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Gilbertinho

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Tudo que Gilbertinho postou

  1. Turma, Além de Arrais Amador, também possuo carteira da Marinha Mercante, na condição de marinheiro de convés. O Fabrício está prestando um verdadeiro serviço de utilidade pública, trazendo dicas e soluções de aprendizado para a obtenção das carteiras emitidas pela Marinha. É um processo um pouco chato, burocrático e anacrônico, pessoalmente tive de estudar para dois exames diferentes, mas com muitas perguntas semelhantes. Quando às reclamações sobre a máfia que envolve a emissão de carteiras, além de validá-las plenamente, acrescento que isso afeta também os registros de embarcações. Tentei pessoalmente regularizar uma lancha numa certa capitania da Marinha e me foi exigido que levasse o barco até lá para vistoria (700 km de distância), o que é absurdo. Na verdade, se trata de criar dificuldades pra vender facilidades. Não deu outra, coloquei um despachante no caso, gastando mais de 2 mil, e nunca precisei fazer nada, exceto mandar uma foto do barco para o cara. É mole? Nem equipamentos de salvatagem eu havia comprado na ocasião. Depois falam dos políticos que, salvo raríssimas exceções são corruptos. mas enlamear a imagem das forças armadas com esse tipo de comportamento é o fim da picada. Tenho as apostilas dos cursos que fiz, e também guardei as normativas citadas neste tópico. Embora tenha achado muito fáceis as provas, quem tiver dificuldade em encontrar apostilas e as normas pode me acionar, vai ser um saco achá-las no baú e escaneá-las, mas o que se pode fazer? Ajudar outros deve ser também missão de vida, e o capitão do Fórum, que gosta muito de rotular os colegas como pescadores de lobó (não vou esquecer essa grave afronta) já deu esse bom exemplo. Abraços do Gilbertinho, pescador da Amazônia (antes era pescador de lobó da Amazônia. Arre!!)
  2. Uma pequena correção: você pode levar as cópias de seus documentos, mas precisa também levar e apresentar os originais. É prerrogativa de servidor federal (é o caso) dar autenticidade a documentos apresentados por terceiros.
  3. Fábio, Você andou bem perto de solucionar o problema, quando descreveu o modo de saber se a mijolina é adulterada. Mas errou feio numa coisa: a mijolina nacional vem com a adição de quase 30% de álcool, daí o seu teste nunca irá apresentar 100% da gasolina comprada. Ao separá-la do álcool, o volume irá sempre diminuir, isso sem contar outros batismos. O que faço rotineiramente é o seguinte: compro tipo 20 litros de mijolina comum, coloco metade num garrafão translúcido (desses de água mineral comprados em supermercados e distribuidoras), coloco outro tanto de água torneiral, agito e deixo decantar por poucos minutos. Daí meto (ou introduzo, é mais técnico) uma mangueira fina até o fundo do garrafão e dreno o álcool e outras substâncias do batismo, fáceis de identificar por sua cor esbranquiçada, parecendo leite de vaca leiteira. Uma gosma. Perco nesse processo mais ou menos 30% da mijolina que comprei, então resta apenas entre 7 e 7,5 litros de gasolina pura, que é o que uso em meus motores de popa, roçadeiras, geradores, carros e motocicleta, entre outros. Aparentemente sai caro, mas economizo com manutenção, substituição de peças e componentes corroídos e entupidos da linha de combustível, e ainda obtenho um desempenho muito melhor ao que proporciona a mijolina da Dilma. Abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia
  4. Marcão, Cabos de bateria trafegam altas amperagens, apesar da baixa voltagem. Quanto maior a distância do equipamento ou motor que demandará a energia, maior deve ser a bitola dos cabos. Apesar de você não haver dado essa informação, oriente-se pela bitola ou diâmetro dos cabos de bateria de motores automotivos, que são projetados para suportar a amperagem exigida nos momentos de pico da demanda por energia elétrica, basicamente quando se dá a partida no motor. Importante ter em conta que em qualquer fase de operações, os cabos elétricos não podem apresentar sinais de aquecimento, devem "trabalhar" de acordo com a temperatura ambiente, em contrário há o risco de incêndio provocado por superaquecimento. Finalmente, considere que não constitui pecado utilizar cabos de diâmetro (ou bitola) mais grossos, é garantia de que não haverá risco de incêndios. Pecado é usar cabos finos, é certeza de problemas. Espero ter ajudado. Abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia.
