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Fabrício Biguá

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Histórico de Reputação

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    Fabrício Biguá recebeu reputação de Fabio Giovanoni em Pq as carretinhas quebram constantemente? Saiba a razão.   
    Amigos....na turma que tem bassboats - ou barcos mais pesados -, temos um ditado q diz o seguinte: "bassboat estraga mais é no transporte"!!!!
    Sou até de apostar com vcs que os maiores e constantes problemas ocorridos com a turma q arrasta seu bassboat estão nos deslocamentos de suas casas até a beira da água.
    Primeiro pq nossas estradas são umas porcarias.
    Segundo pq as caminhonetes que puxam o conjunto, o fazem com muita facilidade (altas velocidades com total conforto e "segurança")...ou seja quem se lasca e sofre primeiro é a carreta...rsrs
    A turma lá de casa é ressabiada...rsrs....sempre preferimos superdimensionar nossas carretas. Já passamos apertos na estrada e tratamos este assunto com muita responsabilidade (pq somos cagões mesmo...kkkk)...

    Tínhamos uma carreta Odne que era animal demais. Na suspensão eixos para 1t (era trucada), molas helicoidais (maciez surpreendente), e as chapas eram brutas. Não sei a espessura das chapas, mas puxar somente a carreta com as mãos era complicadíssimo...rsrs...Mas sabe quando vc olha pra carreta e vê q ela não tá "espanando" com o peso do barco?!?! Pois é...era essa a nossa carreta.
    Gostamos tanto q mandamos fazer outra na Odne. Mesma chapa, agora um pouquinho mais larga, projetada com inteligência (uso de programas de computador específicos pra isso), e o melhor de tudo, além dos dois eixos pra 1t cada, colocamos freio a disco nas 4 rodas...rsrs . Coisa bruta mesmo.
    A única coisa q ainda sou resistente, é no fato da nova carreta ter feixe de molas. Mesmo ele sendo projetado para peso do conjunto, achou-o muito duro. A carreta antiga "copiava" o terreno melhor q a minha caminhonete....Agora se eu acelerar um pouco mais, é certo q o barco vai sofrer....Em contra partida, no asfalto, posso puxar conjunto a 150Km/h (não façam isso)...mas a carreta sequer balança. 
    Falar que " é a melhor do mundo" seria ridículo..rsrs...   ....mas hj, mesmo se tivesse dinheiro, não trocaria minha carreta por nenhuma outra.
    Voltando ao assunto principal do tópico...
    Hj, por curiosidade, eu e o meu irmão resolvemos pesar todo o conjunto.
    Segundo informações dos fabricantes do barco (a Quest), fabricante da carreta (Odne), da Mercury (motor tem 290kg), e depois de algumas contas feitas, imaginamos que o conjunto deveria pesar algo em torno dos 1.000kg. 
    Pois bem...aqui está a foto que irá surpreender vcs (assim como nos surpreendeu). 

     
    Detalhe...o barco estava com apenas 30 litros de combustível no tanque.
    Ah...e só a carreta pesou 560kg.  
    Então meus amigos, não adianta fugir....Se vc está puxando um barco pesado, VALORIZE A SUA VIDA...Não dê chance para o azar. 
    Compre carretas que sejam realmente legais. Fuja de carretas feitas em fundo de quintal.
    Jamais use pneus comuns (recapados então, é pedir pra morrer...rsrs).
    Esse negócio de usar pneu comum, com eixo/cubo/rolamento de Gol e eixinho q só no olho dá pra ver ele envergando, saiba que vc está colocando todo o seu conjunto de pesca em risco. E não é somente barco + motor + carreta não...vc está arriscando o seu carro e a vida de todos q estão dentro, e quem vem do outro lado.
    Acredito q que quase todos os conjuntos (bassboats e lanchas com grandes motores) hoje no mercado pesem por volta de 1.000kg...ou seja, carretas com 1 eixo e cubo simples estão trafegando no limite máximo de peso. Como disse, além dos buracos em excesso e os carros serem cada vez mais potentes, não há carreta que aguente.
    Vamos fazer as contas aí direitinho pra não corrermos risco.
    Pensava q minha carreta estava carregando o barco com uma super margem de peso, mas como dito acima, estou muito próximo do limite. Sou de apostar q 80% dos amigos estão no limite de peso.
    Façam as contas aí e postem aqui para vermos.
    Abraços e se cuidem...
     
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    Fabrício Biguá recebeu reputação de Guto Pinto em Pq as carretinhas quebram constantemente? Saiba a razão.   
    Amigos....na turma que tem bassboats - ou barcos mais pesados -, temos um ditado q diz o seguinte: "bassboat estraga mais é no transporte"!!!!
    Sou até de apostar com vcs que os maiores e constantes problemas ocorridos com a turma q arrasta seu bassboat estão nos deslocamentos de suas casas até a beira da água.
    Primeiro pq nossas estradas são umas porcarias.
    Segundo pq as caminhonetes que puxam o conjunto, o fazem com muita facilidade (altas velocidades com total conforto e "segurança")...ou seja quem se lasca e sofre primeiro é a carreta...rsrs
    A turma lá de casa é ressabiada...rsrs....sempre preferimos superdimensionar nossas carretas. Já passamos apertos na estrada e tratamos este assunto com muita responsabilidade (pq somos cagões mesmo...kkkk)...

    Tínhamos uma carreta Odne que era animal demais. Na suspensão eixos para 1t (era trucada), molas helicoidais (maciez surpreendente), e as chapas eram brutas. Não sei a espessura das chapas, mas puxar somente a carreta com as mãos era complicadíssimo...rsrs...Mas sabe quando vc olha pra carreta e vê q ela não tá "espanando" com o peso do barco?!?! Pois é...era essa a nossa carreta.
    Gostamos tanto q mandamos fazer outra na Odne. Mesma chapa, agora um pouquinho mais larga, projetada com inteligência (uso de programas de computador específicos pra isso), e o melhor de tudo, além dos dois eixos pra 1t cada, colocamos freio a disco nas 4 rodas...rsrs . Coisa bruta mesmo.
    A única coisa q ainda sou resistente, é no fato da nova carreta ter feixe de molas. Mesmo ele sendo projetado para peso do conjunto, achou-o muito duro. A carreta antiga "copiava" o terreno melhor q a minha caminhonete....Agora se eu acelerar um pouco mais, é certo q o barco vai sofrer....Em contra partida, no asfalto, posso puxar conjunto a 150Km/h (não façam isso)...mas a carreta sequer balança. 
    Falar que " é a melhor do mundo" seria ridículo..rsrs...   ....mas hj, mesmo se tivesse dinheiro, não trocaria minha carreta por nenhuma outra.
    Voltando ao assunto principal do tópico...
    Hj, por curiosidade, eu e o meu irmão resolvemos pesar todo o conjunto.
    Segundo informações dos fabricantes do barco (a Quest), fabricante da carreta (Odne), da Mercury (motor tem 290kg), e depois de algumas contas feitas, imaginamos que o conjunto deveria pesar algo em torno dos 1.000kg. 
    Pois bem...aqui está a foto que irá surpreender vcs (assim como nos surpreendeu). 

     
    Detalhe...o barco estava com apenas 30 litros de combustível no tanque.
    Ah...e só a carreta pesou 560kg.  
    Então meus amigos, não adianta fugir....Se vc está puxando um barco pesado, VALORIZE A SUA VIDA...Não dê chance para o azar. 
    Compre carretas que sejam realmente legais. Fuja de carretas feitas em fundo de quintal.
    Jamais use pneus comuns (recapados então, é pedir pra morrer...rsrs).
    Esse negócio de usar pneu comum, com eixo/cubo/rolamento de Gol e eixinho q só no olho dá pra ver ele envergando, saiba que vc está colocando todo o seu conjunto de pesca em risco. E não é somente barco + motor + carreta não...vc está arriscando o seu carro e a vida de todos q estão dentro, e quem vem do outro lado.
    Acredito q que quase todos os conjuntos (bassboats e lanchas com grandes motores) hoje no mercado pesem por volta de 1.000kg...ou seja, carretas com 1 eixo e cubo simples estão trafegando no limite máximo de peso. Como disse, além dos buracos em excesso e os carros serem cada vez mais potentes, não há carreta que aguente.
    Vamos fazer as contas aí direitinho pra não corrermos risco.
    Pensava q minha carreta estava carregando o barco com uma super margem de peso, mas como dito acima, estou muito próximo do limite. Sou de apostar q 80% dos amigos estão no limite de peso.
    Façam as contas aí e postem aqui para vermos.
    Abraços e se cuidem...
     
