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Kid M

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Tudo que Kid M postou

  1. Danilo, Vamos por partes. Cidade / Estado ? Precisa ser uma imagem do produto real - esse me parece copiado da Web. Nenhum problema de copiar as características do produto, mas a imagem não. Por fim, temos uma regra (atualmente "suspensa") de que apenas quem tem 100 postagens venha anunciar. Nesses tempos de pandemia, esse limite encontra-se suspenso, mas as demais regras não. Aguardo
  2. É verdade Giovani, mas veja a situação de hoje, com muito mais conforto que outrora... Quanto a quantidade de peixes, não tem muito a ver com as tralhas, e sim com nossa inadequação ao respeito pelas espécies...
  3. Muitos dos "novatos" (e outros nem tanto assim) deverão lhe agradecer pelas suas considerações. Isso é indiscutível ! NADA se compara à serenidade encontrada na Amazônia, local de infinita beleza e pujança da natureza. Diria um pouco diferente, passando a maior ênfase para iscas repetidas (inclusive nas cores), pois é naquilo que está funcionando que a pesca deve ser feita. Insistir na sua crença é fundamental, não importando marca e sim a forma de ser trabalhada... Na operação do Sucunduri os jigs são parte do processo e pegam bastante, da mesma forma como são trucidados pelas piranhas (esqueçam de isca soft). Adotei a estratégia de iscas de sub-superfície e tive um bom diferencial na produtividade das capturas... Isso é um conselho fundamental. Aqueles que treinarem previamente os arremessos e se familiarizarem com os pinchos, terão uma vantagem enorme nos quase sempre "poucos dias de pesca"... Isso serve também para os "chamados veteranos" que, por preguiça, acabem deixando para depois até perderem o troféu da pescaria... Grande dica ! Não se deixe levar pela aparência simples e arredia desses ribeirinhos. Grande parte do que fazem com competência lhes foi ensinado pelos anos de vivência e não por qualquer tipo de conhecimento ministrado. Tratar essas pessoas de forma generosa (e não é com "grana" apenas) é uma diretriz próxima ao sucesso desejado. Por fim, algo que precisa estar sempre presente nos grupos de pesca. ALEGRIA ! Diria até que é motivo de celebração de algo tão fantástico como passar um período pescando na Amazônia. Desfrute sempre seus amigos, os locais por onde andar, os sinais da "mãe natureza", e principalmente, o desejo que se manifestará (de imediato) em querer retornar outras vezes. Isso é a Amazônia;
  4. Grande Guilherme, PARABÉNS ! Conseguiu sintetizar e reproduzir os principais conselhos aos que vão pescar na Amazônia. Particularmente endosso (com louvor) todas suas apreciações, independente dos comentários que farei...
  5. Claro que não apenas de cautela alimentícia se faz a prevenção para uma pescaria sem intercorrências... Lembra "daquele cara" considerado como "um doido" por estar com quase 100% do corpo coberto ? Pois então, diria que ele é que está certo dentro das possibilidades de evitar problemas de insolação... Nos dias atuais os acessórios de pesca (roupas) já estão evoluídas ao ponto de dar muito conforto aos seus usuários. Camisa (e calça) com protetor UV, respirável - oxigenação ao corpo, macia e confortável de ser usada são disponíveis. Lembra do tal do "boné de legionário" ? Aquele com abas que protegem as orelhas e pescoço ? Insubstituíveis... Tem gente que pesca de sandálias, ou pior ainda, descalço ! Dando chance para um acidente inesperado e indesejado... Tem lugar mais procurado pelos insetos do que os tornozelos ? Será tão difícil usar umas meias de algodão ? Deixei para o final a questão dos óculos ! Não se trata APENAS de polarização (evitar o brilho do sol na água), mas de proteção. Também o comportamento embarcado é fundamental, principalmente no bote durante a pescaria. Tenha calma SEMPRE. A presença e conhecimento do piloteiro ajuda demais na prevenção. Ouçam sempre o que for dito por quem conhece e vive disso... Diante do calor amazônico do meio dia, nada melhor que um mergulho, independentemente de vestido 100% ou apenas de sunga ! Mas para fazer isso de forma segura, alerte ao piloteiro para ele indicar (e lhe levar) a um local adequado, com areia no fundo. Falou no calor é hora de buscar um mínimo de sombra/descanso debaixo de uma árvore ou num barranco ? Onde tem ? O piloteiro saberá ? Parar (mesmo que por uma hora) também é importante para todos os embarcados. Nesse horário, será sempre difícil o peixe entrar, logo... E para concluir os "alertas", já pensou na encrenca de alguém fisgado numa garateia ? Acontece muito, daí a recomendação de que alguém do grupo leve um super alicate para cortar as garateias 4x ou até mesmo 6x - basta ter uma dessas ferramentas para não estragar a pescaria...
