Ir para conteúdo

Gilbertinho

Membro
  • Postagens

    314
  • Registro em

  • Última visita

  • Dias Ganhos

    10

Posts postados por Gilbertinho

  1. Dileto Capita,

    Estou de volta, após um merecido recesso no trato de questões de pesca em terras indígenas.

    Li sua publicação com redobrada atenção e renovada curiosidade.

    No geral, lhe dou 100% de razão, embora dissinta de dois pontos periféricos, que passo a elencar, a título de informação e esclarecimento:

    Primeiro, é que o caso UNINI nada tem a ver com aspectos indígenas. A responsabilidade direta pelo fechamento do Rio se deve ao IBAMA, que em sua anterior condição de gestor de unidades de conservação, logrou convencer os ribeirinhos que ali deveria ser criada uma reserva extrativista, que traria benefícios de monta aos comunitários. Lembro que a mesma missão do IBAMA, capitaneada por um tal Edson Milesky, esteve em Caracaraí com o mesmo propósito, focando uma RESEX no Baixo Rio Branco. Tive o prazer de, na condição de titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, mandá-los às favas. De lá seguiram para o Jauaperi, logrado sucesso parcial numa tentativa idêntica, e de lá foram ao Unini e instituíram a RESEX DO UNINI, com apoio da Fundação Vitória Amazônica. Isso se deu em 2009, e desde então a pesca passou a ser proibida em face da inexistência de Plano de Manejo e a licitação exigível.

    Segundo, o ingresso (malsucedido) da brasileira LIGA DE ECO-POUSADAS na região do Jurubaxi se deveu à provocação formal e específica da CR/FUNAI/AM (Coordenação Regional da Funai no Amazonas), em vista da então recente edição da malfadada IN 003/2015, que foi recepcionada pelo MPF/AM, tanto que emitiu a Recomendação 013/2016, interrompendo as atividades das operadoras de SIRN. Ressalto que a LIGA foi instada a tomar providências, em face de desenvolver operações de pesca noutras áreas indígenas do Amazonas há mais de 10 anos, cabendo-lhe observar as novas exigências da IN 003/2015/FUNAI.

    O amigo e muitos outros membros do Fórum que acompanharam minhas postagens sobre o tema bem sabem que sempre asseverei que as operadoras de SIRN deveriam se unir contra essas ameaças, de forma comum, inteligente e planejada. Menos mal que a realidade demonstrou o acerto de minha recomendação. Também não poupei críticas ao ISA, IBAMA, MPF e à FOIRN, esta última braço instrumental do ISA, que à sua vez, somada às demais ONG's e o CIMI, constituem braços instrumentais dos interesses multilaterais por você mencionados. O que se tem, de fato, é que o MPF, na melhor das intenções, dá interpretação equivocada a disposições legais relacionadas aos povos indígenas, sucumbindo às pressões advindas dessas instituições privadas. Testemunho isso no meu cotidiano, citando como exemplo o fato de que comunidades de agricultores familiares são despojados de suas pequenas e produtivas propriedades para dar lugar à criação ou ampliação de novas terras indígenas.

    A exemplo da maioria dos membros do Fórum, você reside em outras regiões do país, o que impede ou dificulta, naturalmente, o acesso e a experiência de vivenciar cada e toda ocorrência envolvendo absurdos dessa política indigenista. Para ter uma vaga ideia do problema, Roraima importa energia elétrica da Venezuela. A Eletrobras tenta implantar as redes de distribuição de energia, incorporando o estado ao Operador do Sistema Nacional de Energia, mas esbarra na proibição imposta pelos índios Waimiri-Atroari, cuja terra está situada no traçado das redes. Interessante é que esses índios (apoiados por todas as citadas ONG's e o MPF), preferem impedir a implantação das redes de energia - de que também necessitam, a permitir sua livre implantação. É uma amostragem de que, quanto pior, melhor. Busca-se nisso o isolamento planejado dos índios, o que resultará num cenário de guerra no médio ou longo prazo, dependendo da sucessão presidencial. Nesse particular, e só por ele, votarei em Bolsonaro, caso se candidate.

    Satisfazendo sua curiosidade, quando se refere ao ingresso do IBAMA nesse rol de adversários da pesca e da harmoniosa integração de índios e não-índios, o que ouvi dizer é que alguém de peso no ISA namora o servidor do IBAMA/MG (Isso mesmo, de Minas Gerais) encarregado de passear, ops, realizar os estudos de capacidade de suporte dos rios da Amazônia. Os custos são pagos pelo empresariado e envolvem um dispêndio médio acima de 30 mil anuais, entre passagens, hotéis, traslados, diárias e alimentação. Pode?  

    Quero concluir que, apesar de me filiar a tudo o que você disse acerca do tema pesqueiro, tanto os governos locais quanto os operadores de pesca - desde que vençam o litígio agora instalado, considerem as necessidades de desenvolvimento dos povos ribeirinhos, indígenas ou não. Tenho certeza que nenhum pescador esportivo consciente se negará a pagar um pouquinho mais para pescar na nossa Amazônia, ciente que esse pequeno acréscimo beneficiará crianças, jovens e adultos que vivem em precárias condições em comunidades desestruturas e desamparadas pelo Poder Público. Mera questão de humanidade. Nesse viés, é necessário indagar à Prefeitura de SIRN qual a destinação dos altos valores que cobra de cada pescador, porque, ao que sei, as comunidades ficam a "ver navios" de há muito tempo.

    No mais, renovo um forte abraço e me coloco à sua disposição para contribuir no que couber.

    Gilbertinho da Amazônia               

            

  2. Amigos, 

    Descobri com o tempo que bom e barato não se concilia, e vale pra tudo. Compre um carro chinês para ver. Sofri muito quando comprava algo influenciado por preços atraentes, e só quebrei a cara. Quanto a Nautika, desconheço qualquer produto dessa empresa que concilie um mínimo de qualidade e um preço justo. Talvez no futuro distante esse baixo padrão de qualidade seja otimizado. Já tive um acervo simultâneo de 7 barracas, hoje tenho apenas 4, fui selecionando-as aos poucos, priorizando a qualidade, resistência e leveza e a capacidade de acomodação de cada uma. Falando de qualidade, numa época eu tinha também uma cama-Tatu, muito cara, pesada e incômoda para transportar, porém incomparável quando em uso, e olha que eu acampei em locais que foram inundados por chuvas torrenciais, assistindo de camarote as agruras que a companheirada sofria em suas barracas tradicionais, cujo piso entra em contato direto com o chão, ou melhor, com a lama. Viva a Tatu.

     

     

  3. Ô Dito, 

    Tentei ajudar mediante pesquisa na Internet, e não encontrei o que você precisa.

    Se eu estivesse em sua situação, cuidaria de levar o assunto a algum profissional do ramo de fabricação de esquadrias metálicas, preferencialmente que trabalhasse com tubos de alumínio. Não tenho dúvida que as ferragens poderiam ser assim repostas, bastando que as medidas fossem obtidas a partir do próprio tecido da barraca. Sugiro o alumínio, nessa opção, em face das características anti-corrosivas e maior maleabilidade no processo de fabricação. De qualquer modo, torço para você possa resolver o assunto.

    Abraço do Gilbertinho da Amazônia.  

  4. Ô Dito (era o nome do meu saudoso pai),

    Vou tentar ajudar:

    1) A fixação do transdutor é no espelho de popa do barco, a mais ou menos 15 cm da canela do motor, caso contrário não poderão ser produzidos dados sobre velocidade de navegação e os demais dados gerados pelo aparelho. Nada de instalar em laterais. Observe que a peça de onde sai o chicote para o painel do sonar deve ser fixada de modo que parte dela, a da extremidade, fique em contato e de frente para a água. Esse chicote já vem com o kit de parafusamento no espelho de popa, e você deve usar silicone ou similar para evitar infiltrações pelos furos dos parafusos;

    2) O manual do sonar deve ter acompanhado o produto, e nele você se informará sobre a correta instalação do transdutor e também como configurar o aparelho, que permite que todos os dados produzidos sejam em português. Caso não tenha o manual, entre no site da Garmin, busque downloads e baixe o manual. Se der sorte, pode ser que haja uma versão em português, mas em geral em vem numa versão única distribuída em seções em alguns  idiomas, um deles com certeza é o espanhol, que dá para entender mais facilmente;

    3) Quanto à questão do uso do motor elétrico, não vejo porque o sonar não possa ser utilizado. Desde que ele esteja alimentado por bateria, ele fará as leituras que você quer, até mesmo sem motor algum em funcionamento.

    Espero ter sido útil.

    Abraço,

    Gilbertinho da Amazônia

     

  5. 7 horas atrás, Fabrício Biguá disse:

    Uhmmm...pela primeira vez falamos a mesma língua...rsrsr palmas::...ou quase a mesma coisa.

    E digo pq se a Liga buscasse a razão, esquecendo um pouco o lado comercial da coisa, ela estaria enfiando aquela IN03 goela abaixo daquelas ONGs e partindo pra briga. Ocorre q a empresa usa dessa falta de informação como carro chefe para operar em áreas exclusivas. Mas lembremos que um dia isso irá acabar, e olha, não vai demorar muito.

    Lá em SI aquele malfadado decreto 075 q não vale nada (pois não regulamenta lei alguma), aliado aquela "recomendação do MP" que foi orientada sabe-se lá por quem (apesar de termos suspeitas) onde a citada autoriza apenas 8 turistas por semana durante setembro e outubro, número este que beneficia apenas a Liga e um ou outro barco hotel pequeno, serão certamente motivo de guerra agora no final do mês. A ideia é acabar com tudo, com estudo, com decreto com a pesca em TI, e tudo o q estiver fora da legalidade. E, se não acabarem, a turma do COTA vai pra briga quanto a distribuição das empresas nos afluentes. Se são 4 empresas (por exemplo), e temos 4 semanas no mês, cada uma será dona de uma semana. Se o barco hotel com 16, 20, 50 não pode subir, que suba apenas as voadeiras deles...ou seja, vamos ver como a Liga vai fazer para subir e descer toda aquela estrutura a cada semana?!?! Mas isso não é assunto pro jurídico, é assunto pro operacional...rsrs

    Sabe o q tá faltando lá naquela região, Gilbertinho?!?! Um prefeito macho.
    Eu sou bravo mandando mal e porcamente na minha casa, mas se eu tivesse a lei ao meu lado, as condicionantes do STF também, rapaz, eu botava qualquer ONG pra fora de SIRN na base do porrete.
    O problema é a falta de conhecimento das autoridades e população local. E, como falta conhecimento, os próprios vereadores não conseguem repassar ao seu povo a desgraça q seria aquelas terras transformadas em indígenas. Por sorte temos a bancada ruralista fazendo força do outro lado no congresso.

    Bem, o start foi dado...agora os documentos estão tramitando, vamos  ver onde isso vai parar... :good:

    Capita, a responsável pelo acionamento do MPF/AM foi a FOIRN, acompanhada do ISA. Basta ler o teor da Recomendação 013/2016 para checar. Como já lhe disse, esse fato é a mera reedição do Marié;

    No contexto do quantitativo de turistas permitidos para alguma área indígena, quem define isso é o IBAMA/MG (Daniel Crepaldi). Essa definição resulta de estudos de capacidade de suporte, e em geral não passa de 8 turistas/semana. A critério do Crepaldi, também se define o número total de turistas para uma temporada. Assim, tanto o número de turistas que podem pescar a cada semana, quanto o número de turistas que podem ser atendidos a cada temporada cabe ao IBAMA. Dessa forma, caso seja definido um número total de 80 turistas numa dada terra indígena, significa que a operadora poderá trabalhar com um máximo de 10 turistas por semana, cabendo-lhe optar por um número menor de clientes a cada semana, esticando o prazo de 10 semanas de pesca, porém os custos logísticos inviabilizam essa opção.

    A que eu saiba, se discute na atualidade um sistema de rodízio entre operadoras, contemplando o período de setembro a março, e não somente setembro e outubro. Caso a LIGA venha a integrar o rodízio, uma de suas estações móveis de hotelaria permanecerá na área durante o período em que atenderá os grupos já fechados, mesmo operando em intervalos de tempo.

    Dizem a FOIRN, o ISA e o IBAMA/MG que os estudos socioambientais (assumidos pelo pool de empresas do rodízio) exigidos para a licitação do Jurubaxi e do Uneuixi, pelo menos, serão concluídos até meados de 2018. As operadoras deverão ficar atentas à publicação do respectivo Edital pela FOIRN para então conhecer as exigências e decidir por sua participação. Alerto para essa questão porque no caso Marié, apenas 3 empresas participaram do certame, e uma foi desclassificada logo de início, enquanto outra (a vencedora) foi mantida apesar de violar a principal regra do certame, que tratava precisamente do número de turistas permitidos a cada temporada. Para resumir, apresentou proposta para um número de turistas bastante superior ao que foi definido no Edital, e com isso pode apresentar números financeiros bem mais elevados, influenciando a decisão dos aldeados. Um simples jogo de cartas marcadas. Mais: quando o processo estiver em curso, todo cuidado é pouco com favorecimentos, é preciso que as empresas fiquem de olho nos acontecimentos e, se necessário for, ingressarem na Justiça contra atos tendentes a viciar a licitação. 

