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Exibindo conteúdo com a maior reputação em 22-01-2022 em todas áreas

  1. INTRODUÇÃO Bom, pessoal, como eu tenho recebido inúmeras MPs solicitando informações (as mais variadas) a respeito de como funciona uma pescaria na Argentina e, principalmente, pedindo dicas de como se obter sucesso por aquelas bandas, resolvi por escrever esse tutorial, dando conta de algumas informações que julgo importantes para que se obtenha sucesso em terras argentinas, ou melhor, em águas castelhanas!!! joia::: O intuito desse tutorial é apenas ajudar os amigos pescadores que têm vontade de se aventurar “en una jornada inovidable de pesca en parente del mare”, mas que, por diversos fatores, acabam desistindo da idéia. Ou por achar complicado demais, ou por se tratar de área internacional ou, enfim, por pensar (ledo engano!) que se trata de “pescaria das mais caras”!!! Na real, minha intenção é apenas facilitar a vida dos pescadores, desmistificando alguns “mitos” e norteando um “caminho das pedras”!!! Não tenho a intenção de produzir um “tutorial definitivo”, ou um “texto completo e acabado” a respeito da pesca Argentina, mas apenas um instrumento facilitador para quem se interessar!!! joia::: Por fim, a título de introdução, deixo bem claro que não sou o dono da verdade em nada do que digo, e tudo o que abaixo escreverei decorre da minha experiência própria em pescarias naquelas águas!!! Portanto, toda sugestão, contraponto, crítica, ilustração que venha a melhorar e/ou agregar nesse texto, será sempre muito bem vindo!!! Bom, vamos lá!!! Onde fica o “trecho piscoso” do rio Paraná em solo argentino? O rio Paraná, como sabemos, nasce da confluência dos rios Parnaíba e Grande, na divisa do estado de São Paulo com Minas Gerais. Da união desses dois rios ele percorrerá mais de 4500km, até desaguar no Oceano Atlântico, já com o nome de Rio da Prata (foz dos rios Paraná e Uruguai). O “trecho piscoso” do rio Paraná em terras argentinas estende-se de Ituzaingó, onde fica a represa de Yaceretá, província de Corrientes, até La Paz, já na província de Entre-Rios. A parte norte do “trecho piscoso”, chamado na Argentina de “Alto Paraná”, é compreendida pelos seguintes pesqueiros: Ituzaingó, Ita Ibaté, Yahapé, Itati e Paso de la Pátria; o “Médio Paraná” é o trecho compreendido pelos pesqueiros de Florência, Bela Vista, Empedrado e Reconquista; e, por fim, o “Baixo Paraná”, compreendido pelos pesqueiros de Goya, Esquina e La Paz. Cada um desses pesqueiros possui características próprias que os distinguem uns dos outros, variando desde os tamanhos dos peixes encontrados, até à sua quantidade, sem falar das características do próprio rio Paraná, que divergem muito entre o “Alto Paraná” e o “Baixo Paraná”. Todas essas diferenças veremos mais abaixo. Bom, mas por que motivo os pesqueiros se localizam apenas abaixo da represa de Yaceretá??? E todos os pesqueiros acima da represa??? Não tem peixe lá??? E Posadas, grande e bela cidade, capital da província de Missiones, margeada em toda a sua extensão pelo Paranazão, divisa com Encarnación, no Paraguai, também não tem peixe??? doeu:: doeu:: A resposta é complexa! Como sabemos, sempre que há uma interrupção física não-natural, obra da mão do homem, “atacando” um curso de água, a vida presente nesse rio sofre alterações (infelizmente para pior, na imensa maioria dos casos), com drásticas mudanças nos hábitos dos peixes, que vão desde a sua alimentação até à alteração no seu ciclo reprodutivo, decorrente da interrupção da “subida dos peixes” no período de piracema!!! Em virtude disso, quando houve o “fechamento da represa”, os peixes que ficaram “acima da parede” ali permaneceram, e tiveram que se adaptar, criando um novo ciclo reprodutivo, o que, sabemos, é muito difícil. Então, acima da represa, há realmente muito pouco peixe, infelizmente!!! Ao contrário, abaixo da represa, os peixes ficaram “represados”, o que proporcionou um aumento expressivo na quantidade e no tamanho dos exemplares ali presentes!!! Esse fator (fechamento da represa de Yaceretá, a segunda maior da América Latina) foi decisivo para esse processo de “explosão” da pesca esportiva em território argentino, tornando pesqueiros como Ita Ibaté e Paso de la Pátria mundialmente famosos!!! alegre:: alegre:: Segundo estudos do departamento de Ictiologia da Argentina, está comprovado que os peixes, após migrarem no período reprodutivo, e “darem de cara” com a parede da represa, não voltam mais de 200 km rio abaixo. Qual o resultado disso??? Os imensos cardumes dos Dourados gigantes e dos Surubis gigantes necessariamente estão localizados entre Paso de la Pátria (aproximadamente 200km abaixo da represa) e Ituzaingó. Eis o motivo dos pescadores do mundo todo se dirigirem a um dos pesqueiros do “Alto Paraná” quando os seus objetivos são os gigantes!!! Mas e abaixo dos 200 km (Paso de la Pátria)??? Há peixe por lá??? Nesse caso a resposta é bem mais simples: sim!!! Há e muitos!!! alegre:: alegre:: O que acontece é que abaixo de Paso de la Pátria (confluência dos rios Paraná e Paraguai) o regime de reprodução e de piracema do Paranazão já é outro: é “abastecido” pelos peixes que se reproduzem nos Esteros argentinos (Esteros de Ibera e Esteros de Isoró)!!! Esteros de Isoró são aqueles localizados na região de Goya. Os Esteros de Iberá, por sua vez, são aqueles localizados no interior da província de Corrientes, mais precisamente, na nascente do rio Corriente (o nome do rio é Corriente, não “Corrientes”!!!). Rio esse que deságua no Paranazão no paraíso chamado Esquina!!! Então, para as regiões do “Médio” e “Baixo" Paraná, a presença de peixes é garantida por esses dois “criadouros” citados. E exatamente esse é o fator preponderante para o aumento da quantidade de peixes presentes nos pesqueiros dessas duas “regiões”, mas também constitui-se no “problema” da diminuição dos seus exemplares!!! Por isso, desde já, deixo claro: se quiserem troféus, vão a qualquer dos pesqueiros do Alto Paraná (abaixo veremos as peculiaridades de cada um); ao contrário, se quiserem ação constante, sem preocupação com o tamanho dos peixes, o negócio é ir ao “Médio” ou ao “Baixo Paraná”!!! ALTO PARANÁ Ituzaingó, localizada às margens da Ruta 12, província de Corrientes Logo que “fecharam” as paredes da represa de Yaceretá (vejam que sempre a represa está presente no assunto, e ficará até o final, pois constitui-se em fator decisivo no “regime de águas” do Paranazão, o que define se tu farás uma boa ou uma má pescaria na Argentina) a cidade de Ituzaingó se transformou na “Meca” da pesca esportiva mundial!!! alegre:: alegre:: doeu:: Milhares de pescadores do mundo todo se dirigiam àquela cidade em busca dos maiores Surubis e Dourados do mundo!!! alegre:: Havia uma foto em um bar no centro de Ituzaingó, tirada de um avião, em 1995, enquanto sobrevoava a represa de Yaceretá, que mostra uma “mancha escura” de aproximadamente 20 km quadrados em plenas águas do Paranazão!!! Sabem o que era isso??? O primeiro dos muitos cardumes gigantescos de Surubis que “batiam” com a cara na parede e não sabiam o que fazer!!! Os pescadores “esportivos” lançavam mão de “lambadas” e “sacavam” uns 20 Surubis de mais de 50 kilos cada um, por dia, por pescador!!! diabo:: diabo:: bang:: bang:: É isso mesmo: POR DIA, POR PESCADOR!!! diabo:: Qual o resultado disso??? Óbvio, né!!! De 2001 para cá Ituzaingó simplesmente foi riscada do mapa da pesca esportiva mundial, pois simplesmente hoje “não há mais peixe lá”!!! chorei:: buaa:: Sabemos que “a coisa não é bem assim” atualmente, pois medidas foram tomadas pelas autoridades correntinas e paraguaias (do outro lado de Ituzaingó fica Ayolas, no Paraguai, responsável, na sua imensa maioria, pela mortandade indiscriminada de Surubis e Dourados gigantes, com vista ao comércio ilegal de pescados!!!) desde de 2006, e já ouvimos relatos de boas pescarias sendo feitas por aquelas bandas novamente!!! Mas definitivamente o tempo áureo da pesca de Ituzaingó já passou, e provavelmente nunca mais voltará!!! chorei:: buaa:: Tudo por culpa do homem!!! bang:: Em virtude desses fatos, não recomendo que se organize uma pesca para lá (opinião pessoal), pois quem investe tempo e dinheiro para uma aventura dessas deve ter mais resultado do que Ituzaingó pode oferecer atualmente!!! Em face disso, deixo de opinar sobre pousadas, guias e operadores de lá!!! Ita ibaté, localizada às margens da Ruta 12, província de Corrientes Pesqueiro localizado a 76km abaixo de Ituzaingó!!! Famoso mundialmente por possuir o atual recorde mundial de Surubi!!! alegre:: alegre:: Igualmente afamada por ter em seu curso d’água os lendários pedregais de “Punta Galino”!!! alegre:: Ita Ibaté é uma pequena vila com não mais que uns 3000 habitantes. Entretanto, possui uma estrutura bem razoável para uma cidade do seu porte. Tem hospital, mercado (preços bons para comida em geral e bebidas, com exceção de refrigerante, que são caríssimos! caveira:: ), farmácia, lojas de pesca (Alfredo e Roberto, ambas na avenida de entrada da cidade) onde se disponibilizam bons materiais e de boas marcas, contudo a preços muito superiores aos brasileiros (não confudam: Argentina não é Paraguai, e, em virtude da grave crise econômica pela qual estão passando, a inflação está altíssima, o que ocasiona preços elevados para todo o tipo de material, ainda mais os importados caveira:: doeu:: !!!), além das obrigatórias licenças de pesca ($80,00 para 4 dias de pesca). Quanto às pousadas, talvez Ita Ibaté seja o pesqueiro que dispõe, junto com Esquina, apenas atrás de Paso de la Pátria, da melhor rede hoteleira e de serviços de pesca postos à disposição do turista pescador!!! São muitos os operadores de lá: Puerto Paraíso, do meu amigo Daniel Teitelmann - http://www.puertoparaiso.com.br), que dispõe de várias lanchas pescadoras, equipadas com ótimos motores, além de guias experimentados e honestos palmas:: joia::: ; conta com quartos confortáveis, com ar-condicionado e banheiro privativo; tem ótima cozinha, apresentando café da manhã, almoço e janta excelentes; bebidas são livres dentro do preço do pacote alegre:: alegre:: Gêmeos, dos irmãos gaúchos Diego e Daniel (http://www.gemeospescaesportiva.com.br), de Porto Alegre, representam o que há de melhor em pesca esportiva em Ita Ibaté, talvez até na Argentina inteira!!! Lanchas excelentes; os melhores guias; os melhores quartos; a melhor cozinha de Ita Ibaté, disparada alegre:: !!! O problema é o preço: bem caro!!! caveira:: Piedra Alta (http://www.piedraalta.com.ar). Nunca parei nesse hotel, então nada posso falar. Apesar disso, sei que goza de bom conceito junto aos pescadores que lá ficam. La Serena (http://www.complejolaserena.com). Excelente hotel! Boas lanchas. Ótimos quartos. Muito boa infra-estrutura em geral. Comida excelente!!! alegre:: Guias muito bons. joia::: O preço é compatível com os demais hotéis de Ita Ibaté! Posada Del Sol, da Isabel, ex secretária de pesca e turismo de Corrientes. Hotel mais simples em todos os sentidos. Lanchas mais precárias e guias menos experientes e não tão dedicados. buaa:: Don Vidal (http://www.donvidal.com.ar). Trata-se de um precursor da pesca esportiva em Ituzaingó e Ita Ibaté. Originalmente operador de Ituzaingó, com a decaída da pesca esportiva naquele pesqueiro, em decorrência do que já foi explicado, viu-se obrigado a “descer” para Ita Ibaté. Possui hospedagem simples, mas honesta. joia::: Boas lanchas e guias. Preço normal. joia::: Don Quico, do Raul Sóperes (http://www.donquico.com.ar). Pioneiro de Ita Ibaté, genro do finado Galino (cujo nome batizou os mais famosos pedregais daquela “cancha de pesca”). Possui