  6. Parece um alerta "sem sentido", mas nem sempre "se passa imune" ao problema... Antes de mais nada, não estou advogando que se deixe de faz qualquer coisa, principalmente comer e/ou beber... Na verdade, "comer & beber" faz parte da pescaria SEMPRE ! Mas comer & beber de forma coerente e adequada... Refiro-me a não esquecer que o investimento é muito elevado para o número de dias a ser usufruído. Apenas como exemplo, se não puder ir pescar em 1 ou 2 dias de 4 ou 5 dias do pacote, olha o prejuízo... Alertas básicos que nem sempre são seguidos pelos "eufóricos pescadores" - principalmente os menos experientes. Água potável deve ser consumida de forma excessiva - ajuda a diluir o álcool e é necessária para hidratar no calor amazônico. Mas água amazônica potável, somente aquela que vem embalada e lacrada da origem - de garrafão só conhecendo e confiando. Bebida serve - basicamente - para celebração, até porque "enchendo a cara" o tempo de otimizar a pescaria cai, até por conta da ressaca. Comida regional - quase sempre de excelente sabor e constantemente repetida - aí mora o perigo ! ATENÇÃO ! A culinária pode (e deve) ser excelente, mas, de uma forma geral, não estamos acostumados a ela, portanto, todo cuidado é pouco. Exemplificando, vocês acham que baiano come comida feita com dendê diariamente ou muitas vezes na semana ? Ledo engano... Por que alguém na pescaria vai se arriscar ao tempero das comidas regionais ? Provar sempre, mas de forma coerente e parcimoniosa. Novamente, não estou sugerindo uma dieta de "arroz com ovo", pois nem tem cabimento, mas tão somente ser cauteloso. "Maionese" num barco hotel ? "Maniçoba" levada congelada ? "Tucupi no tacacá" ? "Sarapatel de tartaruga" ? "Sopa de piranha" ? " Açaí regional" ?
  7. Grande Vitor, Este é o espírito de quem vai para a Amazônia. Sempre "vale muito a pena"...
  8. Acredito que quem vai com frequência à Amazônia, já deve ter passado por isso... 😞 Depois de um planejamento criterioso feito com a devida antecedência é chegada a hora de ir pescar. Enfrentar a maratona de expectativa para chegar no destino, aqui incluindo o "transfer" final (sempre aquele que parece não terminar...) E o tempo, ameaçador com nuvens pesadas ? O que se reportam os resultados da semana anterior ? Ansiedade a mil... Pela janelinha do avião já se pode ter uma ideia do nível do rio, seja com suas praias recortando as areias, seja pela vegetação dentro d'água. As evidências estão visíveis, mas ninguém as aceita e tome pergunta para os responsáveis da operação contratada... É muito difícil haver um mínimo de serenidade quando se chega à sonhada semana tão ansiosamente esperada e encontrar um contratempo desses... Claro que o posicionamento dos piloteiros (95% deles) é de que "vai dar para pegar uns peixinhos" ou "vamos correr atrás"... A grande verdade contudo é que não há muito como "virar esse jogo", e sim - no máximo - se adaptar a essa nova realidade... Isso contudo não significa que a pescaria vá ser ruim, mesmo que aquém daquilo que esperávamos encontrar... Para essas situações (sempre climáticas) é preciso ter a maturidade de superar os fatos se adaptando a nossas opções. Quem sabe ainda se encontre algum lago menos afetado pela chegada da "água nova" e o peixe ainda esteja ativo... Partir para afluentes que possam estar em águas mais elevadas também é uma possibilidade (sempre de elevado risco de não funcionar) Pesca de fundo é outra opção, embora os peixes de couro também diminuam sua atividade de caça, respeitando o movimento das águas. Mas o que é a realidade que deixa o peixe tão "inapetente"? Pelo básico, convém lembrar que a água da chuva que gera a "inundação" tem a capacidade de mudar o "ph" da água, servindo de "sinal" para procriação de diversas espécies... (lembram das rabanadas nos ataques)? Fica sempre a realidade da necessidade de procriação das espécies, em épocas de cheia para aproveitarem a abundancia de alimentação que chega em conjunto... Mas isso é repiquete ? Na verdade o "repiquete" deve ser visto como um "alarme falso" na rotina dos peixes... Algumas espécies migram em cardumes rio acima, enquanto outras buscam sua procriação em ambientes mais tranquilos e com menor acesso dos predadores naturais (lagos ou ressacas), facilitando a mudança de estágio de suas larvas até o estágio de alevinos independentes... Todo