  5. Alex, O post é bem antigo, mas como está ativo no Fórum, gostaria de opinar sobre alguns aspectos abordados por você. Primeiro, é que o projeto técnico foi muito bem desenvolvido, parece cumprir satisfatoriamente o que promete; Segundo, acho o comparativo com barcos de alumínio soldados um tanto questionável, senão infeliz, porque sempre tive e tenho barcos em fibra, alumínio rebitado e também alumínio soldado. Os soldados não dão manutenção alguma, a não ser que você resolva trepar num pedral ou dar uma cacetada num tronco, e nesse caso, com a fibra não é diferente, haverá ruptura no casco. Terceiro, contra a fibra pesa o maior peso do casco, qualquer um sabe disso e, como não poderia deixar de ser, esse fator é determinante de um menor desempenho e um maior consumo de combustível. O lado positivo é que a fibra permite um acabamento bastante superior em relação aos de alumínio, diante de nossas atrasadas tecnologias de fabricação. Tenho um Jet Boat Yamaha 2002 LS, construído em fibra nos EUA, com parelha de motores de 135 HP cada, e apesar do excepcional design, recursos e acabamento, tenho de conviver com um consumo de 100 litros/hora, navegando a 60 milhas ou 110 km/hora. Muito bonito o barco que você expôs, mas não considero válida sua comparação com barcos de alumínio soldados, tão seguros quanto, além de mais leves e econômicos. Desculpe pelas observações contrárias. Abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia
  6. Leandrão, Já tive uma chatinha idêntica à sua, quando morava e pescava no Pantanal de Mato Grosso, hoje moro em Roraima. A única diferença é que o motor era um Evinrude 15, bom à beça e muito andador, o casco ajuda muito, desliza pra valer e tem ótima estabilidade. Tomei muita cerveja em apostas de velocidade que ganhei com essa tralha, nunca perdi uma sequer. Entretanto, tenho reparado que alguns colegas vem dizendo que a adição da plataforma de proa caiu muito bem, mas o caso é que quando comprei a minha (zero), essa plataforma era de fábrica, e para dizer a verdade, foi um dos motivos que me levaram a comprá-la, diante de sua inegável utilidade e a segurança que proporciona. Hoje tenho barcos e motores diferentes, bem mais possantes que o bom e velho "quinzinho", mas consegui esses dias comprar uma Marajó de 17 pés, ano 1990, bem baleada, mas era também uma aspiração que sempre tive ao longo do tempo. Sempre quis ter uma das antigas mas era difícil encontrá-la. Como tenho tempo e equipamentos, reconfigurei os bancos, deixando o convés livre de obstáculos (retirei os bancos transversais, que gostam de dar tombos e machucar a canela) e instalei um Mercury 40 EO, zerinho. Agora vou construir uma capota baixa em alumínio e acrílico, quero me sentir como se estivesse guiando um carro, só o deck de popa terá uma altura suficiente para ficar de pé e manejar as tralhas. Essa opção um tanto inusitada decorre do fato de eu viajar muito aqui na Amazônia, chegando a percorrer numa única viagem de trabalho algo em torno de 700, 800 quilômetros, e é bastante comum enfrentar chuvas em certos trechos, além de muito sol e vento na cara o tempo todo, judia muito. Como as outras lanchas que tenho são maiores e mais pesadas, gasto muito com combustível, e espero que a Marajó reduza bastante esses custos, embora não ofereça o conforto e o desempenho que as demais proporcionam. Mas olha, quando li o tópico que você postou, de imediato me veio à memória o melhor barco pequeno que já tive. Essa chatinha á pra lá de boa, é ótima, e a marca Levefort dispensa comentários. Se puder, me diga o ano de fabricação dela para dirimir a dúvida que tenho sobre a plataforma de proa, pode ser? Parabéns pelo barco e também pelo estado de conservação do que você postou, parece tudo saído de fábrica agora. Lindo mesmo. Abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia.