a mais simples das pousadas. Dispõe de lanchas pescadoras com guias médios. O serviço deixa a desejar em todos os sentidos. chorei:: Apenas a título de informação, tendo em vista que não conheço nenhuma das estruturas (muito menos as suas operações), há dois novos empreendimentos voltados à pesca esportiva em Itá Ibaté. O primeiro é o Emboga Fishing Resort (http://www.emboga.com.ar); o segundo é a pousada El Refúgio (http://www.complejoelrefugio.com). joia::: A “cancha” de pesca de Ita Ibaté é composta dos seguintes pesqueiros: “Punta Galino”, em frente às barrancas de Ita Ibaté. Local onde saem os maiores Surubis e Dourados daquele lugar!!! Pena que, atualmente, encontra-se completamente “batido”. “Arrozeira”, logo abaixo de Ita Ibaté (3min de lancha). “Santa Izabel”, lindo arroio a cerca de 25min de lancha água abaixo. “Piedra Branca”, 20min de lancha rio acima de Ita Ibaté; “Cancha Dorada”, cerca de 40 min de lancha água acima de Ita Ibaté. “Santa Lucia”, arroio a 20 min acima de Ita Ibaté. Todos são ótimos pontos de pesca!!! Yahapé alegre:: alegre:: alegre:: , localizada às margens da Ruta 12, há 33 km abaixo de Ita Ibaté Trata-se de localidade completamente agreste, que não dispõe de qualquer infra-estrutura a não ser a das duas “cabañas” que lá operam: Puerto Paraíso (a mesma de Ita ibaté) e Cabana Sapito, do meu amigo Sapito alegre:: :amigo: (http://www.xn--cabaassapito-dhb.com.ar) Como já tratei da cabana Puerto Paraíso (que em Yahapé tem a mais nova e melhor de suas três estruturas, e é atendida pelo filho mais novo do Daniel, o Juan Teitelmann), vou falar da Cabana Sapito. Trata-se de estrutura muito boa, com excelentes quartos com 4 camas, split e banheiro. Tudo novo! alegre:: Comida excelente! alegre:: Lanchas excelentes e guia fantásticos!!! alegre:: alegre:: Os melhores guias da região de Ita Ibaté e Yahapé: Espingarda (Augustin), Gabriel, Roberto e os dois Cristians (o cunhado do Sapito e o careca)!!! Praticamente todos ex-Gêmeos! joia::: ::tudo:: ::tudo:: As “canchas” de pesca de Yahapé dividem-se em “Palo Blanco”, “Boya” e "Dos hermanas" (água acima) e “Piedra Brava” e "Arroyo Tuyuty" (águas abaixo). São canchas fantásticas, onde a possibilidade de se “sacar” algum monstro é sempre latente!!! alegre:: joia::: Puerto Rzepecky , localizada às margens da Ruta 12, 35km abaixo de Yahapé Trata-se do mais novo "point" de pesca argentino, sendo o mais promissor deles, na minha opinião! joia::: E explico o porquê: fica "no meio do nada"! alegre:: fome:: Itati fica há mais de 50km rio abaixo, e Itá Ibaté há mais de 50km rio acima. alegre:: fome:: Temos Yahapé logo acima (cerca de 25km), mas como também é lugar ermo, o ponto torna-se extremamente promissor! alegre:: Quer dizer, é um lugar onde há realmente possibilidade de se pescar "em silêncio", sem que haja a inevitável presença de muitas lanchas disputando os pontos de pesca mais promissores! joia::: As canchas lá basicamente se constituem em Puerto Corazón (rio abaixo) e Tuyuty (rio acima), lugares tops para se buscarem os maiores troféus daquele rio!!! alegre:: fome:: A única estrutura atualmente disponível por lá é o novíssimo La Regina (http://www.laregina.net) que, apesar de ainda (e infelizmente! chorei:: ) não conhecer pessoalmente, sei tratar-se de empreendimento top de linha em todos os sentidos!!! joia::: Itati, alegre:: joia::: localizada às margens da Ruta 12, 100 km abaixo de Ita Ibaté Itati é uma pequena cidade, com cerca de 3000 habitantes, muito parecida com Ita Ibaté. É conhecida em toda a Argentina por abrigar a “Basílica de Nuestra Señora de Itati, a Virgen de Itati”!!! Essa basílica é muito grande, mas muito grande mesmo!!! Mal comparando, Itati está para a Argentina como Aparecida do Norte está para o Brasil!!! Lá opera (até onde eu sei) uma única empresa destinada à pesca esportiva: a Puerto Paraíso joia::: alegre:: , que lá é capitaneada pelo Frederico Teitelmamm, filho "do meio" do Daniel, e que completa o “trio” de pousadas da empresa!!! Possui todos os requisitos das demais, oferecendo tudo o que o pescador esportivo precisa para realizar uma boa jornada!!! joia::: Desde já deixo uma dica: quem for pescar de bait ou de fly atrás dos Dourados e das Piracanjuvas, reserve o guia Jorge!!! joia::: Ele é um dos melhores guias para pincho com quem eu já pesquei na Argentina alegre:: alegre:: Os pesqueiros de lá são basicamente “Puerto Corazón”, que fica na “Arrozeira Rzepecky” (50min de lancha rio acima) e "Puerto Gonzáles" (35min água abaixo, já em “território” de Paso de la Pátria!!!!), sem contar nas inúmeras ilhas e pedregais fantásticos para bait e fly para quem vai atrás dos Amarelões!!! Paso de la Pátria, a “Meca Dorada” mundial, localizada às margens da Ruta 12, algo em torno de 35km abaixo de Itati. Paso de la Pátria dispõe da mais completa rede de operadores da pesca esportiva de toda a Argentina (salvo a região patagônica). Dispõe de muito boa infra-estrutura, contando com mercados, hospital, bancos, postos de combustíveis, bom comércio, e até um "casino" para quem gosta de “jogar com a sorte”!!! É uma cidade maior que as demais!!! Bem maior!!! Em virtude disso tudo é a cidade pesqueira que mais turistas recebe atualmente!!! Por dia, chegam a estar pescando mais de 150 lanchas simultaneamente nas suas “canchas” de pesca!!! Apesar disso tudo, as inúmeras capturas ocorridas ali todos os anos, garantem-lhe a fama de ser a “Capital Mundial dos Grandes Dourados”!!! Realmente, a região de Paso de la Pátria é privilegiada para o “Rei”!!! Suas “canchas” estão repletas de pedras enormes (como a “Piedra Negra”), com águas muito rápidas, verdadeiras corredeiras!!! E isso, sabemos todos, é o paraíso para os Amarelões!!! Quanto às pousadas, vou apenas colocar uma relação das mais conhecidas, com os contatos via net, para facilitar a