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Gilbertinho

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Tudo que Gilbertinho postou

  1. Alisson. Nunca fui pescador de curimba, depreciativamente chamado "papa terra". Mas lembro bem dos métodos utilizados por gente especialista do interior de São Paulo. É assim: Os caras usavam varas (caniços) de bambu paulista, forte e bem flexíveis. Para aguentar o tranco, já que utilizavam linha fina e anzol pequeno, amarravam no pé da vara uma tira longa de câmara de pneu de bicicleta e a prendiam nalgum ponto bem firme a seu lado, podendo ser um arbusto ou uma própria estaca fincada. A isca consistia numa massa de farinha de trigo (alguns misturavam algodão para melhor fixação e aderência ao anzol), eles a chamavam de "meleca". Chumbada leve, vara fina e bem flexível, anzol pequeno bem "enlameado" com a massa. Diziam eles que não ocorria uma "puxada" forte, capaz de curvar a ponta da vara. Ela somente tremia bastante quando os curimbas praticamente "lambiam" a massa contida no anzol. Aí era o momento da fisgada. Sempre que bem sucedida (e diziam pegar muito peixe) o cara não mantinha a vara (ou caniço) na mão. Deixava a tira de borracha "cansar" o peixe. Fazer em contrário traria o risco de partir a linha (0,20). Segundo eles, pegavam exemplares de até 2 kg de peso, o que de fato é possível, porque pesquei muito no Pantanal e capturávamos exemplares bem grandes, que utilizávamos para fazer uma farofa peneirada e temperada bem saborosa e pescar cacharas, surubins e pintados. Pelo que conheço sobre pesca, acredito que essa metodologia funcione mesmo, porque o pessoal da antiga que pescava na maioria dor rios de Sampa só tinha curimbas, piavas e outros arranha-gatos pra pescar. Espero ter ajudado. Gilbertinho
  2. Felipão, O valor orçado não é alto, é absurdo. Com um conhecimento mínimo, qualquer pessoa pode instalar os equipamentos que você citou. Nesse sentido, os manuais do fabricante são indispensáveis. Mas de cara sugiro o seguinte: BOMBA DE PORÃO Você tem duas opções: adquirir a bomba que traz integrado o gatilho de disparo (mais prático) ou as duas partes em separado. No primeiro caso, a fiação já vem OK, basta conectá-las à bateria 12V. Veja que a bomba deve estar fixada no fundo da embarcação, o mais próximo possível do espelho de popa, que é onde a agua mais se acumula. No segundo caso, a instalação elétrica requer que o fio que alimenta a bomba (tanto faz se você escolher o positivo ou o negativo da bateria) passe antes pelo gatilho, que nada mais é que um interruptor de corrente, que é acionada quando o nível de água no porão atinja um certo ponto. Observe que a exemplo da bomba, ele deve estar situado próximo ao espelho de popa. Quanto à mangueira de esgotamento, o mais comum é usar mangueira sanfonada, que faz curvas sem provocar dobras que fatalmente interromperão o fluxo de água. Pode medir por qualquer meio o diâmetro da saída de água da bomba, comprar (caso não tenha) o nip de escoamento de água do bote, observando o diâmetro da mangueira. Essa parte está encerrada. Ah, um lembrete: além de manter alimentado o sistema, fazendo com que a bomba opere em modo automático, também é possível (e eu uso) um fio de alimentação direto e independente da bomba, controlado por uma chave liga-desliga no painel. Assim, se der uma pane no interruptor automático da corrente de alimentação da bomba, basta ligá-la pela chave do painel. SONAR Esse tipo de equipamento vem sempre com bons manuais de instalação, não tem como errar, a instalação é bem simples. Observe apenas a posição do transponder, que deve ser fixado (o kit traz todos os acessórios) no espelho de popa, a pelo menos 10 cm do sistema de propulsão, ficando paralelo à popa, ligeiramente abaixo do fundo do bote. Veja o que recomenda o manual, no caso da Garmin é assim. O transponder é conectado ao display de navegação (fixado no painel do barco) por uma conexão