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Gilbertinho

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Tudo que Gilbertinho postou

  1. Paulo, Nada a acrescentar sobre a recomendação do Tiago. É por aí mesmo. Gilbertinho da Amazônia
  2. Capita, Desta feita, tô mais pro Kid que pra você. De fato, não há como dissentir de sua fala em relação às idas e vindas e das peças que os governos (no plural mesmo) nos pregaram. Porém, a sociedade moderna deixou as arquibancadas e a geral, entrando no campo para defender causas legítimas e progressistas (exceto quanto aos movimentos da esquerda comandadas e financiadas pela cúpula de alguns partidos e sindicatos). Uma delas, sem que houvesse pressão social alardeada, é precisamente a da simplificação da identificação pessoal, agora aprovada no Congresso. Quando estabeleço um paralelo com formatos de identificação adotados em países mais desenvolvidos e organizados, vejo que o atual modelo nacional é absolutamente anacrônico. Veja que estamos obrigados a portar usualmente um significativo número de documentos pessoais para atender o que realizamos no cotidiano. Por acréscimo, observe que as carteiras-padrão em que guardamos documentos, cartões e talonário de cheques não comportam o volume, obrigando-nos a recorrer a bolsas tipo "capangas", o que é por demais incômodo. Desse modo, independente de quem coordene e administre o novo sistema, tenho certeza que nossa vida será doravante bastante facilitada. Demorou, como gostam de dizer os mais moderninhos. Finalmente, dileto Capita, aprendi que para que algo exista ou aconteça, é preciso crer. Essa é uma faculdade que acomete a cada um e a todos. Pessoalmente, como eterno otimista, opto por crer no melhor. Sempre. Deixo um abração, não sem antes elogiar o equilíbrio das ponderações do decano Kid M. Gilbertinho da Amazônia
  3. É, Miron. Além disso, o emprego de tanta tecnologia acaba por nos tornar reféns de seus recursos. Imagine a possibilidade de alguém inesperadamente vivenciar uma ocorrência cuja resolução dependa de suas habilidades, uma espécie de "largados e pelados" (aliás, não precisa estar pelado, basta ser "largado" no mato, sem pai, mãe, parteira e os brinquedinhos eletrônicos). Aí a coisa pega. Abração do Gilbertinho
  4. Tô de acordo, Tiago. Sou um pouco cismado com certas novidades. Mas o que também me deixa fulo é que pra ter a versão completa do barco (sem motor), você gasta quase o dobro do preço anunciado. Aí não dá.......... Abração.
  5. Tá que nem carro nacional, que precisa completar para ficar decente e atender a expectativa do comprador. Com os "acessórios" que somam R$ 15.080 (quase o preço do casco), o preço final vai a R$ 33.080. Acrescente um motor quarentinha, partida elétrica sem trim, ao custo de R$ 16.000, e você ficará R$ 49.080 mais pobre. Investimento demais para tralha de menos. .
  6. Tiago, A que eu sei, alumínio não pega fogo. A fibra também é bem segura, tanto que recomenda-se que aos polímeros seja adicionada a fibra de vidro para reduzir ou zerar a inflamabilidade. Por último, se o barco tiver 12 mm, concordo que é bem grosso, mas creio que você quer dizer 1,2 mm de espessura, que é inferior ao caso de alumínio de embarcações leves. Mas tudo bem, pensamos mais ou menos da mesma forma. Abração do Gilbertinho da Amazônia
  7. O Polietileno de alta densidade possui de fato propriedades mecânicas interessante, contudo... 1) Na hipótese de um incêndio acidental ou provocado, é certo que a embarcação sofrerá severos danos, pois é sensível ao fogo. Então, um extintor de incêndio não pode ser dispensado; 2) Essa mesma eventualidade, se consumada, irá provocar fumaça tóxica e emissão de gases contaminantes, afetando a saúde e o meio ambiente; 3) Alguns países proíbem a adição de retardantes, anti-chamas, etc, diante dos impactos ambientais. Tá na web; 4) O fabricante não informa de há tratamento específico da matéria-prima visando ao afastamento ou mitigação desses riscos. 5) Segundo o que se lê na web, o polímero é um produto de baixo custo, e de certo modo assusta o preço de R$ 18 mil num casco limpo de 15 pés. Isso compulsado, fico com as outras alternativas até que novas informações tranquilizadoras sejam disponibilizadas. Gilbertinho da Amazônia
  8. Shoji, Você se revela uma pessoa instruída, com conhecimento do tema segundo a visão de pessoas ilustres (alguns nem tanto, como Collor) espalhadas por todo o país. Só tem um problema nessa equação: nenhum deles mora, trabalha ou conhece bem a região e suas tendências sociais e econômicas. Ao contrário do que diz, nossas fronteiras com a Venezuela, Colômbia e Guiana (são as que conheço) são habitadas por índios bem aculturados e entrosados com a sociedade envolvente (nós). Tudo o que acontece por lá é do conhecimento geral de todos os habitantes das cidades da Amazônia Setentrional Brasileira. O amigo também tem de saber que é o oposto, nossos garimpeiros e produtores rurais (latifundiários) é que ocupam os países vizinhos. Daí, as ameaças fronteiriças acometem a eles, e não a nós, que os invadimos. Ah, o que pode ser considerado exceção, em tempos atuais, é a migração dos venezuelanos para Roraima em face da crise econômica e política da Venezuela. A consequência disso é que milhares de "venuscas" vieram para as cidades de Roraima para conseguir meios de se alimentar, e seguindo nossa tradição cosmopolita, foram bem recebidos. O que vemos por aqui é o sensível aumento de prostitutas (até bem bonitas), ladrões e trabalhadores. Tudo vai se acomodar, mas por favor apague essa ideia equivocada de ameaças às nossas fronteiras; Outro ponto que você cita aborda os interesses multilaterais por nossa biodiversidade. Esqueceu-se de mencionar os serviços da floresta em relação ao sequestro de carbono, mas tudo