esse ciclo se inicia nos sinais de mudança de clima (e nível das águas), mesmo que não tenham continuidade... pela época em que ocorrem... O problema é restabelecer o comportamento anterior dos peixes, vez que após a chegada da "água nova" e o término de novas chuvas nas cabeceiras dos afluentes, há necessidade de uns cinco a seis dias para as águas se nivelarem e retornarem sua tendência de vazante. Sempre insisto com meus amigos que pescam, que peixe é para ser visto como um "item a mais", pois a pescaria é a celebração da amizade dos participantes. Lembrem-se (mesmo sob forte chuva) que sempre será um lugar de magia, principalmente se assim for entendido. Não tem jeito, é aprendizado e renovação de propósito em buscar na próxima temporada uma melhor sorte e peixe na linha...
  9. Muito bem lembrado Eder ! O Camaiú Camp é show ! A operação Vilanova é fantástica. Deslocamento em hidroaviões, pacote dentro do escopo. O "ruim de lá" é que NUNCA tem disponibilidade....
  10. Essa é a questão, mas MUITOS parecem não aceitar essa realidade...
  11. Pois é Marcelo, em tempo de "pandemia" é preciso "rebuscar" o passado...
  12. Estava procurando uma forma de guardar minhas tralhas de pesca quando me ocorreu postar um tópico sobre meus molinetes... Antes porém é importante dizer logo que por ter começado com o molinete, não quis passar para as carretilhas... (lá e então). Além de precisar mudar parte das varas (já tinha uma boa coleção) estava perfeitamente adaptado (e satisfeito) com meus equipamentos. Dessa forma fui "adiando" essa migração, cada vez mais convicto de que ainda podia usar meus molinetes (apesar dos críticos de sempre) Depois de um tempo considerável, passei a resistir ao pensamento de deixar de lado minhas "máquinas", usando-as em pé de igualdade às carretilhas. Há vantagens (e desvantagens) de usar molinetes (ou carretilhas) que uma vez ajustadas ao seu perfil de pescador, passa a ser só festa. Este foi meu primeiro molinete ! Ganhei de meu pai numa de suas idas à França. Eu era apenas alguém se aventurando na pesca (devia ter uns 13 ou 14 anos) e pescava muito no mar - nas pedras da Urca (RJ - onde morava). Pesquei muito nos Estados Unidos durante o ano que passei por lá como intercambista. Depois de uma certa "dormência" pelas alternativas de vida e outras interesses, somente resgatei (de fato) o gosto da pesca, tempos depois, já casado com filhos e morando em Belém (PA). As pescarias passaram a ser de água doce, atrás de tucunarés, ainda pescando basicamente de corrico com colheres (hábito regional). Comprei um par de molinetes (desses) para mim em Manaus e entrei definitivamente para o mundo da pesca esportiva (1989). Nessa época, arranjei uma (2) vara telescópica para molinete (2,4 m) que completaram bem o conjunto - linha mono 0,50 mm - e diversas colheres e as primeiras Rapalas que tive na vida ! Mas voltemos aos molinetes, embora tenha pescado por muito tempo com esses dois primeiros (ainda os tenho - sou péssimo para me desfazer dessas coisas...). Depois desses, já pescando em rios e lagos, chegou a vez dos Regal Z BL. Cheguei a ter desde o tamanho 1500 ao 6000, e pior, todos eles em dobro - era a fase da compra compulsiva ! Investi muito nesse período. Claro que as varas já não eram as mesmas, pois também fui me tornando exigente com os pinchos e as iscas que tinha. Antes de "me bandear" para as varas customizadas, tive muitas delas de fabricação industrial. Sempre me foram excelentes e mantenho um plantel para os novatos que estão se iniciando para evitar vícios e acelerar o aprendizado... Descobri os Ryobi Zauber, e aí parei de achar que poderia ficar ainda melhor... Molinetes pequenos, excelente freio, flexível, enfim, veio para ser "canonizado" (e foi). Tenho um par deles quando ainda podiam ser encontrados em SP (basicamente). Nesses não tem sequer a possibilidade de empréstimo. São meus e ninguém tasca... Tenho pescado com material tecnologicamente moderno nas pescarias marinhas de jig. Claro que são fantásticos esses molinetes Daiwa, mas minha pescaria não é de mar (dá para ir e fominhar) e sim de rios e lagos. Depois das varas customizadas da CBM (todas de 6'), não há mais o que pretender ! Meu intuito foi fazer uma "viagem" com alguns dos muitos equipamentos disponíveis à época e compartilhar (um pouco) minha própria evolução.