  7. Fábio, Em parte, vou responder na gozação, mas a resposta tem um fundo de verdade. Então vejo assim: Onde a musculatura dói mais é onde você precisa exercitar. Falando um pouco sério, já que às vezes faço isso, há hoje operadoras que levam um fisioterapeuta a bordo, ainda porque há um sem-numero de pessoas com idade avançada que adoram pescar e, mais que tudo, não têm preparo físico para tanto. Daí, ao final do expediente, os que sentem dores musculares e outros agravos por conta da atividade física da pesca passam por uma sessão de terapia intensiva, na base do óleo elétrico e de massageadores, fazendo com que durmam melhor e estejam prontos e renovados para o dia seguinte. De outro lado, é preciso ponderar que as pessoas exercitam no dia-a-dia atividades que ora fortalecem uma dada musculatura em detrimento de outras, daí fica difícil precisar o que cada pescador irá sentir na pescaria e o que ele precisa fortalecer. Quem está acostumado a subir escadas, por exemplo, não sentirá impactos nas pernas, ao passo que um tipo sedentário enfrentará dores em todas as partes do corpo. O tema justifica plenamente o tópico aberto por você, e certamente muitas opiniões refletirão o pensamento dos comentaristas, auxiliando a turma a se prevenir quanto a tais sintomas. Abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia
  8. Márcio, Blz; é muito bom recebê-lo aqui no Fórum, com certeza seus conhecimentos e experiências ajudarão a compor a maior base digital sobre a pesca esportiva no país. Não tem essa de se preocupar em fazer comentários infelizes, especialmente porque a infelicidade remete à construção da felicidade. No mais, aqui muito se ensina e muito se aprende, é uma construção coletiva do conhecimento e do prazer em compartilhar aprendizados e aventuras com uma turma tão seleta como a do FTG, embora essa turma da administração faça questão de chamar de pescador de lobó todo novo membro do "clube". Eles justificam dizendo que é o "sistema" que impõe a classificação, mas na verdade é pura sacanagem, não se preocupam com nossos sentimentos. Rsrs. Não esqueça também de honrar sempre as melhores tradições dos aficionados da pesca, contando alguma mentirinha de vez em quando, afinal, pescaria e verdade são termos antagônicos em sua própria natureza, não podem caminhar juntas. Mas sempre fazem a gente rir com casos engraçados e até com histórias verdadeiras que a gente vivenciou, nem que os demais colegas achem que é tudo mentira. Vale a pena de qualquer jeito. Fico por aqui, esperando que de algum modo possa lhe ser útil em tópicos apresentados no Fórum. Grande abraço e bem-vindo Gilbertinho, pescador da Amazônia
  9. Vagnão, Minha filha trabalha como intérprete para uma empresa que recebe turistas estrangeiros na Amazônia. Ela me dizia das dificuldades que alguns pescadores (holandeses) tiveram na semana passada com as iscas adquiridas em sua terra natal. Todas muito bonitinhas e bem acabadas, porém inócuas na pesca dos tucunas. Daí ela chamou o gerente da operação e situou o problema, que foi amplamente resolvido com as tais "Jigs", que certamente alguns colegas do Fórum já listaram ou ainda vão listar, infelizmente não tenho nenhuma em minhas tralhas, senão postaria fotos pra você. Caso ninguém se atreva a resolver, me diga que eu providenciarei algumas delas e posso até lhe mandar por correio. Abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia
  10. O vídeo postado pelo Fabrício lembra bastante o arranjo geral do Jet Boat Yamaha. Nele, o mesmo tipo de compartimento para tralhas está presente e inteiramente dissociado do compartimento dos motores 135 HP (em parelha). O acabamento é de boa qualidade, bem lisinho e claro (gel branco) facilitado por se tratar de casco em fiberglass. Da popa para a proa, está situado o tanque de gasolina de 150 litros sob os bancos traseiros. No centro há um compartimento longitudinal, perfeito para guardar caniços de pesca. Sob o painel de comando, há dois depósitos para guarda de objetos de tamanho médio, e finalmente tem também outro depósito sob o assento da proa. Tudo bem pensado e bem acabado, a fiação não fica exposta. Minha única preocupação é com a bateria, abrigada no mesmo compartimento dos motores. Mas como diz o Fabrício, creio estar me preocupando à toa, diante das exigências da construção naval dos EUA. Creio que as críticas à má qualidade dos porões da maioria dos barcos nacionais, muito bem abordadas e evisceradas neste tópico devem chamar a atenção dos fabricantes, porquanto refletem o descontentamento de uma clientela qualificada e cada vez mais exigente quanto aos quesitos de qualidade geral, a exemplo das críticas que faço sobre barcos ainda construídos com arrebites. Gilbertinho, pescador da Amazônia
  11. Olá Guy, Muito bem-vindo. Sou pescador de rios e lagoas, mas certamente você irá encontrar muitos amigos aqui no Fórum que curtirão boas pescarias com você. Quero adverti-lo que aqui a mentira é institucionalizada, quem falar sempre a verdade sofrerá sérias censuras, talvez até mesmo penalidades. Deve proceder como a personagem de Chico Anísio, que contava aos amigos que havia pescado um Lambari (peixinho miúdo de córregos e lagoas) de 99 quilos, quando sua mulher, Terta, lhe interrompeu: por que não fala logo 100? Ele respondeu: Vou mentir pra que? Brincadeiras à parte, é sempre bom ver o Fórum crescer em quantidade e qualidade. Embora sua "ficha técnica" revelar-se muito econômica, deduzo que há um ligeiro desvio em sua inclinação para a pesca, já que o prenome Guy o identifica como homem da floresta, nunca do mar. Daí seu ambiente de pesca natural deveria ser nas florestas, preferencialmente na Amazônia. Bem, fico por aqui, aguardando tópicos que certamente você irá postar contando suas aventuras, dúvidas, ensinamentos e conquistas (sempre no universo da pesca, não entenda mal). Abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia
  12. Marcão, você está indo bem. É sempre bom aprendermos a lidar com nossas máquinas, até porque às vezes elas resolvem dar pepino no meio de um rio quando a gente está no meio de uma pescaria, aí um conjuntinho de ferramentas, algumas peças básicas e um pouco de conhecimento podem trazer um grande alívio. Mas têm razão o Fabrício, muita gente do FTG pode te ajudar, mas para isso você deve informar de que motor se trata (marca, potência e ano), pra que o pessoal possa contribuir com boas dicas. Mantenha sempre firme essa disposição de conhecer e consertar suas tralhas. Uma hora dessas o faça-você-mesmo vai lhe tirar de um grande apuro (não é mau-agouro, é como a diferença entre avião e helicóptero: não se deve perguntar se o segundo irá cair, a pergunta é quando) Motor de popa é assim também, cedo ou tarde... Ficamos todos no aguardo de suas informações. Abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia.
