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-Mariano- recebeu reputação de Edmar Alves em Aventura na Amazonia Peruana
Já imaginou acampar num rio que você nem sabe o nome, onde nao existe operação de pesca, em um país que nunca visitou, só com um palpite e o Google Earth? Pois é… foi exatamente isso que eu fiz — e não é que deu certo?
Tudo começou há alguns anos, quando vi um vídeo de tambaquis gigantes sendo pescados num rio de águas cristalinas nas montanhas peruanas. O vídeo não dizia muito sobre o local, mas fiquei impressionado com a beleza e o tamanho dos peixes. A imagem ficou na cabeça, e ao mesmo tempo fui ficando um pouco chateado com a situacao do medio negro que todos já conhecem: excesso de operacoes e afluentes com dono, pescarias cada vez mais caras e/ou fracas. Por fim, resolvi entrar em contato com o pessoal do vídeo, mas eles simplesmente ignoraram minhas mensagens e ali.... meu amigo... virou questão de honra: agora eu ia pescar lá, só não sabia ainda o como.
Com dicas de amigos do Peru e muitas horas no Google Earth (estilo aquele filme Lion!!), identifiquei uma região promissora e decidi arriscar minha semana de pesca amazônica para tirar a dúvida sobre aquele lugar. Se der certo teria um novo destino; se der errado... bom, já tinha me ferrado algumas vezes na amazônia, só seria "mais uma" e ainda teria história para contar (e fazer esse relato rsrsrs).
Sobre a organização da viagem, daria até pra escrever um livro. Mas, resumindo: encontrar um parceiro de pesca e um apoio local disposto a acampar quase às cegas foi muito difícil. Foram muitas ligações, porque nenhuma agência de turismo de aventura do Peru topou o desafio. Montei um planejamento provisório, fizemos algumas reuniões virtuais e fomos ajustando o itinerário juntos. Definimos uma data quase no auge da seca e, nos meses seguintes, fui estudando a região e marcando waypoints no celular. O apoio local fez uma viagem de reconhecimento, já que nunca havia pescado ali. Chegando lá, ele pediu autorização às comunidades locais e confirmou: o lugar parecia promissor.
O foco seria o tambaqui, mas também tentaríamos os dourados peruanos (Salminus iquitensis), jatuaranas no fly e bait, e, claro, uns jaús na linguiça.
Achei que nunca ia acontecer… mas o dia finalmente chegou.
1º e 2º dia
Saída bem cedo no sábado do Galeão, com conexão em Lima até o destino final. Saímos dos 3.400 m de Cusco para uma longa jornada: quase 12 horas de carro subindo até os 4.300 m e depois descendo até os 600 m da selva cusquenha — e mais 10 horas de barco por paisagens incríveis até o ponto de pesca. O Peru é realmente muito bonito!
Já na região de pesca, fiquei empolgado: à medida que subíamos o rio, vários dos pontos que eu tinha marcado no GPS batiam exatamente com os do vídeo. A pescaria prometia. Chegamos ao ponto do acampamento por volta das 16h do domingo, ainda a tempo de dar uns pinchos. Naquela noite, meu parceiro Santiago engatou um bom peixe na isca viva (acreditamos que era um jaú), mas o bicho não quis dar as caras.
3º dia
Acordamos bem cedo com um visual espetacular: selva de Yungas, também chamada de nuboselva ou selva alta — aquela faixa entre 300 e 2.000 metros de altitude no lado leste dos Andes, que vai do norte da Argentina à Venezuela. Segundo alguns biólogos, é a selva mais bonita do mundo (e eu concordo!).
Toda madrugada acordávamos no meio das nuvens, mas assim que o sol aparecia, o nevoeiro ia embora e as montanhas se revelavam. Neste dia, seguimos subindo o rio, batendo isca em vários pontos até o segundo acampamento. O resultado do dia foi modesto: apenas alguns dourados peruanos na artificial.
Salminus iquitensis, bem parecido com o Salminus Brasiliensis, porem o peso dele nao passa dos 4-5kg
4º dia
Conversamos com as autoridades locais, que permitiram a pesca em uma área “exclusiva” do rio, com a condição de não incomodar os moradores nem matar peixes ou animais. Segundo o responsável pelo controle da região, era a primeira vez que ele via alguém usando isca artificial e fly por lá.
A ansiedade de bater isca em pontos ainda “virgens” era grande, mas logo veio a decepção: quanto mais subíamos, mais raso e pobre em estrutura o rio se tornava. Foi aí que entendi que rio de montanha tem uma lógica diferente: a estrutura dele muda muito, e muito rápido, comparado aos rios da amazonia.
Ainda assim, quando o lugar é preservado, a diferença é gritante. Na Argentina, de cada 10 pontos promissores, 1 ou 2 têm dourados caçando. Aqui, literalmente todos os pontos bons tinham algum morador. Outro destaque: a quantidade absurda de pegadas de animais nas praias.
5º dia
Visual lindo, muitos dourados (pequenos)... mas nada dos tambaquis. Até esse momento, tínhamos ZERO ações deles. Decidimos então começar a descer o rio, já que a parte baixa parecia ter mais estrutura.
Fomos batendo isca o dia todo, ainda sem sinal dos redondos, e o ânimo da turma já estava caindo quando chegamos ao novo ponto de acampamento no final da tarde. Foi aí que um dos barqueiros comentou que sempre via tambaquis saindo d’água no poço logo à frente, no fim da tarde.
E começou o show. Parecia um pesque-pague: os bichos explodindo na superfície, comendo algo que não conseguimos identificar — já estava meio escuro. Mesmo assim, pegamos a canoa no remo, bem devagar, e começamos a bater isca.
Não deu 5 minutos e veio a tomada de linha mais violenta que já senti no bait, e olha que já tive a sorte de pegar 80 up, mas aquilo era loucura, parecia que eu tinha engatado um Jacaré de 1 metro. Mostrei a carretilha soltando linha sem parar pro meu parceiro e falei: “Cara, isso não tem lógica”. Tambaqui de pesque-pague tem força? Imagina um criado em rio de cachoeira, numa vara 20 lb... deu trabalho!
Final da briga, peixe na mão. Finalmente tudo se alinhou — desde aquele vídeo de 7 anos atrás até chegar ali, naquele lugar remoto, e tirar o troféu. Com ctz no meu top 3 de peixes da vida.
6º e 7º dia
Já na parte baixa do rio, mais próxima da cidade, foi festa: variedade e quantidade de peixes, todos no bait. Destaque para uma bela cachara de mais de 10 kg do Santiago, e um tambaqui que eu perdi após quebrar minha vara ao meio e arrancar um passador na primeira arrancada. As fotos falam mais que qualquer comentário.
Nos 45 do segundo tempo, já no último poço, o Rodrigo ainda não tinha tirado o dele... e não é que ele salva a pescaria ali mesmo? Com direito a dublê comigo e uma bela yatorana.
Fechamos com chave de ouro. Hora de voltar à civilização, tomar uma gelada (depois de alguns dias sem gelo) e encarar o caminho de volta.
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-Mariano- recebeu reputação de Edmar Alves em Aventura na Amazonia Peruana
Obg! Fomos final de Julho.
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-Mariano- deu reputação a Willian Furlanetto em Aventura na Amazonia Peruana
Sensacional que aventura, parabéns pelo relato
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-Mariano- recebeu reputação de Fabrício Biguá em Aventura na Amazonia Peruana
Vlw capitao, voce nao sabia disso mas aquela historia que vc contou pra mim sobre sua primeira pescaria no Uneuxi foi de grande inspiracao pra essa viagem.
Não espere, faça — a vida é curta. Tire umas férias de pescar sempre nos mesmos lugares.
O intuito do relato é justamente esse: quem sabe mais gente se anima a explorar novos destinos.
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-Mariano- deu reputação a Cristiano Rochinha em Aventura na Amazonia Peruana
Rapaz,eu iria dizer que lá é muito difícil de conseguir acampar por alguns motivos,mas depois desse acampamento que você fez no Peru,talvez nem seja tão complicado assim kkkk....
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-Mariano- deu reputação a Vagner em Aventura na Amazonia Peruana
que top , os tambas dai sao parecidos com caranhas show de bola
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-Mariano- deu reputação a Ladislau Tenório em Aventura na Amazonia Peruana
Que desafio e que Aventura!
Fico imaginando como foi a preparação disso tudo, mas a experiência vivida e o êxito da empreitada foi mais que merecido!
Parabéns, pescador!
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-Mariano- deu reputação a Neto Terrin em Aventura na Amazonia Peruana
Parabéns pela coragem! Pescaria mto show….
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-Mariano- deu reputação a GuilhermeLimahHB em Aventura na Amazonia Peruana
Absurdo o relato! Legal demais, parabéns pela determinação e capturas, muito fora do padrão!
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-Mariano- recebeu reputação de Fabrício Biguá em Aventura na Amazonia Peruana
Já imaginou acampar num rio que você nem sabe o nome, onde nao existe operação de pesca, em um país que nunca visitou, só com um palpite e o Google Earth? Pois é… foi exatamente isso que eu fiz — e não é que deu certo?
Tudo começou há alguns anos, quando vi um vídeo de tambaquis gigantes sendo pescados num rio de águas cristalinas nas montanhas peruanas. O vídeo não dizia muito sobre o local, mas fiquei impressionado com a beleza e o tamanho dos peixes. A imagem ficou na cabeça, e ao mesmo tempo fui ficando um pouco chateado com a situacao do medio negro que todos já conhecem: excesso de operacoes e afluentes com dono, pescarias cada vez mais caras e/ou fracas. Por fim, resolvi entrar em contato com o pessoal do vídeo, mas eles simplesmente ignoraram minhas mensagens e ali.... meu amigo... virou questão de honra: agora eu ia pescar lá, só não sabia ainda o como.
Com dicas de amigos do Peru e muitas horas no Google Earth (estilo aquele filme Lion!!), identifiquei uma região promissora e decidi arriscar minha semana de pesca amazônica para tirar a dúvida sobre aquele lugar. Se der certo teria um novo destino; se der errado... bom, já tinha me ferrado algumas vezes na amazônia, só seria "mais uma" e ainda teria história para contar (e fazer esse relato rsrsrs).