  13. Avalie uma ida ao Araguaia. Existem diversas boas Pousadas na região, principalmente próximas ao rio Cristalino. Ponto de partida deverá ser a cidade de Fio Velasco (deixar o carro) e seguir embarcado ! Simples, eficiente e com bons resultados tanto no couro quanto nas escamas...
  14. Rio Araguaia, sempre formoso e farto de emoções e lembranças... Certamente é um dos rios brasileiros mais piscosos de nossas muitas opções esportivas. Palco de grandes (e frequentes) embates com gigantescas Piraíbas e Pirararas, cujas arrancadas geram taquicardia nos seus oponentes... Passar um dia navegando pelo extenso curso d'água que nasce à 810 m de altitude e percorre 4 estados brasileiros até desaguar no rio Tocantins. Esparrama-se pelo alagamento de suas margens na época das cheias, quando propiciam uma fantástica oportunidade de ver os imensos cardumes subindo o rio em grupos de espécies, respeitando a cadeia alimentar que provem a energia necessária para a chegada nos pontos de reprodução e desova e perpetuação das espécies ! Não estamos aqui falando de milhares e sim de milhões de indivíduos que parecem cegos a qualquer outra coisa senão a de alcançar seu berço de nascimento e realizar a desova e fertilização dos novos embriões, dos quais apenas uma fração ínfima chegará a fase adulta. Não há complacência entre presas e predadores, até porque uns que caçam podem também serem caçados, a depender de onde estejam nos respectivos cardumes... A fila começa pelos menores, passa pelos "papa terras" (curimbatás), piáus, matrinxãs, barbados, mandubés (palmito), pacus, pintados, caranhas, filhotes, pirararas até as piraíbas, todos subindo o rio e se alimentando no caminho... Já presenciei perto da cidade de Porto Luiz Alves, mais de 60 botes com 3 pescadores por barco - em média - pescando de maneira incessante, embarcando peixe sem parar, dentro da passagens dos cardumes... (dizem ser algo comum os botes chegarem a 200 no topo dos cardumes). Nessas oportunidades, os incansáveis e sempre famintos golfinhos (que hoje infestam o rio) atacam incessantemente os cardumes, chegando ao requinte de caçarem em grupo, jogando parte dos cardumes nas águas mais rasas onde devoram suas presas... Na temporada de rio seco, que normalmente acontece no meio do ano (Jun à Set), as águas parecem ser outras ! Praias de areia entremeiam as águas baixas que desenham seu curso em canais de um pouco mais profundidade, até como forma de "navegação" dos que permanecem nesses habitats. Hora de enfrentar mais um predador sagaz e constante ! Estou me referindo às piranhas (as chamadas cajús - papo avermelhado - em maior quantidade) que não perdoam qualquer peixe (independente de espécie e tamanho) que se apresentar "em dificuldades" (presos num anzol por exemplo). Atacam o indefeso peixe até o embarque do que dele sobrou... é algo absolutamente incrível ! Puxou devagar, grandes chances de ataques das piranhas em região de águas mais paradas. Em compensação, é a época onde os infindáveis lagos e lagoas oferecem os tucunarés, jacundás, cachorras, apapás, traíras, aruanãs, etc... até chegar ao "desconfiado pirarucu". De uma forma geral ainda são indivíduos (tucunarés principalmente) considerados pequenos (pegar algo acima de 4 quilos é motivo para celebração), mas que fornecem uma incessante perseguição às iscas artificiais, principalmente as preferidas "de superfície", Contrariamente ao que acontece nos rios afluentes do Amazonas e/ou Madeira, as iscas consideradas "pegadeiras" são (quase sempre) de menor tamanho e de cores mais claras, de branco osso até transparentes, passando por inúmeras combinações de cores complementares... Falei dos lagos, mas não