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    Fabrício Biguá recebeu reputação de Rodrigo Coutinho em TEAM BOAT + E-TEC 90 HP   
    Kraio...ficou lindo demais....Parabéns meu amigo. Seu barco ficou muito show.
    E vá postando aí os detalhes internos do bicho. Muito top. 
  4. Upvote
    Fabrício Biguá deu reputação a Leandro Couto em Amazônia 2016 - Rio Uatumã   
    Rio Uatumã, pescaria difícil peixe muito manhoso, rio baixo, pressão de pesca enorme no local mas a alegria do grupo se mantinha.
    Maiores peixes por volta dos 7kg. 
    abraços
  5. Upvote
    Fabrício Biguá recebeu reputação de Wellington BSB em DESAPROVADO - Pousada das Aguas   
    Amigos, não tinha visto este tópico.
    Não estou aqui tirando a desaprovação do pescador...mas eu acho extremamente "estranho"...rsrs....alguém desaprovar uma pousada/hotel e tals....utilizando os seguintes argumentos:
    - Estrada de chão ruim = Oras, uma estrada de chão é uma via pública. Na teoria o Estado é q deveria mantê-la em boas condições...mas sabemos q isso é quase impossível, então, geralmente são dos donos das terras na região q se cotizam para arrumar a via. 
    - Barco danificado por conta da via = Oras, a responsabilidade de colocar o barco na água não estava nas mãos do Rafael?!? Se o barco estive na responsabilidade da pousada, caberia a ela pagar qualquer prejuízo ocorrido, mas quem estava no volante, na minha opinião, ainda era o responsável. 
    - R$ 150,00 em duas refeições = Não estou duvidando da palavra do Rafael...mas é certo q houve alguma conversa entre ambos para justificar a cobrança deste valor. Quais os argumentos utilizados pelo dono para cobrar o valor de 2, 3 ou mais serviços, sendo q ele ofertou apenas 1???
    Precisamos de mais informações para tirarmos uma conclusão mais acertada.
    Agora, se a comida, mesmo que simples, estava ruim, essa sim pode ser desaprovada.
    Se ele cobrou 75,00 por refeição, enquanto cobra 30,00 do restante, tb pode ser desaprovado.
    Se ele cobrou por ter colocado o barco na água sendo q o Rafa que colocou, tb pode ser desaprovado.
    Mas pela estrada de chão e pela quebra do elétrico, acho q a desaprovação foi descabida....mas isso, é opinião minha...
  6. Upvote
    Fabrício Biguá recebeu reputação de Flavio Gonzales em DESAPROVADO - Pousada das Aguas   
    Amigos, não tinha visto este tópico.
    Não estou aqui tirando a desaprovação do pescador...mas eu acho extremamente "estranho"...rsrs....alguém desaprovar uma pousada/hotel e tals....utilizando os seguintes argumentos:
    - Estrada de chão ruim = Oras, uma estrada de chão é uma via pública. Na teoria o Estado é q deveria mantê-la em boas condições...mas sabemos q isso é quase impossível, então, geralmente são dos donos das terras na região q se cotizam para arrumar a via. 
    - Barco danificado por conta da via = Oras, a responsabilidade de colocar o barco na água não estava nas mãos do Rafael?!? Se o barco estive na responsabilidade da pousada, caberia a ela pagar qualquer prejuízo ocorrido, mas quem estava no volante, na minha opinião, ainda era o responsável. 
    - R$ 150,00 em duas refeições = Não estou duvidando da palavra do Rafael...mas é certo q houve alguma conversa entre ambos para justificar a cobrança deste valor. Quais os argumentos utilizados pelo dono para cobrar o valor de 2, 3 ou mais serviços, sendo q ele ofertou apenas 1???
    Precisamos de mais informações para tirarmos uma conclusão mais acertada.
    Agora, se a comida, mesmo que simples, estava ruim, essa sim pode ser desaprovada.
    Se ele cobrou 75,00 por refeição, enquanto cobra 30,00 do restante, tb pode ser desaprovado.
    Se ele cobrou por ter colocado o barco na água sendo q o Rafa que colocou, tb pode ser desaprovado.
    Mas pela estrada de chão e pela quebra do elétrico, acho q a desaprovação foi descabida....mas isso, é opinião minha...
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    Fabrício Biguá deu reputação a Kid M em Molinetes Shimano. Qual a melhor indicação?!   
    Roberto,
    Vamos ver se as imagens correspondem às suas dúvidas :
      Symetre  - ótimo molinete ! Acho um ótimo custo x benefício ! Nos EUA estava por US$ 99. Boa opção
      Biomaster - nunca o usei, mas me parece ser um bom molinete, como todos Shimanos. Ver modelo SW
     Stradic FJ - É excelente ! Precisa procurar um bom benefício x custo ! Boa opção !
      Pense em algo ainda melhor que o Stradic... esse é ! Já o tive em mãos !
       
    Esses três últimos, não saberia lhe dizer !
    Agora se o caso é usar um molinete para fazer da vara de 60 lb uma campeã e a grana não for o problema... (só exibição - não justifica...)
     Saltiga 7000 HDF   Stella Black 8000 (mar)
    Se quiser algo (EM CONTA) que não lhe deixará na mão, recomendo algo bem tradicional mas que "NÃO BATE FOFO" (BG-90)

    Boas compras ! 
  8. Upvote
    Fabrício Biguá deu reputação a FabianoTucunare em Soltura de um tucunaré açu... que peixe lindo...   
    Segue o vídeo abaixo...
     