bem, você está certo. O banco de germoplasma da Amazônia interessa à ciência, a nível global, e não vejo nenhum óbice à seus esforços preservacionistas, porque se depender de nossos governantes, logo nossa Amazônia será transformada noutro Atacama (desertificação lenta e gradual). Afirmo isso porque pessoalmente proibi várias tentativas de extração de recursos madeireiros em Roraima, inclusive governamentais. Ao final, dileto sábio, dois últimos acréscimos: um de ordem geopolítica, esclarecendo que a Amazônia é formada por nove países (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela), e o único a utilizar essa retórica nacionalista e xenófoba é o Brasil; outro, que as posições de políticos e generais do outro extremo do país não podem ser legitimadas e tidas como verdades, à luz da razão e do bom senso. Tais falas denunciam seu desconhecimento sobre a Amazônia. Tenha certeza que se tais arroubos e pronunciamentos proviessem de gente que conhece efetivamente a realidade amazônica, eu sentaria na primeira fila, como bom aluno que sempre fui. A situação da nossa Amazônia é idêntica àquela em que outros se veem instados a cuidar de filhos de quem não tem a menor competência para fazê-lo. Com o devido respeito e carinho do Gilbertinho da Amazônia
  9. Agradeço pela pertinência e generosidade de suas palavras. Abraço do Gilbertinho
  10. A fala do ilustre militar merece ser compulsada à luz dos fatos. Afinal, não é a farda que dá credibilidade a alguém, mas sim os fatos. Como tal, delírios, ilações e inverdades não podem cunhar o convencimento ou a adesão de terceiros que se predispõem a aceitar factoides como se verdades fossem. Nessa linha de reflexão, proponho a divisão do tema em aspectos distintos, abordando, de início, os aspectos geopolíticos e conjunturais a partir da instalação do regime militar no país. Quem vivenciou e acompanhou a politica militar relativa à Amazônia se recorda do bordão "integrar para não entregar". Isto é, o governo ditatorial decidira por realizar grandes investimentos em rodovias, estradas e portos na região amazônica, viabilizando (em tese) a ocupação dos nacionais para afastar toda e qualquer tentativa de internacionalização da Amazônia. Gastaram volumes astronômicos de dinheiro sem integrar absolutamente nada. Após a derrocada do regime, lá se vão seis décadas sem que a temida e versada internacionalização tenha sido materializada. Isso é fato, e como tal, indesmentível. Segundo, quem conhece o mínimo do Brasil sabe de sua histórica fragilidade institucional, política e econômica, que faz com que os sucessivos governos de todas as esferas ignorem a questão amazônica. Isso somado à falta de consciência ambiental da própria sociedade, à exceção de alguns nichos semelhantes a este Fórum, deságua inevitavelmente numa gradual e sistêmica destruição do patrimônio natural amazônico, e nele, florestas, fauna, recursos hídricos e genéticos, que encerram em si a propriedade de cura de um vasto leque de enfermidades, contudo o país relega esse enorme potencial. Os recursos pesqueiros integram esse cenário de caos e destruição massiva. Ao invés de estimular-se o desenvolvimento da piscicultura, as autoridades de plantão optam por deixar a predação pelo homem correr solta. Centenas são as colônias de pesca dispersas na Amazônia, e todas clamam por equipamentos de pesca capazes de produzir pescados até o limite de sua extinção, sem se dar conta que é a sua própria atuação que responde pela miséria crescente a que são submetidos. Fossem piscicultores a realidade seria diferente, na medida em que o pescado não faltaria à mesa e os rios seriam recuperados em sua ictiofauna. Mas isto é o Brasil, e não um país sério. Terceiro, adentremos a questão das ong's. Não procede a fala generalesca de que tais instituições estão a serviço de corporações interessadas no fracionamento da nossa Amazônia. Basta ter em conta que a Amazônia não começa e termina em nossos país, há outros oito países que a integram, e em nenhum deles se propaga a tosca e absurda ideia da internacionalização, ao menos no que se refere ao aspecto geopolítico. Afastada a geopolítica, há sim, interesses multilaterais sobre a preservação da Amazônia. Alguns já citei (patrimônio genético em especial), mas há ainda a questão climática global em jogo, e nossa Amazônia tem um papel relevante no processo de sequestro de carbono e nas condições climatológicas nacionais e globais. Também deve ser esclarecido que governos de países desenvolvidos, como Alemanha, Holanda e Inglaterra patrocinam ações preservacionistas da Amazônia, contemplando o rol das nove nações amazônicas. Podemos até não gostar dessa intromissão em assuntos internos, porém se levarmos em conta que nossos governos incapazes e ineptos nada farão a respeito, melhor deixar assim, e se possível, esforçarmo-nos por entender os legítimos interesses que as comunidades internacionais defendem, que são também os nossos interesses, notadamente das novas gerações. Quarto, imaginemos por um instante que não permitíssemos a criação de áreas protegidas e terras indígenas na Amazônia e deixássemos as coisas correrem soltas. Com 100% de certeza, posso adiantar que a pesca e a caça predatória dizimaria tudo, fazendo-nos crer que os grandes tucunarés e outras espécies silvestres teriam sido extintas junto com os dinossauros. A partir disso, fico com a ação protecionista e preservacionista patrocinada por entidades e governos estrangeiros, permitindo que a qualquer tempo eu e meus descendentes tenhamos o direito e a satisfação de podermos vivenciar e compartilhar as riquezas da Amazônia. O general que me desculpe, mas suas conclusões e ilações não me sensibilizam, pois os fatos o contradizem. É o que penso, em sumária ponderação. Abraço do Gilbertinho da Amazônia.