    Amigo, fico feliz por manter viva essa linha de comunicação com você, agora bem mais inteirado do contexto geral. Só peço que não me fale mais de leis e decisões judiciais porque, afinal, de nada valem.

    Abraço,

    Gilbertinho  

        

  6. 16 horas atrás, Fabrício Biguá disse:

    Amigos, na verdade estamos rodeados por oportunistas que querem criar um cinturão indígena na região do Rio Negro.

    Avisamos o Allen das intenções destes grupos e, rapidamente, ele criou uma forma de ordenar a pesca na região dele. Ocorre q isto não é definitivo. A FOIRN, em conjunto com o ISA e outros órgãos do governo, estão sedentos em ampliar a TI Médio Rio Negro II, que ia de SIRN até a fronteira noroeste do Brasil.

    Estive sumido estudando um pouco aquela região e, por mais que acreditasse que conhecia, me surpreendi com tudo o q encontrei.

    Só para vcs terem uma ideia do problema que o Brasil vai passar (e já está passando)...no ano de 2008 foi criado o Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES, contou com recursos de doações no valor que atualmente chegam a R$ 2,5 BILHÕES de reais?!? Dinheiro este vindo da Noruega, do Banco Alemão KFW e da Petrobrás?!?! Só o ISA (Instituto Sócio Ambiental) iria gerir R$ 1.281 bilhões. 

    E foi aí q no ano de 2010 a FOIRN fez uma reunião em várias comunidades ribeirinhas de SIRN e de Barcelos numa tentativa cega de fechar os rios, alegando que lá os rios seriam daquele povo. Sim, eles consideram que os barcos hotéis ou os pescadores estão destruindo o q é deles. No fundo sabemos que não é bem isso, né?!?!

    Pois bem, foi instaurado um processo civil junto ao MPF do AM que só agora os operadores de SIRN e de Barcelos estão tomando conhecimento.

    Fato é que nenhum operador participou do processo, e agora todos estão correndo atrás.

    Em 2015 fui aberta a CPI da FUNAI/Incra no Congresso Nacional, tendo esta CPI se encerrado em maio ou junho deste ano. Ao final foram indiciados 30 (trinta) índios, 09 (nove) antropólogos, 14 (quatorze) integrantes da igreja, 16 (dezesseis) procuradores federais, 04 (quatro) servidores da FUNAI, e outros 09 (nove) do INCRA, além de um Ministro do Governo.

     E vocês sabiam que Barcelos e Santa Isabel foram citadas nesta CPI? Sim, nesta CPI um antropólogo chamado Edward, que não era vinculado as falcatruas amazônicas, abriu o “bico” ao informar que ao chegar em Barcelos e em SIRN para realizar um estudo de demarcação indígena, foi abordado pelo Presidente da Associação Indígena de Barcelos, que abriu um mapa e disse “Olha, meu caro antropólogo, nós temos parceiros interessantes. Eles já fizeram esse trabalho nós”. E no mapa estava escrito ISA/USAID. A área que o ISA demarcou neste mapa era uma área de 85% do município de Barcelos....kkkkkk....

    Bem, isso q postei acima representa 1% de tudo o q li. Quem tiver interesse de entender melhor como a coisa funciona lá pra cima, baixe o arquivo abaixo.
    Clique aqui para baixar parte da CPI

    Se vcs lerem o depoimento de antropólogo, vcs irão ficar de queixo caído. Estão vendendo nossa amazônia debaixo da nossa cara, pior, tem brasileiro ajudando.

    Outra coisa...A guerra está grande, pois 12% do Brasil já pertence aos índios e eles estão aumentando exponencialmente suas terras. A bancada ruralista está batendo pesado na questão...tanto, que em 2009, o Ministro do STF, Gilmar Mendes, baixou 19 condicionantes para as novas demarcações de TI que estão sendo totalmente descumpridas por todos os órgãos indigenistas. Vejam aqui pra baixo. Reparem apenas as condicionantes 15, 17 e 19.

    Lá em SIRN a FUNAI e a FOIRN estão quebrando as 3 condicionantes logo de cara.

    Não é permitido a pesca nas TI. As proibições são tacitamente citadas nas Condicionantes do STF, na Constituição de 88 (art 231 diz a mesma coisa), no Estatuto do Índio (Parágrafo Primeiro do art 18, que diz a mesma coisa), e por aí vai...Daí me vem a FUNAI, cria uma Instrução Normativa 03 (q deveria apenas normatizar as atividades internas do órgão), e ATROPELA TODO O ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO.

    Um estudo antropológico da região de SIRN foi publicado no DOU do dia 19 de abril de 2016, estudo este que apenas define onde seriam os limites da pretensa TI-Jurubaixi-Téa, sendo que a partir daí essa turma indigenista passou a falar nas comunidades ribeirinhas que estas terras já seriam indígenas, independente da delimitação ter sido aprovada e assinada pelo Presidente da República.

    Pior (sim, tem como ser pior), me vem a FOIRN e me faz um acordo de pesca com uma empresa de pesca estrangeira fechando o Rio Jurubaixi (q estaria dentro dessa futura TI). Pior ainda, suici::.... com a anuência da Prefeitura da cidade de SIRN, do IBAMA, e etc. Depois e alguns conflitos, o acordo foi desfeito.

    Bem, se eu for postar aqui tudo o q sei, o tópico ocupará a tela inteira. É muita coisa, é muita falcatrua, é muita distorção dos fatos.

    Mas, como disse, os operadores de pesca de SIRN e de Barcelos resolveram se unir para impedir que essa cambada, que se utiliza do sofrimento dos ribeirinhos daquela região para vender nossa amazônia para grupos estrangeiros, e torço para q isso vá parar no STF, na TV, em todo o Brasil. E olha q com as provas que estão sendo reunidas, muita gente vai sumir no mundo.

    Torçam daí para q eles não consigam fechar tudo, mesmo que utilizando de métodos escusos, e contando com displicência do judiciário. ::nada:: 

    Olá, Dileto Capitão. Já estava saudoso de suas manifestações. Muito bom que você se aprofundou sobre a temática indigenista e retorna agora com digressões bem lastreadas. 

    No geral, suas abordagens estão 100% corretas. Mas se me permite, gostaria de agregar algumas informações à sua postagem, e são as seguintes:

    1) A FOIRN (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro), segue rigorosamente o que é ditado pelo ISA (Instituto Sócio Ambiental). Esta ONG, à sua vez, segue diretrizes estrangeiras que em última análise violam nossa soberania e financia suas atividades. Nada do que está havendo é obra exclusiva da FOIRN ou dos povos indígenas do Rio Negro, estes já bastante integrados com o restante da sociedade.

    2) O processo agora vivenciado em SIRN teve seu início no seletivo (direcionado) do Marié, em 2014, onde foi escancarado o apoio a uma empresa boliviana (Untamed Angling), supostamente em razão de laços de amizade mantidos entre pessoas do ISA e um ex-agente brasileiro de turismo, agora alçado à condição de empresário. à época, denúncias desse favorecimento foram encaminhadas ao MPF, que nada fez a respeito;

    3) Sobre a manifestação monocrática de Gilmar Mendes, é certo que nenhum órgão, ONG ou representação indígena dará a mínima. Veja que quando da homologação da Raposa do Sol, em Roraima, o Pleno do Supremo estabeleceu limites, condicionantes e restrições, que deveriam ser estritamente observadas pelos povos indígenas. Nenhum deles foi cumprido, configurando ofensa grave a uma decisão judicial colegiada da mais alta Corte do país. Ninguém fez ou faz nada a respeito, exceto o MPF, que dá suporte a todas as violações cometidas pelos índios, suas representações, ONG's, a Pastoral da Terra e o CIMI (Conselho Indigenista Missionário).

    4) A empresa que viria a operar no Jurubaxi em uma única temporada de pesca, até que a FUNAI revisasse a IN 03, não é estrangeira. A LIGA DE ECO-POUSADAS, com sede em Manaus, opera na Amazônia há pelo menos 20 anos. O processo envolvendo ela e a FOIRN foi iniciado em janeiro e se estendeu até meados de julho. O contrato para a exploração da pesca esportiva, finalmente assinado em 12 de julho, foi cancelado pela FOIRN 5 dias depois, sob o argumento da inclusão de uma cláusula que isentava a empresa de custear missões do IBAMA/MG, do ISA e outras que nada tinham a ver diretamente com a atividade da pesca. Interessante citar que na reunião de discussão e assinatura do contrato, uma única pessoa da LIGA  se fez presente em SIRN, ao passo que do outro lado do balcão estavam a FOIRN, FUNAI, ACIBRN, Prefeitura, Secretaria de Meio Ambiente e as lideranças do Jurubaxi, todas assentindo com a inclusão da  posteriormente questionada cláusula. Além disso, o contrato original editado pela FOIRN exigia também investimentos em reforma de posto fiscal, doação de bote e motor 40 e estruturação de telecomunicações da comunidade Acuariquara, sem contar com gastos em capacitação, contratação e remuneração de guias, monitores e agentes ambientas indígenas que, obviamente, mesmo após capacitados, não deteriam as condições exigidas para adentrar no mercado de trabalho. Esses custos representariam dispêndios próximos a R$ 157 mil, a ser acrescidos da remuneração contratual de 10% da receita bruta da empresa, e ainda que a carga tributária representaria uma peso extra da ordem de 7% dessa receita. Para a empresa, o cancelamento foi visto como positivo.

    5) Comento nesse item a iniciativa dos vereadores de Barcelos, e me satisfaz finalmente ter visto um produto legislativo (e uma posição institucional) que tardou bastante a ser materializada. Inconstitucionalidades à parte, já que estamos num país em que as leis pouco ou nada valem, é alvissareiro o fato da mobilização havida acerca do tema. Contudo, será bem difícil superar o rolo compressor que advém do conjunto de entidades que se dizem protetoras dos direitos indígenas, na defesa de interesses multilaterais.

    6) O ideal é que SIRN e Barcelos unam suas forças para a retomada de seus direitos desenvolvimentistas, e neles a proteção social e econômica de seus povos - caboclos ou não, o direito de acesso e à propriedade de terras produtivas e das próprias instituições governamentais, como único meio de evitar que se tornem uma nova Pacaraima, hoje uma cidadezinha decrépita ilhada dentro da Raposa do Sol.

    Renovo abraços.

    Gilbertinho                                 

  7. Em 20/08/2017 em 06:07, Brunodepieri disse:

    Gilberto, primeiramente muito obrigado pelo auxilio, seguindo seu conselho dei uma olhada em motores 15, ai surgiu mais duvidas, vamos la, acho q podem me ajudar rsss

    olhando o motor de 15hp os valores ficaram mais agradaveis, consigo pegar um motor desse bem conservado e com mais economia pq acabei vendo varias opcoes, diferentemente dos 25 e 40 que sao mais escassos no nercado, pleo menos aqui na minha reguao...

    mas a duvida agora é a seguinte, quando olhei o motor 15 o preco ficoi melhor, porem com essa economia, aqui na loja tem a opcao de um motor 25 ano 96 sem detalhes, unico dono, o rapaz ate falou q me da ganratia, ele é partida eletrica, tem o motor original, esta aparentmente igual ao 2013 que estou vendo da yamaha...

    em resumo, pesquisando o motor de 15 vou diminuir por volta de uns 3 mil no meu orcamento, e pesquisando pelo 15 encontrei o mesmo 25 com essa mesma exonomia...

    e agora, o que fazer ?

    um tem partida eletroca, tem mais porencia, e o outro é mais novo e mais pratico pelo que ajudaram...

    na verdade estou na duvida de iniciante, como podem ver, ou pego uma CG zero ou pego uma hornet usado ? A hornet (600cc) anda mais, atrai mais os iniciantes mas nao sei se é melhor opcao, esta é uma analogia que nao sei se é a mais adequada, mas é assim que estou me sentindo...

    vou especificar melhor...

    motor 15hp 2013 R$ 4500

    motor 25hp 1996 mariner com partida eletrica R$ 4200

    motor 25hp antes pesquisado 6700

    motor 40hp antes pesquisado 7000

    desde ja agradeco a atencao de todos 

    Brunão, o quadro se complica um pouco.

    Ao recomendar o quinzinho, considerei todas as informações que você repassou, especialmente quanto a ter de carregar o motor do carro até o barco e vice e versa.