consulta. Entretanto, vou deixar de opinar sobre elas, pois nunca fiquei hospedado em qualquer uma delas. Sempre que pesquei em Paso de la Pátria, foi descendo de Itati (35km apenas rio acima), então não conheço os operadores de lá para poder opinar!!! Cabana Don Julián: http://www.cabanadonjulian.com.ar; Cabana Jardin Del Paraná: http://www.jardindelparana.com.ar; Pedrinho Pesca (operador brasileiro): http://www.pescanet.com.ar; Posada Paso de la Pátria (oficial IGFA): http://www.pescanet.com.ar; Rio Paraná Lodge: http://www.pescanet.com.ar; Qualquer dessas vão atender o pescador esportivo com toda a estrutura que ele precisar!!! O maior “problema” de Paso de la Pátria, a meu ver, fora o imenso movimento de lanchas pescadoras diariamente, é o preço dos pacotes de pesca que, em virtude da grande fama que atualmente goza, encontra-se absurdamente inflacionado!!! Não vou citar valores porque não pesco pelas operadoras de Paso de la Pátria, mas sei que são bem superiores aos praticados em Ita Ibaté, Yahapé ou Itati!!! MÉDIO PARANÁ Quanto a Florência, Empedrado e Bela Vista (“Médio Paraná”) não vou tecer qualquer consideração, pois simplesmente não as conheço!!! BAIXO PARANÁ Goya (“Baixo Paraná”), localizada às margens da Ruta 12, distando aproximadamente 100 km de Esquina. Pesqueiro fantástico, onde anualmente ocorre o “Torneo Internacional de Pesca Del Surubi”, maior torneio de pesca do continente, cuja edição de 2003 foi ganha por uma equipe de pesca aqui de São Borja, a “Surubi Bagual”!!! Goya fica “entrelaçada” por um verdadeiro “pantanal argentino”, os Esteros de Isoró, segundo maior do mundo, só perdendo para os de Iberá. É uma cancha repleta de ilhas, canais, arroios, corix(ch?)os, e muita, mas muita vegetação tipo “boiadeira”, bem ao estilo Pantanal brasileiro!!! Como anteriormente já disse, apesar de que abaixo isso será melhor explicado, as “canchas” de pesca do “Baixo Paranazão” são indicadas àqueles pescadores esportivos que procuram ação, não se importando com o tamanho dos “troféus”!!! Mas então, não se pode pegar nada “grande” por lá??? Não, pode-se pegar sim!!! O que quero dizer é que não é comum na região a captura de grandes Dourados e Surubis, fato corriqueiro nos “pesqueiros do norte”!!! Entretanto, várias capturas interessantes podem ser feitas por aquelas águas, só que não é “normal/comum”!!! É “cancha” de pesca ideal para bait e fly, assim como Esquina, pois seus vários canais, todos com águas muito rápidas, propiciam esse tipo de pesca!!! Entretanto, é muito comum a prática da pesca com isca viva, na rodada ou na espera. O que definitivamente não é comum nos “pesqueiros do sul” é a prática do corrico, quase que restrito às “canchas norteñas”!!! Quanto aos operadores, conheço apenas um, mas o melhor: Javier Enrique (javierfly2004@yahoo.com.ar)!!! Apesar de eu já ter tecido elogios ao Jorge, guia de pesca da Puerto Paraíso em Itati, como referência argentina em se tratando de pesca de bait ou fly, o Javier é o “pai de todos”!!! Ele é o precursor e maior pescador de bait e fly de todo o território argentino, sem medo de errar!!! O cara é fora de série!!! Ele “cheira” o peixe!!! doeu:: Vocês já presenciaram isso em alguma pescaria??? O guia “cheirar” e dizer: “ o peixe ta aqui! Arremessa!” O Javier faz isso!!! alegre:: alegre:: doeu:: Ele é incrível!!! Para quem quiser ligar, o telefone do javier é 0377715603731 ou 0377421258. joia::: A “Esquina dos Dourados”!!! Nenhum lugar é tão majestoso, tão fantástico para pesca do Dourado quanto Esquina!!! alegre:: alegre:: praia:: O motivo é o que eu já disse: ela localiza-se (e, por isso, leva o nome que tem) na “esquina” entre os rios Paraná e Corriente, na parte final dos famosos “Esteros Del Iberá”, nascedouro e criadouro do Dourado no continente sulamericano (talvez alguém possa se lembrar, há algum tempo atrás passou uma reportagem no Globo Repórter sobre a reprodução e o nascimento do “Rei do Rio”)!!! Por esse fato, o Dourado simplesmente tem por “sua casa” a região de Esquina!!! Com toda a certeza!!! joia::: joia::: Sem medo de errar, não há lugar mais indicado para se pescar Dourado no mundo (exceção feita à La Zona! alegre:: ) !!! alegre:: alegre:: Desde que a meta seja ação e mais ação!!! Se a meta for o troféu, vá pro norte, como já disse!!! paia:: paia:: Entre os operadores de Esquina (que são muitos), sinto-me à vontade para indicar meu amigo Fabián Márquez (http://www.fabianmarquez.com.ar), baita guia e operador da região!!! joia::: joia::: Sua hospedagem, “El Montecito”, é muito acolhedora, apesar de simples. Mas tem tudo o que o pescador esportivo precisa. A única coisa é que ele não serve almoço nem janta, então fica a cargo do pescador sair jantar à noite (Esquina, assim como Goya, que eu me esqueci de referir, são cidades de bom porte, com total infra-estrutura em todos os aspectos). Ao meio-dia ele oferece (dentro do preço do pacote) “uma vianda”, que consiste em lanches e bebidas (não alcoólicas) à vontade. Então, o único porém, é que o pescador vai ter de se ajeitar com a janta, mas, como disse, Esquina tem ótimos restaurantes!!! Sua lancha (“La Índia”) é excelente!!! joia::: E o Fabian é um grande guia e uma grande pessoa!!! joia::: :amigo: Pescador esportivo na mais pura acepção do termo!!! joia::: :amigo: Defensor ferrenho do pesque-e-solte e da preservação!!! palmas:: palmas:: Com ele o pescador ficará tranqüilo, podem ter certeza!!! joia::: Outro operador de Esquina, igualmente muito bom, é o "Pelo Largo", joia::: do "Rancho Pelo Largo"!!! Vou ficar devendo o contato dele...... chorei:: Quanto a La Paz, assim como os pesqueiros do “Médio Paraná”, nada poderei falar, pois simplesmente não a conheço!!! TÉCNICAS DE PESCA Quanto às técnicas utilizadas para pescar na Argentina (serve para qualquer pesqueiro) A mais famosa técnica argentina, e