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Passo-a-passo para planejar pescaria amazônica
Marcel Werner postou um tópico em Assuntos Gerais (água doce)
Ao planejar uma pescaria na Amazônia, há muito mais a ser feito do que a escolha da operação de pesca e a compra das passagens aéreas. Resolvi fazer esse passo-a-passo para que todos que vierem procurar essas informações no fórum possam se orientar. Será um texto longo, mas não dá para economizar em conhecimento. Onde ir? Sim, o primeiro passo é decidir sobre a operação de pesca. A primeira grande dificuldade é conseguir descobrir quais operações são idôneas e confiáveis. O melhor indicativo, na minha opinião, é saber o histórico recente. Relatos de pessoas que foram na última temporada (tá no plural para você procurar mais de 1 referência, não se acomode), programas de pesca que foram gravados há pouco tempo, etc. Desconsidere tudo que faz estardalhaço, ou que é pago, ou ainda comentários pautados em "essa operação é do meu amigo gente boa fulano", afinal de contas, é um negócio, a amizade poderá acontecer se o negócio entre pescador e operador der certo. A segunda coisa importante é não ter pium no local. O operador não pode mentir sobre isso, porque você vai descobrir. Nunca vá a um local que tenha pium. Eu já fui, e não volto nem pago. Não acredite na história de passar loção cremosa, óleo de árvore, repelentes potentes, tudo isso só vai temperar você pro pium devorar. Pium é inaceitável, mas isso é só minha opinião. Por fim, um terceiro fator, e esse é muito importante, mas poucos se dão conta: quem é o pescador ou guia profissional que está PRESENTE nessa operação, dando a vida para que você pegue peixes? Pode parecer algo supérfluo, mas há consequências aqui. Quando tem alguém que, para sobreviver, depende de você pegar peixes, o esforço é completamente diferente. Precisa ter alguém com essa responsabilidade. A operação tende a evoluir, as pescarias tenderão a melhorar a cada vez e os serviços adicionais (todo o conforto da estrutura, a comida maravilhosa do Chef de cozinha, os refinamentos) serão apenas um cenário que valoriza a sua PESCARIA, e não o contrário. Meu grande amigo @Kid M que me desculpe, mas discordo totalmente da frase "peixe é consequência". O peixe é o motivo da pescaria. O cenário do serviço é consequência de um cuidado a mais, mas pegar o peixe é o principal. Nesse contexto de operação, então, nem se fala, aqui que o resto é consequência MESMO! Vejo muitas desculpas sobre como a natureza não propiciou uma boa pescaria, mas bons pescadores/orientadores/guias conseguem contornar a situação e salvar a pescaria em grande parte das vezes que a natureza "não coopera"(ela não é obrigada). Buscar soluções para problemas que o cliente não tem experiência para resolver é, para mim, obrigação da operação. Passagens para Manaus As passagens para Manaus são compradas pelo cliente, não estão inclusas no pacote porque cada cliente vem de um local diferente. Sim, é possível que algum operador ofereça essa comodidade, mas é mais prático e rápido que o próprio pescador o faça - não demora nem 5 minutos no celular. Devem ser compradas com antecedência, isso é óbvio. A atitude mais precavida é chegar a Manaus um dia antes da partida para a pescaria. Chega a ser fundamental no caso das operações que fretam um voo da capital para o local de pesca - mas não se aplica, necessariamente, às pescarias perto de Manaus (Maçarico, Juma etc), pois o transfer acontece diretamente do aeroporto para a pousada (durante o dia, à noite não). A volta também deve considerar a hora de chegada do fretado em Manaus, com a ressalva de que podem acontecer muitas e muitas horas de atraso. O ideal - que raramente pode ser aplicado - seria guardar um dia de folga, ficando mais um dia hospedado em Manaus. Fica a critério - e risco - de cada um. O operador pode e deve ser