    O 25 que encontrou parece ser, em princípio, uma boa compra, mas entendo que no seu caso não é, e não apenas pelo peso (já aumentado por ter partida elétrica), mas também por ser um motor menos "amigável". No meu tempo, os Yamaha 25 tinham uma péssima marcha lenta, só eram bons em velocidade. Ainda pior, do 25 para cima os motores são um pouco "ignorantes", se você vacilar numa saída ou curva repentina pode dar zebra, o que não ocorre com o quinzinho, bem mais amigável, tolera erros de manobra sem causar danos materiais e físicos.

    Outra coisa, tomando a liberdade de dissentir de quem enxerga diferente, posso concordar que o estado de conservação de um motor fala mais alto, porém não tenho dúvida que o ano de fabricação tem muito a ver com o preço de revenda. Imagine um cenário hipotético, em que 2 motores idênticos, exceto pelo ano, estão à venda. Qual deles alguém vai preferir comprar? Aí entra em cena o ano de fabricação.

    Você fez uma analogia correta`ao estabelecer uma correlação com a questão das motos. Me fez lembrar que comecei com uma Suzuki 50cc, lá pelos idos de 1970, aumentando a cilindrada conforme ganhava experiência e confiança, até chegar a uma Harley 1500 cc, que vendi pouco tempo atrás. Nunca,  nessa caminhada, levei um tombo de moto. Esse é o caminho a seguir: aperfeiçoar progressivamente seus conhecimentos sobre navegação, barcos e motores, e daí pra diante o céu será o limite.

    Aproveito para contar um caso ocorrido com um Johnson 25, que costumávamos chamar de "Pé de Ferro", pois ele não tem nenhuma peça em plástico, como hoje, era puro alumínio. Tenho um desses de 45 HP em reconstrução, sem data para terminar. Mas o caso é assim: quando me encontrava na beira do São Lourenço, no Pantanal, onde morei por 17 anos, vi muitas comitivas de pescadores vindas de outros estados para pescar. Uma delas tinha um cara apelidado Nenê, que trouxe o pai para conhecer as belezas do Pantanal. O velho, até então, nunca havia entrado num barco. Acampamento montado, barcos e motores na água, o pessoal se preparando para a pesca, e o Nenê resolveu convidar o velho para dar uma voltinha de barco, o que foi imediatamente repelido. Conversa vai, conversa vem, o velho acabou por ceder aos argumentos do Nenê. Ato contínuo, entrou atabalhoadamente no barco, foi lá pra frente, cravou as mãos na borda, e olhando só para a frente, aguardou que o Nenê desse partida no Pé de Ferro e iniciasse a incursão. Lá vai o Nenê: afoga, puxa a fieira e nada. Desafoga, repete a operação, e nada. Aperta o bulbo, afoga novamente e puxa a fieira e...nada. Repetiu-se a operação por mais de 20 vezes: afoga, desafoga, engata, desengata, puxa fieira, e o resultado se repete. Nada. Já cansado, Nenê resolve ficar de pé, defronte ao motor. Engata, afoga, acelera e puxa a fieira. O Pé de Ferro pegou e saiu em disparada rio afora, o velho na frente com o olhar fixo no rumo que o barco seguia em alta velocidade. O Nenê? Bom, esse já tinha caído de cara na água com a arrancada do motor. O velho, todo alarmado, começou a gritar: "Nenê, tira a força, olha a praia. E nada. O velho gritou de novo, e nada, até que o barco subiu com tudo na praia do outro lado do rio, despejando o velho de cara na areia. Aí o velho levantou e gritou: "Nenê, seu filho da p...", você ficou surdo? Foi aí que viu o Nenê nadando lá pela outra margem do São Lourenço, doido pra sair da água.

    Cara, creio que coloquei algumas  minhocas em sua cabeça, mas espero sinceramente ter ajudado.

    Abraço do Gilbertinho da Amazônia     

     

     

  8. Cara, você tem um problema.

    O 40 pesa bastante, porém o 25 não é nada leve. Se você tiver que enfrentar apenas essas alternativas, fique com o 25, menos pesado e mais novo.

    Mas entendo que no seu caso (considerando que não tem barco), o melhor mesmo seria um 15 HP de boa marca, que é suficientemente leve para manejar do carro para o barco e vice-e-versa, além de ser bastante versátil, econômico, com ótima manobrabilidade e bom desempenho, conferindo ainda maior segurança em navegação. Além disso, do ponto de vista de valor de revenda, bate nos outros dois. 

    Já tive vários motores com potência de até 270 HP, e tenho 4 na atualidade, com potências de 8, 40, 115 e 270 HP, mas o "Quinzinho" dá muita saudade.  

    Já que está acumulando uma reserva para a compra, pense nisso.

    Espero ter sido útil.

    Abraço do Gilbertinho da Amazônia  

  9. 2 horas atrás, Marcos Juliano disse:

    Boa noite

    acredito q uma boa parte disso se deve a ansiedade que temos , de porventura não pescarmos ou embarcarmos peixe por não termos o material "adequado". Aí queremos cobrir todas as possibilidades de uma pescaria com material de sobra. Da uma sensação positiva de "estar preparado". Além disso , pra quem não pode pescar semanalmente, comprar tralha é um "aperitivo" , mata um pouco a saudade do ambiente de pesca. De qq forma , como em tudo , consumir demais é um erro nosso e acho q devemos usar cada vez mais os escambos.

    abraco 

    Marcão, quando fala em escambo, vejo uma coincidência com a historieta que contei na postagem logo acima: "troco uma coisa que não preciso por outra que também não preciso..." . Todo o resto de sua fala é correto, embora discorde da justificativa de comprarmos tralhas como medida preventiva. Somos viciados e insaciáveis mesmo, é preciso reconhecer.

  10. O Astra tem razão, o envelopamento tradicional vai cedo para o brejo, e o especial é por demais caro.

    A sugestão que ele deu em relação ao verniz automotivo é boa, e sua aderência pode ser bastante otimizada se você se dispuser a lixar a pintura original com lixa grão 2.000 para depois aplicar de 3 a 4 demãos de verniz PU, que é bem resistente e mantém as características de brilho do produto final.

    Abraços do Gilbertinho

  11. O tema está pra lá de bem discutido.

    No meu pensar, fazendo uma auto-crítica sobre o que fiz em quase 50 anos (tenho 69 atualmente), conclui que reagimos até exageradamente em certos casos, segundo a atração exercida por alguma coisa, o que nos leva a ocultar os brinquedinhos que sorrateiramente compramos, quando dá, e quando não é possível recorremos à toda sorte de argumentos para justificar as aquisições, inclusive a nós mesmos, quando nos apercebemos que extrapolamos o limite do bom senso. Pessoalmente, já experimentei essa sensação de arrependimento, mas o que fazer, se num certo momento essa reação aflorou e acabei por comprar mais e mais do que já era suficiente? Alguém pensa que essa mania tem fim? De fato tem, é quando a gente morre, porque na verdade, substituímos uma coisa por outra no decorrer do tempo. Se de um lado coloquei num segundo plano as tralhas e quinquilharias da pesca, de outro me fixei em barcos, motores e veículos, tudo de uma forma exagerada, pois minhas necessidades apontam exatamente em sentido oposto, já que bastaria apenas uma unidade de cada um para atender minhas demandas. A meu ver, quem fez referência ao termo "acumulador", passou  muito perto da resposta. Se isso for uma doença, sou mais um membro do clube, porque achar que isso é normal, no sentido lato do verbete, considero equivocado. Esse assunto me fez lembrar uma frase engraçada dita por um ancião alasquiano, dono de um ferro-velho (episódio da Grande Família do Alasca). Ele disse mais ou menos assim: "eu troco uma coisa que não preciso por outra que também não preciso, vendo outra coisa que não preciso para depois comprar outra que também não preciso". Acho que a gente meio que se enquadra nessa situação porque, ao menos no meu caso, já troquei iscas por iscas, comprei tantas outras que nunca usei, já tive inúmeros barcos ao longo do tempo e hoje tenho "apenas" quatro, quando só preciso de um, tenho cinco carros de uso pessoal, e se aparecer algum desses itens que me agrade...sei não! A cada besteira dessas que faço, minha filha (sou viúvo) indaga: outro? pra quê? E lá vou eu a dizer que é investimento, coisa e tal.

    Dileto amigo, não se preocupe, todos neste Fórum sofrem da mesma enfermidade, que aliás nos traz sempre muita alegria, chiadeira das briguentas à parte, sempre dá pra contornar, desde que atendamos também e bem todas as demandas delas e da filharada.

    Abraços do Gilbertinho 

  12. 2 horas atrás, JCKruel disse:

    Caro Gilbertinho,

    Espero te encontrar bem, gozando de boa saúde e usando na plenitude as tuas faculdades mentais! Tens meu respeito conquistado nos debates anteriores e nada fará com eu mude minha convicção sobre a tua competência nas consultorias que presta, na tua seriedade, no teu compromisso com a causa ambiental e nada poderá macular o valor insuprível da tua capacidade!

    Entretanto, pela primeira vez vejo você com dificuldade para argumentar, pois buscas justificar o injustificável!  Os tempos mudaram, a política brasileira mudou, a CPI sobre as terras indígenas acabou e com conclusões que deverão provocar notáveis mudanças nesta farsa indígena montada por fóruns, ISA, federações e confederações de forma que é mera questão de tempo para que as reservas indígenas sejam apenas as consideradas existentes quando da promulgação da Constituição Federal de 1988. Vitória da bancada ruralista... Qual o tamanho da bancada indígena?

    O foco principal não respondeste, mas voltarei a ele logo adiante e dessa vez gostaria que você contribuísse com o teu inegável conhecimento e tentasse esclarecer quanto ao direito ou não de pescarmos em reservas indígenas.

    Até chegarmos ao ponto crucial deste debate é justo que possamos nos divertir um pouco, pois para mim, na idade que estou, estes debates alimentam este velho cérebro, ainda com alguns neurônios e no final ainda terei que te agradecer porque não pretendo morrer de Alzheimer! kkkkkk

    Pontuando tuas ponderações, sempre pra lá de interessantes : "(...) pois as organizações indígenas são fortemente influenciadas por ong alimentada por recursos financeiros e diretrizes que não interessam ao País, o que me faz lembrar saudosamente dos tempos do governo militar, em seu lema “integrar para não entregar” sobre a Amazônia. Infelizmente, os governos que o sucederam fazem diametralmente o oposto, estão entregando nossa Amazônia aos interesses internacionais. Os discursos demagógicos sobre o suposto espírito humanitário são nada mais que uma cortina de fumaça capaz de enganar os tolos de plantão, especialmente afamados artistas nacionais que residem em países europeus e norte-americanos. O interessante é que o próprio Ministério Público Federal embarcou nessa também, na medida em que silencia sobre o problema e apoia as iniciativas dessas organizações."

    As afirmações acima, seríssimas por sinal, não chegam a causar surpresa a ninguém aqui do fórum, haja vista que de há muito sabemos não só do teu conhecimento mas especialmente do teu amor pela Amazônia! São afirmações de um cidadão verdadeiramente preocupado com os desmazelos do poder público, mas como eu, sabes muito bem que as instituições não erram: certos servidores sim... Então,  te convido a respeitar as instituições MPF, FUNAI E IBAMA, pois em breve terás a oportunidade de estar com elas (talvez em juízo)  debatendo o futuro das operações de pesca esportiva nas reservas indígenas!

    Como muitos brasileiros, onde também me incluo, tens saudades dos governos militares,  pois passados tantos anos após 1964 estão aí os restos de um  Brasil  destruído social, econômica e moralmente  dilapido pela esquerda festeira e irresponsável que governou por tanto tempo.

    Mas falando de militares, (minha família já teve vários generais) o presidente da FUNAI,  Franklimberg Ribeiro de Freitas é general do Exército e tem origem indígena. Freitas é manauara, tem 61 anos, e é militar da reserva. Ingressou nas Forças Armadas em 1976, na Academia Militar das Agulhas Negras, atuou no combate a crimes ambientais, tráfico nas fronteiras e apoio às comunidades indígenas da região. Antes de entrar na Funai era assessor de relações institucionais do CMA (Comando Militar da Amazônia), sediado em Manaus (AM), cargo que ocupou até janeiro deste ano quando foi nomeado diretor da fundação, sendo que agora exerce as funções presidenciais na Funai. É um homem probo e como todos os generais chegou ao topo por méritos próprios construindo sua carreira defendendo nosso país e a Constituição Federal! E é esse homem que estaremos em breve...Tenha certeza que providencias serão tomadas dentro da ética, da legalidade e da moralidade, mundo do qual ele jamais se dissociou.

    Na minha opinião, doravante, ninguém mais vai pescar em reservas indígenas!

    É uma pena que River Plate não tenha procurado um acordo com os outros operadores antes... Porque agora não se trata mais de Santa Isabel ou das pretensas reservas que serão criadas ou não! Se trata das 12 operações dela em terras indígenas, pois se não pode em Santa Isabel não poderá em lugar nenhum!