  9. Upvote
    Fabrício Biguá deu reputação a Gilbertinho em CUIDADOS ESPECIAIS NA PESCA EMBARCADA II   
    Olá pessoal;
    Dias atrás, postei um tópico que aborda aspectos de segurança que a gente pode e deve adotar para evitar a ocorrência de acidentes nas aventuras de pesca, quer enquanto navegamos, quer quando fundeados esperando o peixe bater. Inclui, a exemplo do tópico original, outras particularidades que envolvem animaizinhos problemáticos da Amazônia, onde resido. Recomendo que os amigos que ainda não leram o tópico original, que o façam, visto que a pretensão é transferir e acumular experiências, conhecimentos e situações que devemos ter em conta para nossa própria segurança nas aventuras em que nos metemos e também para a tranquilidade de nossos familiares, que ficam em casa pedindo a Deus para que nada de mal nos aconteça nessas ocasiões. Lembro também que ambos os tópicos não constituem propriedade intelectual de ninguém, gostaria muito de contar com a colaboração dos membros da comunidade FTB, no sentido de que construíssemos um verdadeiro compêndio ou manual de segurança nas pescarias. Dito isso, vamos dar continuidade à lista de situações de risco que listei no tópico original, a começar pelo item 11 (ver anteriores no primeiro tópico):
    Situação 11 - Motores Problemáticos 1: Lá pelos anos 90, em pleno Pantanal Mato-Grossense, me encontrava com amigos pescando no Rio São Lourenço, afluente do Cuiabá. Na época eu morava em Rondonópolis, e minhas idas com a turma ao Itiquira e São Lourenço eram bastante frequentes. Nessa ocasião, chegou uma comitiva de pescadores oriundos da Capital de São Paulo, fazendo-nos antever que haveria algo de interessante pra gente ver, e não deu outra: colocados os botes na água, a galera toda logo acorreu para ligar as máquinas e fazer um tour pelo rio. Com essa turma, veio também um senhor já de meia-idade, pai de um cara apelidado Nenê, que logo convidou o pai para dar uma voltinha no rio. O Velho, todo preocupado e confessando nunca haver entrado num barco, acabou por ceder aos insistentes apelos do filho. Lá foram então o Nenê e o velho para o bote, e a coisa começou a ficar engraçada, porque o velho, como todos os que não tem prática em movimentar-se em barcos, dava passadas bem largas no interior do bote, ora num bordo, ora noutro, e parecia que a coisa iria emborcar mesmo amarrado na margem. Sob orientação do filho Nenê, foi logo para o banco da frente, onde agarrou-se firmemente onde podia, sem mover um músculo sequer a partir daí. Quer dizer, pescoço duro, não olhava para lado algum, só mirava o que via em frente. Bem, o Nenê soltou o barco a deriva, sentou-se no banco da popa e meteu o braço na cordinha. E nada. afogava, desafogava, engatava, desengatava, acelerava, e nada. E o velho firme como uma pedra, só olhando por cima da proa. O Nenê se enervou com a teimosia do antigo Johnson 25 e resolver ficar de frente para o crime: levantou-se e encarou com mais veemência a difícil tarefa de fazer funcionar a máquina. Tudo de novo. Mexe aqui, mexe ali, puxa corda pra valer, até que o "pé de ferro" pegou acelerado e engatado para a frente, saindo disparado rio afora  Como não poderia ser diferente, o tranco fez com que o Nenê passasse por cima do motor e caísse de cara n'água. O bote, à toda, seguiu em frente. O velho gritava "Nenê, tira a força, olha a praia" O Nenê, nessa altura, já ia subindo o barranco da outra margem para buscar socorro. Praia se aproximando cada vez mais, e o velho berrando cada vez mais, até que o bote subiu com tudo praia adentro, arremessando o velho como um estilingue, fazendo-o sair como um tiro praia adentro, catando galinhas, até estatelar-se de cara na areia. De longe ouvimos o velho gritar: "Nenê, seu filho da p..., não te falei pra tirar a força?", até que se apercebeu que estava sozinho no barco e o Nenê já vinha chegando com um colega para socorrê-lo.
    O que se extrai de fatos dessa natureza é que, especialmente nessas circunstâncias, sob hipótese alguma devemos mexer na alavanca de câmbio do motor. Ao contrário, devemos observar se ela está no neutro, e ter em mente que ela nada tem a ver com problemas do motor ligar ou não. Mais ainda, a mesma providência deve ser adotada em qualquer caso, não apenas em motores com problemas de partida.
    Situação 12 - Motores Problemáticos. Acidente fatal: Também em meados de 1990, um cara de prenome Paulo Japonês, morador de Cuiabá e mecânico de mão-cheia, teve o mesmo tipo de problema, desta feita com um motor 15 HP, não sei dizer a marca. Igualzinho ao Nenê, ficou de pé de frente para o motor e fuçou tanto que a cordinha da partida rompeu-se. Daí teve de retirar a cobertura de proteção do volante do motor, enrolando nele a cordinha reserva que vem em seu kit. Do mesmo modo, não checou se o câmbio estava engatado, e estava. Puxa daqui, puxa dali, até que o motor pegou, jogando-o do mesmo modo pela popa. O problema é que como havia retirado a proteção do volante, caiu com o abdome sobre ele em alta rotação. O final não é preciso contar, ainda me dá arrepios até hoje. Desse caso, e na mesma circunstância, extraio que vale demais a pena reforçar a mesma medida preventiva que no caso anterior: Nunca deixe de verificar se a alavanca do câmbio está em Neutro.
    Situação 13 - Jacarezinhos do Amazonas - Perigo: Amigos, vocês já perceberam que eu vivi um bom tempo pescando no Pantanal de Mato Grosso. É verdade, foi até o que me fez me mudar de Sampa para lá, isso no início da década de 1980. Toda hora estava no Pantanal, era programa obrigatório de todo fim-de-semana, a gente deixava pra saber o resultado do futebol quando chegava em casa. Os Jacarés-Tinga do Pantanal eram pra lá de abundantes, a gente saía pelas praias logo cedinho chutando a bunda deles só por diversão, para vê-los saindo com tudo no rumo da água. E diz a poetisa que jacaré não tem cadeira porque não tem bunda pra sentar. Pode até ser, mas pra chutar tem. Mas vamos lá. Quando me mudei para o norte-amazônico, na primeira incursão de pesca que fiz à noitinha vi alguns olhinhos vermelhos sob a luz do holofote. Em meu imaginário, logo deduzi que se tratavam dos mesmos jacarezinhos sub-nutridos do Pantanal. Não os incomodei nem fui incomodado. Com o tempo fui me inteirando do assunto, daí aprendi que aqui na Amazônia o que impera são os jacarés-açu, muito assemelhados aos crocodilos do Nilo, tanto em tamanho e peso quanto em relação ao perigo que representam para animais de grande porte e pessoas (pescadores esportistas inclusos). Tanto é verdade, que há pouco mais de um mês, um pescador artesanal aqui de Caracaraí se meteu em confusão com um bicho desses no Rio Anauá. Resultado: partes de seu corpo foram encontradas dias depois, não dá pra brincar, é coisa séria. Lá pelas bandas do Negro, onde vivi por uns dois anos, de quando em vez via a turma de Novo Airão sair armada até os dentes para matar esses bichos, já acostumados a devorar bezerros e pessoas em certos lugares mais recônditos. O que devemos extrair dessa condição única, já que os açús (jacarés, bem entendido) vivem unicamente na bacia amazônica, não há replay em nenhum outro lugar do Brasil: Primeiro, você deve apagar da memória tudo o que sabe sobre jacarés quando vier para a Amazônia. A coisa é grande e feia e se facilitar o bicho pega. Mantenha uma distância prudente deles, e nunca se atreva a provocá-los, tem alguns que chegam a ter quase um metro de largura na parte central de seu corpo, é jacaré sobrando e risco certo de desastre.
    Situação 14 - Sucuris e Sucurijus: Com certeza, todo já ouviu falar, assistiu documentários e muitos até já viram essas bichinhas em rios e lagos. Uma e outra são a mesma espécie, só muda o nome daí para cá, de Sucuri para Sucuriju. Todos sabem dos riscos que elas representam, assim como as demais serpentes constritoras. Há muitas histórias a respeito, e vou contar duas a um só tempo, pra economizar a atenção da turma. A primeira foi comigo: durante uma seca violenta, em 2012, logramos capturar uma de 5 metros, atravessando o asfalto da BR 174. Enchemos ela de pancadas, amarramos uma corda no pescoço e levamos para o sítio, bem próximo do local da captura, visando medi-la e extrair sua banha (santo remédio). Amarramos a corda bem curta numa árvore e nos dispomos a estirá-la para medir. Estava ainda viva, apesar das pancadas que levou. Passei uma corda no "rabo" da bicha, passei numa arvorezinha e mandei a turma esticá-la para a medição. Conforme a turma puxava, ela cedia um pouco e eu encurtava a corda, ela fazendo força em contrário. Até que num dado momento, ouvi a arvorezinha estralar rompendo raízes em razão da força de tração extrema do animal, que não media mais que 5 metros, e aqui ouvimos falar em exemplares de 8 a 12 metros, dá pra imaginar a força que devem ter. Emendo essa situação com o que vi acontecer no Rio Alalaú, que divide Roraima e Amazonas. Seguindo viagem de carro pela BR 174, deparei com algumas pessoas olhando o rio e gesticulando. Curioso, fui ver do que se tratava. Ainda deu pra ver um índio da tribo waimiri-atroari embolado com uma sucuriju descendo rio abaixo. Por certo, ela o atacou quando se encontrava lidando com algum barco que a tribo mantém sob a ponte. O certo é que ele foi comer capim pela raiz, disso não há dúvida. O que extraímos de episódios como esse, aliás ocorrentes em várias partes do Brasil, segundo a história, é que sempre que possível devemos evitar a criação de condições para encontros com essas bichinhas. Isso significa nunca entrar n'água em locais onde sabemos que elas habitam e, na dúvida se elas ocorrem ou não noutros locais, é melhor prevenir, ficar no seco. Se tiver de tomar um banho, inclusive para espantar o calor, utilize um balde ou coisa parecida, mas não vacile entrando na água. Se estiver pescando no barranco ou no bote, fique atento: a única coisa que denuncia a aproximação delas são as marolinhas e bolhas que vem em sua direção. Como diz a gauchada, fica "veiáco", tchê, senão o jacaré te abraça.
    Situação 15 - Os Morcegos Hematófagos: Diferentemente do que se vê na maior parte do país, aqui na Amazònia ocorrem morcegos hematófagos que apreciam muito o sangue humano. Vou contar um caso que vivenciei no final de 1999, ano em que criei uma unidade de conservação exclusiva para exploração do turismo de pesca esportiva no extremo sul de Roraima (APA Xeriuini). Interessado em conseguir um empresa para desenvolver operações de pesca na Bacia do Xeriuini, uma das seis da unidade, logrei contato com um empresário do setor instalado em Sampa, o nome é (ou era) Paulo Polimeni, algum de vocês deve ter ouvido falar. Decidimos seguir viagem numa lancha para vencer os 300 quilômetros que separam a comunidade de Terra Preta e a sede de Caracaraí, onde moro até hoje. Nosso piloto, um crioulo de nome Chico Martins, era morador daquela localidade, que há época tinha em torno de 35 famílias. Bacia visitada, Paulo Polimeni empolgado com o potencial do local. À noitinha, fomos jantar e dormir na casa do Chico, uma palafita de madeira de dois andares e dois cômodos bem simples. Embaixo a cozinha, e no andar de cima o quarto coletivo, onde dormiam ele, sua mulher e 4 filhos pequenos. Jantamos ensopado de Piranha com Chibé, que ainda hoje é o básico daquela gente (chibé é água com farinha de mandioca brava), e daí armamos as redes para dormir. Chico e família no andar de cima e eu e o Paulo na cozinha. Lá pelas tantas, percebemos que algo estava nos molhando, o que era estranho, já que além de estarmos no térreo de uma palafita, não estava chovendo. Só no amanhecer é que ficamos sabendo que no quarto não havia banheiro, e a turma do Chico urinava direto sobre o assoalho, daí o que nos molhava era mijo puro, e não água. Mas a coisa não parou por aí. O Paulo Polimeni, fazendo um auto-exame logo cedinho, disse num dado momento: "acho que me machuquei ontem, olha como meu dedão está sangrando!" Aí o Chico caiu na gargalhada e esclareceu: "que nada, foi o morcego que chupou seu dedo". Apavorado, o Paulo pediu urgência no regresso, por saber que esses bichinhos são transmissores do vírus da raiva. Após algumas semanas, exames feitos, o Paulo mandou por correio um amontoado de prospectos sobre a raiva transmitida pelos morcegos, e nunca mais apareceu por aqui. Dito isso, se vier pescar por nessas bandas, se for dormir em camarote, mantenha porta e janela fechadas. Se preferir dormir em rede no convés do barco-hotel, nunca dispense um mosquiteiro, senão você pode ter de visitar um hospital bem mais cedo do que pensa e acabar com a pescaria.
    Situação 16 - A Marvada Pinga: No tópico original, listei duas situações de alto risco envolvendo a navegação sob galhadas baixas em rios e lagos. Providencialmente, um dos membros do FTG deu uma excelente colaboração ao lembrar que situações assim podem também ser causadas pelo álcool, quer dizer, pelo excesso de álcool que eventualmente alguém venha a ingerir nessas ocasiões, que também foram feitas pra gente tomar umas a mais na beira do rio, o que é lógico e compreensível. Porém, ouso dar um acréscimo ao acréscimo, abordando outras situações de risco que o excesso de álcool pode produzir. Antes, creio que todo mundo concorda que o álcool produz diferentes efeitos nas pessoas. Umas ficam chorosas, outras valentes, outras desinibidas e finalmente as que ficam corajosas. Logicamente, as mais ameaçadas estão no grupo das valentes e das corajosas. Umas porque querem brigar com quem que que seja e por qualquer motivo, o que pode acabar com uma pescaria ou até mesmo dissolver um bom grupo de amigos de pesca. Outras porque perdem o senso do perigo, levando-as a fazer o que não deve, a exemplo da condução de barcos de forma imprudente em qualquer lugar. Porém há mais: alguns resolvem nadar em locais perigosos ou desconhecidos, outros decidem caminhar em praias inundadas sem considerar o risco de ser ferroado por arraias, pra ficar no básico. Nesse último caso, creio que ninguém ignora o que significa ser ferroado por uma desses bichinhas. Pra resumir, é o fim da pescaria. O que se extrai, então, é que devemos encher a cara (é opcional) à noitinha, quando nos reunimos pra falar do dia e depois ir pra caminha. Nada de beber em excesso quando estiver pescando, seja dia ou noite.
    Pessoal, reforço uma vez mais que apreciaria bastante conhecer experiências e causus relacionados a acidentes e os modos de preveni-los. Este espaço é comum de todos, e todos devem explorá-lo até o limite de seus conhecimentos, sem dia, hora e tempo para sua definitiva conclusão, ainda porque, como no direito, pescar é também uma ciência da semântica, que evolui sistematicamente ao longo do tempo e dos lugares, ao sabor das regras ditadas pela mãe natureza.
    Deixo um forte abraço a todos da comunidade do FTB.
    Gilbertinho da Amazônia.                                              
    l               
           