  11. Meu velho, Se quer mesmo um bom predador, pode pensar em Sucuri ou Jacaré. Não vai dar nega.
  12. Todos têm razão. A sugestão do Tiago é corretíssima: além de colocar automático na bomba, é recomendável ter um liga-desliga alternativo no painel. Observo ainda que há no mercado bombas com automático integrado, são boas e baratas. O automático isoladamente é bem caro se comparado ao preço da bomba integrada. Não vacile, trata-se de recurso obrigatório. Abraço do Gilbetinho
  13. Há muitos fatores envolvidos na pintura de motores de popa. A princípio, não há tinta que resista a colisões com pedras e troncos. Umas resistem mais e outras menos, mas nenhuma sai ilesa. Costumo utilizar a PU em todo bagulho náutico que tenho, desde que não seja fibra de vidro, que aplico o gel coat. A tinta à base de poliuretano é tão resistente quanto a Duco, porém bastante brilhante. Na finalização, aplico ao menos 3 demãos de verniz PU, criando uma boa camada de proteção à tinta. Estou de acordo com o Mário Kikuta, qualquer um pode obter a cor original do motor (ou de qualquer outra coisa), formulando a tinta original. Há inclusive novos e simples aparelhos portáteis que fazem a exata leitura da composição da tinta original, garantindo a originalidade doo que se pretende pintar. Simples, barato e eficaz. O resto é preciosismo puro e desnecessário. Gilbertinho da Amazônia
  14. Muito boas as ponderações do Capita, mas tem mais: Primeiro, há operadores que exigem o pagamento antecipado de 30% no ato da reserva, o que pode ser considerado normal diante do risco de contratações levianas. Porém, não são raros os casos em que operadores consideram esses adiantamento como o lucro que terão na operação, daí resolvem gastá-lo em coisas estranhas ao contrato. Pressionados, encontram a solução na proposição do adiamento da pescaria, que além de livrá-los da obrigação de devolver o dinheiro recebido, garante a ocupação de semanas da temporada seguinte; Segundo, poucos pescadores brasileiros admitem a hipótese de a pescaria ser realizada em áreas afetadas por fenômenos climáticos, cada vez mais comuns na Amazônia. A regra prevalente é garantir uma ótima pescaria, com a captura de muitos troféus. Vejo com muita satisfação abordagens em contrário aqui no Fórum, afirmando que diante de condições ambientais desfavoráveis, há a opção da pesca de peixes "lisos", abundantes em qualquer nível d'água, acentuando ainda as belezas dos rios amazônicos em ocasiões de cheias, o que também aprecio muito; Terceiro, o cancelamento ou adiamento de grupos estrangeiros também ocorre, devido ao receio da insatisfação da clientela. Nesses casos, em regra as empresas que atuam nesse mercado oferecem a opção da devolução dos valores ou o adiamento do grupo, o que passa ao cliente uma boa impressão sobre o operador. Também é correta a informação de que ribeirinhos travestidos de operadores adentram os mercados para vender o que não podem entregar. Pior que isso, proprietários de barcos ociosos da região se sujeitam a falsear contratos de arrendamentos para os tais malandros, permanecendo a salvo de implicações futuras, especialmente de apropriação indevida de recursos, tributação, obrigações trabalhistas, etc. Adiro aos que, diante da ginástica a que nos submetemos para reservar uma semana para pescar, somada aos riscos a que nos referimos relativamente aos operadores, decidem por cumprir a agenda, nem que seja para ter uma pescaria "meia-boca" e apreciar o cenário amazônico, que por si só vale a pena. É que penso. Abraço do Gilbertinho da Amazônia