elétrica que já vem pronta para encaixar no painel. Basta seguir o manual quanto ao percurso dessa fiação de um ponto a outro (popa e painel). Daí resta providenciar a alimentação do sonar. Nos dois casos, sempre é recomendável que você tenha disponibilidade de chaves liga-desliga com fusíveis no painel, lembrando que para o caso do interruptor da alimentação essa medida não é aconselhável, diante de em eventual esquecimento do piloto. Finalmente, respondendo objetivamente ao que você perguntou, entendo que a mão-de-obra para instalação desses itens não pode passar da metade do valor orçado na marina. Qualquer dúvida, responda em citação nesta mesma postagem. Gilbertinho
  3. Capita, sem problemas, o Fórum é do Biguá, e a ele me submeto. Contudo quero aclarar o seguinte: Regularmente visito o site, observando quase sempre (para não dizer sempre) a presença de vários tópicos na página principal que tratam especificamente da pesca. Somente hoje, que o movimento está relativamente fraco, há pelo menos 3 tópicos dessa natureza, postados em diferentes datas e que não foram movidos para outro lugar, como ocorreu em meu caso. O problema do link Assuntos Gerais da Pesca, é que os tópicos não observam ordem cronológica e não foi concebido para fornecer informações temáticas, na verdade, ignoro o critério adotado para seu ordenamento (ou organização). Como outros membros, recentemente propus-me voluntariamente a colaborar na construção de um redesenho do site como um todo, porém o assunto foi dado como esquecido ou postergado. Ressalto que após seu comunicado, tentei localizar o tópico que postei para sua nova locação, sem lograr êxito, o que não significa afirmar que não está lá. Gostaria que soubesse que as informações que pedi são importantes, já que pretendo pescar no Jurubaxi na próxima temporada. Tenho amigos nas duas comunidades de lá, mas irei somente se a lei permitir e a pescaria valer a pena. Finalmente, quero asseverar que vejo no Fórum o mais qualificado ambiente de conhecimento e interação sobre o universo da pesca, status que credito em grande parte à sua visão estratégica, iniciativa e dedicação. Confesso porém estar tomado de uma certa decepção pelo ocorrido, uma sensação incômoda, de me sentir digamos, discriminado, apesar de jamais haver recebido uma indicação negativa por qualquer intervenção que tenha feito no FTB, ao contrário. Ignoro se os colegas, movidos por generosidade, tolerância ou reconhecimento pontuaram sempre positivamente meus comentários, ou abstiveram-se de fazê-los, mesmo os que tratavam de assuntos complexos e polêmicos. Como sempre fui um sujeito meio que "desconfiado", quero adiantar ao amigo que, se for visto pela administração do Fórum como persona non grata, por qualquer motivo que tenha passado despercebido, basta acenar para que imediatamente eu dê por encerrada minha participação neste honroso espaço. Quase parafraseando D. Pedro de Alcântara, assevero que "Se for para o bem geral da Nação, eu Vou" Vai um grande abraço. Gilbertinho
  4. Pessoal, muitos membros do Fórum já pescaram na região de SIRN (Santa Isabel do Rio Negro). Gostaria de saber quem pescou especificamente no Jurubaxi, quando pescou e qual foi o resultado da pescaria. Não encontrei essas informações em pesquisa que realizei na web. Pretendo pescar nesse rio na temporada 2017/2018, porém tenho receio de não encontrar espécimes de Tucunaré de bom tamanho. Agradeço antecipadamente a quem possa ajudar. Abs, Gilbertinho
  5. Meu caro, Introduza o que quiser, há boas dicas dos colegas, especialmente quanto ao Tucunaré. Porém, em hipótese alguma pense no Bagre Africano, que basicamente dizima toda a fauna aquática onde é introduzido. Aliás, é proibida sua soltura em águas do Brasil, porque representa grave ameaça às outras espécies. É como se verificou no caso das Pitons Birmanesas no Everglades, creio que sabe bem do que ocorreu por lá. Abraço do Gilbertinho