             
  10. Upvote
    Fabrício Biguá deu reputação a Denisson em TABELA DE ISCAS x GARATEIAS - SUBSTITUIÇÃO   
    Olá a todos!!!
    Pesquisando no Fórum quanto a informações sobre substituição de garateias originais por mais reforçadas, percebi que havia várias dúvidas, por parte de muitos, sobre qual garateia mais adequada a ser usada. Em muitos casos, eram as mesmas dúvidas. Inclusive minhas.
    Assim, decidi compilar em uma tabela as principais iscas mais usadas na Amazônia (PESCA DOS AÇUS) com as argolas e garateias compatíveis. 
    Todas as informações encontradas na tabela ISCAS x GARATEIAS (ISCA AMAZÔNIA) são de autoria do nosso colega Wellington BSB , que ao longo do tempo as publicou no Fórum.
    Foi, também, criada uma tabela de peso  das garateias WMC 8527 6X  e OWNER ST-66 4X , com a intenção de ajudar os colegas na escolha da garateia. de seu gosto.
    Um exemplo prático de escolha a ser feita é: uma isca que vá sofrer a substituição das garateias originais por uma VMC 8527 6X #1 também pode usar uma OWNER ST-66 4X #1, pois possuem pesos idênticos. Com isso, basta usar o peso de uma como referência para escolha da outra.      
    A tabela que segue anexa (arquivo PDF) foi revisada pelo Wellington.
    Espero e que este post  fique permanente no Fórum e possa ajudar a muitos. 
    Forte abraço a todos.
     
    TABELA ISCAS x GARATEIA (ISCAS AMAZÔNIA).pdf 
     

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    Fabrício Biguá deu reputação a Gilbertinho em CUIDADOS ESPECIAIS NA PESCA EMBARCADA   
    Pessoal, às vezes ouço ou leio narrativas sobre acidentes ocorrentes na pesca, envolvendo na maioria dos casos a pesca embarcada. Daí resolvi provocar a turma visando extrair e assimilar informações e conhecimentos que guardem relação sobre o tema, de modo que cada um conheça as principais causas e soluções para se obter uma boa margem de segurança nas pescarias, o que certamente trará por acréscimo a tranquilidade dos familiares que se preocupam bastante conosco quando nos ausentamos em busca de aventuras.
    Como passo inicial, inicio este painel relatando causas e efeitos de ocorrências fatais que conheço por relatos de terceiros e por experiências próprias, que poderiam ser evitadas com um mínimo de cuidados. Tomo a liberdade de enumerar cada situação abordada, sob pena de acabar me perdendo das digressões, observando que quando me refiro à Amazônia, deve-se entender que falo sobre sua porção ocidental, onde resido. Então vamos ao que interessa:
    Situação 1 - Rota de navegação: mês passado, no Rio Matupiri (proximidades do médio Amazonas e Madeira). o piloteiro de uma operadora de turismo conduzia o bote próximo da margem, deslocando-se para a área onde dois pescadores iriam pescar. De forma negligente, não se ateve a verificar se os passageiros estavam sentados nem os advertiu da proximidade de uma galhada baixa que se estendia sobre o trajeto do barco, nem tampouco dela se desviou. Por estarem de pé, em consequência ambos se chocaram com a galhada. Um deles teve o pescoço quebrado e faleceu. O outro ficou bastante ferido e foi encaminhado a um hospital nas imediações, creio que na cidade de Borba. Não sei dizer se conseguiu se recuperar. O piloteiro, sentadinho e certo de sua segurança, nada sofreu; 
    Apesar de lamentarmos esse episódio trágico, devemos aprender com ele. Afastar esse risco é coisa simples, basta que se adote como regra nunca ficar de pé num barco em deslocamento, mesmo que não existam galhadas visíveis em sua rota de navegação. O efeito pode ser o mesmo caso haja um choque com pedras e troncos submersos.
    Situação 2 - Rota de Navegação: há algum tempo, o mesmo tipo de acidente ocorreu no Água Boa do Univini, em Roraima, é relativamente perto de onde moro. Dessa feita o bote seguia só com o piloteiro em idêntica condição. Não viu uma galhada baixa à sua frente, e apesar de estar sentado, com ela se chocou, vindo a falecer. Extraímos daí um acréscimo aos cuidados que devemos tomar, que é o de evitarmos traçar rotas sob galhadas baixas, quando estivermos no controle da embarcação;
    Situação 3 - Manejo de Combustível: ano passado, no mesmo Água Boa do Univini, um piloteiro da Ecotur transferia gasolina de um tambor para o tanque do motor de popa, já de noite, visto que os pescadores iriam sair para a pesca ao alvorecer. Munido de uma lanterna, executava normalmente a tarefa, até que a carga das pilhas se esgotou, obrigando-o a trocá-las e seguir com a tarefa. Entretanto, ao ligá-la novamente, uma centelha fez com que a gasolina explodisse, provocando queimaduras de terceiro grau no infeliz. Socorrido, ficou internado por um longo tempo e só recentemente voltou à ativa. Como aprendizado, já que muita gente tem o hábito de abastecer à noitinha (e do mesmo modo) para sair bem cedo para pescar, devemos abrir mão desse hábito, executando essa tarefa de dia e longe de qualquer fonte que possa provocar acidentes dessa natureza;
    Situação 4 - Descer ou subir o rio? Essa é uma questão que em geral não envolve risco de vida, embora eu conheça exceção. Trata-se de decisões que tomamos quando estamos na pescaria com outros colegas que têm barcos. Caso resolva descer o rio, seu barco nunca deve seguir desacompanhado, porque se houver uma pane de motor, é uma roubada. Nada melhor que ter um companheiro por perto para rebocá-lo até o acampamento. Subir o rio não dá esse tipo de problema, porque para baixo todo santo ajuda, embora haja a questão do controle da direção do barco. Extraímos desses casos a importância de termos ao menos um par de remos no barco, que viabilizarão o controle da direção e eventualmente movimentar o barco;
    Situação 5 - A importância dos remos: apesar de ter abordado essa questão na situação anterior, gostaria de submeter uma situação hilária que testemunhei por causa de remos, ou melhor, pela falta deles. Por uns dois anos, morei numa lancha no Rio Negro, região das Anavilhanas, mais precisamente nas proximidades da cidade de Novo Airão, onde atracava o barco na boca de um igarapé, situado um pouco a jusante da cidade, para ter mais tranquilidade e segurança por conta das tempestades. Via de regra, comunidades rio abaixo faziam festas em que muita gente da região comparecia para beber, dançar e namorar. Na verdade, em nenhum outro lugar do país vi tanta paixão por festas, é festa religiosa, de torneios de futebol, do Tucumã, do Açaí, do peixe ornamental, do boto cor-de-rosa, do peixe-boi, enfim, qualquer coisa é motivo para festejar, e sempre com muita bebida, muita música do boi e muita dança, muito de tudo. À noitinha, minha esposa e eu ouvimos e vimos várias canoas de madeira descendo o rio, todas tocadas por motores rabetinhas, deduzindo que deveriam estar seguindo para alguma festa rio abaixo. A noite passou, e lá pelas cinco da manhã, o sol surgindo preguiçoso, quando ouvimos um chilep chilep constante, como algo batendo incessantemente na água, subindo o rio bem juntinho do costado da lancha. Olhamos pela janela e vimos uma canoa de uns 7 ou 8 metros, nego vazando pelas bordas, todos remando com as havaianas para chegar na cidade. Só risos. Deduzimos que essa turma deveria estar remando madrugada adentro, já que o dia seguinte era dia de branco, todo mundo ao trabalho. Desse dia em diante, jamais deixei de levar os remos no bote, mesmo que meu deslocamento da lancha fosse de 50 ou 100 metros. Macaco velho não pula em galho seco. Essa foi uma boa lição que aprendi, e recomendo que também o façam, por mais que os remos ocupem espaço e incomodem;
    Situação 6 - Serpentes peçonhentas: pouco tempo atrás, um pescador curioso resolveu fazer uma pequena caminhada por uma trilha na região do Rio Amajaú, sul de Roraima. A intenção era a de tentar a sorte num lago situado atrás da comunidade de Canauini, onde o barco-hotel estava atracado. Orientado por um cara da localidade, entrou mata adentro e ao passar sobre uma árvore caída, foi picado no peito do pé por uma Pico-de-Jaca, a cobra mais peçonhenta da Amazônia, Socorrido e conduzido de avião para a capital do Estado, Boa Vista, ficou internado por vários dias. O estrago foi tamanho que quando deixou o hospital e nos exibiu o local do ferimento, era possível ver o chão através de seu pé, um buraco da dimensão de uma moeda de 1 real. Coisa feia de se ver. Isso ensina que sempre devemos ter um cuidado imenso com incursões na mata. Não basta olhar o chão coberto de folhas onde as cobras se ocultam esperando presas, tampouco troncos caídos que servem de abrigo a elas. Na Amazônia, existem espécies peçonhentas que vivem e caçam em árvores, e é relativamente comum vê-las dependuradas em galhos, do mesmo modo que a cobra Papagaio, não venenosa. Assim, extrai-se o ensinamento que, se adentrarmos a mata ou caminhar junto às margens, devemos observar com cuidado não apenas o chão, mas também por onde todo o corpo vai passar ou possa ser alcançado por um  bote de uma cobra;
    Situação 7 - Insetos voadores venenosos; como muita gente vem para a região amazônica para pescar, vale discorrer sobre os principais insetos voadores venenosos daqui, a começar pelas famigeradas abelhas, fáceis de identificar e totalmente semelhantes às que encontramos no resto do país. As novidades ficam por conta dos cabas (marimbondos) amarelos e os da noite. Em geral têm o corpo avantajado e possuem uma pegada bem dolorida, característica comum dos dois. A diferença é essa "coisa" do caba-da-noite, que só entra em operação quando anoitece, e é bem maior que o caba amarelo, e sua picada injeta mais veneno. As soluções de redução de riscos quanto às abelhas e os cabas diurnos são, no primeiro caso, buscar identificar colmeias em troncos e construções velhas e manter distância, exceto se resolver extrair o mel, aí deve se preparar direitinho, senão...Já os cabas diurnos são preferencialmente encontrados em construções abandonadas, onde instalam suas casas, mas também habitam troncos de árvores mortas em meio à selva, exigindo algum cuidado nesses locais, apesar de ser praticamente impossível evitá-los quando nos visitam. Contra o o caba-da-noite, mais perigoso, só o que resolve e trancar portas e janelas ou se meter sob um mosquiteiro, aí está tudo resolvido;
    Situação 8 - Insetos voadores transmissores de doenças: seguindo a mesma linha da situação anterior, destaco alguns pontos sobre essa questão. Como se sabe, a incidência de transmissores do vírus da malária na Amazônia Ocidental é considerável. A única forma segura de prevenção é evitar o contato com esses caras, e para isso deve ser observado que, diferentemente do que muita gente pensa e diz, o Anopheles spp ataca também durante o dia, em menor intensidade, dependendo do clima. Se chover ou garoar, atacam mais. Porém, costuma-se dizer que o horário crítico é das seis às seis (da noite até a manhã). Uma curiosidade: caso esteja pescando em local onde há moradias de ribeirinhos por perto, observe se suas casas estão fechadas por volta das cinco da tarde. Se estiverem, é certo que a região é infestadas de pernilongos (carapanãs, para os amazônidas). Prevenção: repelente durante o dia e uma rede de dormir grossa e um mosquiteiro de boa qualidade, ou ainda um camarote fechado e vedado e refrigerado, senão irá morrer de calor;
    Situação 9 - Formigas Críticas: diz a lenda que Novo Airão, cidade localizada no curso médio do Rio Negro, antes era denominada simplesmente Airão. Assolada por formigas de todos os tipos, credos e raças, mudou-se tempo atrás para a atual localização, bem a jusante da posição geográfica original, ensejando a denominação "Novo" Airão. Fato ou mito à parte, o certo é que aqui as formigas são de lascar. Não se trata de formigas lavapés ou outras mais comezinhas do país, afinal, quem já não foi ferroado por alguma delas? Mas o fato é que aqui as mais parecidas fisionomicamente com as lavapés são as formigas-de-fogo, amarelinhas e não muito graúdas, mas portadoras de uma ferroada pra lá de dolorosa, queima como fogo, como o nome já diz. Porém, a pior delas é a famigerada Tocandira, bem avantajada, preta e menos comum de ser encontrada, e se for, alguém vai ter uma experiência inesquecível. Em geral, são solitárias em suas andanças pela selva, vadiando pelos troncos das árvores à procura de insetos menores que servem de alimento. Os acidentes com elas ocorrem em situações em que incautos resolvem apoiar as mãos ou o corpo nos troncos das árvores, e aí ela não perdoa, acabou o dia para quem for ferroado. A lição que se extrai é que devemos evitar, no caso das formigas-de-fogo, vacilar perto do formigueiros. Já no caso das Tocandiras, é pra lá de recomendável evitar o contado das mãos e do corpo com troncos de árvores, é sempre onde elas estão;                        
    Turma, já é madrugada e o sono está pegando. Retornarei com novas experiências e aprendizados. Grande abraço e grato pela atenção, lembrando que seria por demais útil conhecer experiências e medidas preventivas da turma do FTB para garantir nossa segurança.
    Gllbertinho, pescador da Amazônia  
      
