Porto Jofre, Bacuri do Apa, Piquiri, etc..., decidimos ir para o Alto Xingu, especificamente na região de Canarana-MT. Isto porque a Reserva do Xingu ficava próxima, sabíamos que o lugar era explorado, mas a proximidade da divisa da reserva nos agradava, pois ali era o limite para nós mortais pescadores. Contatos feitos, ficamos entre 03 pesqueiros Rancho Xingu, Pousada Xingu e Pouso do Mutum. ATENÇÃO - Não confundam as duas!!!! Ficamos com o primeiro, isto pela gentileza demonstrada por nosso amigo Ataualpa (dono do Rancho Xingu), que tem um dos melhores ranchos da região. Seu rancho principal tem mordomia pra dar e vender, sua equipe é composta pela nata da região, tanto piloteiros, cozinheiras e empregados, ou melhor, amigos, como ele mesmo faz questão de dizer e tratar, e pela disponibilidade de uma outra casa com gerador, chuveiro elétrico, água nas torneiras, 02 quartos, uma excelente varanda, etc, que fica 05 Km abaixo do rancho principal. Não oferece toda mordomia do rancho principal, mas é confortável, e fica apenas 07 Km, do encontro dos rios 7 de Setembro e Kuluene, onde a partir daí recebe o nome de Xingu.

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    Nossa turma que, inicialmente era formada por 05 pescadores, passou para 09, e posteriormente, para 12 pescadores. Escolhemos o mês de agosto, semana de lua cheira para a saída. Nós, que inicialmente iríamos de caminhonete, fomos a bordo de um semi-leito, com 03 televisões, vídeo, som, etc, com bagageiro lotado. Chegamos em Canarana ao meio-dia, almoçamos e pegamos uma jardineira para enfrentar 126 Km de estrada de chão. Depois de muita poeira chegamos em uma travessia de balsa. Depois de várias horas de espera, nossos piloteiros chegaram em 04 voadeiras de 06 metros, passamos a tralha pra dentro e descemos 15 Km de rio, iluminados apenas pela luz da lua. Chegamos ao nosso destino às 23:00 hs, cansados e famintos, sorte a nossa cozinheira Net estar ainda lá para nos preparar uma bóia. Banho quente, rango no bucho e cama.

    Manhã ainda escura, estávamos lá, ansiosos para ver como era o rio. O sol saiu por entre as árvores clareando a paisagem, pensamos: estamos no lugar certo. A paisagem era perfeita. Arrumamos os barcos, 06 ao todo, com 02 pescadores mais o piloteiro da região e fomos ao encontro dos rios. O lugar era perfeito, o 7 de Setembro tem a água mais clara que a do Kuluene. Após várias ações de bicudas e cachorras, descemos até a divisa da reserva, mais precisamente às portas da Fazenda Sayonara, um lugar deslumbrante, o rio estreita e forma um poço, ou melhor, uma vala com 12 metros de profundidade, por uns 10 metros de largura, o lugar certo dos grandes peixes de couro, já que a maior parte do rio não passa dos 4,5 metros de profundidade, isso na época da seca. Já estava no local uma duplas dos nossos, poitamos o barco um pouco mais acima, iscamos as tuviras no anzol 7/0, linha 0.45, e lançamos nossa linhas. A turma de baixo não parava de embarcar jaús e cacharas fora de medida, e roncadores que quebravam o silêncio do lugar. E nós? Nada... Parecia praga, no final da manhã estávamos babando com a sorte dos nossos colegas. Ao meio-dia eles subiram em direção ao rancho, e nós como crianças corremos para o lugar deles, como estávamos com sonar, descobrimos que naquele local ficava o inicio da vala, e não sei porque motivo os peixes gostavam dalí. Ao meio-dia e quinze, o meu parceiro, pescador de primeira viagem, com uma varinha da Brea, um molinete Marine Sport, e 30m de linha 0.25, deu o grito, "-FERROU". O peixe foi tomando linha, tomando linha, até que o nosso piloteiro Paulo, resolveu soltar a poita. Já dava pra ver o fundo do carretel quando o motor foi ligado. Corremos ao encontro do peixe, depois de uns 20 minutos de briga e muita sorte, embarcamos o nosso primeiro peixe de medida, um cachara de 1,10m. Pensamos -" É o primeiro dia, hein...."