Sobre a organização da viagem, daria até pra escrever um livro. Mas, resumindo: encontrar um parceiro de pesca e um apoio local disposto a acampar quase às cegas foi muito difícil. Foram muitas ligações, porque nenhuma agência de turismo de aventura do Peru topou o desafio. Montei um planejamento provisório, fizemos algumas reuniões virtuais e fomos ajustando o itinerário juntos. Definimos uma data quase no auge da seca e, nos meses seguintes, fui estudando a região e marcando waypoints no celular. O apoio local fez uma viagem de reconhecimento, já que nunca havia pescado ali. Chegando lá, ele pediu autorização às comunidades locais e confirmou: o lugar parecia promissor.
O foco seria o tambaqui, mas também tentaríamos os dourados peruanos (Salminus iquitensis), jatuaranas no fly e bait, e, claro, uns jaús na linguiça.
Achei que nunca ia acontecer… mas o dia finalmente chegou.
1º e 2º dia
Saída bem cedo no sábado do Galeão, com conexão em Lima até o destino final. Saímos dos 3.400 m de Cusco para uma longa jornada: quase 12 horas de carro subindo até os 4.300 m e depois descendo até os 600 m da selva cusquenha — e mais 10 horas de barco por paisagens incríveis até o ponto de pesca. O Peru é realmente muito bonito!
Já na região de pesca, fiquei empolgado: à medida que subíamos o rio, vários dos pontos que eu tinha marcado no GPS batiam exatamente com os do vídeo. A pescaria prometia. Chegamos ao ponto do acampamento por volta das 16h do domingo, ainda a tempo de dar uns pinchos. Naquela noite, meu parceiro Santiago engatou um bom peixe na isca viva (acreditamos que era um jaú), mas o bicho não quis dar as caras.
3º dia
Acordamos bem cedo com um visual espetacular: selva de Yungas, também chamada de nuboselva ou selva alta — aquela faixa entre 300 e 2.000 metros de altitude no lado leste dos Andes, que vai do norte da Argentina à Venezuela. Segundo alguns biólogos, é a selva mais bonita do mundo (e eu concordo!).
Toda madrugada acordávamos no meio das nuvens, mas assim que o sol aparecia, o nevoeiro ia embora e as montanhas se revelavam. Neste dia, seguimos subindo o rio, batendo isca em vários pontos até o segundo acampamento. O resultado do dia foi modesto: apenas alguns dourados peruanos na artificial.
Salminus iquitensis, bem parecido com o Salminus Brasiliensis, porem o peso dele nao passa dos 4-5kg
4º dia
Conversamos com as autoridades locais, que permitiram a pesca em uma área “exclusiva” do rio, com a condição de não incomodar os moradores nem matar peixes ou animais. Segundo o responsável pelo controle da região, era a primeira vez que ele via alguém usando isca artificial e fly por lá.
A ansiedade de bater isca em pontos ainda “virgens” era grande, mas logo veio a decepção: quanto mais subíamos, mais raso e pobre em estrutura o rio se tornava. Foi aí que entendi que rio de montanha tem uma lógica diferente: a estrutura dele muda muito, e muito rápido, comparado aos rios da amazonia.
Ainda assim, quando o lugar é preservado, a diferença é gritante. Na Argentina, de cada 10 pontos promissores, 1 ou 2 têm dourados caçando. Aqui, literalmente todos os pontos bons tinham algum morador. Outro destaque: a quantidade absurda de pegadas de animais nas praias.
5º dia
Visual lindo, muitos dourados (pequenos)... mas nada dos tambaquis. Até esse momento, tínhamos ZERO ações deles. Decidimos então começar a descer o rio, já que a parte baixa parecia ter mais estrutura.
Fomos batendo isca o dia todo, ainda sem sinal dos redondos, e o ânimo da turma já estava caindo quando chegamos ao novo ponto de acampamento no final da tarde. Foi aí que um dos barqueiros comentou que sempre via tambaquis saindo d’água no poço logo à frente, no fim da tarde.
E começou o show. Parecia um pesque-pague: os bichos explodindo na superfície, comendo algo que não conseguimos identificar — já estava meio escuro. Mesmo assim, pegamos a canoa no remo, bem devagar, e começamos a bater isca.
Não deu 5 minutos e veio a tomada de linha mais violenta que já senti no bait, e olha que já tive a sorte de pegar 80 up, mas aquilo era loucura, parecia que eu tinha engatado um Jacaré de 1 metro. Mostrei a carretilha soltando linha sem parar pro meu parceiro e falei: “Cara, isso não tem lógica”. Tambaqui de pesque-pague tem força? Imagina um criado em rio de cachoeira, numa vara 20 lb... deu trabalho!
Final da briga, peixe na mão. Finalmente tudo se alinhou — desde aquele vídeo de 7 anos atrás até chegar ali, naquele lugar remoto, e tirar o troféu. Com ctz no meu top 3 de peixes da vida.
6º e 7º dia
Já na parte baixa do rio, mais próxima da cidade, foi festa: variedade e quantidade de peixes, todos no bait. Destaque para uma bela cachara de mais de 10 kg do Santiago, e um tambaqui que eu perdi após quebrar minha vara ao meio e arrancar um passador na primeira arrancada. As fotos falam mais que qualquer comentário.
Nos 45 do segundo tempo, já no último poço, o Rodrigo ainda não tinha tirado o dele... e não é que ele salva a pescaria ali mesmo? Com direito a dublê comigo e uma bela yatorana.
Fechamos com chave de ouro. Hora de voltar à civilização, tomar uma gelada (depois de alguns dias sem gelo) e encarar o caminho de volta.
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-Mariano- recebeu reputação de Leonardo R T Nakata em Aventura na Amazonia Peruana
Já imaginou acampar num rio que você nem sabe o nome, onde nao existe operação de pesca, em um país que nunca visitou, só com um palpite e o Google Earth? Pois é… foi exatamente isso que eu fiz — e não é que deu certo?
Tudo começou há alguns anos, quando vi um vídeo de tambaquis gigantes sendo pescados num rio de águas cristalinas nas montanhas peruanas. O vídeo não dizia muito sobre o local, mas fiquei impressionado com a beleza e o tamanho dos peixes. A imagem ficou na cabeça, e ao mesmo tempo fui ficando um pouco chateado com a situacao do medio negro que todos já conhecem: excesso de operacoes e afluentes com dono, pescarias cada vez mais caras e/ou fracas. Por fim, resolvi entrar em contato com o pessoal do vídeo, mas eles simplesmente ignoraram minhas mensagens e ali.... meu amigo... virou questão de honra: agora eu ia pescar lá, só não sabia ainda o como.
Com dicas de amigos do Peru e muitas horas no Google Earth (estilo aquele filme Lion!!), identifiquei uma região promissora e decidi arriscar minha semana de pesca amazônica para tirar a dúvida sobre aquele lugar. Se der certo teria um novo destino; se der errado... bom, já tinha me ferrado algumas vezes na amazônia, só seria "mais uma" e ainda teria história para contar (e fazer esse relato rsrsrs).
Sobre a organização da viagem, daria até pra escrever um livro. Mas, resumindo: encontrar um parceiro de pesca e um apoio local disposto a acampar quase às cegas foi muito difícil. Foram muitas ligações, porque nenhuma agência de turismo de aventura do Peru topou o desafio. Montei um planejamento provisório, fizemos algumas reuniões virtuais e fomos ajustando o itinerário juntos. Definimos uma data quase no auge da seca e, nos meses seguintes, fui estudando a região e marcando waypoints no celular. O apoio local fez uma viagem de reconhecimento, já que nunca havia pescado ali. Chegando lá, ele pediu autorização às comunidades locais e confirmou: o lugar parecia promissor.
O foco seria o tambaqui, mas também tentaríamos os dourados peruanos (Salminus iquitensis), jatuaranas no fly e bait, e, claro, uns jaús na linguiça.
Achei que nunca ia acontecer… mas o dia finalmente chegou.
1º e 2º dia
Saída bem cedo no sábado do Galeão, com conexão em Lima até o destino final. Saímos dos 3.400 m de Cusco para uma longa jornada: quase 12 horas de carro subindo até os 4.300 m e depois descendo até os 600 m da selva cusquenha — e mais 10 horas de barco por paisagens incríveis até o ponto de pesca. O Peru é realmente muito bonito!
Já na região de pesca, fiquei empolgado: à medida que subíamos o rio, vários dos pontos que eu tinha marcado no GPS batiam exatamente com os do vídeo. A pescaria prometia. Chegamos ao ponto do acampamento por volta das 16h do domingo, ainda a tempo de dar uns pinchos. Naquela noite, meu parceiro Santiago engatou um bom peixe na isca viva (acreditamos que era um jaú), mas o bicho não quis dar as caras.
3º dia
Acordamos bem cedo com um visual espetacular: selva de Yungas, também chamada de nuboselva ou selva alta — aquela faixa entre 300 e 2.000 metros de altitude no lado leste dos Andes, que vai do norte da Argentina à Venezuela. Segundo alguns biólogos, é a selva mais bonita do mundo (e eu concordo!).
Toda madrugada acordávamos no meio das nuvens, mas assim que o sol aparecia, o nevoeiro ia embora e as montanhas se revelavam. Neste dia, seguimos subindo o rio, batendo isca em vários pontos até o segundo acampamento. O resultado do dia foi modesto: apenas alguns dourados peruanos na artificial.
Salminus iquitensis, bem parecido com o Salminus Brasiliensis, porem o peso dele nao passa dos 4-5kg
4º dia
Conversamos com as autoridades locais, que permitiram a pesca em uma área “exclusiva” do rio, com a condição de não incomodar os moradores nem matar peixes ou animais. Segundo o responsável pelo controle da região, era a primeira vez que ele via alguém usando isca artificial e fly por lá.
A ansiedade de bater isca em pontos ainda “virgens” era grande, mas logo veio a decepção: quanto mais subíamos, mais raso e pobre em estrutura o rio se tornava. Foi aí que entendi que rio de montanha tem uma lógica diferente: a estrutura dele muda muito, e muito rápido, comparado aos rios da amazonia.