             
     
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    Fabrício Biguá recebeu reputação de Fabio Giovanoni em Quais os pós e os contra do acelerador de pé com o tradicional num bassboat   
    Todos q buscam performance devem colocar a chave de trim no volante (justamente para não soltar as mãos dele)...
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    Fabrício Biguá deu reputação a Gustavo Felici em Barcelos 30/10 a 5/11/16   
    Olá pessoal,
    No final de outubro fizemos uma pescaria em Barcelos, como todos já sabiam, as condições não eram as melhores. Quando chegamos no aeroporto de Barcelos encontramos com o Dadá que é sogro do Allen Gadelha que foi o nosso operador,  ele nos animou falando que no DEMENI estava saindo muito peixe, como também já é sabido por todos, o Demeni é um rio de quantidade e não qualidade, mas não tinha outra opção, o Negro estava cheio e os afluentes também, só estava dando pescaria no Demeni, tanto é que a maioria dos barcos estavam no Demeni. O Dadá nos falou que íamos navegar dia e noite para subir o máximo possível pois nosso barco era o VITÓRIA DE DEUS, barco pequeno que consegue chegar longe. Aí começou a batalha, quanto mais subíamos mais pegávamos peixes, até chegarmos a um ponto que não vimos mais nenhum barco, passamos até pelo acampamento do próprio Allen Gadelha, no ponto mais distante, eu e meu parceiro conseguimos pegar 100 tucunarés em um único dia, fora as aruanãs e bicudinhas e nesse dia todos pegaram muitos peixes, muitos cardumes de popoca e de AÇU. Não foi uma excelente pescaria, mas dentro do possível foi boa, todos gostaram e o nosso grupo foi nota 1.000, já estamos marcando o próxima para o ano que vem.
                                                                   Sérgio, Cláudio, Waldiney, Guido, Carlão e Eu
         
         O vôo foi muito tranquilo
       
               Nossa casa por uma semana, Barco Vitória de Deus



                                               Início da batalha, eu  meu parceiro Guido e o piloteiro Balanga.

         Vamos ao que interessa, peixes...
         Os popoquinhas eram a maioria, se fosse tirar todas as fotos dos popocas ia atrasar a pescaria.


    Aqui a coisa começou a melhorar

    Aruanãs eram frequentes

    Esse açu foi do parceiro, só peguei para tira foto, hehe. 5,5kg


    Essas praias eram infalíveis

    Borboletas também pegamos muito



    O difícil era conseguir fisgar todas as Aruanãs

    Açu de 3,5 kg rendeu uma boa briga

    Esse pegou com raiva na hélice, parecia maior, 4kg



    Parceiro pescando macaco, kkkk.













    Esse açu estava magro

    Esse também

    Esse foi o meu troféu, 6,5 kg, pego no Negro no último dia, aos 45 minutos do segundo tempo, foi uma situação inusitada, arremessei a brava 110,já não tinha mais braço para outro tipo de isca, a isca enroscou no galho e quando encostou na água, poooow, mas a isca ficou balançando no ar, ele não acertou, só desci a isca na água ainda enroscada no galho e pooooow agora ele pegou, saiu tomando linha, desenroscou do galho, foi na pauleira mas deu tudo certo, fotografado e devolvido para a natureza.


    Outra situação que se não tivesse filmado ou fotografado seria difícil de acreditar. Paramos para almoçar em uma praia e enquanto o almoço não saía fui regular a carretilha do parceiro e tinha uma borá  como isca, comecei a arremessar e percebi que ela vinha arrastando do chão (areia), arremessei 2 ou 3 vezes e de repente  a isca enroscou, comecei a entrar na água para ver onde estava preza e de repente a vara começou a mexer e tome linha, travei a carretilha e mesmo assim continuou a tomar linha, uns falaram é peixe de couro e o guia lá de longe falou, é arraia, entra no barco e vamos atrás. A briga durou aproximadamente 15 min e quando boiou foi um susto pelo tamanho, o guia falou que passava dos 30kg





    Esse cara aí é o Sérgio, pensa em um cara que gosta de hélice ...