mencionei os diversos rios cuja foz é no Araguaia. Vou "concentrar todos num só", homenageando o rio Cristalino, cujo nome precede a cor de suas águas e seu papel de condutor dos milhões de alevinos que se desenvolvem em seu intercalar com lagos e lagoas existentes em seu serpentear até o desague próximo à Ilha do Bananal. Seguramente uma região de muita fauna e flora, onde a depender das épocas visitadas não raramente se encontram onças a se banhar nas águas rasas ou atravessando os canais mais fundos à procura de terras menos alagadas (já vi diversas, sempre com sua beleza incomparável). Também a singeleza das borboletas amarelas (as mais comuns) num frenético balé de fertilização e continuidade da vida se tornam num apreciar envolvente. O rio Araguaia tem tanto a oferecer que apenas indo ver é que se consegue ter uma ideia do que se considera como algo imperdível.
  15. Vagner, O Pantanal nessa época era O LOCAL ! Com acesso difícil e poucas estruturas de atendimento, a saída encontrada pelos mais aventureiros era essa mesmo de acampamento. Apesar do peixe abundante nessa região, a vida não era fácil, pois os mosquitos sempre foram terríveis ! Conheci o Pantanal tanto no MT quanto no MS. São regiões distintas, com ofertas de espécies também diferenciadas. Quando havia fartura, o tempo de espera era mínimo, muitas vezes o tempo das iscas afundarem... belos troféus. Também pesquei tucunarés no Pantanal - dizem que originados de uma represa privada que se rompeu numa das grandes cheias. Se predadores tradicionais, os tucunas proliferaram rapidamente e adquiriram hábitos incríveis de alimentação (só atacavam as tuviras, rejeitando as iscas artificiais)
  16. Estive "viajando no passado", na época em que comecei (de fato) a viajar para pescar ! Quantas diferenças de lá para os dias de hoje, mesmo sabendo que a evolução seria inexorável. Só não imaginei que fosse do tamanho em que se encontra nesses tempos de hoje (independente da pandemia) Lá e então, organizar uma pescaria pela Amazônia, era apostar no desconhecido e na improvisação permanente. Não havia infraestrutura direcionada a pesca esportiva, dependendo sempre da "boa vontade" dos piloteiros e seus conjuntos de bote e motores cada vez mais surrados... Na verdade não eram sequer "piloteiros" e sim ribeirinhos que se dispunham a disponibilizar aquele material tosco para uso na pesca... Os "barco hotéis" dessa época eram pequenos barcos regionais, que se adaptavam com a colocação dos motores de popa, barras de gelo, redes para a noite, alguns víveres básicos e uma cozinheira para cuidar do "rango"... Tempos de muita improvisação e aventura, que vistos hoje seriam considerados como "enormes irresponsabilidades" - isso é inegável ! De lá para cá a demanda de estruturas mais capacitadas começou a mudar o perfil dos ditos "operadores"... Motivados pelos dólares americanos dos pescadores da terra de Tio Sam, os investimentos foram crescentes e nós brasileiros, na esteira das disponibilidades... Poder pescar no rio Negro / AM era quase uma "benção" para qualquer pescador vidrado nos programas de pesca da época (fala Rubinho!). Em paralelo a todas essas fases, a indústria da pesca com praticamente todos seus segmentos cresceu de forma exponencial ! Passamos a ter - cada vez mais - produtos compatíveis aos estrangeiros (independente de serem, ou não, "cópias" dos originais) Como a oferta dos pacotes de pesca aos pescadores brasileiros passou a ser crescente, pudemos desenvolver viagens a diversos locais e conhecer operações diferenciadas. Grande aprendizado ao longo de todo esse tempo... Desenvolvemos inclusive "um questionário interno" para os integrantes dos vários grupos