  15. Wanderson, As receitas do Marcelo são tiro e queda. Porém, caso não encontre sangue bovino, dá pra estrangular algum pescador profissional, extrair o sangue e fazer então as desejadas iscas. Melhor ainda, você permitirá a vingança dos peixes. Abraço do Gilbertinho
  16. A proibição e a imposição de multa e a consequente imputação criminal pela prática de pesca predatória está prevista em praticamente todas as leis de pesca do País, embora raramente observadas pela sociedade. Para quem não sabe, as penas não ficam somente na esfera administrativa, com a pagamento da multa. Os órgãos ambientais são obrigados a noticiar o crime aos MP's, que à sua vez oferecem denúncia ao Judiciário, e daí o cretino irá responder como réu no processo judicial instaurado. Não estamos a falar mais em multa, mas sim em penas restritivas de liberdade, os seja, cadeia por um bom tempo. Bom esclarecer que a proibição decorre do fato de as corredeiras e barragens constituírem zonas de reprodução de todas as espécies de peixes migratórios, e quase todas o são. "Apertar o cerco", como se vê na matéria postada pelo Ricardo, a quem devemos agradecer, garantirá a renovação dos estoques pesqueiros, em benefício de todos, coisa que os imbecis predadores não conseguem enfiar na cabeça, por mais que se tente. Louvo o MP pela feliz iniciativa. Gilbertinho da Amazônia
  17. Cassiano, Vejo que você e os amigos estão criando um novo ecossistema aquático. Em geral, não vejo com bons olhos a introdução de alevinos, melhor sera introduzir filhotes, menos suscetíveis à predação. Talvez isso esteja ocorrendo com os alevinos tucunas, que passam a integrar uma cadeia alimentar que não os situa em sua condição natural - a de predador. Veja que na natureza, o casal de tucunas alterna a proteção dos alevinos contra os ataques de outros peixes, e é isso que garante o crescimento quantitativo da espécie. Daí, talvez seja aconselhável que vocês introduzam casais nessas represas, observando se estão em fase reprodutiva. Aí é certeza de sucesso. Lembre ainda que as águas habitadas com sucesso pelos tucunas não devem ser barrentas, com ph muito alcalino. Devem ser neutras e límpidas, e não necessariamente movimentadas, que se prestam bem a outras espécies. Cuidado também com os lobós, essencialmente carnívoros e capazes de afetar o desenvolvimento de outras espécies. espero haver contribuído. Abraço do Gilbertinho da Amazônia
  18. È, meu estimado parceiro... Nesta republiqueta das bananas o inesperado é coisa corriqueira. O fato é que grande responsabilidade do que vem ocorrendo se deve aos antropólogos de plantão, vinculados ou não à FUNAI. Para ter uma ideia, surgiu de repente um grupo de 50 índios (10 famílias) numa região da agricultura familiar, entrecortada por várias vicinais e habitada por ao menos 400 famílias assentadas pelo INCRA, isto no município de Rorainópolis, Sul de Roraima. Um relatório de antropologia afirmou que essas terras eram utilizadas pelos índios em migração nas atividades de coleta, extrativismo, caça e pesca. Estou a falar de 40 mil hectares de terras, ou seja, cada família indígena fica com um latifúndio de 4 mil hectares. Concluindo, todos os agricultores familiares foram expulsos de suas posses. Pior é que as áreas reivindicadas se situam ao longo da BR 174, juntando-se à Terra Indígena Waymirii-Atroari, divisa dos estados do Amazonas e Roraima. Quer mais? A não ser que a FUNAI recue, o que acho difícil que ocorra, dado que grande parte de seu orçamento deriva de repasses da comunidade internacional (WWF, PNUD, etc), e se vinculam a medidas de criação, proteção e demarcação de terras indígenas, o que anunciei no Fórum irá mesmo ocorrer. Veja que mesmo a PGR se alinha a essa política, em função de previsões normativas específicas. Renovo abraços. Gilbertinho.