    Mas vamos ao ponto crucial da discussão, caro Gilbertinho: afirmei e reafirmo que o direito indígena limita-se ao usufruto do bem meio ambiente para sua subsistência, mas jamais a Constituição e o Estatuto do Índio deram poderes para transigir sobre direitos exclusivos e inalienáveis sobre a segurança alimentar deles.

    O que estou dizendo é que na minha humilde opinião (nem advogado sou, lembra?) é que eles não são donos de terras e lagos e rios,  apenas tem o usufruto vitalício por "n" gerações ou até pela eternidade, daí o não reconhecimento dos índios pela CF como capazes, originando-se daí a tutela de seus bens pela União.

    Tenha paciência com este velho pescador e me ajude a sair da ignorância...

    Explique para mim qual a tua posição sobre isso e onde estou errando na interpretação da Constituição Federal.

     

    Abração

    kruel

    Caro JC,

    Primeiro, quero registrar meu apreço por instituições sérias como o MPF, porém não vejo razão para me ver instado a mudar minha opinião. Uma coisa é reconhecer a relevância de sua atuação, num plano geral, outra é, por temor de possíveis consequências, renunciar ao direito de emitir opinião, num cenário em que evidencia um tratamento bastante distinto quando a pauta trata de interesses e demandas indígenas, que invariavelmente suprimem direitos e causam fortes impactos nas sociedades envolventes. Há muitos casos que corroboram essa assertiva, na medida em que, limitando-me a expor sobre a problemática indígena em Roraima, cito como exemplo a questão das linhas de transmissão de eletricidade no trecho Amazonas-Roraima, unidade federada que se vê ao longo dos anos dependente do fornecimento de energia elétrica pela Venezuela (Linhão de Guri), situando-nos como reféns de um país politicamente instável e sujeitando-nos a frequentes apagões. Veja que a decisão do STF sobre a Raposa do Sol estabelece que obras públicas não podem ser impedidas pelas populações indígenas, porém a realidade demonstra exatamente o contrário, sem que se verifique a preocupação do MPF quanto ao problema, que afeta indistintamente toda a população do estado. Tive oportunidade de tratar de assuntos relacionados à pesca esportiva em terras indígenas com a PGR, em Brasília e com procuradores federais em Manaus. Tratam-se de pessoas do mais alto gabarito, mas quando o assunto envolve populações indígenas, a balança pende para um único lado. Talvez isso decorra da preocupação com atos lesivos que venham a ser perpetrados por empresas e pessoas de má índole em suas relações com os povos indígenas, porém entendo que para eliminar os carrapatos não se faz necessário matar o boi, basta que o interesse na exploração do patrimônio material e/ou imaterial desses povos seja sempre balizado pelo MPF. 

    mais: caro JC, nunca me furtei ao cumprimento da lei. No caso Jurubaxi, para ter uma ideia, em abril pessoalmente interpus pedido de audiência ao MPF/AM, onde compareceríamos acompanhados das lideranças locais. O objetivo era o de inteirar o procurador sobre o assunto e dele ouvir toda e qualquer instrução ou recomendação, de modo a nos alinharmos perfeitamente com as posições do MPF. Infelizmente, esse pleito não foi atendido.

    Quanto ao General Franklinberg, atual presidente da FUNAI, adianto que o conheci quando ainda dirigia a área de desenvolvimento socioambiental da Fundação. Na verdade, ele havia sido anteriormente indicado para ocupar a presidência da Fundação, notadamente diante de sua origem indígena. Isso não ocorreu em razão do veto de organizações indígenas, certamente incomodadas pelo seu histórico militar na Amazônia Ocidental. Com a exoneração do ex-presidente "Toninho", restabeleceu-se a condição necessária à sua assunção ao cargo que atualmente ocupa. Situo o General como pessoa de índole inatacável, preparado, muito experiente e conhecedor das sutilezas e dos multifacetados cenários que envolvem a Amazônia e as causas indígenas. E o melhor de tudo, é que se trata de pessoa de fácil acesso e sempre pronta ao diálogo.

    Quanto ao IBAMA, pouco tenho a dizer. A CF/1988 define sua competência em relação aos interesses de terceiros na realização de atividades econômicas em terras indígenas e, até onde sei e vejo, sua atuação não merece reparos, exceto pela crônica falta de recursos financeiros para fazer mais e melhor.

    Finalizando essa brevíssima manifestação, em meu pensar deveria ser criada uma representação que congregasse todas as associações de operadores de pesca da Amazônia, estabelecendo-se nisso um fortalecimento institucional capaz de rechaçar ameaças e dar curso a diretrizes amplas e planejadas, cuja execução resultaria na mudança dos atuais paradigmas, em todas as frentes, influenciando as políticas públicas do setor, a edição e aplicação das leis, a incorporação de atributos indispensáveis, como a responsabilidade social e um correto ordenamento pesqueiro, assegurando aos mercados a oferta de um produto turístico de primeira qualidade e uma política de preços acessíveis, focadas no crescimento quantitativo de pescadores que aspiram conhecer e pescar nas águas da nossa Amazônia. Venho há muito pregando essas ideias a um amontoado de surdos, o que me leva a concluir que estou a falar bobagens ou de algo meramente utópico.

    Cara, fica com Deus e tenha um bom final de semana.

    Abraços do Gilbertinho.               

     

  13. 13 horas atrás, JCKruel disse:

    Pois é Gilbertinho...

    Que bom que agora estás acenando com uma bandeira branca!

    Que bom que agora estás sugerindo um entendimento entre os operadores de turismo no Médio Rio Negro! Por mim, tal entendimento deveria passar por todo o Rio Negro, abandonado como toda a Amazônia pelos (des) governos a ponto de causar prejuízos irreparáveis as comunidades ribeirinhas e aos municípios do interior do Amazonas.

    Só como exemplo, moras numa região em que um estado viu sua área ser reduzida a 20% do seu território por decisão do STJ! No médio Rio Negro já temos 14 reservas indígenas que representam milhões de hectares destinados a indígenas e a outros nem tanto (afinal por lá quase todos tem sangue indígena) de forma que, caso sejam homologadas as TI na região Téa-Jurubaxi, causarão um enorme prejuízo a Santa Isabel e condenarão o município  a um futuro nada promissor: a perpetuação da miséria...

    A estratégia de se criar reservas indígenas para usufruto exclusivo de empresas que atendem especialmente a turistas estrangeiros tem vários problemas, mas destaco a redução das áreas municipais que poderiam no futuro, consolidar turismo, renda e empregabilidade para  muitos, como destaco que  tais procedimentos por ONGs, seus antropólogos  e Cia não devem estar a serviço do nosso país...Tais procedimentos asseguram que acontecendo adversidades climáticas (por exemplo) garantiriam a Amazônia (como um todo) para a ocupação por países estrangeiros!

    Não desconsidere que os trabalhos realizados por institutos e Ongs, durante muitos e muitos anos na região, organizando confederações, federações, fóruns e outras lograram êxito porque o modelo adotado por eles é um sucesso!

    Há casos que a estrutura deles faria inveja a vários sindicatos brasileiros... Além disso proporciona promoção pessoal a índios e pseudo índios a ponto de despertar neles o interesse político como se tornarem vereadores e prefeitos ou tentarem se eleger. Não que seja errado tal procedimento, longe disso, de minha parte considero que é uma ação legítima e promissora, mas hás de convir que a partir deste momento deixam de ser índios para se tornarem  cidadãos brasileiros e, portanto, subordinados as leis pátrias...

    Aí começam verdadeiramente os problemas! Tens o costume de alegar em teus post a  IN/03/FUNAI/2015 como se ela fosse a panaceia das soluções para a pesca esportiva em reservas indígenas, quando na verdade ela é contraditória em vários aspectos e ilegais em outros. Te afirmo que ela não irá sobreviver como está formulada porque não passa do famoso jeitinho brasileiro para burlar a Constituição Federal , o Estatuto do Índio e outras mazelas mais. 

    Os comportamentos derivados destes jeitinhos em breve serão questionados nas esferas superiores porque a IN 03 não tem o dom de revogar o arcabouço legal brasileiro e te asseguro que haverá ações da corregedoria do MPF, da FUNAI e até do próprio IBAMA. Pelo que sei, antes de ações judiciais que parecem se avizinhar há pessoas juntando as provas necessárias para que as correções sejam adotadas por via administrativa, sem prejuízo de eventuais ações penais dos envolvidos. Com a experiência que tens bem sabes que depois das sindicâncias pode ocorrer a abertura de inquéritos administrativos e eventuais punições aos envolvidos, caso sejam servidores públicos... 

    Pois é Gilbertinho, a mim parece que os operadores que você representa têm sido usados pelos institutos sócio ambientais da vida, pelas federações indígenas, pelos fóruns indígenas que foram sendo estruturados ao longo dos anos. As Ongs indigenistas, seus antropólogos e Cia Ltda são por demais conhecidos porque são sempre os mesmos, fazendo as mesmas coisas e buscando incessantemente a criação de novas reservas com fins inconfessáveis, que acabam levando o nada a lugar nenhum! Veja que no entorno de SIRN já existem, aproximadamente  14 reservas indígenas que representam milhões de hectares inalienáveis, indisponíveis e reservados para perpetuar a indigência que este pobre povo amazônico está a viver nesta situação! Que coisa lamentável...

     

    Por outro lado, para mim está claro que a “galinha dos ovos de ouro” é a pesca esportiva e que os indígenas desavisados estão dispostos a mata-la, dada as tuas considerações sobre a exorbitância que estão a cobrar da River Plate em suas operações em TIs.

     

    Mas a “festa” parece que vai acabar em função de que eventuais interessados estão dispostos a investigar, coletar provas, fazer denuncias administrativas às corregedorias de cada ente envolvido, enfim passar a limpo tudo que está acontecendo em SIRN. Pasme você, que existem até evidências da pratica de advocacia administrativa em estudos realizados e a realizar por servidores públicos e queira Deus que a River Plate não tenha pago nada a técnicos do IBAMA porque, bem sabes, isso é crime!

     

    Mas se realmente tens intenção de ajudar no ordenamento pesqueiro do Rio Negro, com todo mundo desarmado, unidos num ideal de construção de um futuro melhor baseado na legalidade, na moralidade e nos princípios básicos que regem a gestão pública meus parabéns e que obtenhas o maior sucesso! Só temo que não tenhas a liderança para juntar tantos interesses contraditórios!

    Em todo o caso vou dar a minha contribuição:

    No teu post colocas: “Não por menos, vemos empresas disputando os mesmos espaços de pesca, como sempre se viu, cada qual objetivando oferecer o melhor produto a seus clientes e aumentar suas receitas, sua clientela e seu próprio status. Uma verdadeira batalha campal, mas o certo é que raras empresas buscam regularizar-se com foco no alcance de áreas preservadas que lhes assegurem maiores receitas e exclusividade em sua exploração. Vale tudo.”

     

    No caso, a priori, concordo com as tuas ponderações, mas hás de convir que neste vale tudo que te referes é apenas uma escolha e que escolhas costumam gerar consequências... Como as questões em pauta derivam de ações/omissões/jeitinhos de agentes públicos envolvidos (MPF, FUNAI, IBAMA entre outros) que resolveram permitir a pesca em reservas indígenas, a minha interpretação diverge um pouco quanto a forma e legalidade com que isso está ocorrendo.

     

    Isso porque as ações que determinam a presença do poder público em áreas indígenas são regidas pelos princípios básicos inerentes a gestão pública e, sem querer encher o saco de quem não é afeto a área jurídica, mas para um melhor entendimento de todos, me obrigo a abordar:(o abaixo não é para você que é advogado, mas sim para os leigos entenderem melhor a situação existente em SIRN e firmarem suas próprias convicções).

     

    Princípio da Legalidade: A Legalidade está no alicerce do Estado de Direito, no princípio da autonomia da vontade. Baseia-se no Art. 5º da CF, que diz que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei",  pressuposto de que tudo o que não é proibido, é permitido. Portanto, só podemos fazer o que a lei nos autoriza. Em suma, a CF 88 e o Estatuto do índio proíbem a pesca em reservas indígenas! A FUNAI estaria acima da Constituição e da Lei? Qualquer agente que se distanciar dessa realidade, poderá ser julgado de acordo com seus atos. Aqui cabe ressaltar que não existe previsão de pesca esportiva na legislação federal, logo a IN 03 está transigindo com o direito indígena porque a pesca amadora pode matar 10 kg mais um exemplar segundo a recente Portaria do IBAMA. Podes alegar que se trata de pesque e solte nas TI, mas ainda assim pesca que é proibida, e eu pergunto qual a base legal para a FUNAI estar fazendo isso? Haverá solução para este impasse? É possível que sim, mas é assunto para outro tópico...