muito claro quanto a isto. Recomendo aqui um mínimo de 4 horas entre a previsão de chegada em Manaus e o horário do check-in do próximo voo. Hotéis em Manaus Quase sempre necessários, estão disponíveis para todos os bolsos e gostos. Mesmo um Hostel poderá te satisfazer, dependendo do seu perfil. Se o seu pacote de pesca não inclui hotel em Manaus, faça como eu, use o site Booking, prestando atenção nas notas dos hotéis, elas são muito importantes, mas só são bons indicativos quando tem mais de 100 avaliações. Licenças e taxas de pesca Eu não gosto das licenças e você também não. Mas vamos pagar todas! A consequência de não pagarmos é ficarmos sujeitos a aborrecimentos. O fiscal pode fazer o que ele bem entender, por mais errado que ele esteja, as consequências do erro dele sempre serão zero. A licença federal é válida em todo o território nacional, mas o Amazonas resolveu que vai cobrar e pronto, então tire a licença do Ipaam também. O preço das licenças é o valor que você paga para não ser considerado criminoso, mesmo que não tenha cometido crime nenhum. E aqui vai uma dica valiosa: frequentemente, os sistemas do governo estão com problemas de funcionamento. Até a parte da cobrança, opera tudo bem e eles recebem o dinheiro. A parte final, que só interessa ao pescador, essa não tem muita importância , daí estão quase sempre sem funcionar. Ocorre que o fiscal só aceita o comprovante se tiver menos de 30 dias, o que faz sentido nenhum, mas é suficiente para você ter problemas. Saiba usar a regra do jogo: tire sua licença faltando 30 dias para o término da sua pescaria. Equipamentos de pesca Eis um dos maiores custos de uma pescaria amazônica, tanto que resolvi incluir a tralha completa em meus pacotes. Eu abordei este assunto de forma mais detalhada e orientada em outro tópico: Treinamento de pesca Este item pode ser surpreender. Mas porque você iria pescar sem saber o básico? Ou ainda, porque você gastaria preciosas - e caras! - horas de pesca na Amazônia apenas aprendendo a arremessar, lidar com tralha pesada, trabalhar aquelas iscas grandes? Pense: se você pudesse comprar um pacote de 15 minutos andando em um carro de F1, você acharia legal ter que ficar fechando aquela roupa complicada sozinho, entrar no carro com o volante na mão e descobrir sozinho como encaixa, onde está cada comando, como o câmbio, a marcha, o sistema de comunicação... com os 15 minutos contando? olha lá se você vai conseguir terminar uma volta antes do seu tempo estourar. Você precisa aprender o básico, antes de entrar num F1, mesmo que já saiba dirigir um carro normal. É a mesma relação entre pescar tucunarés na Amazônia e fora dela. Eu me ocupo de ensinar os meus clientes - e os de outras operações - técnicas de arremesso, trabalhos de iscas amazônicas e mais um monte de dicas, pessoalmente! Claro que não dá para encontrar todos, mas sempre que possível, coloco no meu roteiro de viagens aqueles destinos onde estão concentrados meus cliente e vou lá. Já introduzo o conhecimento para a pescaria no Amazonas e, se possível, também contribuo tecnicamente para um melhor aproveitamento da pescaria do cotidiano do meu cliente. E aqui posso dar um exemplo do que fiz este ano, em que viajei muito pouco, infelizmente. Pude pescar em São Paulo os pequenos tucunarés amarelos de Igaratá com meu cliente Vitor. Em apenas um dia, pude demonstrar a eficiência dos anzóis Inline frente às garatéias (proibidas no Vazzoleri Camp), contribuí com técnicas de arremessos, trabalhos de isca, posturas. Também reservamos um pequeno período para um primeiro contato do Vitor com o material amazônico. Tenho certeza que ele está mais preparado para iniciar a pescaria já aproveitando cada ponto. Meus clientes e amigos baianos também puderam ter esse suporte presencial, antes da pescaria. E todos que quiserem, podem, mesmo que pesquem na Amazônia em outras operações. Eu