  19. Fabrício, Se visitar a página da FUNAI, conhecerá adequadamente a situação da TI Jurubaxi-Téa. Trabalho com informações oriundas de setores especializados do órgão, e são as seguintes: o relatório que aborda aspectos antropológicos, ambientais, socioeconômicos e fundiário foi concluído e aprovado pela presidência da Funai, é o que você leu. A partir disso, o roteiro trata de eventuais impugnações que advenham de residentes não-índios e terceiros em relação ao perímetro da área de implantação da T.I. Essa etapa também foi consumada, segundo as informações da área de gestão territorial (ou fundiária) da FUNAI. Os passos seguintes envolvem, pela ordem, um despacho do Ministro da Justiça, a demarcação física da T.I., a parte cartorial relativa ao patrimônio da União e finalmente a emissão do documento homologatório da Terra Indígena. Daí estamos a assumir que seu processo está em andamento, porém inconcluso. Até aí, ponto para você. O que ocorre, entretanto, é que a IN 003/2015/FUNAI estabelece que o etnoturismo e o turismo de pesca esportiva em terras reconhecidamente ocupadas por povos indígenas estão sujeitos às suas disposições, não se exigindo que, para tais fins, essas áreas tenham sido homologadas como Terra Indígena. Aliás, você pode também verificar no sítio da FUNAI a situação jurídica de cada área ou Terra Indígena do País e também os aspectos restritivos e de gestão atinentes a cada estágio dos processos de criação. É matéria bem interessante. Qualquer hora dessas (agora estou com alguns pães no forno), vou anexar a Recomendação do MPF/AM, em que ele cita expressamente as empresas que não deverão adentrar terras indígenas para a pesca no médio Rio Negro, não abrindo exceção também para empresas não referidas no documento. Creio que essa Recomendação pode ser encontrada no site do MPF, que em geral publica material de sua lavra, quando não há impedimentos. Como você mora em BSB, não custa também fazer uma visita à sede da FUNAI, onde deverá ter acesso a toda e qualquer informação sobre as T.I. do Rio Negro, até porque o coletivo dos pescadores do Fórum depende de informações qualificadas sobre esse quadro. No meu caso, isso representará um ganho considerável, porque coloca mais gente do meu lado da "trincheira". Ah, um lembrete final: a Portaria do MJ criando nova instância para deliberar sobre Terras Indígenas foi suspensa, o problema era de natureza política, e não funcional. Soube aí em BSB que várias autoridades e instituições federais com interesse na matéria se posicionaram a favor da FUNAI, revertendo a tendência (ou tentativa) de enfraquecimento que emanaria da tal Portaria. Grande Abraço. Gilbertinho
  20. Velho amigo, em primeiro lugar agradeço a gentileza de suas palavras a meu respeito. Não penso nada diferente a seu respeito. Indo ao ponto, creio ser necessário enfatizar que minha condição de consultor especializado não me autoriza a criar notícias falsas nem comentar nada que não tenha conteúdo probatório. Isto é, não especulo nem digo inverdades.Apresento sempre à minha clientela os fatos, tendências, Leis, aspectos estruturais e conjunturas políticas. Essas condicionantes, além de inegociáveis, devem refletir a conduta ética e moral de cada um. Nessa linha, toda e qualquer postagem séria que coloco aqui no FTB (há exceções por conta de comentários descontraídos), é regida antes de tudo pelo domínio dos fatos, que decorre do conhecimento aprofundado dos temas envolvidos, caso a caso. Não posso presumir ou prestar informações duvidosas. Assim se afigura a natureza emblemática do que estamos a discutir, na medida em que ganha importância exponencial face suas implicações no plano da pesca esportiva no médio Rio Negro, e creio ser do interesse de muitos participantes do Fórum o conhecimento qualificado do quadro que está modificando o atual modelo exploratório dos rios situados em terras indígenas, com repercussões sobre os esportistas que costumam ou querem fazer grandes pescarias na região. Dito isso, insisto que o amigo deve pesquisar no site da FUNAI o caso do Jurubaxi, cuja terra, aliás, encerra também o Rio Urubaxi e se estende pelos municípios de SIRN e Barcelos. Você irá constatar, com 100% de certeza, que estamos a falar, sim, que os referidos rios, além de outras bacias e drenagens, estão situados na T.I. Jurubaxi-Téa. Para auxiliá-lo nessa depreensão, submeto alguns anexos muito esclarecedores. Dê uma boa olhada, suas dúvidas serão dirimidas e suas conclusões no plano fundiário esclarecidas e alteradas. Sobre Roraima, o cenário negativo que você edificou está em boa parte equivocado. Não procede essa coisa de pistoleiros, nem de coronéis de barranco fazendo o que bem entendem. Fui parte da reversão dessa realidade ocorrente até o final da década de 1990. iniciando por editar a lei de pesca do estado, enterrando devidamente uma malfadada lei que beneficiava um único operador, que à época dominava o Água Boa do Univini e o Itapará. Também pus fim ao modelo predatório da pesca comercial e esportiva no Baixo Rio Branco, a última decorrente da exploração desenfreada de inúmeros operadores, levando os recursos pesqueiros à exaustão, até que Roraima fosse excluída dos mercados das pesca esportiva. Isso me levou a criar um espaço territorial protegido (a maior área de proteção municipal criada no País), realizar zoneamento de zonas de pesca esportiva (chamadas ZPE), licenciar empreendimentos em conformidade com a Resolução 237/CONAMA e credenciar empresas para cada zona de pesca, obedecendo a uma estratégia de inclusão social nos resultados operacionais (pagamento de compensações comunitárias) e capacitação e geração de posto de trabalhos para os ribeirinhos locais. Na atualidade, em todo a região operam nove empresas, cada qual em sua zona de pesca. É como entendi necessário para recuperar e preservar a