Ainda assim, quando o lugar é preservado, a diferença é gritante. Na Argentina, de cada 10 pontos promissores, 1 ou 2 têm dourados caçando. Aqui, literalmente todos os pontos bons tinham algum morador. Outro destaque: a quantidade absurda de pegadas de animais nas praias.
5º dia
Visual lindo, muitos dourados (pequenos)... mas nada dos tambaquis. Até esse momento, tínhamos ZERO ações deles. Decidimos então começar a descer o rio, já que a parte baixa parecia ter mais estrutura.
Fomos batendo isca o dia todo, ainda sem sinal dos redondos, e o ânimo da turma já estava caindo quando chegamos ao novo ponto de acampamento no final da tarde. Foi aí que um dos barqueiros comentou que sempre via tambaquis saindo d’água no poço logo à frente, no fim da tarde.
E começou o show. Parecia um pesque-pague: os bichos explodindo na superfície, comendo algo que não conseguimos identificar — já estava meio escuro. Mesmo assim, pegamos a canoa no remo, bem devagar, e começamos a bater isca.
Não deu 5 minutos e veio a tomada de linha mais violenta que já senti no bait, e olha que já tive a sorte de pegar 80 up, mas aquilo era loucura, parecia que eu tinha engatado um Jacaré de 1 metro. Mostrei a carretilha soltando linha sem parar pro meu parceiro e falei: “Cara, isso não tem lógica”. Tambaqui de pesque-pague tem força? Imagina um criado em rio de cachoeira, numa vara 20 lb... deu trabalho!
Final da briga, peixe na mão. Finalmente tudo se alinhou — desde aquele vídeo de 7 anos atrás até chegar ali, naquele lugar remoto, e tirar o troféu. Com ctz no meu top 3 de peixes da vida.
6º e 7º dia
Já na parte baixa do rio, mais próxima da cidade, foi festa: variedade e quantidade de peixes, todos no bait. Destaque para uma bela cachara de mais de 10 kg do Santiago, e um tambaqui que eu perdi após quebrar minha vara ao meio e arrancar um passador na primeira arrancada. As fotos falam mais que qualquer comentário.
Nos 45 do segundo tempo, já no último poço, o Rodrigo ainda não tinha tirado o dele... e não é que ele salva a pescaria ali mesmo? Com direito a dublê comigo e uma bela yatorana.
Fechamos com chave de ouro. Hora de voltar à civilização, tomar uma gelada (depois de alguns dias sem gelo) e encarar o caminho de volta.
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-Mariano- recebeu reputação de GuilhermeLimahHB em Aventura na Amazonia Peruana
Já imaginou acampar num rio que você nem sabe o nome, onde nao existe operação de pesca, em um país que nunca visitou, só com um palpite e o Google Earth? Pois é… foi exatamente isso que eu fiz — e não é que deu certo?
Tudo começou há alguns anos, quando vi um vídeo de tambaquis gigantes sendo pescados num rio de águas cristalinas nas montanhas peruanas. O vídeo não dizia muito sobre o local, mas fiquei impressionado com a beleza e o tamanho dos peixes. A imagem ficou na cabeça, e ao mesmo tempo fui ficando um pouco chateado com a situacao do medio negro que todos já conhecem: excesso de operacoes e afluentes com dono, pescarias cada vez mais caras e/ou fracas. Por fim, resolvi entrar em contato com o pessoal do vídeo, mas eles simplesmente ignoraram minhas mensagens e ali.... meu amigo... virou questão de honra: agora eu ia pescar lá, só não sabia ainda o como.
Com dicas de amigos do Peru e muitas horas no Google Earth (estilo aquele filme Lion!!), identifiquei uma região promissora e decidi arriscar minha semana de pesca amazônica para tirar a dúvida sobre aquele lugar. Se der certo teria um novo destino; se der errado... bom, já tinha me ferrado algumas vezes na amazônia, só seria "mais uma" e ainda teria história para contar (e fazer esse relato rsrsrs).
Sobre a organização da viagem, daria até pra escrever um livro. Mas, resumindo: encontrar um parceiro de pesca e um apoio local disposto a acampar quase às cegas foi muito difícil. Foram muitas ligações, porque nenhuma agência de turismo de aventura do Peru topou o desafio. Montei um planejamento provisório, fizemos algumas reuniões virtuais e fomos ajustando o itinerário juntos. Definimos uma data quase no auge da seca e, nos meses seguintes, fui estudando a região e marcando waypoints no celular. O apoio local fez uma viagem de reconhecimento, já que nunca havia pescado ali. Chegando lá, ele pediu autorização às comunidades locais e confirmou: o lugar parecia promissor.
O foco seria o tambaqui, mas também tentaríamos os dourados peruanos (Salminus iquitensis), jatuaranas no fly e bait, e, claro, uns jaús na linguiça.
Achei que nunca ia acontecer… mas o dia finalmente chegou.
1º e 2º dia
Saída bem cedo no sábado do Galeão, com conexão em Lima até o destino final. Saímos dos 3.400 m de Cusco para uma longa jornada: quase 12 horas de carro subindo até os 4.300 m e depois descendo até os 600 m da selva cusquenha — e mais 10 horas de barco por paisagens incríveis até o ponto de pesca. O Peru é realmente muito bonito!
Já na região de pesca, fiquei empolgado: à medida que subíamos o rio, vários dos pontos que eu tinha marcado no GPS batiam exatamente com os do vídeo. A pescaria prometia. Chegamos ao ponto do acampamento por volta das 16h do domingo, ainda a tempo de dar uns pinchos. Naquela noite, meu parceiro Santiago engatou um bom peixe na isca viva (acreditamos que era um jaú), mas o bicho não quis dar as caras.
3º dia
Acordamos bem cedo com um visual espetacular: selva de Yungas, também chamada de nuboselva ou selva alta — aquela faixa entre 300 e 2.000 metros de altitude no lado leste dos Andes, que vai do norte da Argentina à Venezuela. Segundo alguns biólogos, é a selva mais bonita do mundo (e eu concordo!).
Toda madrugada acordávamos no meio das nuvens, mas assim que o sol aparecia, o nevoeiro ia embora e as montanhas se revelavam. Neste dia, seguimos subindo o rio, batendo isca em vários pontos até o segundo acampamento. O resultado do dia foi modesto: apenas alguns dourados peruanos na artificial.
Salminus iquitensis, bem parecido com o Salminus Brasiliensis, porem o peso dele nao passa dos 4-5kg
4º dia
Conversamos com as autoridades locais, que permitiram a pesca em uma área “exclusiva” do rio, com a condição de não incomodar os moradores nem matar peixes ou animais. Segundo o responsável pelo controle da região, era a primeira vez que ele via alguém usando isca artificial e fly por lá.
A ansiedade de bater isca em pontos ainda “virgens” era grande, mas logo veio a decepção: quanto mais subíamos, mais raso e pobre em estrutura o rio se tornava. Foi aí que entendi que rio de montanha tem uma lógica diferente: a estrutura dele muda muito, e muito rápido, comparado aos rios da amazonia.
Ainda assim, quando o lugar é preservado, a diferença é gritante. Na Argentina, de cada 10 pontos promissores, 1 ou 2 têm dourados caçando. Aqui, literalmente todos os pontos bons tinham algum morador. Outro destaque: a quantidade absurda de pegadas de animais nas praias.
5º dia
Visual lindo, muitos dourados (pequenos)... mas nada dos tambaquis. Até esse momento, tínhamos ZERO ações deles. Decidimos então começar a descer o rio, já que a parte baixa parecia ter mais estrutura.
Fomos batendo isca o dia todo, ainda sem sinal dos redondos, e o ânimo da turma já estava caindo quando chegamos ao novo ponto de acampamento no final da tarde. Foi aí que um dos barqueiros comentou que sempre via tambaquis saindo d’água no poço logo à frente, no fim da tarde.
E começou o show. Parecia um pesque-pague: os bichos explodindo na superfície, comendo algo que não conseguimos identificar — já estava meio escuro. Mesmo assim, pegamos a canoa no remo, bem devagar, e começamos a bater isca.
Não deu 5 minutos e veio a tomada de linha mais violenta que já senti no bait, e olha que já tive a sorte de pegar 80 up, mas aquilo era loucura, parecia que eu tinha engatado um Jacaré de 1 metro. Mostrei a carretilha soltando linha sem parar pro meu parceiro e falei: “Cara, isso não tem lógica”. Tambaqui de pesque-pague tem força? Imagina um criado em rio de cachoeira, numa vara 20 lb... deu trabalho!
Final da briga, peixe na mão. Finalmente tudo se alinhou — desde aquele vídeo de 7 anos atrás até chegar ali, naquele lugar remoto, e tirar o troféu. Com ctz no meu top 3 de peixes da vida.
6º e 7º dia
Já na parte baixa do rio, mais próxima da cidade, foi festa: variedade e quantidade de peixes, todos no bait. Destaque para uma bela cachara de mais de 10 kg do Santiago, e um tambaqui que eu perdi após quebrar minha vara ao meio e arrancar um passador na primeira arrancada. As fotos falam mais que qualquer comentário.
Nos 45 do segundo tempo, já no último poço, o Rodrigo ainda não tinha tirado o dele... e não é que ele salva a pescaria ali mesmo? Com direito a dublê comigo e uma bela yatorana.
Fechamos com chave de ouro. Hora de voltar à civilização, tomar uma gelada (depois de alguns dias sem gelo) e encarar o caminho de volta.
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-Mariano- recebeu reputação de Arcer em Aventura na Amazonia Peruana
Já imaginou acampar num rio que você nem sabe o nome, onde nao existe operação de pesca, em um país que nunca visitou, só com um palpite e o Google Earth? Pois é… foi exatamente isso que eu fiz — e não é que deu certo?