  13. Marcelão, Também tenho um quarentinha EO 2T da Mercury, e piloto com ele destravado, como sempre fiz com motores de menor potência que tive. Tenho motores de maior potência, todos com trim, que permite um ajuste fino da máquina, otimizando velocidade e desempenho. Porém, esse recurso mantém o motor travado, e uma batida na rabeta pode trazer sérias consequências. Já pensei em modificar o trim deixando a rabeta destravada para prevenir esse risco nesses motores maiores. Em relação à sua preocupação com a ré no motor destravado, nunca tive problemas com isso, mesmo em motores de menor potência, é ir com cuidado, acelerando de leve. Leve também em conta que ninguém usa a ré com aceleração alta, até em função do perfil da popa. Assim, considero desnecessário o trim em motores até 40 HP, e creio que a Mercury pensa do mesmo modo, caso contrário teriam colocado nos 40. Vai um abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia
  14. Rapaziada, Tempinho atrás estava eu visitando uma senhora viúva onde moro (não havia segundas intenções), na companhia de um conhecido dela. No quintal, jogado como uma casca de banana, vi o que restava de um Johnson 45 HP. Pedi permissão para olhar de pertinho, e me surpreendi com a qualidade do que antes se fazia. Não há uma só peça de plástico externamente, tudo é na base do alumínio fundido, pesa paca. Empolgado, perguntei se ela o vendia, e ela respondeu que pertencera ao finado e que poderia levar de graça, só pra desocupar espaço. Trouxe para casa, chequei muita coisa, comprei várias peças pela web, inclusive o kit de partida elétrica, e logo essa raridade retornará à vida. A quem perguntar o que eu quero com essa "tranqueira", já que tenho motores seminovos de maior potência instalados em meus barcos, a resposta é bem fácil, é um misto de saudosismo e orgulho de ter em meu acervo náutico o que poucos podem se gabar de ter. Dito isso, sugiro que o amigo não desanime, cuide com carinho dessa preciosa máquina. Abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia.
  15. Olá, Saverio, Bem-vindo ao Fórum. Sou meio que novato nele, e tem sido bem divertido e instrutivo compartilhar conhecimentos e experiências com a turma. Como não poderia ser diferente, há muito mentiroso por aqui, inclusive eu. Diferentemente fosse, não seria um espaço privilegiado de pescadores. Você está no sul, e eu no norte do país. Vivenciamos contextos e realidades diferentes, contudo o ponto convergente é nossa ligação inquebrantável com a natureza, e nela a recreação e o esporte da pesca. Falando nisso, nem faço ideia de como está a região sul em matéria de peixe (qualidade e quantidade), espero que muitos tenham sido salvos da predação perpetrada pela sociedade ao longo do tempo. Mudando de conversa, você diz que está pesando 110 quilos, e a primeira vista, parece que tem muita gordura para carregar. Mas talvez você tenha um tamanho avantajado, e daí esse aparente excesso de peso fica diluído, encaixando-se nos limites da normalidade. Mas esquente não, tenho 68 anos, 18 a mais que você, e durante a vida alternei períodos de excesso e de falta de peso. Penso que ninguém tem o controle de sua bioquímica, uns tendo propensão à magreza e outros ao peso em demasia. Como dizia Sigmund Freud, todo mundo se encaixa numa escala de 0 a 100, em todos os campos da ciência humana. Daí, sem dar sopa ao azar, o negócio é viver (bem) um dia de cada vez, e pelo jeito, você está cuidando bem disso. Finalmente, quero dizer que me aposentei no serviço público, onde você ainda está. Pelo jeito que vai, quando estiver na minha condição de aposentado, sua agenda deve passar de 8 para 52 pescarias ao ano, isto é, uma por semana. Mais uma vez bem-vindo, e me coloco a sua disposição para informar o que sei da região amazônica. Abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia
  16. Cuiabano (permita-me chamá-lo assim), Já fui dessas paragens, pesquei muito no Pantanal, hoje moro em Roraima, a 100 metros do Rio Branco. Tenho alguns barcos, principalmente lanchas, pois viajo bastante entre a cidade e a região do Rio Negro. Recentemente, comprei uma Marajó 17" usada (é a menorzinha das minhas), para ver se consigo reduzir os gastos com gasolina. Decidi por colocar nela um Mercury 40 EO 2 Tempos, que consome 14 litros por hora no top do RPM. Creio que em cruzeiro deve gastar entre 10 e 12 litros. Estou muito satisfeito. Onde comprei (Manaus) paguei 15 pila, veio com o kit de comando, instrumentos de painel e tanque de gasolina. Só não vieram cabos de comando, já que cada barco exige um certo comprimento. A velocidade top com a carga que você descreveu (3 pessoas mais tralhas), deve ficar na casa dos 40, 45 km por hora. Acho que atende muito bem o que você quer. Desejo sorte, e se puder ajudar em mais alguma coisa, é só pedir. Abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia
  17. Velho amigo; A Náutica Titan (ver site) fabricou um belíssimo Jet Boat em alumínio naval soldado. Soube disso pelo Adiel, dono do estaleiro e também revendedor da Mercury em Manaus, onde fui esses dias buscar um quarentinha pra colocar numa Marajó 17" 1990 que redesenhei e estou concluindo a reforma. O Jet que ele fez (para uso próprio) tem a propulsão Mercury 200, e não é pequeno como o que você postou. O cara faz barcos muito estilosos, bem acabados e relativamente baratos, sou cliente dele há mais de 10 anos. Caso tenha interesse em checar, dê uma olhada no site e converse com ele, é gente muito boa, e quem sabe dá certo. Espero haver ajudado. Abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia.
  18. Amigo velho, Em minha modesta opinião, a provável causa e a solução já foram dadas. Vejo como causa o fato de o motor haver ficado parado durante 5 meses. Isso quer dizer que TODA a linha de combustível foi comprometida e precisa de manutenção, a começar com mangueiras externas e internas, bomba e filtro e carburador. O problema está aí, saltando aos olhos. O combustível impregnou, entupiu e corroeu tudo o que podia, é como o cavalo de Átila, o rei dos hunos, a quem foi atribuída a célebre frase "onde meu cavalo passar nem a grama crescerá". É o que ocorre com a Mijolina da Dilma, quem tem nada menos de 30% de álcool misturado, e por onde passa ferra tudo, e é por essa razão que elimino o álcool e detergentes adicionados nas refinarias para obter uma gasolina de boa cepa, que não danifique os motores, especialmente os marítimos. O restante das contribuições que li considero altamente improváveis e algumas até absurdas, devendo apenas ser levadas em conta caso uma boa manutenção da linha de combustível falhe. Aí é pra se preocupar, embora eu ache que não passa disso. Ah, importante também ver o estado das velas e, se for o caso, trocá-las. Desejo-lhe sorte. Abraço do Gilbertinho da Amazônia.