de pesca, passarem suas impressões a serem repassadas (como feedback) aos operadores que usávamos. Isso foi um sucesso na interação com os responsáveis pelas pescarias... A cada ano (talvez até por conta disso) fomos ficando "exigentes" com nossas próprias demandas, com itens até então pouco imaginados na "época antiga" tais como ar condicionado, motores elétricos, back up de bote/motor de popa, celular internacional, cabinas/quartos confortáveis com banheiro, comida de qualidade, refrigerantes, água mineral, cervejas, etc... Para muitos de nós (pescadores das antigas), pescar se tornou um item a mais nas saídas dos grupos (quase sempre com incidência anual), onde a liberdade que desenvolvíamos nesse período em que nos afastávamos das nossas rotinas do cotidiano, era sempre o melhor ! Claro que pesca havendo peixe é sempre mais vibrante, embora o convívio em ambientes como o que frequentávamos já era (é) um troféu. Fechando esse tópico (sempre é difícil "sintetizar"), os pacotes de hoje são absolutamente fantásticos de serem utilizados. Não são baratos (cada um sabe o tamanho do que lhe seja possível), mas oferecem condições de desenvolver aquilo que mais se procura nesse período - a alegria do convívio e a serenidade do espírito, quase sempre perseguido pelas obrigações da vida.
  17. Vitor "mô fio", a brincadeira é reduzir as opções nas escolhas ! Você quase que "dobrou" o número desejado... Mas a escolha das "suas preferidas" é inegavelmente muito boa.
  18. É isso mesmo João, as preferências acontecem embora (você verá...) vai ter muita isca "repetida"
  19. Sei que haverá divergências (com certeza) das minhas escolhas, embora - para alguns - possam até ser referências de um "cara das antigas"... A verdade contudo não é o pelo "valor" () mas pela crença que temos nas nossas opções de que é a isca certa para aquele lugar... Não há "ordem de importância" e sim preferência no escolher 5 (apenas 5) na hora de ir pescar tucunarés (basicamente). Estas seriam as minhas escolhas com a certeza de que "não voltaria de dedo" Nem preciso complementar... (suponho esteja na maioria das listas) Isca desenvolvida (adaptada) pelo N Nakamura que ainda permite aquisição Com a Pop Queen na faixa dos R$ 250, essa resolve (com folga) minha escolha e uso É só trocar as garateias e pronto... Apesar do preço, não é problema e sim solução Iscas de meia água tem de montão (boas inclusive). Escolhi essas pelo "benefício x custo". Como já mencionado (e agora ratificado) essas são escolhas imediatas numa situação em que se deve apontar as cinco iscas a serem levadas (ou compradas). Claro que existem opções mais novas (e modernas), algumas das quais ainda mais "atraentes" de serem usadas, porém os custos desanimam a experiências que venham agregar despesas (mesmo se tratando de "investimento" para o sucesso). Mais do que antes, é preciso avaliar nossas compras e refrear a "compulsão" de querer experimentar (ou ter) as "novidades". E você, se tivesse que listar 5 (cinco) - apenas cinco - para levar numa pescaria, quais seriam suas escolhas ?
  20. Então Fabrício, com o tempo a "ansiedade" vai tomando o lugar da "angústia" e o tempo até a viagem é o que passa a contar. Quando se prepara essas viagens de pesca, aprende-se os "atalhos" para o resultado final ser positivo. Coisas que não podem ser controladas (repiquete, pandemia, etc...) precisam ser respeitadas pelo que são. O melhor a fazer é buscar o equacionamento do que pode ser previsto para o "desfrute" ser integral. Cada pescaria é diferente da outra, mas todas terminam sendo inesquecíveis...
  21. É fato Vagner. Muitas das vezes ser o "coordenador" é um preço "caro", mas muito prazeroso !