Tudo começou há alguns anos, quando vi um vídeo de tambaquis gigantes sendo pescados num rio de águas cristalinas nas montanhas peruanas. O vídeo não dizia muito sobre o local, mas fiquei impressionado com a beleza e o tamanho dos peixes. A imagem ficou na cabeça, e ao mesmo tempo fui ficando um pouco chateado com a situacao do medio negro que todos já conhecem: excesso de operacoes e afluentes com dono, pescarias cada vez mais caras e/ou fracas. Por fim, resolvi entrar em contato com o pessoal do vídeo, mas eles simplesmente ignoraram minhas mensagens e ali.... meu amigo... virou questão de honra: agora eu ia pescar lá, só não sabia ainda o como.
Com dicas de amigos do Peru e muitas horas no Google Earth (estilo aquele filme Lion!!), identifiquei uma região promissora e decidi arriscar minha semana de pesca amazônica para tirar a dúvida sobre aquele lugar. Se der certo teria um novo destino; se der errado... bom, já tinha me ferrado algumas vezes na amazônia, só seria "mais uma" e ainda teria história para contar (e fazer esse relato rsrsrs).
Sobre a organização da viagem, daria até pra escrever um livro. Mas, resumindo: encontrar um parceiro de pesca e um apoio local disposto a acampar quase às cegas foi muito difícil. Foram muitas ligações, porque nenhuma agência de turismo de aventura do Peru topou o desafio. Montei um planejamento provisório, fizemos algumas reuniões virtuais e fomos ajustando o itinerário juntos. Definimos uma data quase no auge da seca e, nos meses seguintes, fui estudando a região e marcando waypoints no celular. O apoio local fez uma viagem de reconhecimento, já que nunca havia pescado ali. Chegando lá, ele pediu autorização às comunidades locais e confirmou: o lugar parecia promissor.
O foco seria o tambaqui, mas também tentaríamos os dourados peruanos (Salminus iquitensis), jatuaranas no fly e bait, e, claro, uns jaús na linguiça.
Achei que nunca ia acontecer… mas o dia finalmente chegou.
1º e 2º dia
Saída bem cedo no sábado do Galeão, com conexão em Lima até o destino final. Saímos dos 3.400 m de Cusco para uma longa jornada: quase 12 horas de carro subindo até os 4.300 m e depois descendo até os 600 m da selva cusquenha — e mais 10 horas de barco por paisagens incríveis até o ponto de pesca. O Peru é realmente muito bonito!
Já na região de pesca, fiquei empolgado: à medida que subíamos o rio, vários dos pontos que eu tinha marcado no GPS batiam exatamente com os do vídeo. A pescaria prometia. Chegamos ao ponto do acampamento por volta das 16h do domingo, ainda a tempo de dar uns pinchos. Naquela noite, meu parceiro Santiago engatou um bom peixe na isca viva (acreditamos que era um jaú), mas o bicho não quis dar as caras.
3º dia
Acordamos bem cedo com um visual espetacular: selva de Yungas, também chamada de nuboselva ou selva alta — aquela faixa entre 300 e 2.000 metros de altitude no lado leste dos Andes, que vai do norte da Argentina à Venezuela. Segundo alguns biólogos, é a selva mais bonita do mundo (e eu concordo!).
Toda madrugada acordávamos no meio das nuvens, mas assim que o sol aparecia, o nevoeiro ia embora e as montanhas se revelavam. Neste dia, seguimos subindo o rio, batendo isca em vários pontos até o segundo acampamento. O resultado do dia foi modesto: apenas alguns dourados peruanos na artificial.
Salminus iquitensis, bem parecido com o Salminus Brasiliensis, porem o peso dele nao passa dos 4-5kg
4º dia
Conversamos com as autoridades locais, que permitiram a pesca em uma área “exclusiva” do rio, com a condição de não incomodar os moradores nem matar peixes ou animais. Segundo o responsável pelo controle da região, era a primeira vez que ele via alguém usando isca artificial e fly por lá.
A ansiedade de bater isca em pontos ainda “virgens” era grande, mas logo veio a decepção: quanto mais subíamos, mais raso e pobre em estrutura o rio se tornava. Foi aí que entendi que rio de montanha tem uma lógica diferente: a estrutura dele muda muito, e muito rápido, comparado aos rios da amazonia.
Ainda assim, quando o lugar é preservado, a diferença é gritante. Na Argentina, de cada 10 pontos promissores, 1 ou 2 têm dourados caçando. Aqui, literalmente todos os pontos bons tinham algum morador. Outro destaque: a quantidade absurda de pegadas de animais nas praias.
5º dia
Visual lindo, muitos dourados (pequenos)... mas nada dos tambaquis. Até esse momento, tínhamos ZERO ações deles. Decidimos então começar a descer o rio, já que a parte baixa parecia ter mais estrutura.
Fomos batendo isca o dia todo, ainda sem sinal dos redondos, e o ânimo da turma já estava caindo quando chegamos ao novo ponto de acampamento no final da tarde. Foi aí que um dos barqueiros comentou que sempre via tambaquis saindo d’água no poço logo à frente, no fim da tarde.
E começou o show. Parecia um pesque-pague: os bichos explodindo na superfície, comendo algo que não conseguimos identificar — já estava meio escuro. Mesmo assim, pegamos a canoa no remo, bem devagar, e começamos a bater isca.
Não deu 5 minutos e veio a tomada de linha mais violenta que já senti no bait, e olha que já tive a sorte de pegar 80 up, mas aquilo era loucura, parecia que eu tinha engatado um Jacaré de 1 metro. Mostrei a carretilha soltando linha sem parar pro meu parceiro e falei: “Cara, isso não tem lógica”. Tambaqui de pesque-pague tem força? Imagina um criado em rio de cachoeira, numa vara 20 lb... deu trabalho!
Final da briga, peixe na mão. Finalmente tudo se alinhou — desde aquele vídeo de 7 anos atrás até chegar ali, naquele lugar remoto, e tirar o troféu. Com ctz no meu top 3 de peixes da vida.
6º e 7º dia
Já na parte baixa do rio, mais próxima da cidade, foi festa: variedade e quantidade de peixes, todos no bait. Destaque para uma bela cachara de mais de 10 kg do Santiago, e um tambaqui que eu perdi após quebrar minha vara ao meio e arrancar um passador na primeira arrancada. As fotos falam mais que qualquer comentário.
Nos 45 do segundo tempo, já no último poço, o Rodrigo ainda não tinha tirado o dele... e não é que ele salva a pescaria ali mesmo? Com direito a dublê comigo e uma bela yatorana.
Fechamos com chave de ouro. Hora de voltar à civilização, tomar uma gelada (depois de alguns dias sem gelo) e encarar o caminho de volta.
-
-Mariano- recebeu reputação de Guto Pinto em Aventura na Amazonia Peruana
Já imaginou acampar num rio que você nem sabe o nome, onde nao existe operação de pesca, em um país que nunca visitou, só com um palpite e o Google Earth? Pois é… foi exatamente isso que eu fiz — e não é que deu certo?
Tudo começou há alguns anos, quando vi um vídeo de tambaquis gigantes sendo pescados num rio de águas cristalinas nas montanhas peruanas. O vídeo não dizia muito sobre o local, mas fiquei impressionado com a beleza e o tamanho dos peixes. A imagem ficou na cabeça, e ao mesmo tempo fui ficando um pouco chateado com a situacao do medio negro que todos já conhecem: excesso de operacoes e afluentes com dono, pescarias cada vez mais caras e/ou fracas. Por fim, resolvi entrar em contato com o pessoal do vídeo, mas eles simplesmente ignoraram minhas mensagens e ali.... meu amigo... virou questão de honra: agora eu ia pescar lá, só não sabia ainda o como.
Com dicas de amigos do Peru e muitas horas no Google Earth (estilo aquele filme Lion!!), identifiquei uma região promissora e decidi arriscar minha semana de pesca amazônica para tirar a dúvida sobre aquele lugar. Se der certo teria um novo destino; se der errado... bom, já tinha me ferrado algumas vezes na amazônia, só seria "mais uma" e ainda teria história para contar (e fazer esse relato rsrsrs).
Sobre a organização da viagem, daria até pra escrever um livro. Mas, resumindo: encontrar um parceiro de pesca e um apoio local disposto a acampar quase às cegas foi muito difícil. Foram muitas ligações, porque nenhuma agência de turismo de aventura do Peru topou o desafio. Montei um planejamento provisório, fizemos algumas reuniões virtuais e fomos ajustando o itinerário juntos. Definimos uma data quase no auge da seca e, nos meses seguintes, fui estudando a região e marcando waypoints no celular. O apoio local fez uma viagem de reconhecimento, já que nunca havia pescado ali. Chegando lá, ele pediu autorização às comunidades locais e confirmou: o lugar parecia promissor.
O foco seria o tambaqui, mas também tentaríamos os dourados peruanos (Salminus iquitensis), jatuaranas no fly e bait, e, claro, uns jaús na linguiça.
Achei que nunca ia acontecer… mas o dia finalmente chegou.
1º e 2º dia
Saída bem cedo no sábado do Galeão, com conexão em Lima até o destino final. Saímos dos 3.400 m de Cusco para uma longa jornada: quase 12 horas de carro subindo até os 4.300 m e depois descendo até os 600 m da selva cusquenha — e mais 10 horas de barco por paisagens incríveis até o ponto de pesca. O Peru é realmente muito bonito!
Já na região de pesca, fiquei empolgado: à medida que subíamos o rio, vários dos pontos que eu tinha marcado no GPS batiam exatamente com os do vídeo. A pescaria prometia. Chegamos ao ponto do acampamento por volta das 16h do domingo, ainda a tempo de dar uns pinchos. Naquela noite, meu parceiro Santiago engatou um bom peixe na isca viva (acreditamos que era um jaú), mas o bicho não quis dar as caras.
3º dia
Acordamos bem cedo com um visual espetacular: selva de Yungas, também chamada de nuboselva ou selva alta — aquela faixa entre 300 e 2.000 metros de altitude no lado leste dos Andes, que vai do norte da Argentina à Venezuela. Segundo alguns biólogos, é a selva mais bonita do mundo (e eu concordo!).
Toda madrugada acordávamos no meio das nuvens, mas assim que o sol aparecia, o nevoeiro ia embora e as montanhas se revelavam. Neste dia, seguimos subindo o rio, batendo isca em vários pontos até o segundo acampamento. O resultado do dia foi modesto: apenas alguns dourados peruanos na artificial.