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    No total, passamos 08 dias na beira do rio, e por incrível que pareça, ninguém pegou um peixe maior que o nosso pescador de primeira viagem, mas isso não foi o mais importante. A beleza do lugar é indescritível, bando de 20, 30 capivaras são vistas o dia inteiro, queixadas, rastros de onça, cobras, poraquês, jacarés, mutuns, e uma infinidade de bichos surpreendeu todos nós, a sensação é a de que nunca se caçou naquele lugar, a vegetação as margens do rio é intocada, as cachorras de 08 Kg pra cima dão show, brigam como gente grande. Os tucunarés do 7 de Setembro, apesar dos seus 2 quilos, 2 quilos e meio , não negam a raça. Se fossemos comentar tudo o que vimos de belo, gastaríamos umas 10 páginas, mas fiquem com a certeza de que o Alto Xingu é um dos mais belos cartões postais do país, simplesmente um lugar INESQUECÍVEL.......

    Até a próxima.... :wink:

  10. Mais uma antiga pescaria da turma.

    Forte Príncipe da Beira, esse foi o destino de 02 integrantes da Turma do Biguá, João Camargos e Fabiano. Em agosto de 2000, nossos colegas tiveram a oportunidade de pescar no Rio Guaporé. O Forte, de responsabilidade do Exército Brasileiro, era comandado, à época, por um primo da Turma, o que facilitou os preparativos, além da hospedagem dos pescadores em sua vila militar.

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    A viagem foi um pouco cansativa, já que nossos pescadores percorreram 450 Km de estrada de chão, isso mesmo, 450 Km de estrada de chão, além da cansativa viagem aérea de Brasília à Porto Velho. Depois de colocarem a conversa de família em dia, nossos amigos foram visitar o Rio Guaporé. A grandiosidade do rio surpreende, sua dimensão e força amedrontam os novatos que o observam.

    Tralhas de pesca à mão, nossos amigos foram conhecer o Guaporé mais "de perto", apesar do rio possuir centenas de metros, nossos pescadores, apaixonados por tucunarés, se aventuraram em várias lagoas da região. Por 02 dias se dedicaram a pesca esportiva do tucunaré, que apesar de apresentarem um médio porte, entre 02 e 03 Kg, fizeram a festa pela quantidade e abundância.

    http://www.turmadobigua.com.br/imglink/guapore01.JPG

    No intuito de fisgarem os grandes peixes de couro, nossos colegas alugaram um barco de pesca profissional, e subiram o rio por 02 dias, usando as praias de areia branca como dormitório. Não obtiveram o sucesso esperado, mas ficaram encantados com a beleza de um rio que conheceram - O Rio Cautário, onde suas águas cristalinas revelavam a beleza do mundo aquático. Apesar de não estarem com o equipamento adequado, se divertiram muito com as várias espécies esportivas que atacavam as iscas artificiais, até um pequeno jacaré se atreveu a "bocar" um popper verde.

    http://www.turmadobigua.com.br/imglink/guapore03.JPG

    Foram 05 dias de pura diversão, por sorte, ao final da semana, conseguiram carona, até Porto Velho - RO, em um avião da FAB, que levava mantimento ao Forte. Felizes por conhecerem mais um rio do Brasil, mas tristes por verem que a pesca predatória avança exponencialmente em nossos rios, esperamos, mais uma vez, que o homem respeite o mundo em que vivemos. Apesar da distância e dificuldade de acesso, o Rio Guaporé encontra-se bastante degradado pela pesca profissional, a caça de tartarugas é predatória e indiscriminada, já que a fartura de peixes diminui a cada dia.

    Aproveitamos, também, para agradecer, aqui, a hospitalidade dispensada pelo efetivo militar do Forte Príncipe da Beira, através de seu comandante - Ten Medeiros, e sua esposa Denise, esperamos logo em breve, retornarmos ao Rio Guaporé.

    Até a próxima.....

  11. Apesar de velha....resolvi postar a pescarias realizadas pela Turma do Biguá q estavam no antigo site.

    Aqui vai a primeira.

    Rio dos Macacos - GO

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    O Rio dos Macacos, afluente do Rio Paranã, é praticamente um ribeirão, possui uma largura média, que varia entre 03 e 07 metros de comprimento, e uma profundidade máxima de 02 metros.

    Em 1986 nosso colega de Turma, João Camargos, conheceu a Fazenda Retiro, onde o rio foge totalmente a regra geral. Durante toda sua extensão, exclusivamente dentro desta propriedade, o rio possui uma largura média de 20 metros, com poços de até 50 metros. Com água parada e de tom esverdeado, os Tucunarés faziam a festa, cardumes com + ou - 100 papa-terras eram vistos do barranco, cacharas, bicudas, bagres, arraias, jurupocas, piaus, cachorras, e várias outras espécies, faziam bonito.