  6. Flavio, Segue a foto da lanterninha. No corpo dela, consta o modelo GREEq5. O anel verde é o Dimmer, para regular o foco. Abs
  7. Pessoal, Há alguns anos, tipo 3 ou 4, fui à cidade de Lethen, fronteira Brasil-Guiana. onde regularmente vou à procura de importados de boa cepa, principalmente eletrônicos e ferramentas. Na ocasião, comprei uma lanterninha bem estilosa, de uma única pilha recarregável de 3,5 volts. Funcionou sempre tal qual relógio suíço, com um foco regulável de longo alcance. Apesar do uso constante, até a pilha e ainda a original. Dá uma surra nas Maglites que tenho, e custou 25 pratas, preço de lixo. Hoje deve estar na casa dos 40/50 paus. Narro esse fato apenas para corroborar as opiniões de que propaganda não é produto, em boa parte dos casos é enganação pura. Se alguém tiver interesse, posso postar uma foto da lanterninha, que deve ser encontrada nos camelódromos de qualquer lugar do país. Abraços do Gilbertinho
  8. Capita, Obrigado por não revelar a intenção de me matar estrangulado, também agradeço por pegar leve. Creio que minha ideia não foi corretamente exposta, e me penitencio por isso. A despeito, é possível vislumbrar que alguns membros valorizam tanto o Fórum a ponto de se preocupar com seu layout e a organização de seu conteúdo, e isso é bom. Caso o assunto prospere, tendendo para uma eventual atualização, pode me incluir entre os que estariam dispostos a emprestar voluntariamente sua contribuição. Ao final, consigno elogios por dedicar-se a responder as postagens sobre o tema. Abraço do Gilbertinho
  9. Pessoal, Noto que temas importantes ficam por pouquíssimo tempo na telinha, e depois são encaminhados a salas específicas. Também visito o Fórum quase diariamente, buscando novas postagens sobre assuntos em discussão, e não raras vezes vejo-os ausentes, o que me força a realizar buscas para sua localização. Apesar disso, em geral consigo localizar o que me interessa e me atualizar quanto às postagem de um dado assunto e também emitir minha opinião. Contudo, adiro ao pensamento do Marcelo por um redesenho na página que, em minha modesta opinião poderia (ou deveria) ter o seguinte layout: 1) a página poderia ter colunas verticais contendo os principais tópicos. Exemplo: LEGISLAÇÃO PESQUEIRA. Ao clicar, abrir-se ia um conjunto de sub-diretórios, que trariam a legislação federal e dos estados. Clicando na opção desejada, todo o conteúdo do sub-diretório sobre o tema seria disponibilizado para fins de conhecimento e contribuições; 2) Esse formato abrangeria tudo o que é postado no Fórum, inclusive anúncios por área de interesse (equipamentos, pacotes, meios de transporte e hospedagem, etc). 3) Face ao interesse de muitos quanto a pesca na Amazônia, poder-se-ia criar do mesmo modo um tópico principal sobre o assunto, ex: PESCA NA AMAZÔNIA. A mesma construção sugerida no item 1 seria utilizada, criando-se o acesso, a partir da seleção do diretório principal, acessando um conjunto de diretórios específicos sobre o tema, como "pesca no Rio Negro", "pesca em Terras Indígenas", "operadoras de pesca", "relatos de pesca", e assim por diante. 4) Mesmo os assuntos menos relevantes, como postagens relativas a equipamentos gerais de de pesca, camping, reformas de barcos e motores, dicas, etc, teriam espaço próprio, segundo o mesmo formato de diretório e sub-diretórios ou, como queiram, pastas e sub-pastas. Creio que o visual da página ficaria mais atraente, com melhor aproveitamento de espaço e maior facilidade no acesso aos temas de interesse de cada um, tal qual um temário que nos acostumamos a consultar em qualquer documento bem elaborado tecnicamente. Imagino que os mentores do Fórum irão me mandar às favas, porém, em minha defesa, digo que só ouso invadir seara alheia naquilo que me é importante, e o FTB ganhou por merecimento essa condição. Abraço do Gilbertinho, observando que o Marcelo está recebendo um ponto positivo por sua bem-vinda e pertinente contribuição.