Salminus iquitensis, bem parecido com o Salminus Brasiliensis, porem o peso dele nao passa dos 4-5kg
4º dia
Conversamos com as autoridades locais, que permitiram a pesca em uma área “exclusiva” do rio, com a condição de não incomodar os moradores nem matar peixes ou animais. Segundo o responsável pelo controle da região, era a primeira vez que ele via alguém usando isca artificial e fly por lá.
A ansiedade de bater isca em pontos ainda “virgens” era grande, mas logo veio a decepção: quanto mais subíamos, mais raso e pobre em estrutura o rio se tornava. Foi aí que entendi que rio de montanha tem uma lógica diferente: a estrutura dele muda muito, e muito rápido, comparado aos rios da amazonia.
Ainda assim, quando o lugar é preservado, a diferença é gritante. Na Argentina, de cada 10 pontos promissores, 1 ou 2 têm dourados caçando. Aqui, literalmente todos os pontos bons tinham algum morador. Outro destaque: a quantidade absurda de pegadas de animais nas praias.
5º dia
Visual lindo, muitos dourados (pequenos)... mas nada dos tambaquis. Até esse momento, tínhamos ZERO ações deles. Decidimos então começar a descer o rio, já que a parte baixa parecia ter mais estrutura.
Fomos batendo isca o dia todo, ainda sem sinal dos redondos, e o ânimo da turma já estava caindo quando chegamos ao novo ponto de acampamento no final da tarde. Foi aí que um dos barqueiros comentou que sempre via tambaquis saindo d’água no poço logo à frente, no fim da tarde.
E começou o show. Parecia um pesque-pague: os bichos explodindo na superfície, comendo algo que não conseguimos identificar — já estava meio escuro. Mesmo assim, pegamos a canoa no remo, bem devagar, e começamos a bater isca.
Não deu 5 minutos e veio a tomada de linha mais violenta que já senti no bait, e olha que já tive a sorte de pegar 80 up, mas aquilo era loucura, parecia que eu tinha engatado um Jacaré de 1 metro. Mostrei a carretilha soltando linha sem parar pro meu parceiro e falei: “Cara, isso não tem lógica”. Tambaqui de pesque-pague tem força? Imagina um criado em rio de cachoeira, numa vara 20 lb... deu trabalho!
Final da briga, peixe na mão. Finalmente tudo se alinhou — desde aquele vídeo de 7 anos atrás até chegar ali, naquele lugar remoto, e tirar o troféu. Com ctz no meu top 3 de peixes da vida.
6º e 7º dia
Já na parte baixa do rio, mais próxima da cidade, foi festa: variedade e quantidade de peixes, todos no bait. Destaque para uma bela cachara de mais de 10 kg do Santiago, e um tambaqui que eu perdi após quebrar minha vara ao meio e arrancar um passador na primeira arrancada. As fotos falam mais que qualquer comentário.
Nos 45 do segundo tempo, já no último poço, o Rodrigo ainda não tinha tirado o dele... e não é que ele salva a pescaria ali mesmo? Com direito a dublê comigo e uma bela yatorana.
Fechamos com chave de ouro. Hora de voltar à civilização, tomar uma gelada (depois de alguns dias sem gelo) e encarar o caminho de volta.
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-Mariano- recebeu reputação de Astra-Taranis em Aventura na Amazonia Peruana
Já imaginou acampar num rio que você nem sabe o nome, onde nao existe operação de pesca, em um país que nunca visitou, só com um palpite e o Google Earth? Pois é… foi exatamente isso que eu fiz — e não é que deu certo?
Tudo começou há alguns anos, quando vi um vídeo de tambaquis gigantes sendo pescados num rio de águas cristalinas nas montanhas peruanas. O vídeo não dizia muito sobre o local, mas fiquei impressionado com a beleza e o tamanho dos peixes. A imagem ficou na cabeça, e ao mesmo tempo fui ficando um pouco chateado com a situacao do medio negro que todos já conhecem: excesso de operacoes e afluentes com dono, pescarias cada vez mais caras e/ou fracas. Por fim, resolvi entrar em contato com o pessoal do vídeo, mas eles simplesmente ignoraram minhas mensagens e ali.... meu amigo... virou questão de honra: agora eu ia pescar lá, só não sabia ainda o como.
Com dicas de amigos do Peru e muitas horas no Google Earth (estilo aquele filme Lion!!), identifiquei uma região promissora e decidi arriscar minha semana de pesca amazônica para tirar a dúvida sobre aquele lugar. Se der certo teria um novo destino; se der errado... bom, já tinha me ferrado algumas vezes na amazônia, só seria "mais uma" e ainda teria história para contar (e fazer esse relato rsrsrs).
Sobre a organização da viagem, daria até pra escrever um livro. Mas, resumindo: encontrar um parceiro de pesca e um apoio local disposto a acampar quase às cegas foi muito difícil. Foram muitas ligações, porque nenhuma agência de turismo de aventura do Peru topou o desafio. Montei um planejamento provisório, fizemos algumas reuniões virtuais e fomos ajustando o itinerário juntos. Definimos uma data quase no auge da seca e, nos meses seguintes, fui estudando a região e marcando waypoints no celular. O apoio local fez uma viagem de reconhecimento, já que nunca havia pescado ali. Chegando lá, ele pediu autorização às comunidades locais e confirmou: o lugar parecia promissor.
O foco seria o tambaqui, mas também tentaríamos os dourados peruanos (Salminus iquitensis), jatuaranas no fly e bait, e, claro, uns jaús na linguiça.
Achei que nunca ia acontecer… mas o dia finalmente chegou.
1º e 2º dia
Saída bem cedo no sábado do Galeão, com conexão em Lima até o destino final. Saímos dos 3.400 m de Cusco para uma longa jornada: quase 12 horas de carro subindo até os 4.300 m e depois descendo até os 600 m da selva cusquenha — e mais 10 horas de barco por paisagens incríveis até o ponto de pesca. O Peru é realmente muito bonito!
Já na região de pesca, fiquei empolgado: à medida que subíamos o rio, vários dos pontos que eu tinha marcado no GPS batiam exatamente com os do vídeo. A pescaria prometia. Chegamos ao ponto do acampamento por volta das 16h do domingo, ainda a tempo de dar uns pinchos. Naquela noite, meu parceiro Santiago engatou um bom peixe na isca viva (acreditamos que era um jaú), mas o bicho não quis dar as caras.
3º dia
Acordamos bem cedo com um visual espetacular: selva de Yungas, também chamada de nuboselva ou selva alta — aquela faixa entre 300 e 2.000 metros de altitude no lado leste dos Andes, que vai do norte da Argentina à Venezuela. Segundo alguns biólogos, é a selva mais bonita do mundo (e eu concordo!).
Toda madrugada acordávamos no meio das nuvens, mas assim que o sol aparecia, o nevoeiro ia embora e as montanhas se revelavam. Neste dia, seguimos subindo o rio, batendo isca em vários pontos até o segundo acampamento. O resultado do dia foi modesto: apenas alguns dourados peruanos na artificial.
Salminus iquitensis, bem parecido com o Salminus Brasiliensis, porem o peso dele nao passa dos 4-5kg
4º dia
Conversamos com as autoridades locais, que permitiram a pesca em uma área “exclusiva” do rio, com a condição de não incomodar os moradores nem matar peixes ou animais. Segundo o responsável pelo controle da região, era a primeira vez que ele via alguém usando isca artificial e fly por lá.
A ansiedade de bater isca em pontos ainda “virgens” era grande, mas logo veio a decepção: quanto mais subíamos, mais raso e pobre em estrutura o rio se tornava. Foi aí que entendi que rio de montanha tem uma lógica diferente: a estrutura dele muda muito, e muito rápido, comparado aos rios da amazonia.
Ainda assim, quando o lugar é preservado, a diferença é gritante. Na Argentina, de cada 10 pontos promissores, 1 ou 2 têm dourados caçando. Aqui, literalmente todos os pontos bons tinham algum morador. Outro destaque: a quantidade absurda de pegadas de animais nas praias.
5º dia
Visual lindo, muitos dourados (pequenos)... mas nada dos tambaquis. Até esse momento, tínhamos ZERO ações deles. Decidimos então começar a descer o rio, já que a parte baixa parecia ter mais estrutura.
Fomos batendo isca o dia todo, ainda sem sinal dos redondos, e o ânimo da turma já estava caindo quando chegamos ao novo ponto de acampamento no final da tarde. Foi aí que um dos barqueiros comentou que sempre via tambaquis saindo d’água no poço logo à frente, no fim da tarde.
E começou o show. Parecia um pesque-pague: os bichos explodindo na superfície, comendo algo que não conseguimos identificar — já estava meio escuro. Mesmo assim, pegamos a canoa no remo, bem devagar, e começamos a bater isca.
Não deu 5 minutos e veio a tomada de linha mais violenta que já senti no bait, e olha que já tive a sorte de pegar 80 up, mas aquilo era loucura, parecia que eu tinha engatado um Jacaré de 1 metro. Mostrei a carretilha soltando linha sem parar pro meu parceiro e falei: “Cara, isso não tem lógica”. Tambaqui de pesque-pague tem força? Imagina um criado em rio de cachoeira, numa vara 20 lb... deu trabalho!
Final da briga, peixe na mão. Finalmente tudo se alinhou — desde aquele vídeo de 7 anos atrás até chegar ali, naquele lugar remoto, e tirar o troféu. Com ctz no meu top 3 de peixes da vida.
6º e 7º dia
Já na parte baixa do rio, mais próxima da cidade, foi festa: variedade e quantidade de peixes, todos no bait. Destaque para uma bela cachara de mais de 10 kg do Santiago, e um tambaqui que eu perdi após quebrar minha vara ao meio e arrancar um passador na primeira arrancada. As fotos falam mais que qualquer comentário.
Nos 45 do segundo tempo, já no último poço, o Rodrigo ainda não tinha tirado o dele... e não é que ele salva a pescaria ali mesmo? Com direito a dublê comigo e uma bela yatorana.