verdadeiro orgulho nacional, é o corrico!!! palmas:: O corrico consiste em técnica de arraste do “señuelo” através do motor da lancha. Como em algumas canchas argentinas, em especial os pesqueiros do norte, as profundidades passam fácil dos 20m, doeu:: doeu:: a única forma de se conseguir capturar, com artificiais, os grandes Dourados (Douradas, na verdade!!!) e os grandes Surubis é através do corrico, com iscas de muita profundidade, de fabricação argentina, como as Alfer’s, Cucu, Iberá, NG e Cron. joia::: Desse fato decorreu a necessidade de se “criar/inventar” uma técnica que permitisse a captura desses troféus (os mais cobiçados de lá, diga-se de passagem) também com isca artificial. palmas:: Caso contrário, a sua pesca ficaria restrita à rodada com isca viva!!! chorei:: A rodada, por sua vez, consiste na pesca com isca viva, com a lancha à deriva. O bait e o spinnig são as técnicas de arremesso. O fly dispensa comentários, assim como a pesca de espera (mais comum e primitiva das formas de pescar). Onde e como usar determinada técnica de pesca Para se ter uma melhor idéia desses aspectos, novamente é preciso dividir a “região piscosa” do Paranazão argentino em 3 partes. Se a intenção for buscar os troféus e, como visto, nesse caso, o destino será necessariamente os pesqueiros do norte (Itá Ibaté, Itati, Yahapé, Rzepecky ou Paso de la Pátria), prepare-se para “amassar a bunda” corricando!!! :gorfei: :gorfei: Mas por que isso??? Fácil! Seguinte pessoal, os grandes troféus argentinos, via de regra, não estão localizados nas “beiradas” do Paraná, junto às galhadas e pedregais. Naonao:: Naonao:: Esses locais são indicados ao bait e ao fly (mas isso veremos mais abaixo). Os grandes Dourados e Surubis estão sempre (em 90% das vezes) “fincados” nos grandes viris de pedra existentes ao longo do rio Paraná em todo esse trecho compreendido entre Itá Ibaté e Paso de la Pátria!!! joia::: Os pesqueiros do norte detém os maiores “poços” do rio Paraná, com trechos de muita profundidade mesmo, além das águas mais rápidas e “volumosas”!!! surtei:: surtei:: Isso acaba por formar o “cenário perfeito” para encontrar os “Gigantes”!!! O único porém é como “buscar” esses gigantes em situação tão inóspita??? De bait? De fly? Evidentemente que não!!! Naonao:: Duas são as técnicas a serem usadas: o corrico e a rodada com isca viva. Quanto à primeira opção, necessariamente o pescador terá que estar “armado” de vara moderada, comprida (acima de 6'6, de preferência), para garantir uma boa alavanca, carretilha com boa capacidade de linha (250m de multi é suficiente) e linha multifilamento fina, mas fina mesmo!!! joia::: Tá, mas é aí, decerto vou abastecer minha carretilha com multi 0,30mm para “buscar” Dourados de 20kgs ou Surubis de 40kgs, se na Amazônia eu uso 0,45mm para Tucunarés de 10Kgs??? surtei:: surtei:: doeu:: Errado!!! Tu vais usar multifilamento 0,18mm!!!!!!! surtei:: doeu:: No máximo 0,23mm!!!!!!! joia::: É isso mesmo, multifilamento 0,18mm para pescar Surubis com, talvez, mais de 40kgs!!!! doeu:: surtei:: Em uma água de uma violência bárbara, com mais de 20m de profundidade, com o leito de “pura pedra e pau”!!! doeu:: surtei:: Parece coisa de louco, né?! De pescador suicida?! Não pessoal!!! Lá é assim mesmo!!! Explico!!! Exatamente por ter essa profundidade bárbara, além dessa força d'água, seria impossível conseguir fazer com que uma artificial baixasse 20m (ou mais) se a linha não fosse extremamente fina, para que exerça o mínimo de atrito e resistência possível na água!!! Então o negócio é multi 0,18mm, com cerca de 100 a 120m de linha solta para trás das lancha, e era isso!!! joia::: Bom, mas e aí “bate” um animal de 35kgs na minha linha. Como vou “sacar” esse animal da água com um equipo tão leve??? lacou:: Habilidade, persistência, técnica e calma, muita calma!!! joia::: É a única forma!!! E, além disso, "suerte"!!! palmas:: “Hay que tener suerte!!!” É indispensável!!! palmas:: Tá, e uso líder ou não?! Vai do gosto pessoal de cada um!!! Eu uso líder de flúor 0,58mm (YGK 40lbs), com não mais de 3m! joia::: Nunca tive nenhum “estourado” por Dourado ou Surubi!!! Empate de aço??? Uso para buscar Dourado, pequeno, com não mais do que uns 20cm, flexível, 30lbs! joia::: É suficiente, podem crer! joia::: Para Surubi, não uso nada! bang:: É fluor direto no snap! bang:: E a libragem da vara??? Nada de usar “varas oceânicas para Marlim Azul”!!! Naonao:: As varas são simples, com no máximo 30lbs de resistência (eu pesco com uma vara de 30lbs!!!). joia::: De nada adiantaria tu pescar com uma Trevala de 80 ou 100lbs se a tua multi é para 30lbs (0,23mm)!!! Há de se ter equilíbrio no conjunto!!! palmas:: joia::: E a carretilha??? A carreta deve ter capacidade para um mínimo de 250m de multi 0,20mm!!! joia::: Aconselho, por experiência própria, a carregar com mais de 300m se for possível, pois muitos serão os “cortes” de linha durante uma jornada de 3 a 4 dias de pesca, devidos ao desgaste da linha e aos constantes “enroscos”, que fazem com que muitos metros de linha se percam durante a jornada!!! Quanto à marca, reina na Argentina o “Império da Abu Garcia”!!! Os correntinos são fãs incondicionais da marca sueca!!! palmas:: joia::: E, convenhamos, não é à toa, né pessoal?! Aconselho a pegarem uma carreta com um drag legal (nada de exagero, pois se um Doradasso ou um gigante de couro resolver te tomar linha, não há drag no mundo que vá segurá-la no carretel!!! A tua linha, ou até mesmo a vara, irão quebrar bem antes!!! chorei:: buaa:: ) e com boa velocidade de recolhimento, pois uma das coisas que mais se faz na pesca de corrico na Argentina é recolher linha!!! chorei:: chorei:: Eu, particularmente, pesco há muito com a linha C4 da Abu: ótimo drag, 6.3:1 de ratio e resistência pra vida toda!!! joia::: joia::: Tá, mas é há algum segredo para ter