ictiofauna, e confesso um certo orgulho por haver alcançado tais objetivos, a um custo pessoal bastante significativo. Daí, o amigo entender que isso se trata de um (des)ordenamento não faz justiça à realidade, tampouco ao conceito mais elementar que se queira atribuir a um processo de ordenamento. Na atualidade (coisa que à época não fiz), há ainda a exigibilidade de estudos anuais de capacidade de suporte (número de pescadores admissíveis para cada bacia ou trecho), as reavaliações periódicas, e o monitoramento biológico dos peixes, para aferir aspectos migratórios e de recuperação de espécimes capturados e reentroduzidos em seu habitat. Veja que fiz apenas uma parte da lição de casa, os que me sucederam deverão cuidar do resto. Estamos a falar de Ordenamento sério, não de permissividade inconsequente e irresponsável, que contemple apenas uma única geração. Aliás, uma notícia que pode interessar aos amigos do Fórum e especialmente aos empresários do setor: em breve, estará sendo celebrado um convênio entre a FEMARH (órgão estadual de meio ambiente) e a UERR (Universidade Estadual) para realizar estudos socioambientais visando a licitação das bacias de Roraima, nos mesmos moldes que concebi. Após isso, tenho como certo que você, pescador e ambientalista nato como eu, embora em doses diferentes, acabe por revisar o conceito que tem sobre Roraima. Não falo como roraimense, mas como alguém que passou por Sampa, pelo Pantanal de Mato Grosso e pelo Amazonas, sempre me detendo a levantar o máximo de informações possível, até me decidir por Roraima. Pode até ser ainda ruim, mas não tanto quanto pensa. Mais uma vez agradeço a oportunidade de contribuir, esclarecendo pontos ainda desconhecidos ou duvidosos, e deixo um abraço muito especial ao amigo. Gilbertinho da Amazônia DOU + MAPA.pdf DOU + MAPA2.pdf DOU + MAPA3.pdf
  21. Fabrício, Detenho um conhecimento acerca de temas ambientais acumulado ao longo de 40 anos, havendo ocupado cargos de decisão em governos por onde passei. Elaborei políticas públicas, programas, projetos, atividades ambientais e elaborei diplomas legais para estados e municípios, todos na região da nossa Amazônia Ocidental (outros países da América têm as mesmas amazônias). Desenvolvi paralelamente, no plano profissional, muitos trabalhos de consultoria para empresários de todos os setores da economia com interesse em investimentos no norte brasileiro, condição que impunha (e impõe) a composição de uma sólida base de dados de todos os matizes para prestar serviços que reflitam cenários inteiramente condizentes com a atualidade e fixar balizamentos sociais, econômicos, jurídicos e ambientais suficientes para a formação de uma qualificada leitura prospectiva necessária à formação de decisão pelos clientes que assisto. Esclarecido esse ponto, que permite que o amigo possa situar-me mais adequadamente no contexto da pesca esportiva, e no uso dos conhecimentos adquiridos nesse tema e na confiável base de dados de que disponho, inclusive em matéria normativa e de tendências socioeconômicas, aduzo que me é por demais fácil antever o rumo dos acontecimentos, isto é, construir cenários prospectivos mais que críveis, bastante evidentes. Não por menos produzi, no juízo de muitos, o que achavam no início tratar-se de mero "ruído", oriundo de pessoa envolvida em interesses ilegítimos ou escusos de terceiros. Ledo engano. Como membro do Fórum, a intenção sempre foi a de um alerta geral, fundado no conhecimento específico das alterações em andamento, notadamente em relação às terras indígenas brasileiras. Ponto importante a esclarecer é o que respeita ao Jurubaxi. O amigo incorre em equívoco ao concluir que o rio não está situado em terra indígena. Está sim. Basta pesquisar Jurubaxi-Téa em seu navegador e terá esclarecido o equívoco. Demais disso, a IN 003/2015 da FUNAI define o alcance da normativa relativamente ao etno-turismo e o turismo de pesca em áreas habitadas por povos indígenas. Não há necessidade de a área ser homologada como Terra Indígena para ter impostas severas condições de acesso a seus recursos naturais ou imateriais, basta ser habitada ou ser tradicionalmente utilizada por esses povos. Outro aspecto a comentar se refere à figura e o que é atribuído (injustamente) ao titular da River Plate, Luis Brown, se levarmos em consideração que todos os empresários de todos os setores da economia, em todas as partes do mundo disputam com as armas que têm as posições mais vantajosas nos mercados, e a River Plate não é exceção. No mais simples cenário da pesca, vejo no cotidiano dos povos da floresta inúmeros operadores fazendo o impossível para lograr autorização para pescar num ou noutro rio, inclusive mediante falsas promessas e mentiras das mais deslavadas. Noutro viés, devemos nos perguntar qual o empresário que não sonha em ser operador exclusivo numa dada bacia hidrográfica, em oferecer no mercado um pacote exclusivo e diferenciado, que lhe permita praticar preços diferenciados em seus pacotes e ao final obter segurança jurídica no médio e longo prazo e maiores lucros? A regra básica a seguir, senão única, no caso em exame, não é a de divertir-se em ver a River Plate ou qualquer outra empresa investindo e perdendo tempo e dinheiro na busca por áreas exclusivas de pesca, a Untamed (Marié) explica e fundamenta exemplarmente este argumento), já que poderia perder, porém ganhou, com a aceitação dos concorrentes. A desconsideração desses fatores, em minha modesta avaliação, contamina um admissível juízo de valoração. Também creio ser justificado acrescentar uma pequena digressão acerca de outros comentários de sua postagem, começando pelos aeródromos supostamente clandestinos implantados pela River Plate no Jurubaxi. Os documentos a que tive acesso demonstram que esse processo decorreu de concessão do Estado do Amazonas e foi indevidamente