    Esse aí é o Waldiney, gente finíssima







    Esse é o Carlão, parceiro antigo.

    Esse é o Guido, parceiro dês da época da faculdade e a alguns anos, parceiro de pesca.

    Guido pegou no jig







    Gostaria de agradecer a todos os amigos pescadores e a todos do barco, Dadá, Allen e todos que ajudaram.
    Se Deus quiser ano que vem tem mais.
    Abraço a todos
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    Fabrício Biguá recebeu reputação de Jefferson Guia Tres Marias em Pescaria com o guia Jefferson em tres Marias   
    Seu tópico estava na sala Anúncios Globais do FTB e foi movido para a sala Assuntos Gerais sobre a Pesca
    Qualquer dúvida pode me mandar uma MP.
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    Fabrício Biguá deu reputação a Leonardo Martelli em Barcelos Out. 2016   
    A minha pescaria na Amazônia esse ano, 2016, foi uma pescaria marcada pela dificuldade. Esse ano foi um ano atípico, tanto para fechamento do grupo como na pescaria. Dos amigos que costumam pescar comigo, apenas dois estavam certos no grupo, éramos apenas três. Encontrar outros três estava um verdadeiro parto. Acredito que devido a crise econômica que o país enfrenta essa missão se tornou ainda mais difícil. Porém consegui mais um interessa por meio do Fórum Turma do Biguá, e o operador encaixou mais um pescador. Assim ficou o grupo até a data da pescaria: cinco pescadores (o barco hotel era para seis pescadores).

    O grupo era formado por mim, Leonardo Martelli de Araraquara SP, Felipe Souza também de Araraquara SP, Nei Muniz e Rodrigo Xingu de Rio Bonito RJ e Yuri Picanço, morador da capital cearense. Do grupo eu conheço e sou amigo pessoal do Nei e do Felipe, os demais conhecemos no aeroporto. Mas quem pesca sabe, geralmente o pescador esportiva é gente boa. Pelo menos sempre dou sorte de ter ótimas pessoas nos meus grupos de pesca.

    O barco que escolhemos para pescaria em 2016 é o barco de um amigo pessoal também, grande pescador esportivo e figura conhecida aqui no Fórum Turma do Biguá: Ramon Paz - Barco Explorer.
    Eu trabalhei com Ramon no desenvolvimento do nome do barco e também desenvolvi o logotipo do barco.

    A pescaria

    Chegando em Barcelos as notícias não eram assim tão animadoras, as águas do Rio Negro e dos afluentes estavam sempre com o nível flutuando, hora baixando um pouco, hora subindo bem. Assim como vem acontecendo até então nessa temporada, a pescaria seria difícil. Mas sinceramente, até hoje não fiz pescaria fácil, então, bóra trabalhar.
    Subimos o rio Demeni até certo ponto onde achamos que as águas estavam em um nível melhor e lá começamos a pescar.
    No primeiro dia de pesca sai para pescar com o Yuri, jovem estudante de medicina que estava estreando na região de Barcelos. Nesse dia o guia nos levou até um lago, lugar muito bonito, com muita estrutura. A primeira ação de peixe de porte médio/grande foi na isca do Yuri. Estávamos pescando próximo a uma árvore caída quando um grande rebojo se formou na isca do tipo zara que o Yuri estava usando. Mais do que depressa eu que estava no meio da voadeira arremessei minha Curisco e pronto "roubei" o Tucunaré do Yuri. Foi risada demais, pois não perdi tempo, não queria perder a chance de capturarmos esse peixe, uma vez que a pescaria estava muito difícil. Yuri disse: "cabra safado, você pegou meu peixe!" Posteriormente na boca de um igarapé vimos peixe grande atacando as bicudinhas. Essa cena traz até brilho nos olhos de quem pesca na Amazônia. Arremessamos iscas de meia-água e jigs mas os peixes não quiseram nossas iscas. Realmente essa pescaria seria bem difícil. Yuri ainda capturou um bom Tucunaré esse dia. Foi nos mesmos moldes da minha captura, o peixe rebojou na minha isca e ele mandou o jig na cara do peixe que não recusou proporcionou uma linda briga com tomadas de linha de tirar o fôlego e saltos espetaculares. O Tucunaré do Médio Rio Negro é um oponente sensacional, quem não conhece tem que conhecer.
    Assim seguiu a pescaria, peixe muito manhoso, peixe no igapó com baratinha na boca, mas com muito trabalho os peixes foram saindo.
    Um dia pescando com o Felipe, meu amigo de Araraquara, o guia nos levou a uma ponta de praia, eu estava na proa da voadeira, trabalhando uma ZigZara de maneira bem provocativa, bem rápido, sem um padrão definido. Nessa ponta de praia estava tendo ação de peixe bom. Dei um lance milimétrico entre dois troncos, numa parte rasa dessa ponta de praia, parece que a isca caiu dentro da boca do Tucunaré; voraz como sempre o peixe se arremessou pra cima da isca numa cena de filme de ação e dá-lhe briga. Por sorte consegui segurar o bicho para ele não se entranhar nos troncos e na parte limpa das águas tivemos ótimas tomadas de linha, saltos, até que conseguimos tirar o peixe para as fotos. Eita coisa boa que é o Tucunaré! Nesse ponto capturamos por volta de uns quinze peixes cada um. Para mim, foi o dia mais produtivo em relação a qualidade de peixe.
    No penúltimo dia de pescaria, já voltando para o Rio Negro, pescamos em um lago do Rio Aracá. Nesse dia estava pescando com o Nei. Eu tive a ação de lindo um Tucunaré Açu. Com certeza, seria o maior peixe capturado por mim nessa pescaria, mas ... como sempre dizemos e, até parece história de pescador, o peixe escapou, em um salto ele se livrou da isca ... Palmas para ele! A voracidade/força do Tucunaré é demais!
    Mesmo passando por uma semana difícil para encontrar o peixe a pescaria foi muito boa. O grupo foi nota 10 em todos os sentidos. Sempre insisto sobre a importância de se pescar com um grupo legal, que haja respeito, companheirismo, cuidado e principalmente que saiba que uma pescaria na Amazônia não é sinônimo pescaria fácil ou fartura de peixes. Outra qualidade importante do grupo é que todos praticaram pesque, fotografe e solte e sempre com muito respeito e cuidado com os Tucunarés fisgados, principalmente no momento da soltura. Felipe ainda realizou o sonho de capturar sua primeira Pirarara em ambiente natural, por sinal, uma linda Pirarara.
    Para o barco Explorer dou nota 10! Barco zerado, tripulação top, ótimos piloteiros, comida sensacional (engordei 3kg durante a pescaria).
     
    Meu equipamento:
    Carretilhas: Daiwa Tatula Type R, Team Daiwa Zillion, Quantum EXO.
    Varas: Team Daiwa Procyon e Team Daiwa Team T
    Linha: Power Pro 50 libras 4 fios e Power Pro 65 libras 8 fios
    Iscas: Nelson Nakamura basicamente
     
    Seguem fotos da pescaria!
    Espero que os amigos gostem!
    Forte abraço a todos os amigos do Fórum Turma do Biguá!
     








































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    Fabrício Biguá recebeu reputação de Francisco Jr em TURMA do CHICÃO EM BARCELOS NA LANCHA TAYAÇU II TEMP 16\17   
    Seu tópico estava na sala Aprovado ou Desaprovado? e foi movido para a sala Relatos de Pescarias
    Qualquer dúvida pode me mandar uma MP.
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    Fabrício Biguá deu reputação a Francisco Jr em TURMA do CHICÃO EM BARCELOS NA LANCHA TAYAÇU II TEMP 16\17   
    Olá Amigos Pescadores.
    Realizamos uma pescaria um pouco difícil pois o inicio da temporada não vem ajudando a todos pelo nível dos rios, mas saíram alguns bons peixes e como sempre a nossa Turma e a equipe da Tayaçu II nota 1000. 
    Nossa Turma.
    Partindo em busca dos Bocudos.


    A nossa Casa na Pescaria.

    Agradecer a todos os parceiros que nos proporcionaram essa ótima viagem em especial a Tayaçu II e a Miraguaia Custom & Service.
    Vamos lá postar os peixes e a nossa viagem:
    Francisco Jr e Rodolfo.
    Vara de 5'8 pés 25lbs custom para hélices da Miraguaia Custom do amigo Renato Badejo.




    Varas Custom Top da Miraguaia de 25lbs 5'10 e pego na isca Sará Sará do Nelson Nakamura.











    Luis e Lautaro Butti.










    Fredy e Athayde.









    Uma das melhores horas da pescaria o belo luau montado pela ótima equipe da Tayaçu II.


    Equipe de piloteiros nota 1000 pescar com qualquer um deles de "olhos fechados".

    Para finalizar agradecer a todos que nos proporcionaram essa ótima semana ao lado dos amigos.

    Grande Abraço.
     