  19. Brunão, Você diz que quer fazer uma extensão, suponho que para utilizar o motor elétrico e outras cositas más. Nesse caso, você deverá usar tomadas (macho e fêmea) POLARIZADA), caso contrário é certo que irá provocar um curto-circuito. Se for assim, não precisa se preocupar com conectores, basta verificar o tipo de contato da tomada e ter o cuidado de conectar o fio vermelho (corrente ou positivo) no positivo da tomada e o preto (ou terra) no respectivo lado, e a mesma coisa com os fios que saem do motor. Enfim, tudo deve estar casado: vermelho com vermelho, preto com preto. Mas se você quer apenas aumentar a extensão do cabo (ou fios) do motor, não há problema algum em emendá-los usando soldagem em estanho para reforçar e isolar cada fio (vermelho e preto no geral ou qualquer cor versus preto, que é sempre o negativo). Caso queira, pode comprar um revestimento sanfonado em lojas de venda de peças automotivas e recobrir todo o conjunto. Esses revestimentos têm um corte longitudinal que permite que vá encaixando o chicote (ou os fios) de ponta a ponta. Termine o processo com fita auto-fusão em cada extremidade do novo chicote. A fuga de corrente, nesse caso, é desprezível ou totalmente nula, dependendo da bitola do fio, já que estamos a falar de mais 2 ou 3 metros a mais. Observe que a regra básica é: quanto menor o diâmetro ou bitola, maior a dispersão de calor e consequentemente da perda de energia. Não use fiação de menor diâmetro que a existente no motor. Espero ter sido útil. Abraço do Gilbertinho da Amazônia
  20. Pessoal, Toda vez que vejo algo assim fico furioso comigo mesmo, porque nunca cultivei o hábito de fotografar coisas super interessantes como essa. Se tiver alguma foto do meu casamento e dos meus filhos, é por que alguém se lembrou disso. Sou uma catástrofe nesse sentido. Mas isso não significa dizer que não tenho fotos históricas de canoas e barcos muito antigos, a exemplo da caravana do presidente Roosevelt na Amazônia. Ele esteve aqui em Roraima junto com o marechal Rondon e um amigo me passou algumas fotos em que eles e suas comitivas posaram junto a embarcações da época. Prometo encontrá-las e postá-las para seu deleite. Parte delas são de balsas de madeira que foram utilizadas na hidrovia Amazonas-Roraima até os idos de 1950. Sobre canoas aqui na Amazônia, ainda há quem as utilize para vencer até 300 km de navegação numa única viagem, sem utilizar motor algum, somente na base do remo tipo rabo-de-boto, que tem a pá grande e arredondada, própria para águas profundas. Um desses de quando em vez eu via, tratava-se de um Calafati, que é o cara que faz a calafetagem dos grande barcos de itaúba preta, que ainda fazem as linhas do Rio Negro. Mesmo morando em Manaus, o cara ia e voltada de Novo Airão montado numa canoa de 5 ou 6 metros, latinha à mão para drenar a água que invadia nos banzeiros do rio. Interessante é que ninguém daqui pilota canoas como nós da cidade, fazemos, sentados na popa. O ribeirinho se senta no banco bem a frente na proa e dali rema e controla a direção do barco, e constatei que é bem mais fácil e producente. Tive duas que já se mandaram, uma de louro abacatirana e outra de itaúba preta, como barcos de suporte quando nas incursões em igarapés e lagos de boca franca. São silenciosos e versáteis, ótimos para pegar os peixes de surpresa, e olhe que estou falando de pirarucus e peixes-boi. Aqui na região usam muito o piquiá para fazer canoas. Essa madeira verga muito sem rachar, e é bem oleosa, o que a faz durar bastante no contato com a água. Contudo, embora as melhores madeiras sejam abundantes aqui na Amazônia Ocidental, quem precisar delas terá de percorrer distâncias cada vez maiores, porque os ribeirinhos já deitaram aquelas situadas num raio de 5 a 20 km, dependendo da região e da demanda. Mas enfim, saboreei cada imagem postada, que nos remetem diretamente a um passado hoje impossível de ver retornar, o que é uma pena. Parabéns pela postagem. Gilbertinho, pescador da Amazônia
  21. Marcão, vejo causa certa e causas correlatas, que poderão explicar o problema. São as seguintes: Causa Líquida e Certa: Idade. já que a máquina tem 20 anos de uso. Até a gente, quando fica veinho, bate pino até nas pequenas coisas, e segundo o Discovery, somos as máquinas mais perfeitas do Universo. Ponto. Causas correlacionadas (ou derivadas): primeiro, carbonização, que diminui a dimensão da câmara de explosão e pode provocar perda de parte do combustível, que passa a ser eliminado mesmo antes da detonação. Sugiro que se faça uma descarbonização e aproveite para trocar a junta do cabeçote. Pode também estar havendo problemas com a ignição, que deve ser checada. Se a centelha adiantar ou atrasar, haverá eliminação de combustível não detonado. Esse processo pode ser irregular, ora funciona perfeitamente casado, ora descompassado. É bom checar. Por último, deve ser feita uma revisão completa da linha de