     

    Princípio da Impessoalidade: Todos devem ser tratados da mesma forma, igualitária, logo as ações de exclusividade que alegas no “vale tudo” já viola este preceito constitucional e pior, cria a categoria dos pescadores preferidos e os preteridos. Embora você tente justificar os altos custos operacionais da exclusividade imposta pelos indígenas, só os estrangeiros têm recursos para bancar pacotes em torno de $5.500,00 dólares, impedindo os pescadores brasileiros de conhecer sua própria terra! Considere que a IN 03 da FUNAI que tanto você cita, burla este principio porque é em decorrência dele que temos a licitação como uma das formas corretas de resolver este tipo de problema (existem outras). Não é porque sejam indígenas que podem ter absoluta liberdade de impor suas vontades e violarem a CF88, porque mesmo indígenas são antes de tudo brasileiros, já que são os povos originários! Considere ainda que por serem tutelados pela União não podem a FUNAI e o MPF transigir com o direito deles. Além disso, tal direito limita-se ao usufruto do bem meio ambiente para sua subsistência, mas jamais a Constituição e o Estatuto do Índio deram poderes para transigir sobre direitos exclusivos e inalienáveis que é a segurança alimentar deles. Adiante eu chego lá para tentar provar que a IN foi elaborada em eiva de vícios.

     

    Principio da Moralidade: significa o dever do administrador de cumprir a lei formalmente, procurando sempre o melhor resultado para os administrados. Pelo princípio da moralidade não basta ao administrador o estrito cumprimento da lei, devendo ele no exercício de sua função pública respeitar os princípios éticos de razoabilidade e justiça. O que a Funai faz é razoável e justo? Não é nem com os índios, quanto mais com os pescadores...

     

    Princípio da Publicidade: impõe a plena transparência em relação ao comportamento da administração pública.  Parece que até isso tem faltado nas ações de alguns operadores no Médio Rio Negro. Vemos ações obscuras outras beirando os conchavos na busca da tal exclusividade e por parte da FUNAI, o esquecimento de que as leis, atos e contratos administrativos produzem consequências jurídicas fora dos órgãos que os emitem.

     

    Princípio da Eficiência: nada mais é do que a obtenção do melhor resultado com o uso racional dos meios disponíveis. O mestre Hely Lopes Meirelles nos fala sobre isso da seguinte forma: “o princípio da eficiência se impõe a todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros”. No caso, estariam as comunidades ribeirinhas não indígenas e o município de SIRN, sendo atendidos com a infindável tentativa de criação de novas reservas indígenas, que além de suprimir seu território está suprimindo de SIRN e seus habitantes o direito de ter um futuro digno?

    Sabe companheiro, antes que este post se torne um livro vou parando por aqui me dispondo a discutir futuramente a matéria constitucional e o estatuto do índio com quem se dispuser a avançar nas soluções. Tenho também um pedido, isso na condição de idoso, e um dos pioneiros da pesca esportiva brasileira: parar com estudos rápidos pagos por empreendedores do turismo, até porque em meio ambiente nada é tão rápido e nem pouco consistente , e muito menos inconclusivos como vi alguns usados para justificar exclusividade! Se a pesca esportiva não mata, polui pouco ou nada, se é solução econômica para as populações ribeirinhas, índios ou não índios,  por que a hipocrisia de fechar o Jurubaixi para gerar estudos superficiais que não se prestarão para objetivos escusos? 

    Ainda : pelo bem geral de todos, para de ajudar na tentativa de  criar mais reservas indígenas! kkkkkkk

    um grande abraço e #@%&* por teres me tirado da zona de conforto!

     

    Kruel

     

     

     

    Caríssimo JC, permita que eu comente o seguinte:

    Quando diz “caso seja homologada a T.I. Jurubaxi-Téa” podemos tirar o cavalo da chuva. A homologação é irreversível e, pior que isso, segundo a postado na página da FOIRN (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, no todo são 4 terras indígenas em processo de regularização. Logo Santa Isabel do Rio Negro passará a ter o mesmo destino de Pacaraima, em Roraima, que é hoje uma cidade encravada na Terra Indígena Raposa do Sol. Não duvido que um dia Manaus caia na mira da gula indigenista, afinal, seu próprio nome deriva da etnia Manaó. É bom que a FUNAI não se aperceba disso.

    Prejuízos socioeconômicos? Ora, nosso governo não quer nem saber se a população de Santa Isabel irá perder terras, empregos e negócios, basta ver o histórico da região da Raposa, onde fazendas altamente produtivas foram expropriadas, deixando patrões e empregados a ver navios. A história se repetirá, tenha 100% de certeza.

    Relativamente à leitura que faz sobre a questão do turismo nas terras de Santa Isabel, a razão mais uma vez lhe assiste. Não necessariamente pelo fato de estrangeiros virem para cá, o cerne do problema está nos altíssimos custos que qualquer empresário do ramo da pesca terá de assumir para fechar contratos com a representação indígena. Esse fator coloca na estratosfera os preços dos pacotes de pesca, e não se pode estender a culpa ao operador.

    Parece que você escolheu o dia para acertar em tudo, pois as organizações indígenas são fortemente influenciadas por ong alimentada por recursos financeiros e diretrizes que não interessam ao País, o que me faz lembrar saudosamente dos tempos do governo militar, em seu lema “integrar para não entregar” sobre a Amazônia. Infelizmente, os governos que o sucederam fazem diametralmente o oposto, estão entregando nossa Amazônia aos interesses internacionais. Os discursos demagógicos sobre o suposto espírito humanitário são nada mais que uma cortina de fumaça capaz de enganar os tolos de plantão, especialmente afamados artistas nacionais que residem em países europeus e norte-americanos. O interessante é que o próprio Ministério Público Federal embarcou nessa também, na medida em que silencia sobre o problema e apoia as iniciativas dessas organizações.

    Ops, vejo-me na contingência de retirar a assertiva elogiosa que lhe atribui há pouco. Ao ler seu comentário subsequente, não vejo como lhe dar inteira razão, porque todas as instituições federais que você cita estão envolvidas até o pescoço nesse processo de expropriação e destinação de terras públicas visando a criação de terras indígenas. Pessoalmente estive na Procuradoria-Geral da República, no MPF no Amazonas e na sede da Funai, em reuniões de trabalho com decisores. Quanto ao Ibama, é bom que o amigo saiba que ele é quem faz os estudos de campo para a pesca esportiva e a análise das peças técnicas produzidas pelas empresas interessadas. Infelizmente, não devo citar nomes, mas bem que gostaria de dar nome aos bois.

    O amigo diz que “a festa parece que vai acabar...”, e versa sobre investigações, coletas de provas, etc., e conclui dizendo que “tomara Deus que a River Plate não tenha pago nada a técnicos do IBAMA porque saber que isso é crime”. Caríssimo Kruel, só Deus sabe o que a empresa já passou e ainda tem de passar para iniciar as atividades de pesca no Jurubaxi. Ademais, em minha condição de consultor, jamais daria suporte a decisões dessa natureza. Ou tudo é feito em conformidade com a lei ou nada é feito, e isso sempre foi respeitado.

    Olha, você escreveu bastante, e gostaria mesmo de comentar literalmente tudo o que disse, porém, pelo adiantado da hora, limito-me a concluir comentando seu último parágrafo, ratificando meu entendimento que não apenas os rios de terras indígenas, mas todos os que detenham potencial pesqueiro para a pesca esportiva sejam devidamente zoneados conforme sua extensão, admitindo-se duas ou mais zonas de pesca que seriam, em homenagem ao Princípios da Legalidade e da Transparência, devidamente licitadas. Nesse caso, a exclusividade estaria assegurada a todas as empresas vencedoras de certames, o regramento garantiria a perpetuidade das espécies da ictiofauna, os ribeirinhos receberiam uma justa paga pela cessão dos direitos preferenciais de uso, os governos receberiam os tributos cabíveis e os pescadores esportistas pagariam preços razoáveis para exercitar seu esporte favorito, depois de namorar as mulheres. :gorfei:

    6 horas atrás, Fabrício Biguá disse:

    Kr@lho, Kruel...até q enfim alguém resolveu colocar "no papel" o que eu e vários outros amigos sabemos, mas não conseguimos repassar.

    Seu texto foi perfeito. Parabéns mesmo.

    Eu, que moro na capital do país, vejo aberrações jurídicas a todo momento, imagine o que não ocorre lá pra cima!??! 

    Cheguei a tirar uma print do site da River Plate onde o slogan usado é:

    "Desde 2002 as autoridades brasileiras tem permitido a entrada exclusiva em 12 terras indígenas ..."

    IMG_3143.JPG

     

    Quero ver como eles irão fazer pra explicar isso nos tribunais superiores quando esta merd@ toda for parar lá. 
    Se antes esses conflitos passavam apenas nas mãos de juízes de primeiro grau, ou apenas procuradores substitutos que tb acolhem acordos pra lá de suspeitos (como na época do Unini), vamos ver como este assunto será tratado quando constatarem que esta exclusividade só atende, em sua maioria, povo estrangeiro!?!
    Agora as denúncias irão mudar de lado. A associação dos pescadores esportivos de SIRN está atenta e reunindo todas as informações necessárias para levar o assunto até Brasília. A Associação já levou parte ao Ministério da Justiça (até mesmo na corregedoria deste órgão), e em breve estará disparando pra todos os órgãos de direito.

    Como eu disse, esse assunto vai longe.

    Mas voltando....E como a turma agiu em SIRN??! Seja FOIRN, ISA, IBAMA e etc!??!
    Fizeram uma denúncia ao MPF onde falsamente foi informado que as operações feitas em SIRN eram feitas dentro de terras indígenas.
    Ocorre que lá possui várias terras indígenas próximas...daí o MPF, sem saber onde realmente é TI e onde não é, recomendou a não venda de pacotes dentro de áreas q realmente são TI.
    Como a boca dos 4 afluentes de SIRN (q não são TI), tiveram suas terras delimitadas pela FUNAI em 2015 (carecendo de homologação, registro e posse), foi espalhado na região que a IN03 garantiria os "direitos indígenas" aos ribeirinhos. 
    O GTE/MJ foi criado justamente para rever todos os estudos/delimitações feitas pela FUNAI, ou seja, se a "TI" Jurubaixi-Téa já fosse dos índios, o Ministro não teria perdido o seu tempo e o nosso o dinheiro para criar este Grupo.

    Pior, o IBAMA, um órgão federal e mantido por nós, esteve na região para "avalizar", juntamente com vários outros órgãos, o acordo de exclusividade da River Plate no rio Jurubaixi. :suicide:
    Eles não aparecem nas fotos das negociações, mas sabem de tudo o q está ocorrendo lá dentro e ainda divulgam q a IN03 vale naquela localidade, ou seja, o IBAMA está fazendo um desserviço ao povo do município. Diz que vai ordenar a pesca na região para evitar o conflito, sendo que a primeira coisa q fez foi avalizar uma operação exclusiva num afluente, deixando de fora centenas de pescadores que estão prontos pra visitar a região, isso, às vésperas do início da temporada de pesca.

    Oras...com o Brasil precisando de estudos e ordenamento em vários rios federais incríveis que estão sendo destruídos, rios de atribuição do IBAMA, pq o IBAMA estaria tão interessado em participar de ordenamento lá no fim do mundo, com a desculpa de que o MPF, FUNAI e etc, recomendaram!??!
    E foi aí q se descobriu que vários estudos feitos pelo IBAMA foram feitos pelo mesmo funcionário nestas áreas de conflito envolvendo TI, envolvendo ISA, envolvendo antropólogas e em alguns casos, envolvendo os locais onde estão as operações da River Plate (coincidência?!?! não sei, mas cabe a associação perguntar pro IBAMA em Brasília!!!). Todo mundo junto nos mesmos estudos, nas mesmas regiões, nos mesmos interesses. Fazem estudos para operações de pesca dentro de TI, mas não tem um brasileiro operando dentro destas terras, ou melhor, como o próprio site da River Plate diz, "operamos em 12 áreas exclusivas". Ah, me esqueci, tem a Acute Angling no Marié...mas, como o Gilbertinho disse, a empresa é Boliviana. :blush:...ou seja, estudo pra beneficiar brasileiro não tem um...rsrs
    Resolver os milhares de problemas em rios que realmente precisam de ordenamento, nada, né!??! Mas resolver conflito pescando, ops, pesquisando nos melhores rios do Brasil, mesmo que seja pra resolver o problema de meia dúvida de envolvidos, aí o IBAMA trabalha ferozmente?!?!
    Marié, Água Boa, Marmelos, Viruá....rapaz, tô pensando em fazer concurso pro IBAMA, só pra pescar nestes rios.