entendido pela Polícia Federal como parte de uma estrutura vinculada ao tráfico de drogas. O respectivo inquérito concluiu pela imputação insubsistente, liberando o uso do aeródromo pela empresa. Seguindo adiante, o amigo firma que as demais operadoras do Jurubaxi, caso preteridas, partirão para a revanche contra qualquer empresa que venha a operar exclusivamente naquela bacia. Independentemente de qual seja a empresa ou empresário que alcance essa condição, deverá estar de posse de autorização específica da FUNAI-SEDE, conferindo-lhe a necessária segurança jurídica e a proteção decorrida da Lei. Desconsiderar tais condições resultará em sérios problemas, e creio estar 100% certo, afinal, quem se insurgiu contra a Untamed no Marié, participando ou não do processo seletivo? Daí, com a devida vênia, quem ousa afirmar que se trata de mero "ruído" sou eu. Ao concluir, amigo, quero consignar que a motivação de tenho para adentrar esse tema, levando-me a reuniões com a Procuradoria-Geral da República, FUNAI, Universidades, cientistas, órgãos públicos de planejamento e meio ambiente, organizações sociais e povos ribeirinhos (indígenas ou não), se baseia numa ideologia sedimentada e bastante solidificada, e nesse contexto não me preocupa outra coisa senão o desenvolvimento social e econômico em perfeita harmonia com o uso inteligente, responsável e racional dos recursos naturais. Como bem sabe, a população mundial cresce numericamente na exata proporção do decréscimo da capacidade da natureza em fornecer os insumos que dela se extrai, em volumes cada vez maiores. Nessa linha, me são importantes os cuidados e a defesa da mais ínfima forma de vida, em razão de sua função ecológica, nesse todo que chamamos de lar. Nada além disso. Agradeço por mais esta oportunidade e renovo abraços. Gilbertinho da Amazônia
  22. Beto, no ano 2.000 protagonizei a elaboração de um projeto de uma Central de Controle Ambiental na boca do Rio Branco, que se prestaria ao combate da pesca predatória e às atividades da PF (narcotráfico), Receitas Federal e Estadual e de formação da mão-de-obra ribeirnha. A imprensa roraimense, a classe política e os órgãos que se beneficiariam do projeto aplaudiram a iniciativa, exaltando-a como essencial ao desenvolvimento sustentável, o combate ao crime organizado e â melhoria do desempenho fazendário. Beleza. Estamos em 2017, governadores e demais políticos se sucederam, recursos financeiros para o projeto foram bloqueados em razão de inadimplência governamental, e ficou nisso até agora. Recentemente, o presidente da FEMARH (órgão ambiental estadual) alardeou que receberia como doação uma balsa que se encaixaria muito bem a essas finalidades. Consultando-o a respeito, informou que o negócio não deu certo e me exibiu uma nova planta do projeto, dizendo que logo será executado, se o governo liberar a verba. Quem acreditar nisso acredita em Papai Noel. Esse é o retrato da administração pública no País, exceto quanto a meter a mão em nosso bolso. Nisso é de fato séria e eficiente, até porque a corrupção assim o exige. Quanto ao abate dos grandes cardumes do Tucuna, acredito que esse desastre ecológico será evitado exatamente pelo "inimigo" que enxergamos no horizonte atual: a pesca regulamentada em terras indígenas. Isso porque fora dessas áreas atuam os "geleiros" do Amazonas, que dizimam tudo o que vêem pela frente. Conhecendo perfeitamente a qualidade de nossa classe política, os interesses eleitoreiros farão com que o fiel da balança se incline para esse lado, afinal, são incontáveis as colônias de pesca na região amazônica, envolvendo milhões de eleitores, sem falar nos frigoríficos que bancam campanhas de partidos e candidatos em troca da defesa de seus interesses. Logo, são as áreas de pesca em terras indígenas que salvarão muitas espécies da extinção, especialmente o Tucunaré, e por tal razão defendo o prosseguimento desse processo. Por último, não acredito em monopolização da pesca nessas áreas, ainda porque, além de irrazoável, pode ser contestada em juízo. Isso não significa entender que todas as operados atuais permanecerão em atividade garantindo boas pescarias. Não há espaço para isso. Veja que só Barcelos tem mais de 30 operadoras. Somente algumas, mais estruturadas e preparadas estarão aptas a operar nas terras indígenas, mas é certo que o ganho nos resultados da pesca pesarão mais em nossos bolsos. Tenha em conta que os "gringos" se dispõem a pagar altos valores para pescar em locais protegidos e com possibilidades de quebra de recordes mundiais, o que refletirá nos preços dos pacotes. Exemplo claro é o Marié, que custa US$7 mil por 5 dias, lembrando que alguém aqui no Fórum criou um tópico em que dizia que o Marié era a última morada dos gigantes, ou algo parecido, o que não pode ser desmentido. É isso. Creio que devidamente compulsados os fatores relacionados ao tema, alguns agora trazidos a lume nessa minha modesta digressão, nos resta aceitar ou aderir à causa protecionista ou preservacionista dos gigantes, nos termos em que situei, visto que não há opção alternativa. Abraço do Gilbertinho ,
  23. Fred, você está certo. além de as operadoras poderem criar cooperativas, já existe a possibilidade (prevista em editais) que as propostas podem advir de consórcios empresariais. Isso pode democratizar o processo, mas é certo que a exemplo do Marié (tem mais de 500 km de extensão), uma só operadora, cooperativa ou consórcio poderá operar, dentro da capacidade de suporte definida pelo IBAMA, que no caso citado foi de 98 pescadores por temporada, apesar da extensão do rio. Para quem pesca, essa condição em nada altera o valor do pacote, que prevejo ficar num patamar bem mais elevado que o atual. Em suma, tanto faz quem opere, quem paga a conta será o pescador, e ainda sob regras mais restritivas (aspectos etno-culturais). Abraço.