  10. Capita, Como sempre, você me dá um trabalhão danado. A despeito disso, não posso deixar de reconhecer o valor de cada dissensão que posta, sempre coberta por uma falsa e intencional auto-afirmação de ignorância ou burrice, como bem exemplifica o caso em exame. Mas lá vou eu de novo, fazendo de conta que estou falando para um energúmeno: As Instruções Normativas deveriam ser empregadas exclusivamente em atos internos dos órgãos da Administração Pública, instruindo-as como proceder no exercício corrente de suas atividades precípuas. Mas não é assim. Os operadores do direito do país, especialmente o Ministério Público, quer seja Federal ou Estadual as reconhecem como ato normativo que alcança indistintamente todos os administrados, isto é, toda a nação. Centenas, senão milhares desses atos administrativos estão aí para nos incomodar, tal qual as Resoluções, Portarias, Pareceres, etc. A contragosto tenho de dissentir de parte de seu sexto item. É que não encontro fundamento para exigir que o capital estrangeiro destinado a investimentos no país se sujeite a atestados de origem, o mundo inteiro funciona assim. No que tange ao contato de estrangeiros com nossos índios, há várias previsões legais orientadas para a fiscalização de seus bens materiais e imateriais. Vê-las cumpridas é outra coisa, a inépcia do Poder Público é gritante, bem sabe disso. Quanto ao Bolsonaro, também tenho apreço por ele, embora tenha justificado receio de demagogos, coisa que não sei se ele é. Importante ter em conta que, mesmo ele eleito presidente, está sujeito à Constituição e às leis, o que limita bastante a vontade e atuação de qualquer governante. Quanto aos valores de contrapartida exigidas pelos índios, infelizmente essa é a realidade. Quem tiver dúvida pesquise edital postado na web pela FOIRN (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro), e verá que tenho razão. Aduzo que esse processo nefasto de "tirar o couro" do empresariado conta com relevante contribuição do ISA (Instituto Socio-Ambiental),ONG dotada de tentáculos que alcançam órgãos públicos de peso, como o IBAMA, IPAAM, FUNAI, etc. Creio que o propósito de sua diligente ação é o de afastar todo e qualquer contato ou relação de negócios entre índios e não-índios, atendendo a interesses de comunidades internacionais. Nessa linha, ouso sempre dizer em qualquer lugar ou hora que uma ONG manda e a FOIRN e os órgãos públicos nacionais obedecem. Espero ter constribuído. Abs do Gilbertinho
  11. Cristiano, você está confundindo as coisas. Explico: Quando nos referirmos ao ICMBio, estamos a falar de Unidades de Conservação Federais, os seja, os espaços territoriais especialmente protegidos criados pela União. A Lei que rege essas unidades conservacionistas tem alcance em todo o território nacional, e estados e municípios estão submetidos a seus ditames. Assim, Parques Nacionais, Estações Ecológicas, Reservas Biológicas, são exemplos de Unidades de Proteção Integral, que só permitem a realização autorizada de pesquisas de interesse ecológico, exceto nos casos dos Parques, que permitem a visitação pública para atividades de contemplação da natureza. Um bom exemplo é o Parque Nacional do Iguaçu. Outra coisa é o turismo de pesca em Terras Indígenas. Ela é possível, desde que explorada por empresa devidamente autorizada pela Funai - Fundação Nacional do Índio. Para se chegar a essa autorização são necessários os passos sobre os quais discorri anteriormente. A sua vez, o Parque Indígena do Xingu é, em essência, uma Terra Indígena, com 222 k quilômetros quadrados, criada em 1955 pela iniciativa dos irmãos Villas Boas e ratificada em 1961 pelo então presidente Jânio Quadros. A pesca esportiva pode ser realizada nessa Terra, dede que os aldeados aprovem a atividade, elaborem o Plano de Visitação e o submeta a diferentes instâncias da Funai (Coordenadorias Regionais, Diretoria de Desenvolvimento Etno-Social, etc), que finalmente autorizam os índios a celebrar contratos de exploração da pesca esportiva com empresas que participaram de um processo seletivo, similar à licitação pública. Daí a empresa pode anunciar seus pacotes no mercado especializado da pesca esportiva. Caso precise de outros esclarecimentos, fico à disposição. Abraço do Gilbertinho
  12. Só pra encher a paciência do JC, um dos notáveis do Fórum: - SNUC é a sigla do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, para quem não sabe; - Reserva Biológica é identificada apenas pelo verbete Rebio, e integra a categoria de Unidades de Conservação de Proteção Integral. Somente pesquisadores autorizados podem adentrar seu território. Quem tem JC tem uma bússola, basta seguir. Abraço do Gilbertinho.