    Aos poucos foram atropelando a CF, e, com aquele jeitinho brasileiro, as aberrações, como esta IN03, foram garantido que os índios não levassem problemas ao judiciário..rsrs.
    Se os índios quisessem apenas suas "terras", certamente não aceitariam essa IN03.
    Como diria a turma da FOIRN, "passou-se o tempo em que o índio se vendia por um espelho"....ok, só deveriam acrescentar q por um avião e algumas Hilux, a IN03 pode ser interessante....rsrs

    Ah, e apenas a título de conhecimento, FOI SUSPENSO O ACORDO DE EXCLUSIVIDADE FEITO NO JURUBAIXI PELA RIVER PLATE...Sim, foi suspenso. Os vereadores e a FOIRN foram até as comunidades ribeirinhas e, quando viram q o acordo não os beneficiava da forma pretendida ($$$), suspenderam o acordo.

    Ah, e o mais interessante é que agora o IBAMA diz que estará fechando o Jurubaixi em setembro e o Uneiuxi em outubro para fazer uma pesquisa por lá....kkkkkkk...Ou irão usar a IN03 pra falar q lá é indígena e a FUNAI fechar, ou vão tentar convencer o município a fechar pq lá é uma APA (Área de Proteção Ambiental). Cara, é uma piada, como o "IBAMA" resolve, com a desculpa de fazer estudo pra organizar a pesca na região, pescar nos melhores afluentes de lá e bem no começo da temporada (onde teoricamente se tem o melhor regime de águas)...rsrsr... Tô quase achando que aquele meu amigo americano tarado por pesca passou no concurso do IBAMA...rsrs
    Eles irão usar o argumento de que é preciso pescar na vazante....mas quero ver eles fazendo estudo na enchente...rsrs..Ops, na verdade eles não tem um estudo feito na cheia. Eu não entendo nada de estudo, mas os entendidos no assunto dizem q um estudo pra ser bem feito tem q se levar em consideração anos de pesquisa, e em diferentes épocas e regimes de água.

    Resumindo...eu não estou aqui pra ficar falando mal do IBAMA. Certamente eles terão boas justificativas para a questão, mas que num quadro geral a coisa é muito estranha, isso é. Mesmo q seja tudo legal, tais atitudes levantam uma suspeita fundada e a associação viu isso.
    Se querem ordenar a pesca, q ordenem...mas o façam de forma transparente. Comecem um estudo sério assim q as operações de pesca se encerrarem....Publiquem o estudo,  conversem, chamem os principais interessados para o debate e deem transparência ao processo. Tenho certeza q isso faria os próprios operadores, vereadores, comunidades ribeirinhas e etc, apoiarem a iniciativa.

    Torço para que a associação consiga ordenar a pesca na região, juntamente com os vereadores/prefeito. E q estas empresas gringas, assim como as TI no Brasil, percam força a cada dia. Precisamos garantir que nosso território seja utilizado por todos nós com igualdade. Esse negócio de proteger negro, pobre, rico, branco, amarelo, bicha, alto, magro, mulher e etc, tem q acabar. Somos todos cidadãos, somos todos IGUAIS...:wild:

    Dileto Capita, permita que eu faça alguns esclarecimentos:

    1 - A FOIRN assinou contrato com a Liga (River Plate) dia 12 deste mês. Dois dias depois, resolveu que o contrato teria de ser alterado, e a empresa concordou, estando agora no aguardo da elaboração de Termo Aditivo ou coisa que o valha para que, enfim, o assunto seja encerrado;

    2 - O contrato estabelece que a Liga (River Plate) irá operar unicamente na temporada 2017/2018, tempo necessário à elaboração de estudos de campo (ambientais e socioeconômicos);

    3 - A Liga (River Plate) se valeu de duas lacunas na IN 03/2015/FUNAI para postular a autorização de pesca na temporada 2017/2018. É que não havia sido editado e publicado documento orientativo de elaboração dos Planos de Visitação, e não havia sido concluído e publicado o Termo de Referência aplicável para o turismo de pesca, como prevê a norma. A Funai-sede acolheu os argumentos e estendeu o prazo para apresentação dos Planos de Visitação.

    4 - Segundo informado, a agenda da FOIRN prevê a licitação do Jurubaxi  entre 2018 e 2019 (pós e pré-temporada), onde uma única empresa será escolhida para firmar contrato de longo prazo, como se deu no Marié, (10 anos);

    5 - Independentemente do que vier, está decidido que a empresa irá participar da licitação, que será precedida da publicação do respectivo Edital.    

    Finalizo renovando abraços.

    Gilbertinho      

  14. 18 horas atrás, Shoji Ito disse:

    Bom Dia

     

    Uma noticia aos aposentados do INSS , como nos anos anteriores o 13º salario será depositado em 2 parcelas, sendo a primeira em setembro junto com o beneficio de agosto e segunda parcela em dezembro junto com o  beneficio de novembro, conforme decreto nº 9111 - abaixo 

     

    DECRETO No - 9.111, DE 27 DE JULHO DE 2017

     

    Dispõe sobre a antecipação do abono anual devido aos segurados e dependentes da Previdência Social no ano de 2017.

     

    O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 40 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, DECRETA:

     

     Art. 1º No ano de 2017, o pagamento do abono anual de que trata o art. 40 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, será efetuado em duas parcelas:

     

     I - a primeira parcela corresponderá a até cinquenta por cento do valor do benefício correspondente ao mês de agosto e será paga juntamente com os benefícios correspondentes a esse mês;

     

    e II - a segunda parcela corresponderá à diferença entre o valor total do abono anual e o valor da parcela antecipada e será paga juntamente com os benefícios correspondentes ao mês de novembro.

     

    Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

     

    Brasília, 27 de julho de 2017; 196º da Independência e 129º da República.

     

     MICHEL TEMER

     

     Henrique Meirelles

     

    Shoji,

    Não é a primeira vez que você posta informações de interesse público. Logo passará a ser reconhecido como "Serviço de Utilidade Pública do FTB"

    Muito obrigado pela informação, vou registrá-la em minha agenda.

    Gilbertinho.  

     

     

  15. Em 15/07/2017 at 15:03, Marcos Vinicius de Oliveir disse:

    Que explicação eim ...... Muito boa tecnicamente ,vejo que as empresas não irão deixar por pouco isso aí ,vão correr atrás ,por outro lado é bom para que as empresas se regularizem e pensem um pouco mais no termo sustentabilidade da pesca esportiva ,na contra mão vem os valores que já são altos e poderão se tornar ainda maior , sendo o próprio brasileiro a maior vítima disso tudo pois para os gringos essa pescaria é barata demais ,para nós moradores da terra somos refém da nossa própria economia que anda bem em baixa , Barcelos irá se tornar um alvo ainda maior devido aos fatos acima descritos , será que essa exclusividade da empresa destacada não irá diminuir a receita de SIRN??? Vendo que o valor arrecadado será menor? No final é um jogo de interesses políticos e econômicos, nos brasileiros sabemos que o governo não dá a mínima aos índios desde que os benefícios aos indios sejam iguais aos benefícios (entende-se dinheiro) arrecadados ao município , ou aos bolsos largos dos nossos políticos , não tem como dar exclusividade a uma empresa para pesca de um Rio e a cidade não ser afetada economicamente. É claro  que a arrecadação irá declinar , comércio, hotel, aéreo, ribeirinhos , restaurantes, imaginem que trabalhavam  100 piloteiros nas empresas de pesca , será que a River irá dar emprego a todos?! As cozinheiras, posto de combustível. Portanto as áreas indígenas serão preservadas ,os locais de pesca serão menos explorados , os índios serão beneficiados mas  e a população local que vive disso  em.media  6 meses do ano?!?! 

    Sustentabilidade social + exclusividade exploratória = Insustentável!!!!

    Minha visão da situação,

    Não isenta os outros operadores de procurarem se adequar e se regularizar , afinal a pesca esportiva tem q ser o foco e ser tratada com cuidado. Lucratividade é consequência de um trabalho bem feito!!!!

    Belíssima avaliação, Marcos Vinicius.

    De fato, o setor do turismo de pesca no país foi sempre desordenado, à falta de legislação que o regulamente, fazendo com que praticamente todo o empresariado envolvido na atividade receba a pecha de oportunistas e vigaristas, o que sempre testemunhei, inclusive de autoridades governamentais. Não por menos, vemos empresas disputando os mesmos espaços de pesca, como sempre se viu, cada qual objetivando oferecer o melhor produto a seus clientes e aumentar suas receitas, sua clientela e seu próprio status. Uma verdadeira batalha campal, mas o certo é que raras empresas buscam regularizar-se com foco no alcance de áreas preservadas que lhes assegurem maiores receitas e exclusividade em sua exploração. Vale tudo.

    A questão que envolve o Médio Rio Negro é bem mais ampla do que se imagina. Atualmente, são 4 terras indígenas em processo de regularização. Só a Jurubaxi-Téa reúne 4 rios de grande interesse da pesca esportiva, e não é nada fácil conseguir êxito em sua exploração. O problema central está em posições de difícil superação assumidas por organizações indígenas. Essas entidades entendem que as operadoras de turismo devam arcar com altos investimentos para ter acesso à atividade em terras indígenas. Para se ter uma vaga ideia do problema, veja que qualquer empresa se obriga a investir (a fundo perdido) o resultado de um ano de operações em obras e ações estruturais das aldeias, além de pagar caro por cargos e funções não dominadas pelos índios, como guias, fiscais, monitores, etc., mas o assunto não se esgota nisso. A empresa também deve arcar com todos os custos relacionados a estudos de capacidade de suporte, capacitações, fiscalização ambiental, planos de manejo pesqueiro e missões de monitoramento e ao final pagar elevadas compensações ambientais a título de remuneração de contratos.

    Some-se a isso os custos operacionais de qualquer empresa, tais como combustíveis, alimentos, bebidas, manutenção, mão-de-obra especializada, encargos, tributos e logística, entre outros. Veja que a logística se compreende voos charter, a um custo que varia de US$ 1.200 a US$ 1.500/hora, dependendo do tipo de aeronave (convencional ou hidroavião). O percurso de ida e volta entre Manaus e SIRN requer em torno de 4 horas de voo, levando a um total entre US$ 4.800 e US$ 6.000 por viagem, e em função do preço do pacote, é bastante comum que as aeronaves voem com capacidade ociosa, o que aumenta o problema. Esses fatores respondem pelos altos preços dos pacotes cobrados pelo empresariado quanto o assunto encerra terras indígenas.

    Outro ponto importante é o da exclusividade. Não é a empresa que defende essa condição, trata-se de imposição de entidades indígenas. Cito como exemplo o Rio Marié, que tem mais de 500 quilômetros de extensão e é explorada por uma única empresa. Pessoalmente, vejo como correto o zoneamento de um rio, permitindo que duas ou mais empresas nele atuem, em zonas de pesca delimitadas geograficamente e instruídas por estudos, técnicas e meios de preservação dos estoques de interesse da pesca esportiva e da própria cadeia alimentar envolvida. Isso permitiria o rateio dos investimentos forçados (obrigatórios), a redução dos preços de venda dos pacotes e o acesso a empregos por um coletivo bem maior, sem afetar dramaticamente a questão que você corretamente cita, como os impactos sobre a economia dos municípios no universo compreendido pela atividade turística (comércio, hospedagem, transportes, restaurantes, serviços, etc). Ao meu sentir, esse seria o cenário ideal, contudo, a inépcia governamental e o desconhecimento sobre o setor por parte de entidades indígenas e suas instituições parceiras, em geral organizações não-governamentais, acabam por formar decisões e posições bastante equivocadas, prejudicando empresas, pescadores e a socioeconomia dos municípios.

    É recomendável que as empresas que tradicionalmente desenvolvem atividades do turismo de pesca em SIRN busquem atualizar-se sobre a nova legislação incidente sobre a pesca em terras indígenas (IN/03/FUNAI/2015) e o que mais couber, sob pena de serem substituídas por outros interessados num futuro bem mais próximo do que se imagina. De outro lado, vejo que o setor deveria se unir contra esses adversários, estabelecendo armistício até que esforços comuns planejados e executados fossem satisfatoriamente alcançados, ainda porque tramita no Congresso um projeto de lei elaborado por quem nada entende do assunto, com o objetivo de auferir votos, e não definir soluções adequadamente balizadas.      

    Com esses comentários, finalizo esse breve manifesto, não sem antes registrar a satisfação por sua qualificada postagem, que deve ser por todos reconhecida em função de sua pertinência e domínio sobre o tema.

    Abraço do Gilobertinho

     

                       

  16. 3 horas atrás, Cristiano Rochinha disse:

    Mas senhor Gilberto, se a pesca no Jurubaxi só poderá ser feita pela River Plate  à partir desse ano,por que o senhor perguntou em outro tópico se esse rio é bom de peixe?

    O sr citou que pretende fazer uma pescaria lá nessa temporada 2017/2018.Como assim???