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    Fabrício Biguá deu reputação a Gilbertinho em Antes de comprar uma nova embarcação. Leiam.   
    Pessoal, 
    No meu modesto entender, o quesito a ser considerado em primeiro lugar na aquisição de um barco novo ou usado é o da SEGURANÇA, e penso assim por ter uma certa idade e navegar em águas complicadas na Amazônia. Vejo  muitos falarem em comprar um barco leve, visando a um melhor desempenho, etc. Enxergo diferente, levo em consideração a espessura e o tipo de alumínio empregado, o processo de fabricação, o arranjo geral e as demais características do barco, como pontal, boca e estilo de popa e proa e finalmente o formato da base de contato com o meio hídrico.
    Cada um tem sua própria visão, mas defendo esses pontos pelo seguinte:
    a) a espessura e o tipo de alumínio são importantes. A chapa naval (liga 5052) é quase tão dura e resistente como o aço, embora mais leve. A espessura ideal, à sua vez, deve ser de 2 mm para barcos comuns de até 24 pés. Se o casco for tipo Lancha, a espessura deve subir para 3 mm na área de contato com a água, isto é, no fundo do barco. As bordas admitem menor espessura, porém no mesmo material;
    b) o processo de fabricação nacional parou na era do Titanic, com barcos montados na base dos rebites, o que resulta numa menor resistência mecânica e estrutural e determina a ocorrência de infiltrações provocadas por solturas dos rebites. O ideal é comprar barcos soldados, que não oferecem tais problemas;
    c) o arranjo geral do barco deve facilitar a movimentação dos ocupantes. Assim, deve-se evitar a compra de barcos com bancos que se estendam de bordo a bordo, atravessando por inteiro a boca. Com isso, você previne acidentes causados por quedas e tropeções proporcionados por tais bancos, além do evidente desconforto e incômodo;
    c) o pontal é a medida do bordo do barco, e nunca deve ser inferior a 45 cm. Daí pra frente, sua altura deve ser compatível com o desenho do barco e as características dos locais onde navegará;
    d) o desenho da proa, embora facultativo, deve considerar a facilidade de embarque e desembarque de pessoas e cargas, além do aproveitamento desse espaço;
    e) a popa, preferencialmente, deve ser do tipo "lavada", que separa o motor da área de circulação, além de impedir a penetração de água no barco em situações de paradas bruscas, principalmente;
    f) o formato do fundo do barco é importante, já que tanto os de fundo chato como os com "V" muito acentuados devem ser evitados, salvo nas exceções, como lagoas, pequenas represas, onde a chatinha vai bem. Já em águas profundas e turbulentas o casco em "V" acentuado é mais que necessário, senão a estabilidade do barco vai pro brejo, é acidente feio na certa. Em geral, a escolha deve levar em conta o tipo de água em que você irá navegar. Rios rasos e com bancos de areia e pedrais recomendam barcos de menor calado (ângulo em "V" menor em relação à quilha). Rios mais profundos e isentos dessas características aceitam muito bem formados com "V" ligeiramente acentuados, mas nesses casos, é bom verificar as medidas verticais do espelho de popa e o que seu motor exige sem provocar empopamento ou cavitação.
    É o que tenho para contribuir com esse tema muito oportuno.
    Abraços do Gilbertinho, pescador de lobó graúdo da Amazônia                  
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    Fabrício Biguá deu reputação a Marcos Ide em Histórico do nível do Rio Negro em Barcelos   
    Atualizado - 27/01/2017
    O Rio Negro em Barcelos deu um pico de vazante em 02/12
    Pelo histórico todo ano tem de 2 a 4 picos de vazante, então vai ter mais, mas quando, só São Pedro...
     
     
    Com base no histórico do nível do Rio Negro em Barcelos publicado pela CPRM, elaborei a planilha abaixo para avaliarmos a influência do nível do rio e seus repiquetes nas nossas pescarias. Nosso grupo completou este ano a sexta temporada entre Barcelos e Santa Isabel e alguns como eu a décima semana de pesca nestes paraísos. Pescamos sempre entre as três primeiras semanas de Outubro, e acho que não podemos dizer que tivemos alguma semana ruim de peixe. Lembro que em 2014 estávamos em Santa Isabel e em uma das semanas pegamos chuva quase que diariamente e o Rio Negro e os afluentes (entramos no Uneuxi e Tea) com água lá dentro do Igapó, mas, apesar da quantidade deixar a desejar, saíram bons peixes entre 7 e 9 kgs. 2015 com o nível abaixo dos 3 mts foi bem mais fácil achar os peixes apesar de termos de arrastar muito as voadeiras. Este ano, apesar do nível alto no Negro e seus afluentes, batemos o recorde de quantidade em uma das turmas lá pra cima no Demeni.
    A turma poderia nos contar como foi a pescaria e relacionar com o nível do Rio. Cheio com repiquete ou vazando, baixo com repiquete ou vazando, o que é melhor?. Uma conclusão óbvia é que nem na semana anterior a pescaria podemos prever o que vai acontecer com o nível do Rio Negro, e isto é que torna nossas aventuras intrigantes e que criam uma expectativa ímpar. Se pudéssemos prever acho que não seria tão bom. A surpresa é mais um componente que torna nossas aventuras inesquecíveis e faz com que já no retorno de uma comecemos a planejar a próxima. A propósito já fechamos duas turmas para 2017!!!
    abraços.
     
    Atualizado - 10/02/2017
            

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    2014/15

    2015/16

    2016/17

    Média

    09/set

    6,3

    6

    6

    5,2

    4,2

    5,4

    6,3

    6,7

    5,8

    5,7

    5,76

    16/set

    5,8

    5,1

    4,9

    4,8

    3,5

    5

    6,1

    6

    5

    4,8

    5,10

    23/set

    5,2

    4,9

    4,2

    4,5

    3,3

    4,9

    5,8

    4,9

    4,5

    4,3

    4,65

    30/set

    5

    4,6

    3,9

    4

    3,2

    4

    5,5

    4,6

    3,5

    4,3

    4,26

    07/out

    4,7

    4,4

    3,6

    3,4

    3,4

    3,8

    5,2

    4,3

    3

    4,2

    4,00

    14/out

    4,4

    4,2

    3,6

    2,9

    3,4

    3,8

    4,8

    3,7

    1,8

    4,1

    3,67

    21/out

    4,2

    4,1

    3,7

    2,5

    3,5

    3,5

    4,1

    4

    1,9

    4,2

    3,57

    28/out

    4,2

    4,3

    3,7

    2,5

    3,5

    3,3

    3,8

    4,5

    2,1

    4,1

    3,60

    04/nov

    4,1

    4,4

    3,8

    2,6

    3,3

    3,5

    3,3

    4,5

    2,4

    4

    3,59

    11/nov

    3,9

    4,4

    3,6

    2,4

    3,3

    3

    3

    4,4

    2,6

    4

    3,46

    18/nov

    3,5

    4,2

    2,5

    2,5

    3,4

    2,8

    3,4

    4,3

    3

    3,75

    3,34

    25/nov

    3,5

    4,1

    2

    3,6

    3,9

    2,6

    3,9

    4,1

    2,8

    3,5

    3,40

    02/dez

    3,5

    4,2

    1,7

    3,8

    4

    2,7

    4,2

    4,3

    2,8

    3,2

    3,44

    09/dez

    3,4

    4,4

    1,4

    4,1

    4,1

    2,5

    4,3

    3,8

    2,8

    3,68

    3,45

    16/dez

    3,1

    4,9

    1,5

    4

    4,1

    2,4

    4,1

    3,2

    2,2

     3,5

    3,30

    23/dez

    3,5

    5

    2

    3,9

    3,9

    2,5

    4,2

    3

    2

     3,7

    3,37

    30/dez

    4,1

    5,2

    2,7

    3,9

    4

    3

    4,3

    2,8

    2,1

     4,38

    3,65

    06/jan

    4,5

    5,6

    2,5

    3,9

    4,3

    3,2

    3,8

    2,9

    2,5

     4,86

    3,81

    13/jan

    5

    5,9

    2

    4

    4,7

    3,5

    4

    2,8

    2,7

     5,5

    4,01

    20/jan

    5

    6,2

    1,6

    4,1

    5

    3,2

    4,2

    3,1

    2,1

     6,0

    4,05

    27/jan

    4,8

    6,7

    1,7

    4

    5,1

    2,8

    4,1

    3,5

    1,9

    5,8

    4,04

    03/fev

    4,5

    6,7

    2

    3,9

    5,1

    2,2

    3,7

    4

    1,3

     5,54

    3,89

    10/fev

    4

    6,5

    2,1

    3,8

    5,2

    2,2

    3,4

    4,2

    1

     5,32

    3,77

    17/fev

    3,5

    6,4

    2,1

    4,1

    5,5

    2,8

    3,6

    4

    1

     

    3,67

    24/fev

    4

    6,2

    2

    4,2

    5,8

    3,7

    3,7

    3,9

    1,3

     

    3,87

    03/mar

    4,4

    6

    1,9

    4,2

    6,1

    4,9

    3,7

    3,9

    1,6

     

    4,08

    10/mar

    5

    5,8

    2

    4,3

    6,3

    5,8

    3,8

    4

    2

     

    4,33

    17/mar

    5

    5,7

    2,1

    4,7

    6,5

    6,1

    4,3

    4,2

    2,8

     

    4,60

    24/mar

    5,2

    5,8

    2,2

    5

    6,7

    6,1

    4,7

    4,5

    2,7

     

    4,77

    31/mar

    5,3

    6

    2,8

    4,9

    7

    6

    5

    5,1

    2,8

     

    4,99

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     


     
  20. Upvote
    Fabrício Biguá recebeu reputação de Lorena Almeida em Essa é de 30 anos atrás.   
    Nem eu mesmo acreditei quando postei a idade da foto..rsrs...Parece q foi ontem.
    Aqui está a minha origem na pesca. Na verdade foi aqui q meu pai, eu e meu irmão começamos a pescar.
    Meu pai era caçador, sendo que poucos anos antes, a caça foi proibida no Brasil. O véio teve q se aposentar dos tiros e passou a pescar desde então.
    Essa fotos são da minha primeira pescaria de verdade (1986). Esse foi meu primeiro acampamento no meio do mato...Eu estava com 10 anos de idade nesta ocasião.
     