  13. Amigos, Esse assunto é pujante. São tantas as vertentes envolvidas que precisaríamos de um bom tempo e um enorme espaço para se chegar a um termo que satisfaça todas as correntes. Vejo razão e bom-senso em várias postagens e noutras nem tanto. Jogando um pouco da minha luz sobre o problema, vou ao seguinte: 1) O rio que aparece no vídeo é o Iriri, localizado na região do Xingu, nada tem a ver com o Marié; 2) O Capita informou certo, com apenas um ligeiro equívoco, que agora busco retificar. A Untamed Anglers, que opera no Marié, é boliviana, contando com a participação de um ex-agente de pesca brasileiro; 3) A rigor, toda e qualquer empresa detém o potencial de operar em terras indígenas. Contudo, as exigências são bastante difíceis e onerosas. Muita burocracia envolvendo a FUNAI, o MPF, os aldeados interessados, as representações indígenas e os órgãos ambientais. Requer extrema dedicação e paciência, e nem sempre o objetivo é alcançado; 4) Que ninguém se iluda, praticamente todas as terras da região de Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira são ocupadas por índios e estão em processo de reconhecimento, demarcação e homologação. A partir da fase de conclusão e aprovação de relatórios de antropologia, essas terras passam a ser reconhecidas, para efeitos da Instrução Normativa Funai 003/2015, como aquelas que, de acordo com a aprovação dos aldeados, podem receber visitantes para o etnoturismo e o turismo de pesca. Para se chegar a essa condição de operação, há uma série de exigências legais e administrativas por cumprir, o que consome algo em torno de um ano, sem garantia de que, ao final, a empresa postulante seja escolhida, já que a penúltima etapa a cumprir é a de escolha pelos aldeados, e a última é a da autorização da FUNAI. Além disso, de posse de todos os documentos autorizativos, o vencedor deverá requerer licença específica ao IBAMA, que é quem responde pelo licenciamento ambiental em terras indígenas (está na Lei); 5) O empresariado nacional é, em regra, acomodado. Enquanto tiver um lugar sem problemas ou gastos significativos para operar, ele segue adiante. Esse é um dos fatores envolvidos. O outro, mais complicado, trata das contrapartidas que a empresa têm de dar aos aldeados e suas representações. Para se ter uma vaga ideia, os contratos celebrados com os índios fixam uma contrapartida direta em torno de 10 a 12% da receita bruta da empresa, o que equivale a 50% da receita líquida. Além disso, a empresa é obrigada a pagar uma espécie de taxa de administração à representação indígena que atua na área, assim como realizar investimentos obrigatórios em infraestrutura geral, a fundo perdido, e ainda gerar de 12 a 20 postos de trabalho ocupados pelos índios locais e custear equipamentos e motores e todas as atividades de monitoramento e fiscalização ambiental. Isso explica o elevado custo do pacote. Não se trata de ganância do empresariado que detém a exclusividade em operações nas terras indígenas. Paga-se alto por esse status; 6) Como tudo, esse processo deve ser visto à luz de custos e benefícios. De um lado ficamos mais distanciados de realizar a pescaria dos sonhos, de outro podemos ter a certeza que nossos recursos pesqueiros serão preservados para as presente e futuras gerações. Espero haver contribuído. Gilbertinho da Amazônia
  14. Éder, Primeiro gostaria de aderir àqueles que consignam votos de plena recuperação da cirurgia que realizou. Dizem, com acerto, que a culpa é do governo. Neste caso, especificamente, o mantra é justificado. A pesca comercial já deveria ser proibida em todo o Brasil, no entanto, em nome de uma falsa preocupação com os menos favorecidos e da necessidade de prover pescados para consumo geral da nação, os governantes assistem de camarote a gradual extinção dos peixes em todas as nossa bacias hidrográficas. Não tenho a menor dúvida em afirmar que se o problema fosse de natureza alimentar, os governantes que se sucedem desde os tempos imemoriais já teriam implantadas estações de piscicultura em todas as regiões do país, segundo suas necessidades de pescados. Mas não. Essa corja de corruptos e oportunistas não veem ou simplesmente enxergam e dão as costas ao problema. Entendem que é bem melhor fechar os olhos, permitir que esse caos se avoluma ano a ano, e de quebra ainda fazem com que a sociedade (a que paga tributos) suporte o ônus de pagar 4 (quatro) salários mínimos por ano a qualquer vagabundo que se identifique como pescador profissional. Daí a predação grassa. Enquanto isso, seguimos elegendo indivíduos sem nenhum compromisso com as causas ambientais. Culpa nossa. Abraço do Gilbertinho
