Parado na alfandega

[Gustavo Martins]

Gustavo,

O Pessoal da Receita Federal nos falou que existe uma lei que esta andando, dizendo o seguinte, que toda compra feita com cartão de crédito fora do País será taxado automaticamente pela operadora do cartão. Essa semana eu ouvi no rádio sobre isso. Dizem que não.

Mas não duvido, pois todas as compras que são pagas com cartão de crédito, são fiscalizadas automaticamente pela receita e ICMs, pois a nota fiscal eletronica amarra tudo.

Eu acho que vai chegar uma hora que não vai dar para ficar enrolando e a coisa vai ficar mais séria. O problema disso tudo é o valor injusto que eles cobram e nós não vemos resultado.

Por ex. no nosso caso, não existem fabricantes no Brasil dos componentes que usamos e a lei nos da uma brecha sobre isso, mas até agora os impostos giram em torno de 100% não da para entender.

O despachante esta entrando com recurso, não acredito que vamos ganhar, mas não custa tentar né?

Abraço

Bete

Galera,

segue meu comentário e o link do post completo em seguida.

Galera,

A verdade é a seguinte: não tem nenhum esquema de importação sem pagamento de imposto com 100% de certeza. Podem acreditar! Já comprei de garatéia a carretilhas; meu irmão "importa" peças pra moto; tenho amigos que já compraram eletrênicos, calça jeans, tênis... Todo mundo tem uma história boa e uma ruim pra contar!

A legislação para importação e taxação de produtos é bem clara. Para manter o princípio da isonomia tributária e manter a competição entre produtos importados e nacionais justa, o produto importado é acrescido de todos os impostos que incidem sobre o produto nacional no momento em que entra no Brasil. Isso quer dizer que ao preço "na alfândega" são acrescidos os impostos. E como é calculado o preço na alfândega? Soma-se ao preço do produto pago pelo importador no país de origem (valor do produto anunciado no site) o frete, seguros, taxas de handling (manejo ou despacho) e tudo mais que for pago pelo exportador . Sobre esse valor vão incidir todos os impostos brasileiros. Pelo que me lembro são: Imposto de Importação (20%), IPI (20%, cumulativamente incidente sobre o preço acrescido do II), ICMS (18% em SP, incidente spbre o valor do produto acrescido de II e IPI), PIS/PASEP + COFINS (9,25%, incidentes sobre tudo). Ao todo são 85,64% de impostos!!!

No fim das contas, um produto que custa USD 100 lá na Bass Pro nos EUA (ou R$ 200, considerando o câmbio a R$ 2), pelo qual você pague um frete de 20% do valor do produto, chega na sua casa, pela bagatela de R$ 445,53!!!

Quando eu compro alguma coisa, faço os cálculos, considerando as piores hipóteses (frete mais caros, handling mais caro, todos os impostos cobrados, etc.) e vejo se eu fosse comprar no Brasil sairia mais barato. Só compro se ficar mais barato ou se eu não encontrar o produto por aqui. No caso de linhas multi, algumas garatéias, iscas artificiais, compensa; de carretilhas e varas, não!

Isto posto, vamos a outros fatos. A Receita Federal, que é quem fiscaliza a entrada de produtos no país, possui uma série de regras internas e procedimentos para fiscalização de encomendas. Obviamente eles não abrem tudo, pois seria inviável. Por isso às vezes "dá certo" e recebemos algumas coisas sem a cobrança de impostos... Só por isso! E isso não é ilegal, pois o produto foi liberado pela alfândega.

Caso queiram, eu tenho uma planilha em Excel que calcula o valor dos impostos automaticamente. Me mandem uma MP com seus e-mail que eu mando direto.

Abraço,

Gustavo

p.s.: O sisitema tributário brasileiro é o mais complexo do mundo! É feito para que o cidadão comum não entenda mesmo e continue pagando sem saber quanto e o que está pagando! Ouvi na CBN outro dia que tem um projeto rolando na Camâra dos DePUTadOS que obrigaria que constassem na Nota ou Cupom Fiscal o valor do produto e o valor dos impostos, separados, de forma a tornar o processo todo mais claro. Vale a pena ficar de olho!

http://www.turmadobigua.com.br/forum/vi ... =72&t=7167

Bete,

Você está certa, mas não é uma "brecha", é um direito de todos nós como cidadãos. A lei é clara no que diz respeito à isenção de impostos de importação (somente eles...) para produtos importados que não possuam substituto nacional. Pela lógica, você poderia comprar uma Shimano Aldebaran sem imposto de importação, mas não é bem assim... Como existem (existem?) fábricas nacionais de molinetes e carretilha (Paoli?), existe um substituto nacional (!!!) e, portanto, o imposto é taxado.

Para reverter este quadro, o importador precisa entrar com um recurso administrativo junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, pedindo que seja, para o produto específico que pretende importar, concedido o benefício da isenção do imposto.

Ocorre, porém, que o problema é bem maior que isso... Relendo meu e-mail você verá que o imposto de importação é fichinha perto dos demais...

