João Paulo Postado Maio 3, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Maio 3, 2009 QUANDO A ÁGUA SOBE MUITO RÁPIDO http://www.tucuna.com.br/site/images/tecnicas/4 Tendo início o novo período das chuvas, normalmente a represa dá uma assentada, ou seja, tem seu fluxo de entrada e saída mais ou menos homogêneo, permanecendo "estável" por um período, ou descendo com menos intensidade ou subindo pouco. Porém, acentuadas as chuvas, as águas começam a se acumular novamente, e quanto mais baixa estiver a represa, mais rápido seu nível sobe, pois o volume de água adicionado proporcionalmente ao volume estocado é muito grande. Isso tende a modificar somente quando a represa atingir um nível de equilíbrio, na qual a enchente virá de forma mais gradativa e a subida do nível será mais lenta não interferindo tanto no comportamento dos peixes, já adaptados com a nova situação e necessitando de alimentar-se. Nos rios amazônicos existe um fenômeno conhecido como repiquete, que ocorre quando o fluxo de água do rio não consegue ser descarregado no rio principal, diminuindo sua vazão e acumulando maior quantidade de água nas lagoas, mesmo no período da vazante. Isso pode ocorrer por excesso de chuvas na cabeceiras do rio, ou mesmo pelo aumento do volume no rio principal, sendo assim, o repiquete pode vir "de cima" ou "de baixo", acumulando água que de repente inverte seu fluxo de saída das lagoas e ressacas para entrada, e essa "água nova" causa mudanças radicais na qualidade da água e no comportamento dos peixes, que preferem as águas ácidas do seu habitat natural. Mas quando isso acontece, o que fazer? Como descobrir qual o comportamento dos peixes nessa situação? Há diferença nessa água da chuva com a água da represa ou rio? Os peixes somem ou procuram por águas mais adequadas? A água ideal para o tucunaré é ácida e tropical, com temperatura entre 22 a 28 graus. A água da chuva é alcalina e normalmente mais fria. Isso provoca mudanças radicais no antigo habitat do peixe e o comportamento do peixe muda. Não estamos falando de chuva rápida, estamos falando de subida de nível de água rápida, que são duas coisas muito distintas, pois uma chuva rápida é sempre muito bem vinda para o pescador e para o peixe. Nesse caso, são várias as orientações a seguirmos. A primeira é de interpretarmos a nova situação, de subida rápida de nível de água e imaginarmos onde os peixes estavam anteriormente. Os peixes poderiam estar nas margens rasas, bicos de ilhas, grotas, laterais de grotas, enfim em várias estruturas que ficaram comprometidas com a invasão das águas. A prospecção desses locais é muito difícil, pois os parâmetros mudam totalmente, e dificilmente vamos obter êxito batendo nas margens rasas e estruturas anteriores. O fluxo de água nova quando chega invadindo áreas antes não inundadas de maneira bastante rápida e não convida o peixe a banquetear em suas novas estruturas. Veja o que acontece quando mudamos a água de um aquário por exemplo. O peixe fica descolorido, no fundo, imóvel por um período. O mesmo acontece com o tucunaré nesse caso. Ele antes de se adaptar à nova condição, passa por períodos de aclimatação, que envolvem a busca por um novo ponto que tenha condições favoráveis. Então muitas vezes estamos tentando capturar um predador que não está a fim de caçar, somente procurando um novo local onde possa ter proteção e alimentação, com água de ph e temperaturas adequadas, e como a sua preocupação é sair daquela "água nova", para o peixe, essa busca é mais importante do que se alimentar naquele momento. Por isso, se não colocarmos as iscas literalmente na sua cara, e insistirmos, dificilmente iremos conseguir bons resultados. Existem pescadores que insistem nas iscas de superfície e ao invés de estouros fenomenais vêem apenas rebojos tímidos e marolas. Com certeza alguma coisa está errada. A minha sugestão é que sejam utilizadas preferencialmente iscas de fundo como colheres, jigs, shads, spinners, spinnerbaits, jumping jigs e outras do gênero para atingir pontos em profundidades diferentes em barrancos fundos na beirada, locais com profundidades entre 3 a 6 metros, proximidades de ilhas submersas ou semi-submersas, locais mais distantes das margens. Por trabalharem diferentes profundidades, essas iscas são as mais produtivas. A seguir as iscas de meia-água ou sub-superfície. Ainda com relação à busca de novos pontos, a entrada em lagoas fechadas, sem contato com o rio também é uma excelente alternativa para fugir do repiquete, pois proporciona a possibilidade de confrontar com os peixes em ambiente fechado e menor, sendo menos afetado pelo fenômeno. A pesca nessas condições é cansativa, foge dos padrões usuais e complicada de ser realizada. Todas as regras devem ser quebradas para tentar vencer esse desafio. Ousar, sair do padrão e buscar novas alternativas de pescar nesse período são as atitudes que devemos tomar para enfrentarmos essa adversidade da natureza. Os resultados virão com certeza! >>FONTE: WWW.TUCUNA.COM.BR Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Kid M Postado Maio 3, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Maio 3, 2009 Ótimos conceitos e informações João Paulo ! Obrigado por compartilhá-los aqui no Fórum ! aplauso:: Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Paulo Roberto Postado Maio 3, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Maio 3, 2009 João Paulo...obrigado pela contribuição....mas vc está copiando isso lá do tucuna.com.br e não está dando crédito ao criador...Isso daí pode dar problema.... legal:: Fabrício, sinceramente não pensei que isso poderia trazer problemas blink:: ! O meu objetivo era trazer mais informações para o Fórum. Mas o que devo fazer neste caso medo:: ??? Abraço... legal:: rindo3:: (Não sei se o Fabrício vai concordar comigo, mas, se o assunto está na internet, penso que é público, porém, acredito eu, que basta voce citar o nome do autor que escreveu, e talvez, até de onde voce copiou, (acho que ficaria até elegante). De qualquer maneira o assunto é bem interessante. rindo3:: rindo3:: (Eu tava me perguntando como é que um menino tão novo, sabia tanto sobre os rios amazônicos, e sua adaptação às chuvas... Pensei: será que ele está estudando engenharia florestal???) De qualquer forma, ficou legal o artigo, mande mais, só não esqueça o nome do autor... Naonao:: aplauso:: Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
João Paulo Postado Maio 3, 2009 Autor Denunciar Compartilhar Postado Maio 3, 2009 João Paulo...obrigado pela contribuição....mas vc está copiando isso lá do tucuna.com.br e não está dando crédito ao criador...Isso daí pode dar problema.... legal:: Fabrício, sinceramente não pensei que isso poderia trazer problemas blink:: ! O meu objetivo era trazer mais informações para o Fórum. Mas o que devo fazer neste caso medo:: ??? Abraço... legal:: rindo3:: (Não sei se o Fabrício vai concordar comigo, mas, se o assunto está na internet, penso que é público, porém, acredito eu, que basta voce citar o nome do autor que escreveu, e talvez, até de onde voce copiou, (acho que ficaria até elegante). De qualquer maneira o assunto é bem interessante. rindo3:: rindo3:: (Eu tava me perguntando como é que um menino tão novo, sabia tanto sobre os rios amazônicos, e sua adaptação às chuvas... Pensei: será que ele está estudando engenharia florestal???) De qualquer forma, ficou legal o artigo, mande mais, só não esqueça o nome do autor... Naonao:: aplauso:: VALEU PELA DICA PAULO ROBERTO!! VOU CITAR A FONTE AGORA... legal:: Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Eduardo Monteiro Postado Maio 25, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Maio 25, 2009 legal. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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