    Cristiano,

    Há algum tempo perguntei se o rio é bom de pesca, e era o que eu queria saber, para evitar gastar tempo e dinheiro na dúvida. Veja por favor os comentários que acabei de postar e esclarece muitas intervenções que me eram desconhecidas. Adianto porém, em nome do respeito que lhe devo, que me era desconhecido o potencial pesqueiro do Jurubaxi, onde pretendo pescar nesta temporada 2017/2018, agora que já levantei muitas informações positivas sobre os recursos pesqueiros do rio. 

    Creio que se entendi bem as perguntas, a resposta a segunda consta da primeira. Se tiver dúvida, esclareço na primeiríssima oportunidade.

    Gilbertinho    

  17. 5 horas atrás, -Mariano- disse:

    Ja que você oferece, SIM, poderia nos ajudar esclarecendo o que foi dito sobre o senhor no seu post perguntando se o Jurubaixi e bom de peixe???

    Mariano,

    Não era do meu conhecimento o que foi dito a meu respeito, num tópico que eu mesmo postei. Isso se deveu ao deslocamento do tópico para outra área do Fórum, por iniciativa dos administradores, logo após um membro haver postado a primeira resposta. Me queixei inclusive por conta disso, mas agora, depois de ler o que foi postado por alguns membros, informo o seguinte:

    1) Não me cabe nenhuma retratação, por inúmeras razões.

    Primeiro, porque quando há tempo comentei que a pesca em SIRN se encontraria suspensa a partir desta temporada, postaram que eu estaria provocando "ruídos", o que leva a entender claramente que ninguém acreditava que isso poderia ocorrer, o que, em tese, me situava como mentiroso;

    Segundo, porque esse alerta derivou do fato de saber que o MPF publicara recomendação expressa nesse sentido, e minha intenção era exclusivamente a de evitar que pessoas adquirissem pacotes de pesca para a região (não apenas o Jurubaxi) e ao final tivessem sua expectativa frustrada;

    Terceiro, porque uma das empresas para as quais presto consultoria ambiental, motivada por Ofício procedido da CR/FUNAI/AM, me acionou para cuidar de aspectos técnicos e jurídicos pertinentes ao tema, visto que essa empresa, Liga de Eco-Pousadas da Amazônia, opera em três Terras Indígenas distintas: Tenharim-Marmelos, Igapó-Açu e Matupiri, e já houvera operado no Jurubaxi, em períodos anteriores ao da liberação geral que ocorreu em meados de 2007/8, quando diversas empresas foram autorizadas a pescar pela Prefeitura de SIRN;

    Quarto, porque procede apenas em parte a informação de que presto consultoria para a Liga de Eco-Pousadas. O faço do mesmo modo para outras operadoras de pesca da região, e por tal razão sempre detive informações atualizadas sobre a pesca, reunindo informações procedentes de estudos, tendências de mercado, destinos potenciais de pesca, ações e decisões governamentais, aspectos jurídicos atinentes à pesca e assim por diante;

    Quinto, porque não procede (portanto é mentirosa) a fala de que na temporada passada eu teria me aproximado dos povos do Jurubaxi para negociar o ingresso da Liga no rio. Isso de fato ocorreu em dezembro passado, e pela vez inédita, após dois adventos: a) publicação da IN/03/FUNAI e b) a edição da recomendação do MPF pela suspensão da pesca em SIRN, até que se consumasse a regularização prevista na referida IN. A bem da verdade, foi a única oportunidade em que estive na região de SIRN, a pedido do cliente;

    Sexto, porque a partir dessa mudança do cenário jurídico, abriu-se uma janela de oportunidades que a Liga, amparada no fato de haver celebrado acordos de pesca no Jurubaxi no passado, decidiu-se por buscar os caminhos da regularização exigidos pela lei, o que consumiu praticamente 7 meses de intenso trabalho, boa parte realizado por mim. Creio que as operadoras de SIRN tinham até melhores chances para alcançar esse objetivo, contudo ignoro se fizeram algo a respeito;

    Sétimo, porque quando busquei informações a respeito da piscosidade do Jurubaxi, é porque cogito pescar lá nesta temporada e não faço ideia se vale a pena, e repare bem que quando fiz a indagação no Fórum sobre a piscosidade do rio, não mencionei empresa ou pacote, apenas disse que mantinha relações de amizade com os povos locais e que me seriam disponibilizados os meios para tanto, o que é absoluta verdade. Além do que, comunitários da aldeia Acuariquara me solicitaram apoio técnico em georreferencimento, o que me predispus a atender na primeira oportunidade. Mas caso assim deseje, posso muito bem agora me alojar na estrutura da Liga, sem custo algum.

    Oitavo, porque o contrato com a FOIRN e as comunidades foi celebrado nesta quarta-feira, dia 12, e minha indagação sobre a piscosidade do rio ocorreu há 30 dias ou mais e, dependendo das respostas, iria pescar por lá independentemente de a Liga alcançar seu intento;

    Nono, porque fiz vários comentários a respeito da pesca em SIRN e outras regiões da Amazônia, alguns membros até se queixaram de minhas intervenções em outros temas aqui postados por outros membros. Menos mal que abstiveram-se de críticas em relação à qualidade do que postei. A esses, digo que há 40 anos me dedico a questões ambientais envolvendo a Amazônia Legal, o que me leva a um grau diferenciado do saber, é por tal razão que empresas de diferentes ramos procuram meus serviços. Porém, quem ler qualquer comentário que postei verá que empresa alguma foi citada - contratante ou não, tampouco assumi a condição de representante de alguma delas, nem me envolvi com a comercialização que qualquer produto ou serviço por elas oferecido, e isso significa ética e honestidade de princípios.

    Décimo, porque nunca formei juízo de valor sobre quem quer que seja, baseado em conversas de beira de rio ou boatos. Essa conduta é própria de gente despreparada ou imatura. Não me cabe depreciar a imagem que alguém com base em pressupostos, falácias, suposições ou conclusões equivocados. Só o que sei e acredito é que sempre, invariavelmente, a verdade prevalece sobre tudo. É só uma questão de espera.

    Aproveito para convidá-lo e os demais membros interessados a atentarem bem à minha resposta inicial neste tópico. Depois reflitam se minhas posições merecem críticas negativas ou se, de algum modo, guardam relações com o aqui exposto.

    Finalmente, deixo claro que até aqui me honra participar deste Fórum, mesmo que em uma ou outra ocasião me depare com situações e comentários improcedentes. Diverências são sempre bem aceitas. De outro lado, contrariando minhas expectativas, tenho de reconhecer que o deslocamento do tópico por iniciativa da administração do Fórum não trouxe prejuízo a que muitos o lessem e realizassem as intervenções que julgaram devidas - para o bem e para o mal. Vejo-me instado a pedir desculpas ao Fabrício, que me noticiou do deslocamento do tópico. Afinal, a razão lhe assistiu, dileto Capita.

    Permaneço à disposição para quantos outros esclarecimentos se fizerem necessários.

    Gilbertinho                 

  18. 11 horas atrás, Beto Caranha disse:

    A operadora Riverplate conseguirá operar exclusivamente no Jurubaixi?

     

    Para quem não sabe, o rio Jurubaixi é um dos 4 afluentes do Negro mais próximos de Santa Isabel... Lá é um rio aberto...Não tem terra indígena e etc... Há anos, todos os operadores pescam nele...

    Eu já pesquei nele algumas vezes...é um rio lindo com muita vida... se vê muitas aves e bichos terrestres... além de ter muita estrutura de Molongó, excelente pro tucunaré

     

    Acontece que existe uma empresa de pesca que está fazendo de tudo para pescar nele com exclusividade...

     

    E eles já estão divulgando para essa temporada a tal "exclusividade"... olhem só:

     

    http://www.peacockbassassociation.com/html/jlyag17.html

    " Outfitter Adds New Amazon Fishery Option - River Plate Anglers has added to their river portfolio one of the most important fishing options in the Amazon, according to longtime PBA Supporting Member, J.W. Smith of Rod & Gun Resources. "With two IGFA all-tackle world records registered in 2007 and in 2013, the Jurubaxi River (also spelled Urubaxi) and its tributaries situated near Santa Isabel da Cachoeira will be offered exclusively during the prime time of mid-September through November," he says. "River Plate has been developing Amazon operations in the Indian territory Jurubaxi-Tea area since 2006 with an Indian fishing agreement and even built a landing strip in this area many years ago. We fished it without other operations being in the area until about 5 years ago when it suddenly became overrun with a few other operations. It became generally public waters until 2 years ago when fishing was no longer allow at all and it was put into Indian Reservation status." Rod and Gun operations won't be using the runway this season as it will be much more convenient to land their charter planes at the Santa Isabel airport, according to J.W . "We will transfer parties either on fast boats for a couple of hours or on float planes to the fishing grounds," he explains. "While it has been 2 years since anyone has fished the lower part of the river, the upper 1/3 has never been fished by sport fishermen. Our exclusive encompasses that area now too!" According to the outfitter, each Saturday-to-Saturday trip will be limited to just eight anglers. For more information, or to reserve dates, please call J.W. or Dawn Smith at 800-211-4753 or email dsmith@rodgunresources.com. "

     

    Outfitter acrescenta nova opção de pesca da Amazônia - A River Plate Anglers adicionou ao seu portfólio de rio uma das opções de pesca mais importantes da Amazônia, de acordo com o membro de apoio PBA de longa data, JW Smith of Rod & Gun Resources. "Com dois registros mundiais IGFA registrados em 2007 e em 2013, o rio Jurubaxi (também escrito por Urubaxi) e seus afluentes situados perto de Santa Isabel da Cachoeira serão oferecidos exclusivamente no horário nobre de meados de setembro a novembro", ele Diz. "A River Plate vem desenvolvendo operações da Amazônia no território indiano da área de Jurubaxi-Tea desde 2006 com um acordo de pesca indiano e até mesmo construiu uma pista de pouso nesta área há muitos anos. Nós pescamos sem outras operações na área até cerca de 5 anos Quando, de repente, tornou-se invadido com algumas outras operações. Ele se tornou geralmente águas públicas até 2 anos atrás, quando a pesca já não era permitida e foi colocada no status de Reserva indiana ". As operações de Rod e Gun não estarão usando a pista esta temporada, pois será muito mais conveniente aterrar seus aviões charter no aeroporto de Santa Isabel, de acordo com a JW. "Nós transferiremos festas em barcos rápidos por um par de horas ou em aviões flutuantes para as áreas de pesca", explica. "Embora tenha sido 2 anos desde que alguém tenha pescado a parte mais baixa do rio, o 1/3 superior nunca foi pescado por pescadores esportivos. Nosso exclusivo abrange também essa área!" De acordo com o outfitter, cada viagem de sábado a sábado será limitada a apenas oito pescadores. Para mais informações, ou para reservar datas, ligue para JW ou Dawn Smith pelo telefone 800-211-4753 ou envie um e-mail para dsmith@rodgunresources.com.

     

    Será possível essa empresa conseguir autorização dos órgãos e conseguir bloquear todos os operadores brasileiros? (uma coisa que parece até ilegal)

     

    Esse ano vou pescar em Barcelos, não é nem em SIRN... mas fico muito triste com tudo isso... penso também nos meus amigos pescadores e operadores...
     

    Caro Beto,

    Tudo indica que sim. A River Plate deve de fato operar no Jurubaxi, com exclusividade, a partir na nova temporada que se avizinha (setembro/2017-março/2018). Sabemos que até a temporada passada diversas operadoras exploravam livremente os rios de SIRN, contudo, com a edição da IN/03/FUNAI, que regulamentou a atividade de pesca esportiva em terras indígenas, o MPF publicou decisão pelo impedimento da venda de pacotes de pesca por toda e qualquer empresa em SIRN, citando nominalmente algumas delas. A partir desse marco, a pesca esportiva em SIRN está totalmente suspensa, até que todo um processo de regularização seja consumado.

    Antes de prosseguir, preciso fazer uma correção à sua fala: primeiro, praticamente 100% das terras de SIRN são indígenas, em menor ou maior estágio de regularização. Segundo, para fins da já referida IN/03/FUNAI, para uma T.I. (Terra Indígena) ser assim considerada, basta que tenha sido publicado o respectivo estudo antropológico com a respectiva demarcação, isto é, não se exige, para a incidência da IN, que qualquer das áreas ocupadas por populações indígenas tenham sido fisicamente demarcadas e cumpridos todos os ritos vinculados à sua regularização. Nesse contexto, informo que o Jurubaxi integra a TI Jurubaxi-Téa (são três os principais rios abrangidos pela TI, e dois já fazem parte de sua denominação). Daí, uma das questões fica respondida: O Rio Jurubaxi integra uma Terra Indígena, e a pesca esportiva só pode ser desenvolvida nele por empresa que tenha atendido os requisitos legais especialmente exigidos pela IN/03/2015/FUNAI.     