combustível, carburadores inclusos. O álcool da gasolina corrói e altera o diâmetro dos furos de gicleurs e provoca danos idênticos aos demais componentes. Lembro que os motores de popa não admitem mais de 10% de álcool na gasolina, mas já estamos a quase 30% na Mijolina da Dilma. Ponto. Caso nenhuma das opções sugeridas funcionar isoladamente ou em conjunto, vai uma última, essa resolutiva: mande seu amigo deixar de ser mão-de-vaca e comprar um motor novo, o atual pode servir como poita. Ponto de novo. Só aproveitando, busco prevenir e minimizar esses problemas retirando todo o álcool da gasolina para usá-la em qualquer máquina que tenho, exceto as flex. Coisa fácil de fazer e vai de encontro às exigências dos motores de popa, e você deve ter a receita. Mas se não tiver, dê um retorno aqui mesmo no Fórum que eu posto. Ponto final Abraço do Gilbertinho da Amazônia
  22. Amigo velho, Considere em primeiro lugar que vamos falar de pintura que até você mesmo pode fazer em casa. Basicamente, há 3 tipos de tinta automotiva que você pode utilizar. A primeira, mais "vagabunda", é o esmalte sintético, embora bem brilhoso (ou brilhante). É como a garota da obra de Osvaldo Rodrigues, Bonitinha mas Ordinária. A segunda, mais moderninha e de base acrílica, é a PU, que vem acompanhada de um pequeno frasco de calatisador, que você vai adicionando à tinta para que ela seque num maior ou menor tempo, depende da quantidade que você coloque. Essa propriedade química impõe que nunca dever catalisar tinta PU para usar noutra oportunidade. Catalise sempre o que vai usar, dispense o que sobrar da catalisada. É bem mais resistente e bem brilhosa que a sintética, e você pode acentuar seu brilho misturando a última camada (ou demão) de tinta uma igual porcentagem de verniz PU, tudo catalisado. Seca bem rápido e fica 10. A terceira, é a tradicional Duco, da Dupont, é laca a base de nitrocelulose. Não tem brilho, mas seca rápido e é bem resistente, talvez mais que a PU. Se resolver seguir por esse caminho, observo que após a pintura de 5 ou 6 demãos alternadas (camadas), você deve lixá-la com lixa d'água 800 ou 1.000 e aplicar algumas demãos do verniz Duco, polindo em seguida (polindo, não encerando, são coisas diferentes). Elimine a primeira opção, que só mencionei por se tratar de tinta bem comum e bem barata. Mas o importante para o sucesso da pintura é sua preparação e o uso de materiais corretos. A preparação requer o desengraxamento de tudo que será pintado (gasolina quebra o galho), o lixamento com lixa d'água 300, e a aplicação de fundo (ou primer) do mesmo tipo da tinta que será utilizada. Aplique de 3 a 4 demãos de primer e lixe tudo de novo com lixa 600. Lave após o lixamento e deixe secar, se quiser acelerar o processo e atingir pontos de secagem mais demorados, um jato de ar ajuda bastante. A seguir, pregue fogo na pintura, tomando cuidado para ir cobrindo aos poucos e alternando o curso da pintura, uma na vertical, outra na horizontal, e sempre assim. Não dê menos de 5 demãos, independente da tinta que usará. O macete da mistura do verniz PU na tinta PU (última camada) já foi dado também por amigos do Fórum. Importante ainda é que você utilize os solventes de acordo com a tinta que vai usar, caso contrário o resultado pode ser decepcionante. Quanto ao capô ou tampa do motor, a receita é a mesma, exceto no que respeita aos adesivos (marca, potência, tipo, etc), que você compra pela Web. Opte por aqueles que podem receber verniz automotivo pós colagem. Finalmente, desde que goste de aprender e fazer coisas em casa, como eu, veja que o que você vai gastar em mão-de-obra paga um compressor portátil tipo Tufão e uma pistola de pintura de baixa pressão, oportunizando que você mesmo faça suas cagadas em casa, sem ter de pagar ninguém para fazê-las. Pode ser que os resultados às vezes sejam apenas razoáveis, mas lhe trarão enorme satisfação e orgulho. Vamos em frente, o Universo é o limite! Qualquer coisa, estou por aqui. Abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia
  23. Gilbertinho fala, Gilbertinho ouve. Novato no FTB, foi a primeira vez que me interessei em cadastrar-de num sitio desse perfil. A motivação era (e é e será) ensinar o que sei e aprender o que não sei, e confesso haver me deparado com abordagens muito interessantes, ora coadunadas com o que sei sobre um dado tema, ora estranhos ao meu conhecimento, mas o certo é que tem valido a pena. Como aposentado, já com 68 anos, tenho tempo para dar uma sapeada no Fórum praticamente todos os dias, buscando informações e conhecimentos de sabiás e pardais ou melhor, da turma dos lobós aos super-pescadores. Todos ensinam todos, quase sempre, e também contribuo com o que sei. Nessa linha, às vezes me deparo com algumas jabuticabas ditas por alguns membros, mas o melhor do Fórum é de fato contar um bom causo, falar de segurança na pesca, ler e falar sobre náutica, que é minha paixão desde