quero que todos façam boas pescarias. Quando outra operação falha em proporcionar um boa pescaria, o cliente sai com uma impressão ruim da Amazônia, e não do operador como deveria. E isso me prejudica, indiretamente. Imagina os comentários de "Amazônia não é lá essas coisas", "fui para a Amazônia e não passei de 3 quilos", isso desestimula muita gente e eu perco negócios que preciso para sobreviver. Então, tudo que eu puder contribuir para que a Amazônia seja melhor aproveitada (enquanto ainda existe), farei. E quem oferece tudo isso no pacote? Eu, é claro. "Meu tópico, meu jabá", como bem diagnosticou o Fabrício. Nos meus pacote para 2020 estão inclusos hotel e transfers em Manaus, hidroavião, todas as licenças e taxas, equipamentos de pesca, tudinho. All inclusive mesmo! Só se paga o que perder ou quebrar, e as ligações particulares via telefone satelital. A ideia é que o meu cliente possa fechar o pacote, comprar a passagem e ficar livre. Vai se ocupar apenas de arrumar uma mochila ou mala de mão com as roupas de pesca e pertences pessoais. Tudo isso por 9.000, duvido achar preço melhor. Mas o conhecimento está aí, à disposição de todos, inclusive a possibilidade de me contratar para suprir essas carências em outras operações. Forte abraço a todos e bom proveito.- 13 respostas
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Sabemos que pescar na Amazônia requer um material específico, com características que inspirem confiança. O quesito principal é resistência, seguido de performance e conforto. Baseado na minha experiência, misturando um pouco com o que é mais popular nos fóruns, elaborei uma planilha de tralha econômica, sem abrir mão de qualidade. Porque dá, sim, para ir pescar com menos confiabilidade e performance, mas tem zero luxos na tabela abaixo e somente equipamentos amplamente utilizados. E coloquei míseras 13 iscas artificiais, que sabemos que não é a realidade, nunca vi ninguém levar menos de 30 e a média é umas 60 iscas em dois estojos grandes, sendo que usamos somente 10 mesmo. Fiz as pesquisas na internet, considerando os menores preços encontrados. Como eu comprei bastante material recentemente para alguns clientes do Vazzoleri Camp, também levei em consideração preços promocionais que encontrei em SP. Ou seja, essa é uma tabela bem econômica e enxuta. Vejam que só tem carretilhas baratas, a vara confiável mais barata de todas, quantidades mínimas. Notem que não coloquei ferramentas, como alicates de bico e contenção, tapetes de medição, as caríssimas bolsas de pesca, protetores de varas e carretilhas, tubo de vara - que aliás, me custou 140 Reais a mais na ultima viagem, então podemos somar 280 extras aí nessa conta, caso o pescador viaje pela LATAM. Também não tem nada de reserva. Tudo no limite: perdeu, fica sem. Obviamente, na prática, esse valor dobra muito facilmente. Tem as propagandas influenciando com novidades; tem a isca que, misticamente, matou a pau "na última pescaria" de alguém; tem aquela compra por impulso às vésperas da pescaria; pitaco de amigo e de fórum; e pensa no tanto de material que você já comprou e não usou - isso é uma fortuna se o seu operador não acompanha cada passo seu, cada snap que você compra. Eu faço isso, meus clientes podem falar. Feito esse levantamento, já dá para ter uma noção de quanto você vai gastar para ir pela primeira vez pescar na Amazônia. Mas eu não fiz isso à toa, ou por ociosidade. Decidi incluir no meu pacote de pesca todo este material. Caso o cliente perca ou quebre algo, deverá pagar apenas por aquilo que será preciso repor. A ideia é que alguém que esteja indo pela primeira vez opte pela minha operação, já que sai mais barato me pagar 9.000 do que fechar pela metade desse preço em outro lugar e gastar ainda mais com tralha de pesca. Nada será patrocinado, eu vou disponibilizar exatamente o que eu uso nas minhas pescarias. Aqui