Intecol e Centro de Pesquisa no Pantanal

[Flávio Martins]

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Intecol - Zonas Pantanosas e volume de carbono.

Um dia antes da 8ª Conferência Internacional de Áreas Úmidas (Intecol), que aconteceu em Cuiabá (MT) entre os dias 20 e 25 de julho, pesquisadores afirmaram que as zonas pantanosas contam com um volume de carbono próximo ao que existe na atmosfera - um dado bastante preocupante para a saúde do planeta.

Aproximadamente 700 cientistas de 28 países se reuniram no encontro com o propósito de alertar as nações para a importância de preservar áreas pantanosas do planeta.

"O aquecimento global está acelerando a decomposição dos materiais orgânicos acumulados nos pantanais, o que por sua vez está causando a liberação na atmosfera de gases causadores do efeito estufa, que aumenta a evaporação das águas", disse Eugene Turner, cientista estadunidense que participou da conferência.

Quase 20% da superfície da América do Sul é formada por zonas pantanosas, mas os cientistas enfrentam dificuldades em suas pesquisas pela falta de identificação precisa de onde elas estejam.

Centro de Pesquisa no Pantanal

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) anunciou a criação de um pólo científico na região do Pantanal, com o objetivo de conhecer melhor o que acontece nas chamadas áreas úmidas, como a manutenção dos estoques de água, mudanças climáticas e preservação ambiental.

São consideradas áreas úmidas todos os complexos ecossistemas que englobam desde áreas marinhas e costeiras às continentais e artificiais, ou seja, lagos, manguezais, pântanos, áreas irrigadas para agricultura e reservatórios de hidrelétricas, entre outros.

O Centro será instalado na Universidade Federal de Mato Grosso. O MTC afirmou que R$ 1,5 milhão será liberado ainda este ano para o início das obras. Em cinco anos, mais R$ 6,5 milhões serão investidos pelo Governo Federal.