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    Era proibido pescar com redes, tarrafas, pindas, etc...., o que para época (1986), já era grande coisa. Todos os dias o gerente da fazenda dava incertas no rio no intuito de pegar os pescadores que descumprissem a norma.

    Só pescava um determinado número de pescadores, que além da taxa de entrada, deveriam levar 02 mudas de árvore, e só se retiravam da fazenda depois de deixarem todo o seu lixo na sede.

    O rio dista 240Km de Brasília, no município de Flores do Goiás - GO. Os últimos 42 Km que antes eram de estrada-de-chão, foram asfaltados em meados de 2000. A facilidade de acesso, a falta de fiscalização dentro das fazendas da região, e o elevado número de pescadores inconscientes, fizeram com que o Rio dos Macacos se tornasse mais um dos rios não esportivos do País.

    Antes, onde se fisgava 08 cacharas com 40cm, por noite (todos eram devolvidos ao rio, é claro), hoje só se fisga mandis. Os grandes jacarés, que chegavam a 02 metros, deram lugar aos pequeninos com 60/70 cm de comprimento.

    Culpo aqui, também, um grupo do MST (Movimento dos Sem Terras) que acampou na região, por mais de 02 anos, trocando de acampamento depois de destruírem o rio. O pesqueiro que desfrutamos por mais de 15 anos deu lugar as áreas de camping freqüentadas por depredadores de fim de semana.

    Imagem Postada

    Deixamos aqui o nosso protesto, e pedimos aos proprietários de fazendas na região, que fiscalizem os rios dentro de suas terras. Todos temos a ganhar, caso contrário, a nova geração de pescadores conhecerá o Rio dos Macacos, repleto de peixes, apenas pelas estórias ou fotografias dos mais velhos.

    Até a próxima.....

  12. A Turma do Biguá surgiu no ano de 2000 quando um grupo de 05 amigos pescavam na represa de Itumbiara. Depois de alugarmos um barco e passarmos boas horas pescando, sem sucesso, por uma pequena parte da represa, o nosso piloteiro de nome "Catraca", comentou com a turma que os homens da região que não gostavam de mulheres eram chamados de Biguá. De início começamos a malhar uns dos outros com tal apelido, mas como o nosso amigo Sérgio Murilo era o mais novo da turma, e estava "pegando" minha prima, sendo essa a primeira viagem dele com a família, o apelido ficou com ele mesmo..kkkkk..Não que ele esteja enquadrado na categoria das "flores", inclusive casando com minha prima mais tarde, mas assim ficou conhecido o nosso amigo e a nossa Turma.Hoje a nossa turma conta com vários amigos pescadores que aos poucos vão aparecendo em nosso fórum. Na verdade não somos uma turma...e sim, uma família. Nos encontramos toda a semana seja para tomar uma, seja para montar varas, seja para malhar da cara do outro, mas estamos sempre em contato.Tentamos com este site mostrar um pouco de nossas pescarias e momentos de lazer, e ajudar no que for possível, o maior número de amigos pescadores, seja com dicas, informações importantes, link´s, nosso novo e moderno fórum, ou notícias do mundo da pesca. Apesar de humilde, este deverá crescer.Um abraço a todos.

  13. Seja muito bem vindo ao Fórum da Turma do Biguá (FTB).
    Pra nós é uma honra e um prazer tê-lo aqui. joia:::

    Como todo lugar, onde há convívio entre pessoas, regras são necessárias para se manter a ordem e a harmonia entre as comunidades e, no FTB, a coisa não poderia ser diferente.

    O nosso fórum recebe diariamente a visitação de 3.000 usuários únicos (IPs diferentes - em 10/08/2010) e, como não temos fins comerciais e não ganhamos nada para manter nosso host e nossos moderadores (todos voluntários), não conseguimos fiscalizar todas as mensagens postadas aqui diariamente. Portanto, você usuário é o principal responsável pelo que escreve aqui. Lembre-se que o seu direito termina quando começa o do seu próximo.
    Aqui não aceitamos xingamentos, provocações, palavras de baixo calão, qualquer tipo de discriminação, seja ela racial, religiosa, política e etc.
    Aqui nós não brigamos...aqui nós lutamos por um ideal comum.
    Aqui cumprimos as leis, normas e ordenamentos jurídicos de nosso País, e esperamos que vc também faça o mesmo.

    Reclamações e "chôro-rô-rôs" todos sabem fazer, mas aqui tentamos resolver o problema atacando-o diretamente na raiz. Dentro da boa conversa e do respeito mútuo, buscamos incessantemente a melhoria das condições da pesca esportiva no Brasil.