não vai ter viés de patrocinador nenhum, meu negócio é turismo. Se algum fabricante resolver botar suas iscas, snap, vara, seja lá o que for, eu poderei abrir espaço e identificar o que está sendo fornecido por mim e o que é cortesia de algum fabricante para que as pessoas conheçam seus produtos e os coloquem à prova - com o risco da minha avaliação sincera! Mas não tenho nada nesse sentido e acho que poucos estariam interessados em avaliações sinceras, então a chance de isso ocorrer é baixa. É muito mais fácil vender porcaria através de marketing pesado. Usaremos carretilhas Curado K e algumas outras que quero testar, mas sempre vai ter Curado K, que eu sei que não vai deixar na mão. Varas serão de 25 lb, a maioria de 6'a 6'6", e algumas mais curtas para os pescadores que insistem em pescar com 5'6", 5'8". Colocarei algumas Enzo, Venator, comprei algumas Major Craft, talvez compre algumas Falcon. Nada de varas muito caras, opto pela grande resistência com custo razoável, leveza se possível. Iscas são T20, Realis Pencil 110, Rip Roller, Jet120 e outras hélices pequenas e reforçadas, iscas nacionais que tenham proporcionado bons resultados em nossa região etc. Obviamente, caso haja desgaste natural de um equipamento, não será cobrado. Uma peça de carretilha que se desgaste naturalmente ou uma isca que envelheça, fazem parte. A reposição pelo cliente se dará quando o peixe quebrar a linha a levar a isca, quando o pescador quebrar uma vara, deixar cair e quebrar/amassar/danificar uma carretilha, coisas assim, mesmo que por acidente (a pessoa está assumindo o risco). As varas, numeradas, serão testadas uma por uma, quando receber e quando devolver. Este ano de 2019, estarei testando as metodologias para aplicar em 2020. Não será proibido levar o material que o pescador já tem - exceto garatéias, estas estão proibidas, só permito o uso de anzóis. Fazendo mais contas simples, baseado em meus grupos de 8 pessoas: 50 iscas ociosas, em média, por pescador, somam 400 por semana. Alguns milhares de iscas na temporada. 8 tubos de vara, que podem ser reduzidos para 4 se as duplas juntarem. Passa de mil ou dois mil Reais só de taxas de tubo. Nem vou calcular quantos metros de linha sobram nos restos de carretéis. Mais do que economizar, também estamos gerando menos lixo ao fazer esse uso mais racional dos recursos. E sem desperdício de dinheiro. Resumindo: pode vir só com a bagagem de mão. Se você for para outra operação, eu já ajudei com esta tabela e se tiverem mais dúvidas, é só me perguntar aqui no tópico. Abraços e bom proveito.
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Concorrente das Shimanos ?
Marcel Werner respondeu ao tópico de Diego Juliana em Carretilhas e Molinetes
Quem não concorda com você é fanboy, não estuda, não tem uma capacidade incrível como a sua de avaliar um projeto através de comentários em sites. Você não emite opiniões. Você tenta disfarçar ofensas gratuitas com opiniões. Você ainda tá aqui porque o fórum não é meu. -
Vazolleri represa de Balbina AM
Marcel Werner respondeu ao tópico de FelipeAmorim em Relatos de pescaria (água doce)
Sim, Cristiano! Acaba que é um Tucunaré sem espécie. Na Bahia, umas pessoas bem intencionadas soltaram primeiro 6 pinimas numa barragem. Nasceram zero pinimas e logo estávamos pegando pinirelos. Depois fizeram várias outras solturas volumosas e hoje o pinima domina, tendo bem poucos azuis, pelo menos é uma notícia boa que o pinima predomina sobre o azul. Aparentemente, ocorre na Serra do Facão também a dominância do pinima sobre o azul, mas alguém que pesca lá pode comentar melhor, eu só vejo pelas fotos, mas já dá um alívio. Tambem pegamos azunimas da última vez e já vi fotos de azurelos. Em Paraibuna-SP, a quase totalidade dos troféus nas pescarias são azurelos. As fotos de Itaipu também mostram bem isso, é outro lugar que pretendo conhecer. Mas enfim, onde mistura, já era, é tucunaré, a gente que fica brincando de apelidar os bichos, sejam eles cruzados ou não. Ainda bem que é só nas barragens, na natureza é raríssimo. Abraço. -