sucesso no corrico por aquelas bandas??? Há, um único: insistir, insistir e insistir!!! :gorfei: :gorfei: Não há outra forma!!! “Hay que insistir!!! Vá sacar, pero hay que insistir!!!” Esse é o segredo por lá pessoal!!! joia::: 9 de cada 10 pescadores que obtém sucesso na Argentina com os gigantes (pessoal, quando me refiro a gigantes ou a troféus, estou me referindo a Dourados com mais de 12/13kgs e a Surubis com mais de 30kgs, OK?!), obtiveram porque ficaram insistindo, persistindo no corrico!!! palmas:: palmas:: É a forma como se “sacam” os grandes troféus do Paranazão, mas, às vezes, isso te exige uma paciência (e, principalmente, persistência) de 3, 4, 5 dias, com a “bunda chata” dentro de uma lancha, “arrastando señuelo” o tempo todo, às vezes todo esse tempo sem um único pique!!! doeu:: chorei:: É assim que funciona!!! Não há outra forma!!! mau:: mau:: Exceção feita àqueles “virados pra lua” :gorfei: :gorfei: que, em uma primeira “descida na cancha”, logo pela manhã, “sacam” o troféu da sua vida!!! isso também é possível, só não é comum, aliás, não é nada comum!!! mau:: E quanto às artificiais (“señuelos”)??? O que usar??? Via de regra, esqueçam Rapalas X-Rap Magnum Deep, Magnum CD 18, Bombers Salt Water, hiper crancks, ou qualquer coisa do tipo!!! Lá tu vais usar, necessariamente, para corrico, uma das 4 marcas mais consagradas da Argentina: Cucu (muito boa), Iberá (boa), NG (boa) e Alfer´s (excepcional!!!)!!! palmas:: palmas:: Essa última marca tornou-se ao longo dos anos verdadeira lenda na Argentina!!! palmas:: São iscas realmente muito bem projetadas, muito bem acabadas, e bonitas!!! joia::: Imagina a engenharia que deve ter uma isca para ela nadar a mais de 20m de profundidade contra uma pressão de água bárbara, a uma velocidade constante (baixa) de corrico!!!??? doeu:: surtei:: Para não “saltar” fora d'água é porque a isca é boa mesmo!!! palmas:: joia::: Pessoal, aqui quero deixar uma atualização que reputo da maior importância: para Dourados (e grandes Dourados alegre:: ) o corrico com isca de meia-água em cima dos pedregais é de grande eficiência!!! alegre:: E aí, nesse aspecto, vejo-me na obrigação de afirmar que a Rapala Super Shad Rap (SSR-14) é simplesmente imbatível!!! alegre:: palmas:: fome:: A ponto de, atualmente, considerá-la a isca mais eficiente para se capturar grandes Dourados no corrico!!! joia::: ::tudo:: Só a título de esclarecimento (dispensável, pois isso é tarefa que competirá ao guia de vcs saber, e todos na Argentina sabem disso) o Surubi se corrica águas abaixo (a favor da correnteza); o Dourado se corrica águas acima (contra a correnteza), via de regra sempre em cima da pedra!!! Quanto à rodada, vou falar bem pouco, tendo em vista que não há nenhuma particularidade especial (como o corrico, que por aquelas bandas é bem “sui generis”). Vara grande, acima de 6'6, como no corrico, para garantir uma boa ferrada. joia::: Mas as semelhanças acabam por aqui!!! mau:: A vara, ao contrário do corrico, que exige certa flexibilidade, deve ser a mais “dura” possível, isto é, a mais rápida possível!!! mau:: Mas por que??? Qual a diferença??? A diferença é que no corrico o trabalho de ferrada do peixe (o Dourado e o Surubi têm a boca “puro osso”, hein pessoal?!) é potencializado (e muito!) pelo motor da lancha, que ajuda o pescador na “ferrada” do peixe!! joia::: Ao contrário, na rodada, não há qualquer “força extra” a ajudar o pescador!!! buaa:: O pescador, nessa modalidade, conta apenas com a força do braço e com a capacidade de alavanca da vara!!! Eis o motivo da necessidade de uma vara rígida!!! joia::: Varas lentas (“moles”) para rodar é sinônimo de Dourado perdido no salto, vão por mim!!! Naonao:: buaa:: chorei:: Quanto à linha, novamente o oposto do corrico: a linha, de preferência nylon, deve ser grossa (0,45mm, em média) e de ótima qualidade, principalmente com relação à abrasão!!! Mas por que, se no corrico a linha deve ser de multifilamento e o mais fina possível??? doeu:: surtei:: Por que, ao contrário do corrico, na rodada a isca viva (pesada), às vezes ajudada por um pequeno chumbo, normalmente irá até o fundo do rio, não dependendo de nenhuma força extra!!! Mas por que nylon??? Porque como a “Mamacha” vem “lambendo a pedra”, na hora da corrida do Dourado (ou do Surubi) ele dispara “rente” às pedras, testando ao máximo a abrasividade da linha, item esse que, sabemos todos, é o “calcanhar de aquiles” das linhas multi!!! mau:: Entretanto atualmente muitos guias argentinos (os mais modernos) estão sugerindo aos seus turistas que usem multifilamento grosso para rodar, com um líder de fluor de alta bitola. joia::: Mas qual a vantagem disso??? A resposta é simples: a eficiência da “ferrada!!! joia::: palmas:: Usando nylon o “delay” que ela possui é péssimo fator na hora de “clavar el pes”!!! mau:: A elasticidade própria das linhas “normais” diminuem muito a resposta da garatéia na boca dura do Dourado!!! mau:: Ao contrário, com o uso de multifilamento, a resposta é “imediata”, exatamente em face da elasticidade zero que elas proporcionam!!! palmas:: joia::: Quanto ao bait, acho que se dispensa maiores comentários, né galera!? Vara de 5'3 a 6'0 (ou mais ou menos, de acordo com o gosto pessoal de cada um), com resistência entre 20 a 25lbs!!! joia::: Apesar de nunca nem ter visto um Tucunaré pessoalmente, muito menos um Açú-amazônico, creio que o equipamento de bait mais “pesado” que nós, pescadores brasileiros, podemos usar nas nossas pescarias “acessíveis” são exatamente no caso dos Douradões argentinos e nos Açús-amazônicos!!! Apesar de ser rara a captura de um Amarelão com mais de 8/9kgs no bait na Argentina (pelos motivos antes expostos), temos que ter a consciência de que, a qualquer momento, pode “estourar” em nossa linha um gigante com, digamos, uns 18kgs!!! surtei:: doeu:: surtei:: É