     
    Me lembro perfeitamente deste momento...rsrs...Até o local onde o barco estava eu me lembro...rsrs..
    Neste ponto linguiçavamos atrás de pequenos surubins, bicos de pato e jurupocas. E como pegávamos.
    E no saco ao lado do barco jogávamos os peixes que íamos pegando..
     
    E nessa época já éramos conservacionistas...Sim, aqui matávamos apenas o q pegávamos no anzol...Isso, em uma época onde 90% dos pescadores usavam redes, tarrafas e espinhéis (tb usávamos alguns). Essa era uma época onde os pescadores armavam estas redes e iam para o acampamento chapar a cara..rsrs.
    Mesmo assim, ainda matávamos muito...mas apenas o que "caía" no anzol.
    Essa fazenda onde pescávamos fica na região de Flores do Goiás, no rio Macaco, sendo que neste local o rio era muito largo...Nesta fazenda não era permitido usar motores de popa, redes, tarrafas e etc.
    Todos os dias passava um capataz da fazenda fiscalizando as famílias que lá estavam pescando. Eles chegavam a abrir as caixas de gelo para ver se alguém tinha matado peixes em excesso.
    Isso era algo extremamente novo para a época.
     
    E foi nesta pescaria q me apaixonei pelo tucunaré..Sim, foi logo na primeira pescaria.
    Nós pescávamos muito de barranco. Um amigo do meu pai, e membro do fórum (Thélio Braumn), estava pescando do barranco com uma colher...A água do rio era muito clara...Dava pra ver a colher trabalhando de longe...E foi numa destas q vi um cardume de tucunarés partindo atrás dessa colher como um louco...rsrs...Quando vi aquilo fiquei impressionado. A partir deste dia, em todo lugar q dava tucunaré, eu levava minha colher...rsrsr
     

     
    Na foto não dá pra ver direito, mas eles tinham fisgado uns 5 bons tucunarés..rsrs
    Bem...e foi assim q comecei a pescar de verdade.
    Tenho várias outras fotos de várias pescarias q fizemos nessa região q estarei postando aos poucos.
     
    Um dia estaremos rindo bastante dessas histórias.
    Faça o mesmo, escaneie suas fotos e compartilhe a sua história conosco.
     
    Grande abraço... 
  21. Upvote
    Fabrício Biguá deu reputação a Weslei em Flash Bass 5.5m + Sea Pro 25/30Hp   
    Meu Flash Bass chegou a 2 meses, estava customizando ele para poder postar as fotos, gostei muito do barco, chama muito a atenção, anda bem, é estável, com o Sea pro 30hp chegou a 48km/h no GPS em 2 pessoas.
    Agradeço muito a atenção do Cleber e Luís da Multibarcos e o João Calaça.




















  22. Upvote
    Fabrício Biguá deu reputação a Arthur_94 em Santa Isabel do Rio Negro   
    Recentemente fui a Santa Isabel do Rio Negro (8-15 de outubro) para ir em busca dos grandes açus, infelizmente na região a água está muito alta e até subindo. Por causa disso nossa pescaria não rendeu muitos peixes, tendo até dias em que não pegamos nenhum peixe. De acordo com os piloteiros o nível da água só ficará bom em dezembro, porém eu consegui fisgar um belo açu de 20 lbs(9kg). Abaixo as fotos do peixe
     
     

     
  23. Upvote
    Fabrício Biguá deu reputação a João Neto em MAIS UM SONHO REALIZADA AMAZONAS 2016 - PARECIA PESQUE E PAGUE..   
    Já tem um tempo que nao posto um relato até mesmo por que estava super concentrado para chegar o grande dia da viagem para Amazonas RIO JAUAPERI -AM, o Grupo Açú Na Veia composto pelos parceiros Flavio(Ipatinga), Dr. Gil, Vilarin, Paulo (Guripi), Luizin(Lulu gyn), Wender, Campanelli, Sergio, Celso, Tiegi(Japita) e Eu fizemos uma excelente pescaria entre Novo Airão e Barcelos em paranãs, lagoas e ilhotas muito peixe, mais muito mesmo parecia até pesque pague rsrsrsrs, era um arremesso um peixe média diária entre 50 e 80 peixes por barco, saíram bons peixe entre 3,5 a 8,5 kg, comprimento entre 62 e 83 cm, algumas Pirararas 20 kg e 30 kg, uma linda cachara 9 kg. Como falo no titulo foi uma grande realização e agora fui vacinado ano que vem tem mais segue algumas fotos pois não foram tantos que queríamos mesmo era capturar os gigantes rsrsrsrs e assim foi nossa aventura.
    FOTOS DIVERSAS

    GUIAS TOPÍSSIMOS CONHECEM MUITO - SARA, HELINHO, ZEZINHO, DANIEL E MACAQUINHO.

    FOTOS DA GALERA AÇÚ NA VEIA.... SAUDADES.
    FOTOS AILTON CAMPANELLI








    FOTOS DR. GIL

    FOTOS FLAVIO 

    FOTOS VILARIN

    FOTOS TIEGI (JAPITA

    FOTOS WENDER E LUIZIN

    FOTOS JOÃO NETO



    OBRIGADO DEUS POR NOS PROPORCIONAR ESSE MOMENTOS A VIDA É BEM CURTA E DEVEMOS APROVEITAR MUITO...... A TODO INSTANTE.
    2017 ESTAREMOS COM FORÇA TOTAL VOU LEVAR 02 GRUPOS DE 8 PESCADORES A PARTIR DE DEZEMBRO COMEÇA AS RESERVAS CONTATO PELOS NÚMEROS: 061-98327-9268 - WHATSAPP - FIXO: 061-3024-6477 - JOÃO NETO
     





  24. Upvote
    Fabrício Biguá deu reputação a Adalberto Magrao em Rio Jauaperi - Barco Manaia Sport Fishing   
    Olá meus amigos do forum.
    Esse ano mudamos o roteiro. Ao inves de ir para Barcelos com translado de Manaus, resolvemos partir de Manaus.
    Com isso pesquisamos e fizemos o pacote com o Barco Hotel Manaia Fishing, de propriedade do Marcio Worth

     

     
    Barco muito confortavel, com capacidade para 10 pescadores, em 5 camarotes.
    Partimos do Porto do Hotel Tropical e seguimos cerca de 18 horas para o Jauaperi, divisa com Roraima.
    Fomos recepcionados pelo Marcio e sua tripulação, sempre gentis e atenciosos para com nossa estadia.
     

     


     

     

     
    Alimentação Farta e muito gostosa
     

     

     

     

     
    Sairam muitos peixes, em media 60 peixes por barco por dia. Sendo o maior de 6,0 kg  e  muitos  na faixa de 4 kg
     

    Artur
     

    Giu
     

     
    Gugu
     

     
    Véio do Rio
     

     
    Ray
     

     
    Mandubé
     

     
    Nicola
     

     
    Ratão
     

     
    Garrote
     

     
     
    Magrão
     
    Mais fotos de peixes
     

     


     


     


     


    Pirarara na artificial nunca tinha visto
     
    Chegando nas lagoas, pura aventura
     

     

     

     

     
     
    Almoço Basico
     



     
    Visita à  Comunidade
     

     

     

     

     

     

     
     
    Noite de Lua Cheia, sinônimo de Luau a  beira do Rio

     

     

     

     

     

     

     

     
     
    Agradeço a Deus, Nossa Sra . e toda minha familia em propiciar momentos tão bons em minha vida
     
    Obrigado Marcio e toda Tripulação do Barco Hotel Manaia pela acolhida. Me senti em casa.
     
     
    Valeu moçada da Equipe de Pesca Jaburu e até a próxima

     
     
    Se alguem precisar de informações, só mandar MP que passo todas coordenadas
     
     
     
     
  25. Upvote
    Fabrício Biguá deu reputação a Luis Eduardo Latorre em NOVA OPÇÃO: TUCUNAS E TRAÍRAS BEM PERTINHO DE SÃO PAULO   
    Amigos pescadores:
    O que vocês acham de pescar Tucunarés azuis, amarelos, Pacus, Tilápias, Mandis, Traíras, Trairões e Matrinchãs a menos de 200 km de São Paulo?
    Isso mesmo amigos, agora temos essa opção, depois de muita conversa, insistência e vencer pelo cansaço rsrs, consegui convencer meu amigo a abrir esse verdadeiro paraíso para os pescadores esportivos, trata-se de acesso restrito e autorizado a uma das represas da CBA (companhia brasileira de alumínio), o local fica em Juquiá cidade pacata, acolhedora e de fácil acesso pela Rodovia Regis Bittencourt.
    Abaixo, segue algumas fotos da linda represa e de alguns peixes capturados e soltos.
     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     
    Interessados, por favor entrem em contato:
    Luis Eduardo Latorre
    Tel: 011 99593-2678
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