Vazolleri represa de Balbina AM
Marcel Werner respondeu ao tópico de FelipeAmorim em Relatos de pescaria (água doce)
A barragem de Balbina, como muitas outras, aproveitou uma queda d’água natural, em cima de uma cachoeira. Cachoeiras, sabemos, são divisores naturais de espécies de peixes. Uma espécie que ficou dividida geograficamente, após cruzamentos sucessivos por muitos e muitos anos, acabou por se diferenciar em duas. Essa é a teoria mais aceita. Por isso que, no Uatumã, temos um peixe acima e outro abaixo. No processo de construção da barragem, podem ter ficado presos alguns açus que, por motivos desconhecidos, não vingaram. Suponho que os açus, por serem maiores, foram mais perseguidos por caçadores sub, zagaieiros e pescadores. Também já aprendemos que, nas barragens, desaparecem os incentivos para que os peixes de diferentes espécies de tucunarés não se misturem (nos rios, as desovas e até a caça se dão em diferentes zonas). Por isso que há tantos híbridos em barragens e quase não existem na natureza. Além disso, introduções em pequena quantidade em barragens também têm se mostrado como a principal forma de hibridizar parte de uma população de tucunarés: eles acabam crescendo, não se encontram mais e acabam cruzando com a espécie que já existia antes, em maior quantidade, já espalhada no lago. Penso eu, numa viagem mirabolante (essa é a parte que os donos da verdade sabe-tudo vão colar pra postar no Midiáticos), que alguns açus podem ter ficado presos no enchimento do lago e cruzado com o Tucunaré de cima, dando origem a alguns híbridos que, com o tempo, deixaram de existir porque não são férteis. Já vi fotos desses peixes, infelizmente não as tenho. Mas essa hipótese é pura imaginação fantasiosa da minha parte. Já soube de coisas estranhas acontecendo na região de Belo Monte, não necessariamente no mesmo sentido. Só o tempo dirá. Eu não sou acadêmico, mas acredito que o estudo das espécies deve(ria) nos servir de forma prática. Não consigo estabelecer uma relação entre o Peixe de Balbina e o Vazzoleri do sistema Nhamundá-baixo Trombetas. São totalmente diferentes fisicamente e separados geograficamente por uma população de Cichla temensis - esse, para mim, já poderia ter suas sub-espécies estabelecidas também, porque nitidamente há várias. Já o Tucunaré de Balbina, por ser endêmico, para mim deveria ser revisto como nova espécie, já sugiro até o nome: Cichla balbinae. Seria legal que aquela região tivesse, inclusive, a possibilidade de aninhar seus próprios recordes mundiais, reconhecendo assim a importância desse lago. Torço para que venham estudos que segmentem o máximo possível e nos permitam estudar cada população de Tucunaré de forma específica, para colaborar com o crescimento da pesca esportiva. -
Vazolleri represa de Balbina AM
Marcel Werner respondeu ao tópico de FelipeAmorim em Relatos de pescaria (água doce)
A barragem de Balbina, como muitas outras, aproveitou uma queda d’água natural, em cima de uma cachoeira. Cachoeiras, sabemos, são divisores naturais de espécies de peixes. Uma espécie que ficou dividida geograficamente, após cruzamentos sucessivos por muitos e muitos anos, acabou por se diferenciar em duas. Essa é a teoria mais aceita. Por isso que, no Uatumã, temos um peixe acima e outro abaixo. No processo de construção da barragem, podem ter ficado presos alguns açus que, por motivos desconhecidos, não vingaram. Suponho que os açus, por serem maiores, foram mais perseguidos por caçadores sub, zagaieiros e pescadores. Também já aprendemos que, nas barragens, desaparecem os incentivos para que os peixes de diferentes espécies de tucunarés não se misturem (nos rios, as desovas e até a caça se dão em diferentes