mole o quer mais!? :gorfei: :gorfei: :gorfei: Apesar de difícil, como já disse, isso acontece muito, e, dependendo da época do ano, até com certa frequência!!! surtei:: Já imaginaram ter um “cavalo” de 15kgs saltando na ponta da tua linha??? surtei:: doeu:: Isso é indescritível pessoal!!! Mas indescritível mesmo!!! palmas:: palmas:: ::tudo:: joia::: Para evitar surpresa desagradável, é imperioso que usemos varas fortes, no minimo de 20lbs!!! joia::: Quanto à ação, o mais “fast” possível, para ter garantia de uma boa ferrada (uso varas Fenwick HMX 5'4, 20lbs. Show de equipo!!! joia::: palmas:: ). Quanto às carretas: Metanium Mg7, Scorpion 1500-7 XT, Tour Edition, Revo STX HS e SKT, Curado 200E7, entre muitas outras. joia::: O negócio é ter um drag legal, pra aguentar a corrida dos “cavalos” e ser macia e leve, para aguentar os dias inteiros pinchando!!! Ao contrário do que (pelo que eu leio nos relatos) é indicado para pescaria na AM, a capacidade de linha não é uma preocupação! Naonao:: Explico! Na AM (igualmente pelo que eu leio, tão-somente) usa-se multi de 50, 65 e até 80lbs!!! Na Argentina isso não é necessário!!! Lá usamos multi com no máximo 35/40lbs (eu uso 40lbs e nunca tive minha multi estourada por Dourado nenhum no bait!!!). Mas como pode, na AM ser necessário 80lbs pra peixe de 10kgs, enquanto que na Argentina 30lbs é suficiente para “sacar” Dourados gigantescos de 15kgs, e na corredeira?????? surtei:: doeu:: Explico (novamente pelo que leio): a grande bitola das multis usadas na AM deve-se ao fato de que o Tucunaré “briga sujo”, isto é, vai pro pau, pras “tranqueiras” assim que ferrado mau:: mau:: ; enquanto isso o Dourado, ao contrário, briga o mais limpo possível!!! joia::: palmas:: Ele faz o inverso do Açú, pois ele corre para o meio do rio, e tenta se livrar “del engaño” à base de saltos espetaculares!!! alegre:: alegre:: Mas sem correr pra qualquer tipo de estrutura ou “tranqueira”!!! palmas:: Esse é o principal fato de se usar linhas multi finas para pescar o "Rei", por mais que ele seja um “animalão” de dois dígitos!!! palmas:: Por fim, quanto ao uso de líder e quanto às iscas. Os Dourados, as Piracanjuvas, os Pacus, as Cacharas, entre outros peixes esportivos só atacam (via de regra) isca de meia-água!!! mau:: Exceção feita no período mais ativo do Dourado, onde ele também costuma atacar iscas de superfície! joia::: Por esse fato, aconselha-se que o pescador tenha na sua caixa muitas meia-águas entre 80mm e 150mm!!! Minhas (pessoal, hein galera) iscas preferidas são: Duel Aile Magnet 105 e 125 (acho elas simplesmente imbatíveis para os Dourados, e olha que eu já pinchei com uma boa parcela das iscas de meia-água que existem à disposição!!! joia::: danca:: ); K-Ten Blue Ocean 115 e 140; Deep-X 200, Megabass (para quando o Dourado tá atacando abaixo da linha da meia-água mau:: ); Maria The First 115 e 140; Rapala X-Rap Shad Shallow 8; Rapala Shad Rap 9 (a normal e a deep runner); Wave 105, Marine Sports; Big Game 115 e 130, Marine Sports!!! Quanto ao líder, utilizo fluor, 0,58mm, 40lbs, YGK (o mesmo do corrico), e um pequeno empate de aço flexível na ponta (30lbs), com não mais do que uns 7cm a 10cm. joia::: Essas técnicas relatadas servem para qualquer das três “áreas pesqueiras” “del Parente del Mare”, entretanto, a prática do corrico fica mais restrita aos pesqueiros do norte, por tudo o que já foi dito!!! Quanto aos pesqueiros sulistas, em especial Goya e Esquina, as práticas utilizadas ficam quase que exclusivamente restritas ao bait, ao fly e à espera com isca viva. Por isso, vale para elas tudo o que já dissemos ao tratar da região nortista!!! Exceção, talvez, seja feita à potência do equipo que, para Esquina e Goya, possam (talvez) ser “alivianados”!!! :gorfei: :gorfei: Uma vara rápida de 17lbs pode andar bem por aquelas bandas, além de carretas mais “finesse”, como uma Aldebaran ou uma Steez. joia::: Outros aspectos importantes Para quem for se aventurar de carro em terras argentinas, deixo as seguintes dicas: ande sempre de farol aceso; tenha como equipamento obrigatório dentro do carro, sob pena de encomodação com a Gendarmeria (guarda nacional argentina mau:: ), um cambão e um kit de “primeros auxílios”. No mais, os equipamentos exigidos lá são os mesmos exigidos aqui: extintor com validade, triângulo, etc. joia::: Quanto ao dinheiro: o Real é aceito em alguns lugares, mas em outros não. Então, para evitar aborrecimentos, leve sempre alguns Pesos argentinos juntos joia::: O Dólar americano também é aceito na maioria dos estabelecimentos. joia::: Outra dica importante: por menor que seja a vila pesqueira, normalmente há ao menos um posto do “Banco de Corrientes”, ou então do “Banco de La Nación Argentina”, onde, através dos “LINKS” (caixa eletrônicos universais, estilo dos caixas 24h brasileiro) pode-se efetuar saques de Pesos argentinos com o nosso cartão de crédito. Para isso, basta que ele seja internacional, de bandeira conhecida (Visa, Master, etc), e que tu tenhas habilitada uma senha própria para tal!!! Esse esquema de conseguir sacar dinheiro na Argentina já salvou algumas pescarias nossas por lá!!! joia::: palmas:: Outra questão: para entrar na Argentina o pescador tem de estar munido de carteira de identidade civil original!!! Não vale carteira funcional (exemplo, eu não consigo entrar na Argentina, mesmo morando aqui em São Borja, fronteira, com minha carteira funcional do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul!!!), nem de registro profissional (OAB, CRM, CREA, etc), ou militar, nem carteira de motorista. Não tem choro nem vela!!! :gorfei: :gorfei: :gorfei: Ah, passaporte válido é aceito!!! joia::: A carteira de identidade civil deve, ainda, ter sido expedida há menos de 10 anos! mau:: Quanto às crianças e menores de idade em geral: se estiverem acompanhados