Fechamos com chave de ouro. Hora de voltar à civilização, tomar uma gelada (depois de alguns dias sem gelo) e encarar o caminho de volta.
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-Mariano- recebeu reputação de Renato Barreto em Drag de Carretilha - A verdade
Em geral vejo muito pescador escolhendo carretilha baseado no drag, e depois usa no maximo 1kg. Nao entendo.
no caso do Jon aqui se ele fechar td ate entendo.
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-Mariano- recebeu reputação de MaLopes em Pescaria na Argentina. Onde? E de carro!
ja vi alguns barcos do brasil pescando por la, mas nao sei como foi a experiencia deles na estrada.
Pra rebocar barco la precisa, fora do ´tipico´: o reboque tem que ter placa, o barco deve ir com lona de cobertura e o engate reboque deve ter uma cadeia extra.
um site bom:
https://www.argentina.gob.ar/seguridadvial
a ley naional de transito, pode levar ela impresa e foi
http://servicios.infoleg.gob.ar/infolegInternet/anexos/0-4999/818/texact.htm
qq coisa que precisar, me avisa
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-Mariano- recebeu reputação de Fabrício Biguá em Repiquete Team na amazonia - the filhotera hunters
Pescaria aconteceu do dia 27/10 ate o dia 3/11 em Santa Isabel do rio Negro
Turma composta pelo (esquerda a direita) @Renato Abreu, @Fábio Neves, edson pai, @Edson filho, Rusto e eu. Essa turma já tem varias pescarias nas costas, com o mesmo resultado: muita parceria, muita risada, e algum que outro peixe. A ultima delas:
Saindo pra sirn O voo de ida foi, literalmente, uma merda: tudo ia bem ate que, no meio do voo, o copiloto saiu correndo do seu assento e foi pro fundo do avião. A galera começou a entrar em pânico e, de repente... ele tirou as calças e começou a cagar no meio do avião... serio mesmo, tava cagando numa sacola plástica. Imagina um avião fedido !!!! Chegando em Sirn, confirmamos as informações que já tínhamos recolhido no zap e no fórum: agua alta, só Uneuxi dando pescaria, alguns troféus saiam mas batalhando muito. A turma da semana anterior do angatu mirim tinha pescado no negro, e foi muito ruim (acho que alguns deles estão no fórum). Pra nossa sorte, o Jairo (gerente do angatu) voltou com boas noticias: todos os barcos iriam subir o Uneuxi. (o negocio do rodizio ta muito esquisito mesmo, mas já foi amplamente discutido em outros tópicos). Da minha parte, depois de 2 pescarias bem fracas em Sirn e Barcelos, cheguei lá com 2 objetivos: pegar peixe todo dia, ainda se for borboletas (na 1ra fiquei 3 dias dedão) e bater meu triste recorde de 11 lbs. A parte de curtir o lugar, relaxar e dar risadas com a turma nem conto nos objetivos, pois isso pra mim já é garantido! entrando no uneuxi 1ro dia de pescaria: Saindo no barco, fui ajeitar minha tralha. Tirei a cordinha que segurava as varas e uma delas (com carretilha) cai no chão, bate e vai parar na agua. Nem tinha estreado a carretilha e já perdi ela. A pescaria tinha começado do pior jeito e, vendo minha cara de tristeza, o Renato me falou “relaxa, é o que Iemanjá ta pedindo em troca, você vai ver”. Eu não acredito nessas coisas, mas por algum motivo isso me deixo mais tranquilo. Alguma coisa boa estava me aguardando. Esse dia pescamos só 3 horas mas já deu pra esquentar a mão, alguns borboletas e traíras davam sinal de que o peixe estava ativo. Ainda deu pro Fabio pegar um belo açu quase sem querer (esticando a linha rsrsrsr). A turma estava animada. 1ros peixes da pescaria, foto obrigatória pra mim 2do dia de pescaria: Tem 2 grandes tipos de pescadores experientes: Aqueles que gostam de tirar onda o tempo todo com as capturas e pescarias que já fizeram mas que, na hora das perguntas, realmente não gostam de passar as dicas de ouro. No fundo eles não querem que ninguém chegue no patamar deles, ainda se você é seu parceiro de pescaria. Se ele pegou em X lago, vai dizer que foi em Y. Isca X é boa? “mais ou menos” e o cara tem 6 delas na caixa.... E por ali vai. Acho que todos conhecemos um desses. Depois tem dos outros, aqueles que passam as informações sem mentiras, sem esconder nada. Aqueles que não tem problema em ensinar você, leigo. E o mais importante, que vão tentar fazer você pegar peixes. São esses que você quer como parceiros de pescaria. Então... esse 2do dia de pescaria sai com o Fabio, e o cara realmente me deu uma aula de pescaria amazônica. 20+ semanas de Amazônia ensinam você algumas coisas ne? Iscas, afluentes, lagos, regimes de aguas, etc etc etc, tudo foi discutido.... Pqp... muita coisa pra aprender ainda. Pescaria amazônica é uma arte (alias, uma bem complicada). “maricon, vai na frente, hoje você bate seu recorde” e lá fomos nos, com um objetivo claro. Batemos um lago sem ação nenhuma, o peixe parecia inativo, mas logo no segundo lago achamos uma filhoteira e o fabio falou “pega essa meia agua, arremessa só você lá, esse peixe é seu” e me deu uma crystal minnow (que ainda ganhei de presente). Isca na agua e... o peixe não entrou... kkkkk. Acharam que seria fácil? Continuamos batendo o lago sem sucesso e de longe vejo uma outra filhoteira, indiquei pro piloteiro e lá fomos... isca na agua e... meu recorde batido! 79cm de açu. Valeu Fabao! Espero retribuir a aula numa pescaria de bait lá na minha terra. Acho que foi nesse momento, que eu entendi que a pescaria seria extremamente difícil, e que o peixe só iria entrar nas filhoteiras ou choqueiros. A partir dali fiquei caçando elas em todos os lagos que a gente entrava. Dali que o Renato me apelidou de “o filhoteira Hunter”. Nota: eu (nos, da turma) igual a todo pescador que vai pra Amazônia, sonhamos com a pancada do bruto na hélice, isso é fato. Mas se o prato que você gosta não esta no menu esse dia, melhor comer o que tem e não ficar com fome. Gostando ou não, Filhoteira seria o prato da semana. Ainda assim, quase todos na turma ficamos batendo hélices no mínimo 6 horas por dia, todos os dias da pescaria. 3ro dia Amanhecer amazônico. Difícil não apaixonar por esse lugar com cenas dessas Infelizmente nossa marca indicava que o rio estava subindo. Nesse dia sai com o mestre Uoston (vulgo Rusto Piraiba). O mirim tinha subido tudo o que dava pra subir, chegando no limite da terra indígena. Entramos num lago, acho que foi o segundo do dia e depois de bater um pouco, novamente sem sucesso, vimos uma filhoteira. Peguei minha Crystal que ganhei o dia anterior, e lá foi ela, pra pegar o meu novo recorde, que agora sim vai ficar muito difícil pra eu conseguir bater. Nas palavras do Adriano (chefe dos piloteiros do mirim) “não é todo dia que a gente pega um peixe desses viu?” Normalmente falam que o tucunaré da 2 ou 3 arrancadas iniciais com muita forca, pra depois acabar se rendendo aos poucos. O tucunaré de 79 cm que peguei o dia anterior inclusive foi desse jeito; mas esse ali, ele simplesmente estava em outro patamar: deu umas 5 ou 6 arrancadas tomando linha, na 3ra delas tive que usar um pouco o dedão depois dele tomar 70% da linha da carretilha. Foram momentos de muita (muita!) tensão ate embarcar ele. Peixe no lado do Adriano, vira quase borboleta No lado do Rusto, vira um cavalo kkkk
Esse mesmo dia ainda rendeu um borboleta que deu uma porrada digna de um açuzao na hélice. Na hora que o peixe chegou perto do barco e vi ele falei “borboleta” e o piloteiro falou “não, não pode ser”. Foram 3kg de borboleta rsrsrsrs 4to dia: Pescaria muito difícil, afluente em repiquete e levamos algumas ações nas iscas mas os peixes não entravam. So rebojao. Voltando pro almoço encontramos a turma do Angatu açu que tinha chegado ate lá, paramos pra bater um papo e ver como estava a pescaria mais pra baixo do afluente mas, de repente, todo mundo ficou congelado, olhando sem acreditar. Acontece, caro leitor, que lá, no meio da imensidade da floresta, lá longe de tudo, acredite ou não... o fabio achou seu irmão perdido! kkkk Turma bem legal, convidaram a gente pro assado deles mas já tínhamos o almoço do barco nos aguardando. Ainda bem! 5 minutos depois chegou um banzeiro daqueles que a Amazônia sabe dar!!! Esse dia só saíram peixes menores. O único peixe bom que resolveu dar as caras, abriu o Split Ring 80lb do Fabio como se fosse de manteiga. Ooooo peixe bruto! 5to dia. Logo no 1ro arremesso do dia, o Segundo engatou um açu que não foi tão grande, mas ele deu uma porrada animal na sua isca de hélice. Os demais só pegamos pacas e borboletas. Esse dia entramos num lago com renato onde ele fisgou um borboleta e, na hora de soltar o peixe, olhando pro fundo do lago vimos uma cena incrível: tinha tantos tucunarés que parecia um aquário!!! Ate tentei fazer uns vídeos com a gopro, mas não ficaram bons. Infelizmente eles estavam totalmente inativos, colocávamos as iscas na cara deles e nada!!!!. Esse peixe é manhoso demais!!!! será que faz parte “do encanto”? o renato interrogando o borboleta pra ver por que eles não entravam nas iscas. Durante essa semana tentamos muitas coisas, variando iscas e trabalhos diferentes, começando pelas mais consagradas e finalizando com alguma que outra “outsider” mas não tinha jeito, somente os borboletas estavam ativos (e as vezes, como agora, nem eles). 6to dia. Voltei a fazer dupla com o fabio. Esse dia tentamos entrar num lago central (que o fabio indicou e o piloteiro nem sabia que existia) fugindo do repiquete, lago que não tinha nome ate hoje e agora chama-se do “lago da saicanga”. A cada 5 arremessos dava 3 saicangas!!! Curiosidade, esse dia o fabio pegou um araca na isca Num dos lagos o fabio engatou um cavalo, que depois de roubar muita linha simplesmente cuspiu a isca (que fase hein parceiro??), no lado positivo, esse dia seu edinho pegou o troféu dele, 80cm de açu, mais uma vez pego numa filhoteira. Ultimo dia: De volta no Negrão, o rio estava descendo mas agua muito suja. Segundo e eu levamos porradas de peixe grande na hélice, mas nenhum dos dois conseguimos fisgar o peixe. Esse dia só saíram peixes menores, inclusive alguns ficaram dedão. Como o mestre dini fala, a triste hora de cortar o snap. O voo de volta foi, não literalmente, uma merda também: tudo ia bem, sem turbulência nem problemas ate que, no meio do voo, pegamos um banzeiro do (editado)! Chuva fortíssima, raios, turbulência fudida... a p. toda! Acho que todos nos estávamos nos perguntando “o que merda estou fazendo aqui?” a galera não falava uma palavra, só aquelas risadinhas nervosas sabe? Conclusão: na ida o copiloto cagou nas calças, e na volta fomos nos que cagamos. Depois disso turbulência no voo comercial foi brincadeira pra principiantes. Bom, foi isso pessoal, pescaria padrão sirn, bem poucos açus (acho que menos de 10 na semana, no total) mas vários deles acima dos 60cm. Considerando os resultados dos outros grupos nesses dias ate que foi uma boa pescaria (medalha de prata, segundo o gerente do barco).Mais uma aventura com a turma nota 10, e como sempre, alguns peixes e muitas risadas. Que venha a próxima! Nota final: obrigado Iemanjá! Vou comprar uma carretilha igual a que perdi. Se você quiser trocar por mais desses, fazemos negocio na hora.