zonas). Por isso que há tantos híbridos em barragens e quase não existem na natureza. Além disso, introduções em pequena quantidade em barragens também têm se mostrado como a principal forma de hibridizar parte de uma população de tucunarés: eles acabam crescendo, não se encontram mais e acabam cruzando com a espécie que já existia antes, em maior quantidade, já espalhada no lago. Penso eu, numa viagem mirabolante (essa é a parte que os donos da verdade sabe-tudo vão colar pra postar no Midiáticos), que alguns açus podem ter ficado presos no enchimento do lago e cruzado com o Tucunaré de cima, dando origem a alguns híbridos que, com o tempo, deixaram de existir porque não são férteis. Já vi fotos desses peixes, infelizmente não as tenho. Mas essa hipótese é pura imaginação fantasiosa da minha parte. Já soube de coisas estranhas acontecendo na região de Belo Monte, não necessariamente no mesmo sentido. Só o tempo dirá. Eu não sou acadêmico, mas acredito que o estudo das espécies deve(ria) nos servir de forma prática. Não consigo estabelecer uma relação entre o Peixe de Balbina e o Vazzoleri do sistema Nhamundá-baixo Trombetas. São totalmente diferentes fisicamente e separados geograficamente por uma população de Cichla temensis - esse, para mim, já poderia ter suas sub-espécies estabelecidas também, porque nitidamente há várias. Já o Tucunaré de Balbina, por ser endêmico, para mim deveria ser revisto como nova espécie, já sugiro até o nome: Cichla balbinae. Seria legal que aquela região tivesse, inclusive, a possibilidade de aninhar seus próprios recordes mundiais, reconhecendo assim a importância desse lago. Torço para que venham estudos que segmentem o máximo possível e nos permitam estudar cada população de Tucunaré de forma específica, para colaborar com o crescimento da pesca esportiva. -
DAIWA ZILLION antiga
Marcel Werner respondeu ao tópico de Salin em Classificados de "Tráias de Pesca".
Eu não tenho, mas pra te ajudar: qual o lado da manivela? (Vejo que na foto está direita, mas você não especificou.) Boa sorte! -
Concorrente das Shimanos ?
Marcel Werner respondeu ao tópico de Diego Juliana em Carretilhas e Molinetes
No primeiro vídeo, nitidamente o carretel está pro lado, o que significa que o ajuste fino está bem apertado, impedindo de fechar a lateral da carretilha. Ou é inexperiência, ou o autor foi mau intencionado. É só folgar o ajuste fino que a carretilha fecha normalmente. No segundo vídeo não há problema, e sim uma dica. O botão de ajuste da intensidade do atrito das bichas vem apertado firme para que não mude involuntariamente, o que poderia gerar cabeleiras ou arremessos curtos. No entanto, há quem prefira este botão mais solto, e é isto que está sendo ensinado no vídeo, a regulagem desta peça. Nos fóruns, o problema apresentado é o descolamento do acabamento do botão de desarme do carretel. No geral, as respostas minimizam o problema e sugerem “cole”. Os próprios autores dos posts se dizem impressionados e satisfeitos com a carretilha, assim como em quase todas as respostas de outros usuários. Isso já acontecia na Chronarch CI4 e não faz da carretilha um equipamento ruim, tampouco da Curado K. Mas concordo que esta colagem deve ser melhor, se é algo recorrente. Quanto ao nylon do guia-fio, ou plástico, já substitui metal em muitas aplicações industriais. Falam do metal aqui no fórum como se nunca tivesse dado problema na história, quando, na verdade, mesmo de metal, é uma das peças que se desgastam primeiro e dão, sim, muito problema quando são de metal. Não sei se as de plástico vão durar menos ou mais, só o tempo dirá. Quebras precoces acontecem em metal também. E repito: na mão de pescador grosso, não tem nada que resista. O que faz material durar é técnica e conhecimento, esse é o melhor investimento. Mecânicos odeiam carros que quebram pouco. Reflitam. -
Concorrente das Shimanos ?