somente pelo pai, por exemplo, deve necessariamente portar autorização da mãe ou, então, autorização judicial!!! Senão também não entra!!! Naonao:: Naonao:: Quanto às “cotas” para transporte “del pescado”: para quem quiser matar diabo:: e levar o peixe, fique sabendo que em toda a província de Corrientes (portanto, de Ituzaingó a Esquina) vige a lei da COTA ZERO PARA O DOURADO!!!!!!!! palmas:: palmas:: palmas:: joia::: Ou seja, não é permitido, sob nenhuma hipótese, o transporte do Dourado!!! palmas:: palmas:: O que é permitido é o abate de um exemplar, dentro de medida legal (mínima e máxima), por dia e por equipe, para comer “no acampamento”!!! Mesmo assim terás que pagar um “precinto” (uma espécie de lacre com que se tagueia o peixe morto), que custa $100,00, para poder levá-lo até "o barranco", além da “Licença para Pesca Deportiva”, que custa $80,00 por pescador para os 4 dias de pesca!!! Quanto ao Surubi é permitido o embarque de 1 espécime por pescador, ::nada:: ::nada:: desde que igualmente “precintado” (isso está com os dias contados pois, a partir de 01/01/2013 passará a viger a medida mínima e máxima também para o Pintadão!!! alegre:: alegre:: palmas:: palmas:: )!!! O Pacu igualmente tem sua cota definida em 1 exemplar por pescador (necessitando ser precintado), apenas (graças a Deus), e a Piracanjuva também, 1 exemplar por pescador!!! palmas:: palmas:: Itens “extra-organização” que podem ser a diferença entre o sucesso e o fracasso da sua pescaria na Argentina Como sabemos, a melhor forma de se obter sucesso em uma pescaria é organizando-a bem, com bastante planejamento e antecedência. Para isso, basta que façamos as reservas com bastante tempo; joia::: que busquemos garantir a forma de “como chegaremos lá”; a organização do equipo; a formação da turma de pescadores; :amigo: enfim, muitos são os fatores que dependem apenas de nós mesmos para que se busque o êxito numa pescaria. Entretanto, em se tratando de Argentina, há alguns fatores que, não obstante tenhamos planejado e, até mesmo, executado com o máximo de perfeição “aquilo que nos é possível prever e organizar”, independem da nossa vontade ou disciplina, como, por exemplo, o regime de águas do Paranazão, mau:: mau:: hoje totalmente dependente da represa de Yaceretá!!! mau:: mau:: Se a represa liberar água e o rio crescer, “corta-se el pique”!!! mau:: Se a represa cortar por completo a passagem de água e o rio começar a baixar repentinamente, “corta-se el pique”!!! mau:: Mas então, o que fazer para que tenhamos sucesso??? Planejar e contar com a sorte!!! joia::: Não há outro meio!!! chorei:: chorei:: Nós, aqui de São Borja, estamos constantemente “monitorando” o nível das águas do Paranazão através do site http://www.prefecturanaval.gov.ar joia::: que trás a atualização diária do nível do rio!!! joia::: Para que vocês tirem por base o que seria uma “condição ideal” de pesca na Argentina, quanto ao nível das águas, a medição em Itá Ibaté terá que estar marcando entre 2,50m e 1,80m!!! Mais que isso está cheio; menos está “no osso”!!! :gorfei: :gorfei: Existem várias outras situações que podem “melar” a pescaria por lá, mas todas elas são comuns a todas as pescarias realizadas em qualquer parte do mundo: chuvas em excesso, entrada de frente fria, alteração de pressão atmosférica, entre outros. Por isso, achei interessante referir apenas a questão da represa de Yaceretá, por ser uma peculiaridade própria “daquelas bandas”, e que influencia diretamente na produtividade da pesca, muitas vezes sendo o fator decisivo entre o “sucesso” e o “fracasso” (para aqueles que enxergam sucesso e fracasso no ato de “pegar peixe” apenas!!!)!!! Mas então, teria uma “condição ideal” para pescaria na Argentina??? Eu diria que sim, pela minha experiência, variando de acordo com o peixe que se quer pescar!!! Se o objetivo forem os Dourados no bait ou no fly, quanto mais "normal" (talvez até um pouquinho crescido!) estiver o rio, quanto mais limpa estiver a água, quanto mais estável estiver o nível do rio (esse é o principal fator, na minha opinião!!!), quanto mais quente estiver a água e, por fim, se a lua for nova, maiores as chances de se obter “sucesso” joia::: joia::: palmas:: (pessoal, tudo isso é em tese, hein, decorrente da reunião dos fatores que, no decorrer do tempo, notei estarem presentes sempre que as pescarias foram produtivas!!!). Se o objetivo for o Surubi, no corrico, as condições ideais seriam mais ou menos essas: rio “no osso” ( o mais baixo possível), água limpa, água muito fria, rio estável (principal fator, sempre!!!) e lua nova!!! Para os Douradões no corrico: rio “no osso” ( o mais baixo possível), água limpa, água muito quente, rio estável (principal fator, sempre!!!) e lua nova!!! Quanto ao “Dom Pacu” e à Piracanjuva, as “condições ideais” são as mesmas do Dourado no bait!!! Para quem busca Cacharas, o negócio é buscá-las junto às galhadas, bocas de arroios, com Tuvira média viva, (ou anguilas - muçuns, pirambóias) reunindo as condições da pescaria do Surubi, com exceção da água, que não precisa estar gelada (muitas vezes a pesca dos Cacharas são até mais produtivas no verão! joia::: ) Bom galera, novamente quero deixar claro que esse texto tem por fundamento apenas “dar um norte”, dar “um caminho das pedras” a todos aqueles amigos pescadores que têm a intenção de se aventurar numa “inovidable jornada de pesca” em águas argentinas!!! Não tem a pretensão de ser exaustivo (até porque seria muita pretensão!!!) ou definitivo!!! Está aberto a críticas, sugestões, correções, e novidades!!! A intenção, enfim, é torná-lo um instrumento de orientação, apenas isso!!! Um grande abraço a todos e espero ter ajudado, pois a pescaria na Argentina, no seu majestoso e imponente rio Paraná, é simplesmente FANTÁSTICA!!!
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