Quanto ao cartão de crédito, acho que não vai adiante essa idéia, não. Muito complicado isso. O que os cartões já cobram e repassam para a SRF, para estabelecer uma paridade com outro imposto, o cobrado em remessas para o exterior, é um percentual a este título. Se não me engano, são 2% sobre todo o valor gasto no exterior.

É ferro em cima de ferro! Só para entender todos os impostos que pagamos (somando-se impostos, contribuições e taxas são mais de 200) já gastamos uma fortuna! Isso para não falar do pagamento dos impostos propriamente!

Temos é que nos mobilizar por uma reforma fiscal! O povo precisa saber quanto imposto paga! Nós pagamos mais da metade do preço da gasolina em impostos! E o que vem de volta? Muito pouco...

Abraços.

[Bete]

Bete,

Você está certa, mas não é uma "brecha", é um direito de todos nós como cidadãos. A lei é clara no que diz respeito à isenção de impostos de importação (somente eles...) para produtos importados que não possuam substituto nacional. Pela lógica, você poderia comprar uma Shimano Aldebaran sem imposto de importação, mas não é bem assim... Como existem (existem?) fábricas nacionais de molinetes e carretilha (Paoli?), existe um substituto nacional (!!!) e, portanto, o imposto é taxado.

Para reverter este quadro, o importador precisa entrar com um recurso administrativo junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, pedindo que seja, para o produto específico que pretende importar, concedido o benefício da isenção do imposto.

Ocorre, porém, que o problema é bem maior que isso... Relendo meu e-mail você verá que o imposto de importação é fichinha perto dos demais...

Quanto ao cartão de crédito, acho que não vai adiante essa idéia, não. Muito complicado isso. O que os cartões já cobram e repassam para a SRF, para estabelecer uma paridade com outro imposto, o cobrado em remessas para o exterior, é um percentual a este título. Se não me engano, são 2% sobre todo o valor gasto no exterior.

É ferro em cima de ferro! Só para entender todos os impostos que pagamos (somando-se impostos, contribuições e taxas são mais de 200) já gastamos uma fortuna! Isso para não falar do pagamento dos impostos propriamente!

Temos é que nos mobilizar por uma reforma fiscal! O povo precisa saber quanto imposto paga! Nós pagamos mais da metade do preço da gasolina em impostos! E o que vem de volta? Muito pouco...

Abraços.

Gustavo você tem razão.

Vou tentar ser breve... olhe para o Egito ... a massa tem poder, é uma pena que aqui ainda não temos consciência politica, veja pelo resultado das urnas (me desculpe... nenhum candidato resolveria ao meu ver). O que precisamos e ter coragem para lutar contra quem deveria nos proteger CONGRESSO/DEPUTADOS/SENADORES, contra esse abuso que é contra nós, empregados e empregadores.

Há 31 anos atrás participei do inicio do PT eu era metalúrgica, tomei bomba na cabeça enquanto nosso ex Presidente correu para dentro da Igreja junto dos Padres.

O que eu quero dizer com isso, eles jogaram pedra nos governos anteriores e falaram que iam fazer e desfazer, o que mudou, a CARGA TRIBUTÁRIA FICOU UM HORROR, somos micro empresários, pagamos todos os impostos, devido a nota fiscal eletronica, estamos mais vigiados ainda.

Hoje ao invés de emitir uma nota de venda ex.: em uma vara para reforma que chega de outros estados:

Emitimos NF de entrada

Nota Fiscal de prestação de serviço ( mão de obra)

NF de saída (correspondente a NF de entrada)

NF de venda de passadores e todos os componentes que colocamos nas varas.

Enfim, nota pra tudo, hoje tem a nota fiscal Paulista que no nosso caso, o cliente não se credita pois somos ME e não recolhemos ICMs doeu:: doeu:: doeu:: doeu::

Não importa emitir a NF, pois temos que gerar receita, senão como pagamos aluguel, folha de pagamento, mercadorias etc etc.

Só ficou muito negativo:: negativo:: pois não se faz nada com esses impostos, a cidade onde moramos, as ruas estão um caos, muitos buracos. A Estrada onde vamos morar corremos perigo pois passou o Rodo Anel e você manda e-mail para a Prefeitura um joga para o outro.

Ai te pergunto, onde estão os impostos? Eu fico muito brava com tudo que acontece no País, mas hoje já não iria para as ruas levantar nenhuma Bandeira, pois a última que levantaram derrubou um Presidente e os cara pintada pensam que foram eles :gorfei: :gorfei: .

Bem Gustavo desculpe o desabafo. Afinal nós não temos passaporte Diplomatico, nós somos simples mortais, visto pelos governantes como R$R$R$R$ números que vão render mais alguns impostos para eles.

É uma pena, pois não recebemos:

CESTA GÁS

BOLSA FAMÍLIA

CESTA BÁSICA

ENFIM TODAS AS BOLSAS.

MAS COM CERTEZA PAGAMOS POR ELAS COM OS NOSSOS PEQUENOS IMPOSTOS.

Um abraço

Bete

[AlexAdvo]

Falou e disse.

Concordo com tudo.

Um amigo no maranhão trabalha com usina de alcool.

Ele não tá encontrando mão de obra para colheita.

Se trabalhar com carteira assinada, perde as bolsas.

A que ponto chegamos...