    Adiante, esclareço que River Plate é o nome fantasia da empresa LIGA DE ECO-POUSADAS DA AMAZÔNIA, uma das mais antigas operadoras brasileiras de pesca em nossa Amazônia. Em termos de pesca em terras Indígenas, ela opera há um bom tempo nos rios Marmelos, Igapó-Açú e Matupiri, abarcando três diferentes áreas. Ela não pesca em regime de compartilhamento de áreas com outras empresas do ramo, em razão do excesso de estresse de repetidas capturas de espécimes do Tucunaré, o que ocorre nesses casos. Diferentemente, a LIGA adota planos de manejo par todas as áreas em que opera, o que permite um descanso maior aos peixes já capturados e reentroduzidos.

    De outro lado, não creio que o fato de uma única operadora explorar a pesca num dado local seja negativo, se considerarmos que não basta alguém (brasileiro ou não) ter vontade de pescar na Amazônia. É essencial que a expectativa de capturas seja atendida em plenitude. Afinal, as despesas são relativamente altas, e é preciso que um bom produto seja entregue ao cliente, sob pena de ele repercutir o que há de pior junto ao mercado, cujos efeitos dispensam comentários.

    Vai pesar mais no bolso uma pescaria em SIRN? Sim, vai pesar. Ocorre que estamos numa transição até tardia diante dos cenários tradicionais envolvendo a exploração da pesca por empresas ditas "especializadas". É que, ao longo dos anos, prevaleceu um binômio pescador-operador. O primeiro pagava o pacote e o operador o conduzia a bons destinos, sem ter de pagar nada por isso, permitindo-se uma maior lucratividade, porém sem sustentabilidade social, quando o correto é que se formasse um trinômio obrigatório, envolvendo o componente social, os ribeirinhos residentes nos chamados destinos turísticos. Esses, de forma gradual, aperceberam-se que suas áreas de uso tradicional vinham rendendo altos lucros para empresários, desconsiderando as necessidades de desenvolvimento local. A partir disso, o ingresso de barcos ou a instalação de lodges vem obrigando o empresariado a destinar parte de seus lucros em remuneração de contratos celebrados com comunidades ribeirinhas, e para manter a maior receita financeira possível, eleva os preços dos pacotes que oferecem. No caso das Terras Indígenas, o impacto é ainda maior, já que se exigem remunerações contratuais bem mais altas (100% maior), além de investimentos infraestruturais, estudos ambientais e fiscalizações permanentes e capacitações comunitárias, tudo a fundo perdido. Esses fatores determinam a definição de um preço maior para destinos situados em terras indígenas, porém os resultados da pesca justificam em razão do alto grau de preservação dos estoques pesqueiros.     

    Finalizando essa nossa conversa, acrescento que as várias operadoras de pesca de SIRN, atualmente proibidas de operar e vender pacotes, parecem padecer, em alguma medida, de uma qualificada gestão administrativa. Veja que a IN/03/FUNAI foi publicada em junho de 2015, o MPF recomendou a proibição em novembro de 2016, a FOIRN (Federação dos Povos Indígenas do Rio Negro) publicou matéria a respeito. Todas tiveram tempo suficiente para buscar sua regularização, porém optaram por reclamar que um "gringo" estaria tentando tomar o lugar delas no Jurubaxi ao invés de "fazerem a lição de casa". Note que sequer sabiam ou procuraram saber se a empresa seria nacional ou estrangeira. Interessante é que nenhuma delas também se preocupou com o desenvolvimento social e  econômico dos povos indígenas dessas terras ao longo de anos, apesar de explorarem "seus quintais" à vontade, sem custo algum. Toda consequência é decorrente de fatos, e o caso é exatamente esse.  

    Em suma, entendo que a liberação dos rios de SIRN dependerá do cumprimento das exigências da IN/03/FUNAI por toda e qualquer empresa interessada. O processo é burocratizado e pautado em peças técnicas, econômicas e contratuais extensas, o que recomenda começar o quanto antes. Apenas empresas pré-qualificadas terão o direito de exploração exclusiva dos rios situados em T.I. A LIGA percorreu esse caminho desde dezembro/2016, e somente agora é possível adiantar que ela passará a ser a operadora exclusiva do Jurubaxi nesta próxima temporada.

    Se puder ajudar em algo mais, basta pedir.

    Abraço do Gilbertinho              

     

  19. Pedrão;

    Você tem mais de uma opção:

    1) Siga a dica do Astra: pinte da cor que bem entender e use tapetes próprios para barcos para revestir o barco, inclusive os bordos internos. A cor cinza é a ideal, e além disso os tapetes (ou revestimentos) reduzirão bastante os clássicos ruídos do alumínio;

    2) Você pode também adotar como solução a pintura (emborrachada) do barco, utilizando tinta solúvel em água para pintura de chassi automotivo, que geralmente vem em 3 cores: vermelho-vinho, preta e cinza, são todas foscas, o que reduz ou elimina reflexos. Para ficar ainda melhor, essa tinta deve ser aplicada com pistola de emborrachamento (sem diluição), ou pistola de pintura bico 15, também sem diluição. Ambas permitirão a formação de uma camada espessa de tinta, reduzindo o ruído.

    Boa sorte. 

  20. 17 horas atrás, Astra-Taranis disse:

    de preto tb fica top! ehehhe

     

    vlw gilbertinho, conheco o produto mas to sem ele aqui, mas valeu a dica, vou tentar !

     

    de qqr modo, agora a tarde eu me enfezei e resolvi raspar algo la, abri o local do pescador e com o proprio pescador comecei a raspar, saiu 99% do que tinha ficado, mas diferente de td q era ate agora, tava uma gosma bem grossa, tipo piche, tirei qse td, ficou so a um rastro mesmo, ali pra limpar acho que so tirando com algo mesmo, de todo modo, me dou como limpo o tanque, o que sobrar, dificilmente ira sair e se sair, sera em forma liquida e nao mais crostas, ou seja, nao entope nada. e como é algo tao minusculo, nao dará pra notar nem em 10ml, o que dirá em 25 litros, entao, me dou por satisfeito. 

    agora é jogar fora o diesel, lavar muito bem com sabao, deixar td limpinho e claro,sem residuo nenhum e comprar uma nova mangueira inteira pro pescador pq essa quebrou no meio ehhehehe

    Tudo bem, Astra, pelo andar da carruagem, o problema está resolvido. Ontem até esqueci de lembrá-lo de usar luvas de borracha ou de procedimentos médicos para se proteger do limpador de alumínio que, como disse, tem soda cáustica como base. Usar roupas velhas também é bom, além de evitar contato do produto com a pele.

    Você diz que o material residual que restou no tanque é graxoso. O tal limpador tem ótimo desempenho na diluição de resíduos graxos. Se um dia se ver de frente com o mesmo tipo de problema, mande bala.

    Abraço.  

  21. 4 horas atrás, Shoji Ito disse:

    Estava aguardando a isenção do Imposto de Renda Pessoa Física para acima de 75 anos para rendimentos provenientes de aposentadorias - INSS e Complementtar ,( tem projeto no Congresso )  pagam imposto a vida toda e morre pagando....

    SHOJI,

    Mais uma importante contribuição que você presta ao FTB.

    Alteração de lei boa de ler, difícil de utilizar. Pena que, como era sua expectativa, a isenção do IR para os veteranos não foi lembrada, e se o foi, a força do Leão fez com que caísse no vácuo do esquecimento.   

    Grato pela informação.

    Gilbertinho

  22. Brother;

    às vezes me vejo diante de situações semelhantes.

    Em geral, obtenho bons resultados utilizando um líquido para limpeza de alumínio, vendido em supermercados. Dependendo do caso, uso puro, deixando a peça em contato com o produto durante algum tempo, basicamente o suficiente para que ele amoleça ou dissolva qualquer meleca ressecada. Como a base é soda cáustica, o tanque não será prejudicado. Observe se há peças metálicas no bocal e, havendo, evite que o produto entre em contato com elas. A cor deste líquido é avermelhada, e vem num frasco plástico de 1 (um) litro ou pouco mais.

    Boa sorte.

    Gilbertinho     

  23. 10 horas atrás, Daniela Sekunda disse:

    Obrigada Pescador! A paixão pela pesca vem de família, meu pai sempre me levava pescar, me ensinou desde pequena esse vício, pena que tivemos pouco tempo de pescarias juntos, pois ele se foi cedo demais. Porém,  ele ensinou eu e minha mãe pescar, portanto hoje somos uma dupla feminina de pesca, pois ela é mais viciada que eu kkkk

    Que pena que seus filhos e sua neta não herdaram o gosto pela pescaria, mas como você disse: Paciência, eles ainda são novos, quem sabe futuramente desenvolvem a paixão pela pesca! 

    Por falar em acampamento, todo final de ano vamos acampar na beira do alagado, ficamos três dias lá, isolados e longe de celulares, pois lá não pega sinal de celular, (ainda bem) rsrsrs,

    É maravilhoso o contato com a natureza, só de estar longe da tecnologia, comodidade pra ficar na beira do alagado é muito gratificante, ainda mais pescando!

    Obrigada pela receptividade pescador! joia:::

    Garota, obrigado pela gentileza de suas palavras, e manifesto o pesar pela perda de seu pai;

    O que você não sabe, quando se refere ao fato de meus filhos ainda serem novos, é que a caçula das filhas tem 35 anos, ao passo que a mais velha tem 45, quase o dobro de sua idade. É caso perdido, sem volta, para meu desconsolo.

    Que bom que a mamãe é sua companheira de pesca, até imagino a dupla dando trabalho para os escamosos e deixando de queixo caído um monte de caras barbados.

    Não sei a que alagado vocês costuma ir, não domino o conhecimento sobre locais de pesca no Paraná. De qualquer forma, boa sorte sempre, e nunca esqueça dos cuidados que deve tomar com animais peçonhentos, que podem acabar com nossa alegria.

    Renovo saudações.

    Gilbertinho da Amazônia   

  24. Mocinha,

    Congratulo-me com você por algumas razões essenciais:

    Primeiro, nada me dá mais prazer do que ver uma mulher fissurada em pescaria. Tenho três filhos e uma neta em idade de pescaria, porém nenhum, para minha decepção, herdou o apego que tenho à natureza e ao esporte da pesca. Paciência;

    Segundo, porque você é uma gratíssima exceção num mundo em que imperam os homens. Minha falecida e saudosa esposa era apaixonada pela pesca, e mal chegávamos onde íamos pescar, ela seguia de pronto para a popa do bote lançar o anzol, deixando para mim a dura missão de descarregar tudo e montar o acampamento. Mesmo assim, nada me fazia mais feliz do que observá-la enquanto dava eu conta dos afazeres, e olha que apesar de ser considerado muito bom de pesca pelos amigos, invariavelmente "apanhava" dela na pescaria. Tinha uma sorte inacreditável.

    Terceiro, porque você encontrou um bom ninho pra morar. Apesar de achar que entendo muito de pescaria, aprendi ainda mais com a turma do Fórum, realmente tem gente muito boa em matéria de equipamentos, locais, iscas e métodos de pesca.

    Quarto e último, os machões aqui do Fórum passarão a interagir com quem costuma administrá-los no cotidiano. Creio que será bastante prazeroso para todos, e no que me respeita, não pretendo perder nenhuma de suas intervenções, quem sabe até possa auxiliá-la ou seguir ampliando meu aprendizado.

    Muito bem-vinda.

    Gilbertinho         

  25. Dileto João,

    O que se gasta com uma pescaria não pode servir de pretexto para alguém levar pra casa tudo o que pode em matéria de peixe. No passado, nós fomos os imbecis que hoje criticamos por agir assim, ninguém pode negar. No meu caso, desde que deixei o Pantanal, vinte anos atrás, jamais levei pra casa um único peixe que capturei. Quando dá vontade de consumir algum, vou à peixaria e compro um Tambaqui criado em cativeiro. O sabor pode até ser um pouco diferente, é como consumir um frango comprado no mercado no lugar de uma galinha caipira, mas estamos conscientemente agindo por um bem maior.

    Tem razão quem diz que vivenciamos uma transição. A velocidade das mudanças depende de pessoas como você, eu e todos os que de fato amam a pescaria e têm a consciência ambiental sedimentada e consolidada, afinal, tal qual os demais recursos da natureza, estamos a falar de bens finitos, de um patrimônio que devemos utilizar de forma racional e e especialmente sustentada, sob pena de levá-los à extinção.

    Você merece o reconhecimento de todos aqui do Fórum, João Paulo. Parabéns pela iniciativa e sobretudo por transmitir a seus colegas o que de fato está em jogo. Nossos descendentes irão agradecer pelo legado. 

    Abraço do Gilbertinho   

     

     

     

×
×
  • Criar Novo...