  15. Caríssimo Astra, essa é minha preocupação também. Tenho amigo em revenda Mercury, o que permite fazer um comparativo de preços e condições. O outro 40 que adquiri recentemente e está zerado, custou na casa dos 15 mil, facilitados, e foi como pessoa física. Daí quero ver o que a Sport Náutica tem a dizer, aqui no Fórum, e de forma clara e transparente, oportunizando que testemunhemos a veracidade do anunciado e a lisura do anunciante. Sou adepto do modelo "Cartas Abertas". Só comentando, após minha pergunta ao anunciante recebi resposta in box por correio eletrônico. Nem faço ideia de como foi obtido meu endereço de e-mail. Não me foi apresentado preço nem condições de venda e entrega, só se referiram ao 40 4 tempos, que não me interessa. Após essas últimas postagens, vamos ver como a Sport Náutica reage, mas de uma coisa eu sei: ajoelhou, tem de rezar. Caso contrário, deve-se aprender a viver com o juízo de valor que lhe for atribuído, e isso acomete a qualquer um. Renovo abraços. Gilbertinho
  16. Marcelo, não há necessidade de tratar esse assunto em ambiente privado, ainda porque é interesse de outros que eventualmente queiram negociar com você. Em relação à resposta que enviada por você, referindo-se ao 40 hp 4 tempos, esclareço que o meu interesse é em uma unidade do 40 hp 2 Tempos, partida elétrica, para comando. Como você anuncia ter toda a linha Mercury, creio que essa informação é suficiente para uma resposta facilitada e objetiva. Observo também que posso, com a devida garantia, pagar o motor antes de sua retirada em sua loja física, em ocasião posterior, conforme o que vier a ser oportunamente combinado. Aguardo sua resposta aqui no site. Grato e abraços. Gilbertinho da Amazônia
  17. Marcelo, quero fazer uma parelha 40 HP. Tenho um zerado na lancha e quero outro. Testando a efetividade de seu anúncio, pergunto qual é o valor de venda do motor a que me referi. Fico grato pela resposta, e boas vendas.
  18. Apesar de o problema representar um erro de projeto e/ou a inocorrência de testes, a atitude da Calaça é inusitada no território nacional e merece os melhores elogios. Empresa que se anuncia como séria não pode se afastar do compromisso de qualidade, e nem precisa ser acionada para reparar seus produtos. Parabéns. Gilbertinho da Amazônia
  19. Astra, Mais um excelente tópico criado por você. Não faz ideia de quanto ajuda os mais inexperientes quando da compra de barcos. Seus comentários são de quem efetivamente conhece do assunto, e adiro integralmente aos que elogiaram a mais não poder essa nova contribuição. Quanto ao local dos testes, dá pra ver pelas fotos que é um lugar maravilhoso, verdadeiro cartão-postal. Não sei se invejo ou parabenizo ao Guto, acho que um pouco de cada. Sobre o Johnson, tá pra lé de certo. Ele é sistemático, parece até que tem vida própria, não facilita a vida de terceiros, como um cachorro, muito fiel ao dono. Mas é motor demais. Abs, Gilbertinho da Amazônia
  20. De fato, parece demais com o Candiru, muito comum aqui no ocidente da Amazônia. Trata-se de um peixe relativamente pequeno, coisa de um palmo, e é muito temido pela população ribeirinha, dado que é disseminada a ameaça de que o peixe penetra na uretra ou no anus (vulgarmente conhecido como toba" das pessoas e passem a parasitá-las e provocar sérios problemas, em geral resolvidos com práticas médicas invasivas. Vivo na região há 18 anos, sempre ouvi falar mas nunca vi episódios de ataques por Candirus. Nem por isso posso afirmar que se trata de lenda urbana. Só pra completar, esse cara é um bagre, e pertence à família dos peixe-gatos, e é cientificamente denominado vandellia cirrhosa, também chamado de peixe-vampiro ou canero. Abraço do Gilbertinho da Amazônia