moleque, quando só tinha grana para dar uma voltinha na represa de Guarapiranga (SP), numa das lanchas de aluguel com motor do saudoso DKW. Pesquei demais na vida, num modelo muito diferente do que se vê hoje. Muito anzol de galho no Pantanal, freezer cheio de cacharas, surubins e pacus, principalmente. Isso há coisa de 16, 17 anos. Desde então, ao me mudar para o Norte-Amazônico, perdi a tesão pela pesca, mas fiz crescer pra valer meu acervo náutico, especialmente porque viajo bastante por estas bandas desde 1.997, como gestor público de meio ambiente, inicialmente, e atualmente como consultor técnico e jurídico de operadoras de pesca no extremo sul de Roraima. Pesco só pra comer nessas ocasiões e, claro, diante de tanta diversidade, dá pra escolher o que comer, e os melhores não são os grandões, como muita gente pensa. Os pacuzinhos, seguidos dos aracus (piaus) e das matrinxãs bem fritinhos são os melhores. Também não dispenso uma manta de pirarucu quando me oferecem na região. Como podem perceber, começo a falar de assuntos periféricos e acabo por esquecer do principal. Não reparem, é que carrego essa coisa de barcos, represas, rios e peixes há 50 anos, e foi isso me me transformou de paulistano a mato-grossense, amazonense a agora em macuxi (roraimense). E depois dizem as más línguas que paulistano é covarde, nasce e morre em Sampa. Sou prova ainda viva em contrário Voltando ao tema de onde não deveria ter me desviado, é o seguinte: quando me cadastrei no Fórum, recebi de cara a merecida classificação de "pescador de lobó". Merecida porque o sistema foi concebido dentro de uma certa lógica, obedecendo a um comando em que a classificação evolui conforme o grau de contribuição (ou pontuação) que cada membro presta ou recebe. Tudo bem que não há sistema sem falha, mas me parece justo, e deve ser levado na esportiva. O que não aprovo, é que certos colegas vejam nisso uma espécie de competição ou status, e para isso sacam assuntos que a meu modesto juízo não atendem interesses nem preenchem vazios do conhecimento de temas indispensáveis ao universo que cerca os amantes da pesca. Pura bobagem. Vejam os amigos que desde meu ingresso abordo assuntos que considero de interesse geral, centrando-me basicamente em questões jurídico-normativas da pesca, segurança pessoal no geral e em informações da Amazônia Ocidental que podem ser úteis a quem a visita ou pretenda visitá-la. É meu modo de ser e viver este magnífico espaço de interação. Todo o resto, especialmente classificações pessoais, além de bobagem envolvem vaidades e desperdício de tempo. O negócio mesmo, pra valer, é sentir-se útil para alguns e aprender com outros. Falando em críticas, aproveito para alertar nossos moderadores quanto a postagens de negociantes travestidos de pescadores, que se valem do Fórum para divulgar testes e comparativos de seus produtos em espaços reservados para outros temas. Mais adequado seria que o fizessem no espaços de classificados ou anunciantes, privando-nos do desprazer de conceitua-los como pessoas anti-éticas e que cultuam a "Lei de Gerson", em que o negócio é levar vantagem em tudo. No mais, aos colegas que necessitarem de informações sobre minha região, ou o melhor tipo de embarcação para estas águas, ou ainda onde, como e quando podem fazer uma boa e segura aventura de pesca, estou a disposição. Abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia.
  24. Helson, O consumo que vc informou me causa surpresa e/ou estranheza. É que tenho um Evinrude E-Tec 115, com 12 hs de uso, e ele consome 31 litros/hora a 5.000 rpm, atingindo uma velocidade aproximada de 35/40 mph. Está instalado numa lancha alumínio de 19 pés. Observando os dados que você relata, acho que é muita diferença para ser compensada apenas por flaps. Visitando o link http://www.boat-fuel-economy.com/portugues, vejo que seu motor deve consumir 37,4 litros/hora a 5.500 rpm. Mas há muitos outros outros fatores a ponderar, eles devem explicar essas diferenças que acusei. Abraço do Gilbertinho da Amazônia
  25. Fabrício, Verifiquei que o João não informou ainda o consumo da máquina. Segundo o link http://www.boat-fuel-economy.com/portugues, ele consome 40,1 litros/hora a 6.000 rpm. O site não informa a velocidade, já que há muitos fatores envolvidos. Expert como é, você certamente conhece o programinha do link, que contempla inúmeras marcas, tipos e potências. Ao menos quanto ao consumo de meus motores 2T Evinrude 115 E-Tec e Mercury 40 EO, os dados fornecidos pelo programa conferem com os que obtive. Infelizmente, ele não aborda o Jet Boat Yamaha LS 2001 (tenho um), mas sei que gasta nada menos de 100 litros/hora a 5.000 rpm, velocidade de 60 mph. Pelo que o João diz, estou gastando mais que o dobro na mesma velocidade, porém meu barco é muitíssimo mais pesado. Acho que isso explica tudo. Abraço do Gilbertinho, pescador da Amazônia
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