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Exibindo conteúdo com a maior reputação em 09-10-2023 em todas áreas

  1. Sempre buscando por novidades chegamos na operação da Amazon Xplor (www.amazonxplor.com.br), comandada pelo Eribert Marquez. A nossa pesquisa foi grande e gerou muitas dúvidas, pois alguns diziam que esta era uma operação mais de férias do que de pescaria. A utilização dos barcos, tipo bass, com motores de 115 hp na Amazônia também não era uma unanimidade, pois o uso deste tipo de barco poderia limitar a operação aos trechos mais largos dos rio, assustar peixes,... Na prática, a utilização dos bass boats foi fundamental para o sucesso da nossa pescaria (velocidade de deslocamento e alcance), assim como a estrutura de hotel do Amazon Xplor foi fundamental para o nosso conforto e bem estar. De qualquer modo, marcamos nossa viagem com bastante antecedência, para o começo da alta temporada, na última semana de set/23. Participaram desta viagem os colegas pescadores Rogério, Luiz Cláudio, Dalmo, Raimundo, Zacarias, João Manoel, Luís Mário, Vanderley, Pedro e Fernando. Chegamos em Manaus e fomos hospedados no Hotel Tryp, já como parte do nosso pacote. Este hotel é bom e próximo ao aeroporto, mas tem a desvantagem de que muitos motoristas de Uber simplesmente cancelam a corrida quando percebem o destino ou origem no Hotel Tryp. Após o check-in no hotel seguimos diretamente para o Canto da Peixada, comer a tradicional costela e banda de tambaqui, além de petiscos da região amazônica. No dia seguinte pela manhã nos reunimos com mais 14 pescadores (total 24), fomos divididos em dois grupos e seguimos viagem em dois voos fretados de Manaus a Barcelos. Os aviões que operam nesta rota, geralmente são do tipo Embraer Bandeirantes, trazendo certa ansiedade ao grupo, devido ao recente acidente aéreo ocorrido em Barcelos. Mas os nossos voos foram tranquilos e em céu de Brigadeiro (cerca de 1h15 de duração). O único problema foi que o segundo voo atrasou e chegou quase três horas depois da chegada do primeiro, fazendo com que o primeiro grupo tivesse que esperar num bar, em frente ao Porto de Barcelos, numa temperatura de 40 graus (pelo menos a cerveja estava gelada). Apenas com a chegada do segundo grupo e embarque no barco rápido de transporte até o hotel (2 motores de 250 hps), com open bar e ar condicionado, que começamos realmente nossa diversão - este translado demora cerca de 1h30. O Hotel de selva Xplor é um show. Bangalôs amplos e exclusivos por dupla, com banheiro, duas camas de casal, colchões especiais com massagem, banheiro, minibar, varanda e armários com muito espaço para guardar roupas e tralhas. Na área de convivência, existe um grande salão com bar, tv, mesa de sinuca, loja completa de artigos de pesca, sofás,... O restaurante fica anexo a este salão e também é bastante amplo. Na área externa existe ainda uma grande piscina e um espaço churrasqueira. Tudo muito bem construído em estrutura de madeira e com decoração de bom gosto. Condições de pesca. Com o El Niño e a estiagem generalizada na Amazônia, os rios Negro e Arirarrá estavam descendo forte e não havia nenhuma previsão de chuvas durante a nossa estadia. Por outro lado, o calor era muito intenso, temperaturas diárias de 41 graus com sensação térmica, dentro dos rios, na faixa de 45 graus. Nestas condições, a temperatura da água chegava a absurdos 35 graus, principalmente nas regiões mais rasas e próximas ao Rio Negro. Não chegamos a explorar os lagos existentes na região do Arirarrá, pois a água destes lagos estava muito quente e ainda não estava bem limpa. Nestas condições, os peixes não apresentavam um padrão muito ativo, reforçado pela defesa dos seus filhotes. Tudo isto significava muito trabalho e suor, mas com belas recompensas. Entre nós, querer acertar com um ano e meio de antecedência, uma semana com rio na caixa, sol, temperatura da água ideal, pressão atmosférica ideal e sem vento já é um pouco demais. Basicamente, pescamos em 3 condições: no Rio Negro em busca de peixes de couro (filhotes e pirararas) e no Rio Arirarrá arremessando próximo às margens em busca de cardumes de tucunarés-borboleta ou nas praias e locais conhecidos pelos guias na busca dos grandes açus. Foram capturados ainda diversos trairões, aruanãs, bicudas e piranhas. Também embarcamos alguns exemplares de pirararas e filhotes, sempre utilizando os trairões como iscas. A pescaria de peixes de couro é muito difícil no Arirarrá, devido a grande presença de piranhas nas regiões dos poços mais profundos. No mais, utilizamos basicamente iscas artificiais, sendo as mais produtivas a T20, as Bonnies 107 e 128, sempre na cor osso, e as hélices. Eu testei algumas poppers (feed e Maria), mas com baixíssima produtiva. Via de regra, quando um exemplar de tucunaré era capturado ele era colocado no tanque de oxigenação para ser solto em condições de menor risco para o peixe, pois os jacarés e, principalmente, os botos foram nossos companheiros inseparáveis nesta viagem. Pescamos por 6 dias e capturamos alguns exemplares de Tucunarés 80up (Luiz Cláudio e Rogério foram os campeões da viagem), diversos entre 70 e 80cm e centenas abaixo de 70 cm. Nossos guias foram o Cobra, Macedo, Pedro, Erivelton e Jósimo. Existe na pousada um programa de incentivo bem bacana e que gera uma disputa bastante saudável entre as equipes. Cada Tucunaré 80up capturado na semana dá direito a um prêmio de R$ 300,00 para o guia do barco que fez a pescaria, representado em foto abaixo por uma placa de "pix" na cerimônia de entrega dos prêmios. A semana foi excelente, mas o calor excessivo foi cruel com a nossa turma, que também tem boa parte dos seus pescadores na faixa dos 60up (Kkkk). Quanto à estrutura da Amazon Xplor, só temos elogios, sendo que a equipe é top, prestativa e bem treinada. O Eribert acompanha as equipes desde o café da manhã até o jantar, aparecendo de surpresa nos almoços nas praias dos rios, sempre acompanhado dos seus cachorros (neguinha, mel e cacau), que adoram passear de barco e são uma atração à parte. O momento do almoço no rio é o horário de recuperar as energias, comendo um churrasco ou um lanche e relaxando o corpo num mergulho no rio, quando são montados pequenos acampamentos com cadeiras de praia e guarda-sóis. Outra atração da pousada é um casal de araras (Blue e Jade), que vivem soltas, mas estão sempre presentes e adoram receber castanhas e uvas oferecidas pelo Eribert e equipe. Finalmente, retornamos para casa e para as nossas famílias e trabalho, trazendo belas recordações e preparando novas aventuras.
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