  21. Amigo Velho, Se não foi feita nenhuma lambança nos reparos que você informou, o problema será encontrado no carburador ou ainda no sistema de ignição, talvez até em ambos. Seria bom verificar se há faísca em todas as velas (retire todas para o teste, para não haver resistência mecânica provocada pelas demais). Teste uma a uma, e se estiver tudo ok, produzindo centelhas com boa intensidade, cuide do carburador, a começar por uma boa limpeza e eventual troca de componentes. Um kit de reparo cai bem e deve solucionar. A regulagem do carburador não é difícil, comece fechando o ar e abrindo o combustível, daí aumente um e reduza o outro, até alcançar o equilíbrio. Atente para não deixar a mistura rica ou pobre, senão dá zebra. Se tiver o apoio de um manual técnico específico, ajuda muito. Também deve haver algum vídeo na Internet tratando disso. Em geral, neles obtêm-se boas instruções e dicas. Espero ter ajudado. Abraço do Glbertinho da Amazônia
  22. Homero, já tive Evinrude e Johnson no passado. Dentre os que tenho hoje, destaco um Evinrude 115 HP com 12 horas de uso. Os que tive e tenho não bebem mais que outras marcas, isso é lenda urbana, com a vênia dos que pensam em contrário, na base do "ouvi dizer". Claro se estiver todo desregulado, qualquer motor consome o que não deve. Um dado importante pra você considerar é a questão da garantia, fixada pela Bombardier em 3 mil horas de uso ou 3 anos. A garantia dos outros motores não chega nem perto disso. A do motor que você cogita comprar está vencida por haver expirado o prazo, mas há de concordar que quem dá uma garantia desse porte não fabrica porcaria, e para mim isso pesa muito na hora da compra. Pra constar, além do 115 tenho dois Mercury (8 e 40 EPO ambos praticamente zerados), dois Yamaha 135 e um 15 HP, além do Johnson 45 que estou restaurando por completo. Vale a pena. Não se admire, é que sou fanático por barcos e motores, acho que já tive de tudo, desde barcos regionais amazônicos e lanchas a diesel até canoas tocadas por motor rabetinha. Pura paixão. Abraço do Gilbertinho
  23. Homero, o pessoal está certo. O Johnson é um dos melhores motores do mundo. Pertence à mesma família do Evinrude, ambos fabricados pela unidade náutica da canadense Bombardier. Não há problema de peças, São Paulo é um bom lugar para adquiri-las. Tenho um 45 HP em reforma, e deve ser antigão, já que é todo em alumínio e está inteirão. A questão do preço (R$ 4 mil) é relativa. No meu pensar, há motores que podem valer até mais que isso, em função do estado de conservação, horas trabalhadas, etc. Considere que um Yamaha ou Mercury novo custa entre 8 e 10 mil. Acho que no mercado de usados pouca coisa se acha a um preço inferior. Boa sorte. Gilbertinho da Amazônia
  24. Morei em Rondonópolis entre 1982 e 1997, e ainda tenho um filho que mora lá. Comandei a fiscalização ambiental no Pantanal Sul de MT (região de Rorainópolis) por um longo tempo. Como já antecipado, tem lugar de sobra pra pescar. Apenas incluo o Pantanal (Rios Itiquira, Ponte de Pedra e o Culuene, este última tributário do Teles Pires), além do todo do Pantanal, que é grande paca e tem muitos corixos e baías boas de pesca. As espécies mais abundantes incluem cacharas, pintados, surubins, tucunas, pacus, dourados, piraputanga (dá um sashimi de primeira linha, e vai por aí afora. Já o Culuene é pra lá de bom em matrinxãs, trairões, etc. Fica pras bandas de Paranatinga, que não é muito longe de Rondonópolis e tem muitos atributos naturais. Ah, tem ainda o Rio Garças, próximo à cidade de Barra do Garças, bem conhecido pelo Jaús, Piraíbas e Dourados, rio muito encachoeirado. Dá pra variar bastante. Se seu filho gostar de pescar, vai tomar porre. Gilbertinho da Amazônia
  25. Pescaria pra ficar na memória, amigo. Não são muitos os que convidam o "velho" para programas como esse. Está de parabéns, e não lamente a perda de filmagens. O que importa mesmo foi seu gesto.
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