  22. Pois é Fabiano, só quem já passou por esses "perrengues" é que entende o processo. Sucesso para você.
  23. Havia me decidido a não mais organizar nossos grupos de pesca (Mocorongos), assim como participar daqueles que eventualmente fossem montados. Nada de "zanga" ou "outro problema qualquer", mas o desejo de ver o grupo renovar-se e dar continuidade ao que já vem sendo feito há 30 anos... (pois é, o tempo passa mesmo). Consegui fazer prevalecer meu propósito em 2019, mas em 2020 o apelo dos amigos & irmãos me fez aceitar fazermos a pescaria de nº 30 dos Mocorongos. Local escolhido, valores ajustados, integrantes (10) fechados para 2021 pois em 2020 a pandemia já se mostrava "feroz" e a névoa de como ficaria o esquema de vacinação, já nos direcionava (de forma consciente) para o ano seguinte (este em que nos encontramos - 2021). Em meados do primeiro semestre, quando havia uma enorme incerteza da eficácia da vacinação, além dela própria estar sendo fornecida em quantidades limitadas, havia também o crescimento ativo do Covid pelo interior do País, não poupando ninguém do risco de contágio e a determinação das autoridades (indistintamente da esfera federal, estadual ou municipal) de bloquear as movimentações pelo País. Com isso, conseguimos estabelecer um entendimento com o operador (hoje já amigo) no sentido de suspendermos as reservas que haviam sido estabelecidas, sem maior vínculo futuro, até por não sabermos o que viria acontecer nos cenários que se aproximavam... Felizmente pudemos observar um gigantesco esforço em todo o país em torno de vacinação da população, que se ainda não se concluiu, permitiu fazer com que a tendência de contaminação fosse invertida, com os índices de contágio / mortes fossem caindo de forma sucessiva. Não quero, nem vou, entrar no mérito das medidas e méritos, retratando tão somente o cenário existente. Fato é que voltamos a cogitar um retorno ao propósito da formação do Grupo 30 e nesse propósito encontramos uma enorme interação com o operador, fazendo com que as flexibilizações / propostas estabelecidas nos permitisse voltar a dar continuidade ao projeto que fora suspenso. Desta feita contudo, a demanda de pleitos para participação foi enorme e o número de integrantes passou para 16 pescadores, incluindo muitos de nossos filhos, filhos de filhos, etc... Somos verdadeiramente um grupo familiar (de nascimento ou de coração) de amigos que se diverte junto com dominó, cartas, piadas, churrascos, cervejas & vinhos, música e que também gosta de pescar... Antes que me esqueça, não mencionar o operador (nesse momento) vai um pouco dentro da preservação ética da minha condição de Moderador do FTB. Mesmo que toda a negociação tenha sido feita (como de hábito) com pagamentos iguais para todos os participantes, não me parece oportuno declinar o nome e/ou lugar para onde estaremos indo, salvo se tratar de "um ponto" da Floresta Amazônica. Chegará a hora de fazê-lo. Interessante informar que estamos nos preparando para uma pescaria que irá acontecer daqui há um ano ! O grupo está animado como se fôssemos embarcar daqui há algumas semanas, quando na verdade serão meses de espera e expectativas... Mas isso - de certo modo - já faz parte da pescaria. Falar de reservas, tralhas, voos, conexões, deslocamentos, gastronomia e tudo aquilo que envolve um planejamento prévio, é motivo de alegria e satisfação antecipada. Sermos generosos com os "novatos" em termos de ajuda e ensinamentos sobre o comportamento dentro do Grupo termina se tornando um "dever de casa" de muitas compensações. A escolha dos integrantes passa sempre (que possível) por uma avaliação prévia de integração e participação na manutenção alegre e sadia do clima existente no Grupo. Nada de criticas, zangas ou mandos, mas apenas a preservação daqueles momentos onde todos (independente da idade que tenham) voltem a ser crianças nos seus comportamentos. Claro que é preciso do exercício de liderança(s) para que o Grupo não se torne um "bando", mas essa deve ser vista com naturalidade e não algo que seja imposto (daí a importância dos custos serem iguais - direitos e obrigações similares e para todos). Importante que a liderança presume que ser responsável pelo Grupo e como tal deve exercer seu papel de exemplificação junto aos demais, das coisas que podem ser evitadas e que não precisam chegar ao ponto de serem "proibidas"... Acho que consegui chegar em alguns conceitos que podem ser úteis àqueles que se dispuserem a coordenar e planejar uma pescaria.
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