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-Mariano- recebeu reputação de Cristiano Rochinha em Repiquete Team na amazonia - the filhotera hunters
Pescaria aconteceu do dia 27/10 ate o dia 3/11 em Santa Isabel do rio Negro
Turma composta pelo (esquerda a direita) @Renato Abreu, @Fábio Neves, edson pai, @Edson filho, Rusto e eu. Essa turma já tem varias pescarias nas costas, com o mesmo resultado: muita parceria, muita risada, e algum que outro peixe. A ultima delas:
Saindo pra sirn O voo de ida foi, literalmente, uma merda: tudo ia bem ate que, no meio do voo, o copiloto saiu correndo do seu assento e foi pro fundo do avião. A galera começou a entrar em pânico e, de repente... ele tirou as calças e começou a cagar no meio do avião... serio mesmo, tava cagando numa sacola plástica. Imagina um avião fedido !!!! Chegando em Sirn, confirmamos as informações que já tínhamos recolhido no zap e no fórum: agua alta, só Uneuxi dando pescaria, alguns troféus saiam mas batalhando muito. A turma da semana anterior do angatu mirim tinha pescado no negro, e foi muito ruim (acho que alguns deles estão no fórum). Pra nossa sorte, o Jairo (gerente do angatu) voltou com boas noticias: todos os barcos iriam subir o Uneuxi. (o negocio do rodizio ta muito esquisito mesmo, mas já foi amplamente discutido em outros tópicos). Da minha parte, depois de 2 pescarias bem fracas em Sirn e Barcelos, cheguei lá com 2 objetivos: pegar peixe todo dia, ainda se for borboletas (na 1ra fiquei 3 dias dedão) e bater meu triste recorde de 11 lbs. A parte de curtir o lugar, relaxar e dar risadas com a turma nem conto nos objetivos, pois isso pra mim já é garantido! entrando no uneuxi 1ro dia de pescaria: Saindo no barco, fui ajeitar minha tralha. Tirei a cordinha que segurava as varas e uma delas (com carretilha) cai no chão, bate e vai parar na agua. Nem tinha estreado a carretilha e já perdi ela. A pescaria tinha começado do pior jeito e, vendo minha cara de tristeza, o Renato me falou “relaxa, é o que Iemanjá ta pedindo em troca, você vai ver”. Eu não acredito nessas coisas, mas por algum motivo isso me deixo mais tranquilo. Alguma coisa boa estava me aguardando. Esse dia pescamos só 3 horas mas já deu pra esquentar a mão, alguns borboletas e traíras davam sinal de que o peixe estava ativo. Ainda deu pro Fabio pegar um belo açu quase sem querer (esticando a linha rsrsrsr). A turma estava animada. 1ros peixes da pescaria, foto obrigatória pra mim 2do dia de pescaria: Tem 2 grandes tipos de pescadores experientes: Aqueles que gostam de tirar onda o tempo todo com as capturas e pescarias que já fizeram mas que, na hora das perguntas, realmente não gostam de passar as dicas de ouro. No fundo eles não querem que ninguém chegue no patamar deles, ainda se você é seu parceiro de pescaria. Se ele pegou em X lago, vai dizer que foi em Y. Isca X é boa? “mais ou menos” e o cara tem 6 delas na caixa.... E por ali vai. Acho que todos conhecemos um desses. Depois tem dos outros, aqueles que passam as informações sem mentiras, sem esconder nada. Aqueles que não tem problema em ensinar você, leigo. E o mais importante, que vão tentar fazer você pegar peixes. São esses que você quer como parceiros de pescaria. Então... esse 2do dia de pescaria sai com o Fabio, e o cara realmente me deu uma aula de pescaria amazônica. 20+ semanas de Amazônia ensinam você algumas coisas ne? Iscas, afluentes, lagos, regimes de aguas, etc etc etc, tudo foi discutido.... Pqp... muita coisa pra aprender ainda. Pescaria amazônica é uma arte (alias, uma bem complicada). “maricon, vai na frente, hoje você bate seu recorde” e lá fomos nos, com um objetivo claro. Batemos um lago sem ação nenhuma, o peixe parecia inativo, mas logo no segundo lago achamos uma filhoteira e o fabio falou “pega essa meia agua, arremessa só você lá, esse peixe é seu” e me deu uma crystal minnow (que ainda ganhei de presente). Isca na agua e... o peixe não entrou... kkkkk. Acharam que seria fácil? Continuamos batendo o lago sem sucesso e de longe vejo uma outra filhoteira, indiquei pro piloteiro e lá fomos... isca na agua e... meu recorde batido! 79cm de açu. Valeu Fabao! Espero retribuir a aula numa pescaria de bait lá na minha terra. Acho que foi nesse momento, que eu entendi que a pescaria seria extremamente difícil, e que o peixe só iria entrar nas filhoteiras ou choqueiros. A partir dali fiquei caçando elas em todos os lagos que a gente entrava. Dali que o Renato me apelidou de “o filhoteira Hunter”. Nota: eu (nos, da turma) igual a todo pescador que vai pra Amazônia, sonhamos com a pancada do bruto na hélice, isso é fato. Mas se o prato que você gosta não esta no menu esse dia, melhor comer o que tem e não ficar com fome. Gostando ou não, Filhoteira seria o prato da semana. Ainda assim, quase todos na turma ficamos batendo hélices no mínimo 6 horas por dia, todos os dias da pescaria. 3ro dia Amanhecer amazônico. Difícil não apaixonar por esse lugar com cenas dessas Infelizmente nossa marca indicava que o rio estava subindo. Nesse dia sai com o mestre Uoston (vulgo Rusto Piraiba). O mirim tinha subido tudo o que dava pra subir, chegando no limite da terra indígena. Entramos num lago, acho que foi o segundo do dia e depois de bater um pouco, novamente sem sucesso, vimos uma filhoteira. Peguei minha Crystal que ganhei o dia anterior, e lá foi ela, pra pegar o meu novo recorde, que agora sim vai ficar muito difícil pra eu conseguir bater. Nas palavras do Adriano (chefe dos piloteiros do mirim) “não é todo dia que a gente pega um peixe desses viu?” Normalmente falam que o tucunaré da 2 ou 3 arrancadas iniciais com muita forca, pra depois acabar se rendendo aos poucos. O tucunaré de 79 cm que peguei o dia anterior inclusive foi desse jeito; mas esse ali, ele simplesmente estava em outro patamar: deu umas 5 ou 6 arrancadas tomando linha, na 3ra delas tive que usar um pouco o dedão depois dele tomar 70% da linha da carretilha. Foram momentos de muita (muita!) tensão ate embarcar ele. Peixe no lado do Adriano, vira quase borboleta No lado do Rusto, vira um cavalo kkkk
Esse mesmo dia ainda rendeu um borboleta que deu uma porrada digna de um açuzao na hélice. Na hora que o peixe chegou perto do barco e vi ele falei “borboleta” e o piloteiro falou “não, não pode ser”. Foram 3kg de borboleta rsrsrsrs 4to dia: Pescaria muito difícil, afluente em repiquete e levamos algumas ações nas iscas mas os peixes não entravam. So rebojao. Voltando pro almoço encontramos a turma do Angatu açu que tinha chegado ate lá, paramos pra bater um papo e ver como estava a pescaria mais pra baixo do afluente mas, de repente, todo mundo ficou congelado, olhando sem acreditar. Acontece, caro leitor, que lá, no meio da imensidade da floresta, lá longe de tudo, acredite ou não... o fabio achou seu irmão perdido! kkkk Turma bem legal, convidaram a gente pro assado deles mas já tínhamos o almoço do barco nos aguardando. Ainda bem! 5 minutos depois chegou um banzeiro daqueles que a Amazônia sabe dar!!! Esse dia só saíram peixes menores. O único peixe bom que resolveu dar as caras, abriu o Split Ring 80lb do Fabio como se fosse de manteiga. Ooooo peixe bruto! 5to dia. Logo no 1ro arremesso do dia, o Segundo engatou um açu que não foi tão grande, mas ele deu uma porrada animal na sua isca de hélice. Os demais só pegamos pacas e borboletas. Esse dia entramos num lago com renato onde ele fisgou um borboleta e, na hora de soltar o peixe, olhando pro fundo do lago vimos uma cena incrível: tinha tantos tucunarés que parecia um aquário!!! Ate tentei fazer uns vídeos com a gopro, mas não ficaram bons. Infelizmente eles estavam totalmente inativos, colocávamos as iscas na cara deles e nada!!!!. Esse peixe é manhoso demais!!!! será que faz parte “do encanto”? o renato interrogando o borboleta pra ver por que eles não entravam nas iscas. Durante essa semana tentamos muitas coisas, variando iscas e trabalhos diferentes, começando pelas mais consagradas e finalizando com alguma que outra “outsider” mas não tinha jeito, somente os borboletas estavam ativos (e as vezes, como agora, nem eles). 6to dia. Voltei a fazer dupla com o fabio. Esse dia tentamos entrar num lago central (que o fabio indicou e o piloteiro nem sabia que existia) fugindo do repiquete, lago que não tinha nome ate hoje e agora chama-se do “lago da saicanga”. A cada 5 arremessos dava 3 saicangas!!! Curiosidade, esse dia o fabio pegou um araca na isca Num dos lagos o fabio engatou um cavalo, que depois de roubar muita linha simplesmente cuspiu a isca (que fase hein parceiro??), no lado positivo, esse dia seu edinho pegou o troféu dele, 80cm de açu, mais uma vez pego numa filhoteira. Ultimo dia: De volta no Negrão, o rio estava descendo mas agua muito suja. Segundo e eu levamos porradas de peixe grande na hélice, mas nenhum dos dois conseguimos fisgar o peixe. Esse dia só saíram peixes menores, inclusive alguns ficaram dedão. Como o mestre dini fala, a triste hora de cortar o snap. O voo de volta foi, não literalmente, uma merda também: tudo ia bem, sem turbulência nem problemas ate que, no meio do voo, pegamos um banzeiro do (editado)! Chuva fortíssima, raios, turbulência fudida... a p. toda! Acho que todos nos estávamos nos perguntando “o que merda estou fazendo aqui?” a galera não falava uma palavra, só aquelas risadinhas nervosas sabe? Conclusão: na ida o copiloto cagou nas calças, e na volta fomos nos que cagamos. Depois disso turbulência no voo comercial foi brincadeira pra principiantes. Bom, foi isso pessoal, pescaria padrão sirn, bem poucos açus (acho que menos de 10 na semana, no total) mas vários deles acima dos 60cm. Considerando os resultados dos outros grupos nesses dias ate que foi uma boa pescaria (medalha de prata, segundo o gerente do barco).Mais uma aventura com a turma nota 10, e como sempre, alguns peixes e muitas risadas. Que venha a próxima! Nota final: obrigado Iemanjá! Vou comprar uma carretilha igual a que perdi. Se você quiser trocar por mais desses, fazemos negocio na hora.