Marcel Werner respondeu ao tópico de Diego Juliana em Carretilhas e Molinetes
Você tem ou já teve uma Curado K? Qual foi o problema na carretilha? -
Que Peixe fantástico, Rech!!! Porém, o documento é um certificado de captura (poucos brasileiros sabem que isso existe), e não de recorde mundial. Atentei pra isso devido ao peso informado, já que a fração “02 oz” não poderia ser medida com um BogaGrip (na foto dá até pra perceber que não é um). Mas que é um exemplar único para a espécie, com certeza! 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
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Ainda não vi acontecer, mas pelo regulamento dá um strike, caem todos de vez. O novo recorde é sempre em referência ao original, ou seja o do Dini de 89.
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BlackBASS. Precisa rebocar o peixe?
Marcel Werner respondeu ao tópico de Salin em Assuntos Gerais (água doce)
Se pra ganhar um simples troféu, o brasileiro amarra Peixe, esconde em tanque rede dentro do rio, combina com ribeirinho pra entregar Peixe, dá sempre um jeito de roubar, imagina se valesse dinheiro. Quando vou pra um campeonato, fico muito focado e tenso. Não basta fazer uma pescaria boa, tem que ser fenomenal, porque quase sempre vai ter quem roube pra levar um troféu pra casa. Tem campeonato que saem mais peixes grandes 60up do que todas as pousadas e guias da represa no ano todo. É muito desestimulante. Mas tento transformar em mais vontade de vencer, só de saber que, se alguém roubou e mesmo assim não conseguiu me superar, vai chegar em casa, meter o dedo no fiofó e lascar. É bom demais fazer vagabundo passar raiva. -
Daiwa vs Marine
Marcel Werner respondeu ao tópico de John Benned Viera Lima em Carretilhas e Molinetes
Você já cogitou usar molinete? Sal, vento, peixes grandes... muito mais adequado! Conta um pouco mais sobre essa pescaria que você faz. Embarcação utilizada, iscas, que vara você tá usando, tipos de pontos de pesca e o que mais você achar que é interessante sabermos. -
A solução que enxergo é desregulamentação. Cada um faz o que quiser, desde que não haja vítima. O mercado sempre seleciona o melhor (afinal, ninguém escolhe o pior pra si), quem estraga é o Estado cagando regras. Se entram empresas privadas e o serviço piora, a culpa é do Estado: cria um ambiente em que somente os maus se proliferam. Se chega uma pessoa honesta, tem que pagar (e muito!) por fora para resolver a burocracia e ter o direito de trabalhar (todo mundo que já empreendeu passou por isso, talvez não tenha percebido); se chega uma empresa moderna e competente, sofre perseguição para não expor as deficiências dos protegidos (ex.: Uber); se alguém quiser investir numa área onde o Estado atua solitário por força de lei (ex.: construção de estradas), será impedido com todos os recursos que o Estado tem (e que é sustentado com dinheiro tomado de nós à força), para que o Estado não perca aquilo que alimenta seus parasitas (os eleitos, os indicados e os concursados), que são as obras (sempre superfaturadas), manutenção do próprio Estado, empresas públicas etc. Sem soluções mirabolantes. Bom mesmo é a liberdade.
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vendido Iscas diversas, algumas amazônicas.
Marcel Werner respondeu ao tópico de Marcel Werner em Classificados de "Tráias de Pesca".
Já enviei, Vitor! Ele até já me avisou que recebeu. 👍🏻👍🏻👍🏻 -
TORNEIO INTERNACIONAL DE PESCA EM LUIZ ALVES-GO
Marcel Werner respondeu ao tópico de Cristiano Rochinha em Assuntos Gerais (água doce)
Sim, apresentador do Hora da Pesca. -
vendido Iscas diversas, algumas amazônicas.