    Bem, já falamos demais...abaixo as nossas regras.
    Leia tudo atentamente...e poste a vontade.


    1 - Regras de criação de Novos Tópicos

    1.1 - Antes de criar um novo tópico utilize o Pesquisar/Busca (parte superior do fórum) e verifique se não há um tópico igual ou semelhante.

    1.2 - Antes de criar um novo tópico verifique se ele será inserido na sala/fórum correto. Tópicos criados em categorias diferentes da idéia central da categoria serão movidos sem aviso prévio.

    1.3 - Ao se criar um novo tópico seja o mais claro possível. Evite expressões amplas, e especifique ao máximo a sua idéia ou pergunta. Isso facilitará novas pesquisas e ajudará nas respostas dos interessados naquele assunto.

    1.4 - Não é permitido o comércio/anúncios de pessoas jurídicas em nosso fórum, entretanto, tais empresas poderão anunciar novidades comerciais, e/ou exibirem APENAS o seu empreendimento e os serviços prestados.

    1.4.1 - Anúncios de produtos ligados a pesca esportiva está liberado apenas de pessoa física para pessoa fisica.

    1.4.2 - A Turma do Biguá e o FTB NÃO se responsabilizam direta ou indiretamente por qualquer transação comercial realizada no FTB envolvendo seus usuários ou terceiros.

    1.5 - Só poderão postar na categoria APROVADO/DESAPROVADO, usuários que tenham mais de 30 (trinta) mensagens postadas no fórum (exceção aos q tem direito de resposta). Tal medida visa a não especulação (positiva ou negativa) em torno de produtos, empresas, marcas, lojas, lojistas, negócios, etc.



    2 - Regras de criação de Novas Mensagens (Posts)

    2.1 - Observadas as regras do item anterior, o usuário ao postar sua mensagem deverá observar a linguagem empregada. Erros gramaticais deverão ser observados. Uma boa pontuação, e uma linguagem clara e objetiva, facilitam o entendimento e a resposta de quem está lendo a mensagem.

    2.2 - Evite o flood e mensagens que não contribuem para o engrandecimento do fórum. Comente apenas sobre o assunto do tópico.

    2.3 - Evite a inclusão de um assunto diferente ao já tratado no tópico, ou seja, não mude de assunto.

    2.4 - Não serão aceitos qualquer tipo de ofensa ou palavras de baixo calão. Lembramos que mulheres e menores de idade fazem parte da nossa comunidade.

    2.5 - Evite o uso de mensagens em CAIXA ALTA, isso pode indicar que você está gritando ou falando alto. A não ser que esse seja realmente o seu interesse?!?!?!



    3 - Regras para a postagem de Novas Imagens

    3.1 - Observado o item 1.1, o usuário poderá postar quantas imagens quiser no FTB.

    3.1 - Devem ser observados os tamanhos máximos de toda e qualquer imagem postada no fórum.
    3.1.1 - Avatar é aquela imagem q fica em baixo do seu nick (lado esquerdo) em todos os tópicos respondidos por vc...Ele deverá ter o tamanho máximo de 150px de largura....A altura fica liberada desde q não distorça a tabela do seu post.

    3.1.2 - Assinatura é o espaço q fica embaixo de todos os seus tópicos. A assinatura pode ser texto ou imagem....Sendo q o texto não pode conter palavras de baixo calão (palavrões), e as imagens não ultrapassar os 500px de largura x 100px de altura....e não contenham imagens vulgares. Deve ser observado o item 1.4 destas regras, ou seja, não é permitido a proparaganda de pessoas jurídicas na assinatura.

    3.1.3 - Fotos - Poste ou mande fotos obrigatoriamente no tamanho 640x480, isso para as fotos não ficarem deformando o Fórum. É péssimo ver um fórum destorcido. O próprio fórum tem uma ferramenta que redimensiona as fotos, mas caso essa ferramenta não esteja funcionando, favor redimensionar manualmente as suas fotos antes de enviá-las ou disponibilizá-las aos usuários.
    Nunca mande ou poste fotos com conteúdo pornôgrafico, temos as portas abertas para menores de idade, e público feminino.

    4 - Regras Gerais

    4.1 - Todo e qualquer moderador tem, antes do direito, o dever de manter o bom andamento do fórum. Todos eles (moderadores) estão autorizados a mover ou editar o tópico/mensagem, chamar a atenção e solicitar o banimento de qualquer usuário que esteja em descumprimento as regras do fórum.

    4.2 - As regras do FTB poderão ser alteradas sem aviso prévio e a qualquer momento.



    Obrigado....e nos vemos no fórum. joia:::
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