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-Mariano- recebeu reputação de Edson em Equipe Repiquete enfrentando as piraibas - Um hermano no Araguaia
Ola pessoal,
segue meu 1ro relato no FTB!! e pra começar, vou fazer uma aclaração... vcs vão ter que desculpar o portunhol meio esquisito as vezes rsrsrs. Acontece que eu moro no Brasil, mas sou Argentino. Blz?
Então, vamos la... pra explicar o titulo do relato vou começar falando não dessa pescaria, mas, da minha primeira pescaria no Brasil: 3 anos atrás resolvi cumprir um dos meus maiores sonhos: iria pescar na Amazonia. Depois de muito pesquisar na internet, acabei me cadastrando no FTB e reservando vaga na turma do @Fabrício Biguá pra pescar em SIRN.
Chegando em Manaos conheci vários usuários do fórum, @Fábio Neves @Edson @Bernardo Cassundé @Sergio Japa@Neco @Jaime Veiga @Fernando Cunha @Uoston Tobias @Renato Abreu gente finíssima todos eles. Ate fizeram questão de não discutir de futebol comigo rsrsrs.
Falei que a turma era do Fabricio, mas cade ele? Acho que sabia que a nossa pescaria iria ser uma mXXda então de ultima hora falou que não conseguiria ir por causa do trabalho (sera??? kkkkkkk). Agua na copa das arvores, uma semana batendo isca pra tirar pouquíssimos peixes.... e a turma? a turma foi show! só piadas, só risadas (ainda lembro o Fabio falando que nunca tinha visto uma turma de tão bom humor sem pegar Puts nenhuma numa pescaria) No ultimo dia o Edson convidou a gente pra pescar no Araguaia, e eu pra pescar na Argentina (minha cidade fica a 20km de paso de la patria). Resultado dessas pescarias? (e outras com parte do time) >>>>> acertaram: agua na copa das arvores, pouco peixe e muitas risadas (ate conseguimos trocar a melhor temporada dos ultimos anos na amazonia pela pior temporada dos ultimos anos na argentina ) .
Dali que agora a turma chama-se de Equipe Repiquete.
Maio 2017, o Edson nos convidou pra pescar novamente no Araguaia. Turma composta pelo @Edson , @Uoston Tobias (a.k.a Rusto). @Renato Abreu, Mateus e Edinho. Infelizmente o nosso amigo @Fábio Neves teve de desistir de ultima hora. Faltou você parceiro!!
Chegando em Bandeirantes as noticias eram, pela 1ra vez pra essa turma, boas. Araguaia num bom nível, boa temperatura d´agua e peixes ativos
seria essa a nossa vez? acabaríamos com o azar finalmente????
1ro dia de pescaria:
Edson e eu resolvemos focar no Bait, Edinho iria com Mateus sem objetivo fixo, e finalmente Renato e Rusto sairiam com o piloteiro Eduardinho na procura do objetivo maximo: as famosas piraibas e pirararas do Araguaia!
Ja nesse dia os resultados foram bons: 2 pirararas (uma delas do renato, que continua invicto pegando pelo menos 1 toda vez que ele vai no Araguaia), alguns apapas e aruanas no bait, entre outros peixes menores. A turma ficou muito empolgada com o nivel de atividade dos peixes, com destaque pros Apapas, fazendo um show de ataques nas beiradas. Realmente o Araguaia e um rio com muita vida, muita fauna e que só não e mais conhecido por causa de sua irmã maior (amazonia) que leva a atenção toda.
2do dia:
Eu sai com o Mateus e o guia na procura dos grandes peixes de couro, renato foi com edinho e finalmente rusto e edson. Chegando quase na hora do almoço, peguei uma pirarara que não foi muito grande, mas deu muito trabalho (mas muito mesmo!!) , tirando ela 2 veces da paulera após uns 15 minutos de briga. Destaque pro nosso guia Eduardinho que conhecia esse poço melhor que o quintal da sua casa, e soube dirigir o barco como um grande mestre na hora de tirar ela do fundo. Os peixes não se medem pelo tamanho mas pela lembrança que nos deixam, e certamente essa briga foi bem mais gostosa que uma pirarara maior que já tirei nesse rio que quase nem brigou.
pesque e devolva, sempre.
Alguem ja viu laçar um peixe?
No final do dia, Edson e Rusto foram tentar nas pirararas, mas sendo que o Rusto é muito fissura do Bait, resolveram mudar o barco do lado de um drop de areia na outra margem, sem tirar as iscas da agua, que acabaram ficando no canal. 20 minutos depois, a Penn do goiano edson comecou a `cantar` (e não foi sertanejo, acredita?). Fisgada certeira e 15 minutos de briga pra embarcar uma bela Piraiba na casa dos 1,4 mts (na loucura de acabar com o azar do time, esqueceram de medir, )
edson e edson, pai e filho, com o troféu bem merecido. Sem guia, na lancha própria.
2 dias de pescaria, 3 pirararas, 1 piraiba e outros peixes menores: considerando nosso histórico, a pescaria já tinha sido um sucesso absoluto, mas a maior surpresa ainda iria chegar no...3ro dia:
eu sai com seu edinho e o guia, na procura das piraibas (sera que o nosso guia ficou com inveja do edson??). Ficamos apoitados em alguns pontos bons sem sucesso, ate edson e renato (na lancha do lado a nossa) vieram uma piraiba pequena pular totalmente fora da agua.
Na verdade, pra mim, a pescaria já tinha sido um sucesso e se ficava desse jeito não dava pra chorar, mas obviamente o pescador é um otimista por natureza. Por volta das 11hs apoitamos num ponto promisor no meio do rio, e apos 20 minutos sen nenhuma ação resolvemos mudar. Foi só eu tirar a vara da espera que comecei a ver minha linha esticando e saindo da agua.... baixe a vara, aguarde a linha esticar bem e fisguei... o peixe comecou a puxar com forca... e que forca! pqp, nunca tive um peixe tão forte do outro lado da linha (fora peixe-toco rsrsrsr). Era ela, TINHA que ser ela, essa piraiba que tudo pescador sonha pegar alguma vez, o peixe da minha vida. Logo, chegaram os medos: será que não é boto? será que esta bem fisgada? será que a linha ta OK?
Foram 20 minutos de adrenalina total, com o piloteiro atento pra deixar o peixe sempre puxando de frente e não embaixo do barco, e seu edinho filmando parte da briga:
Destaque pro piloteiro no final da briga pedindo pra eu dar linha pois tinha 2 barcos passando e poderiam ver e atrapalhar nossa pescaria, e minha resposta: DOU LINHA NAO!!! (esse cara ta doido? imagina se perdia ela já na minha cara )
O peixe foi medido (1,72mts) e devolvido depois de algumas fotos, só faltava o brinde pra celebrar a captura. Como falam os Goianos: ´peeeensa num cara feliz´
Ainda deu tempo no ultimo dia pra relaxar tentando com iscas de superficie nos drops procurando os Apapas.
Se isso ali não é o céu na terra, eu não sei onde é
Levamos muitas porradas, mas só conseguimos tirar 1 da agua. Sem problemas, o objetivo estava mais do que cumprido.
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-Mariano- recebeu reputação de Marcos Juliano em Argentina - dúvida carretilha
essas carretilhas sao perfeitas pra levar la.
eu usaria (de fato, eu USO) 0,40mm monofilamento na Abu
pro corrico pode usar multifilamento de 30 libras.