Marcel Werner respondeu ao tópico de Marcel Werner em Classificados de "Tráias de Pesca".
ACEITO MEGABASS X70 e X80jr na troca. Respondida, meu amigo! Abraço! -
vendido Iscas diversas, algumas amazônicas.
Marcel Werner postou um tópico em Classificados de "Tráias de Pesca".
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Vi essa vara numa loja em SP. O cabo tem uns 17 cm mais ou menos. Os passadores são exagerados e a vara é mais parruda do que vem escrito. Essas varas são assinadas por um tal de Ian Miller, aparentemente é um pescador famoso da Austrália e isso explica muito. Algumas varas da série trazem escrito a palavra “Barra”, um diminutivo para o peixe Barramundi, que parece um robalo peva de 20 kg que ataca sticks na superfície tão explosivo quanto um Tucunaré. Acredito que, pelas características da briga do Peixe, precisa mesmo de um material mais forte, linha grossa e líder grosso, daí as características da vara. Para usar, bastaria aumentar o cabo, mas uma troca de passadores por Alconite seria interessante pra deixá-la mais leve.
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Quantos cm? Deve medir da ponta do cabo até encostar no reel seat.
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Sérgio, Sempre que alguém relaciona altura com comprimento de vara, eu ajoelho no chão, sento sobre os calcanhares, faço flip cast e trabalho a isca, seja zara ou hélice. Não sei de onde tiraram esta bobagem, mas infelizmente chegou até as pessoas. É como se as varas mais comumente encontradas não servissem para japoneses, crianças e anões. Abraço.
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Amazonas qual rio indicam Rio Juma, Rio Motuca ou Rio Preto da Eva?
Marcel Werner respondeu ao tópico de Ibrahim em Assuntos Gerais (água doce)
A maioria das pessoas vai em outubro, então muitas pousadas estão com seus botes na água, promovendo grande agitação e pressão de pesca. O Peixe fica manhoso. Está lá, porém difícil de pegar. Àqueles que puderem, recomendo irem em novembro, quando o movimento diminui bastante. Sempre pude recomendar de forma isenta a pousada Recanto do Maçarico, mas agora o faço de forma tendenciosa: posso agregar meu serviço de consultoria e acompanhamento de grupos nesta pousada, caso coincida com minhas datas livres na temporada. Também posso fazer o mesmo na pousada que meu parceiro @Cuca Pesca agencia, como em barcos-hotéis e pousadas que funcionem em temporada distinta do Vazzoleri Camp. -
O que esperar de um operador de pesca ?
Marcel Werner respondeu ao tópico de Kid M em Sala do Bate Papo
Na minha opinião, sim para as duas perguntas. O cliente tem que pagar caro porque operar custa caro, aí acaba perdendo o foco em suas exigências. Compreensível. As duas orientações que eu posso dar nesse sentido são: 1- SEMPRE entre em contato direto com o operador, mesmo que você compre com um intermediário. Isso evita golpes e outros dissabores. E também vai ajudar o cliente a ter senso crítico sobre o intermediário, se é alguém que contribui no pacote ou só o deixa mais caro. Seja chato, mas consciente e coerente. 2- OPTE por operações que pertençam ou sejam conduzidas por um pescador esportivo profissional, com histórico verificável, que depende da operação, porque este é o perfil mais interessado em fazer você pegar peixes. Bons serviços de hotelaria em lugares piscosos são interessantes, mas não passam de bons serviços de hotelaria em lugares piscosos. Se o pescador não souber pegar o Peixe, nada acontecerá, a não ser por sorte. Daí a importância de ter alguém que faça as capturas acontecerem. -
O que esperar de um operador de pesca ?
Marcel Werner respondeu ao tópico de Kid M em Sala do Bate Papo
Muito obrigado, Augusto!!!