  24. Caro Fred, A sugestão é válida. Mas veja que em relação ao Marié, foi publicado na Internet e outros veículos de comunicação um edital convidando empresas a apresentarem propostas para operar a pesca esportiva naquela bacia, isso deu-se em 2014. Apenas 3 empresas atenderam ao chamamento; uma foi desclassificada e as restantes seguiram na disputa. Uma delas a River Plate, do referido Luis Brown, a outra, que nunca desenvolvera atividades no Brasil, foi a Untamed. Ao final, esta foi declarada vencedora, e desde então segue operando no Marié. Importante citar que o Ministério Público Federal acompanhou o processo desde o início, validando posteriormente seu resultado. Não tenho dúvida alguma que o desenvolvimento das atividades de pesca esportiva em todos os rios situados em Terras Indígenas obedecerá o mesmo padrão (o que eu já havia alertado neste Fórum), que é imposto e co-executado pela FOIRN (Federação dos Povos Indígenas do Rio Negro), IBAMA, ISA (Instituto Sócio Ambiental), Associações Indígenas e finalmente as populações indígenas habitantes de cada rio que tenham interesse em permitir a pesca em suas terras. Tudo com a supervisão do MPF. Parte significativa desse roteiro está previsto em Lei, é difícil sua reversão. No que toca às operadoras de turismo de pesca - sem exceção, é importante ressaltar que nenhuma delas está impedida de apresentar propostas quando da publicação de editais, sempre a cargo da FOIRN (vide página na Internet), quando a pesca contemplar terras indígenas do Rio Negro. Em linhas gerais, adianto que os preços dos pacotes tenderão a subir com esse processo, já que a contrapartida que as empresas deverão pagar aos indígenas é de no mínimo 10% da receita bruta da empresa (superior a 50% da receita líquida). Também são exigidos investimentos em infraestrutura de saneamento, comunicação, logística, agricultura, etc. nas aldeias, a capacitação e contratação de mão-de-obra local (inclusive guias) e agentes de fiscalização ambiental, monitoramento e fiscalização. É o que em grande parte explica o alto valor do pacote do Marié. Não tem pra onde correr, caro amigo. Em resumo, entendo que são injustificáveis as críticas que li a respeito do empresário Luis Brown, dado que sei que ele não criou os problemas agora presentes, ao contrário, é vitimado por eles, como os demais. O que o diferencia é que tem um corpo jurídico e técnico bastante eficiente, que acompanha par-e-passo toda e qualquer alteração ou novidade que provenha leis ou normativas de órgãos públicos, definindo a seguir estratégias de enfrentamento e resolução, a um significativo custo, sem mencionar os desgastes. Os concorrentes ficam na arquibancada deixando o jogo rolar, quando deveriam fazer o mesmo, sob pena de perderem voz, mercado e dinheiro. é o velho problema do setor: não há união ou comunhão na defesa de interesses comuns, o que há é uma disputa ferrenha por áreas de pesca, sem se darem conta que esse padrão licitatório irá se estender naturalmente a todas as regiões da Amazônia. No meu entender, esse processo resultará numa drástica redução no numero de operadoras de pesca. Se a turma tiver interesse em conhecer verdadeiramente a causa do problema, basta digitar "in 003/2015 Funai", e ainda visitar a página da FOIRN (basta digitar no navegador). Fico por aqui, esperando haver esclarecido parte da questão. Abraço do Gilbertinho
  25. Creio que os que gostam ou querem pescar no Jurubaxi não serão prejudicados. O mesmo não se pode dizer das empresas, o link da reportagem postada pelo Beto é bem esclarecedor. Que ninguém tenha dúvida que será a repetição do ocorrido no Marié, cuja exploração comercial foi licitada e apenas uma empresa de turismo de pesca (boliviana) opera a partir desse advento. Em breve veremos a licitação do Jurubaxi. É o "ruído" tão criticado neste Fórum, quando foi dado o alerta para os colegas terem cuidado na compra de pacotes de operadoras da região. Os fatos de agora me dão razão. Vou além: em se tratando de rios situados em Terras Indígenas do Rio Negro, o tratamento e a advertência permanecem os mesmos. É um caminho sem volta, todos precisaremos nos adaptar a ele. Gilbertinho
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